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Paleontologia: Estudo de Fósseis e Tafonomia

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Paleontologia Básica 
A paleontologia é a ciência que estuda as formas de vida existentes em períodos geológicos passados, a partir de restos e evidências de atividade orgânica preservada em rocha sedimentares, alguns fósseis conservados com mais de 13.000 anos. Os fósseis formam-se apenas em áreas sedimentares, pois é durante o processo de sedimentação das rochas que a fossilização acontece, como os níveis de oxigênio são muito baixos evitam a decomposição, o soterramento é rápido, gerando um fluxo de sedimentos. A importância da paleontologia é de suma relevância para os seres humanos pois é através delas que se torna possível saber com base nos fósseis a datação relativa dos fósseis, mesmo antes do advento do evolucionismo, épocas geológicas foram marcadas pela presença de distintas paleofaunas e paleofloras, a reconstrução de paleoambientes da Terra (paleogeografia) para a comparação aos modelos atuais de extinção das espécies, a micropaleontologia é uma grande ferramenta na prospecção do petróleo.
A metodologia desse trabalho são anotações, coletas, e os estudos in loco. Coletar os fósseis pode ser a parte mais fácil, prepará-los e estudá-los pode demorar anos. Antes das datações radiométricas das rochas o tempo geológico era dividido em eras, períodos, épocas e idades. “No éon Fanerozóico: são definidas por suas faunas fossilizadas distintas. Os limites entre elas são marcados por episódios importantes de extinção ou pela diversificação dos principais grupos de animais.” (Futuyma, 1992)
A tafonomia do grego tafos + nomos “Leis do Sepultamento” é o estudo sistemático da evolução de fósseis, desde a morte dos indivíduos até a sua final incorporação e transformações dentro da rocha que os contém. O estudo tafonômico envolve dois momentos principais da evolução do fóssil: Bioestratonomia e a Fossildiagênese. A bioestratonomia: refere-se á causalidade da morte do fóssil, á forma de decomposição e de preservação de partes duras e moles, ao seu transporte e deposição assim, o fóssil pode ter sido depositado in situ ou transportado por rios, correntes marítimas, etc... sofrendo quebras e misturas com fósseis de outros ambientes, diferentemente da tendência de quando depositado in situ, no seu ambiente de vida. A Fossildiagênese é relacionada aos processos diagenéticos e/ou deformacionais, como silicificação, piritização, carbonatação, deformações...
As divisões da Tafonomia são causadas por morte, necrólise, desarticulação, transporte, e soterramento final, depois disso ocorre a compactação, cimentação, permineralização, substituição. Para fazer a Análise Tafonômica Básica, é preciso analisar os critérios de: 1) Morte 2) Necrólise 3) Desarticulação 4) Transporte 5) Soterramento Final e 6) Diagênese.
 
Os tipos de Morte pode ser a) Seletiva b) Catastrófica – Quando as faixas de idade na população atingem indivíduos mais jovens e mais velhos; Envelhecimento, doenças e predação; Eventos de grande magnitude como enchentes, tempestades e secas. Na Necrólise ocorre a decomposição dos tecidos moles de conexão, após a morte de um organismo com a presença de oxigênio, a velocidade de decaimento dos tecidos moles é igual ao tempo que ele permanecerá articulado após a morte. A Desarticulação depende da anatomia básica do organismo estudado, o período de exposição na interface água/sedimentos contribui também, a combinação de menor quantidade de energia, soterramento rápido, e anóxia forma o processo de articulação. Os tipos de esqueletos de invertebrados podem ser: Maçicos ou Arborescentes que são os Corais e os Briozoários; Bivalve que são os bivalves, braquiópodes, ostracodes e conchostráceos; Univalve que são os gastrópodes, cefalópode e escafópodes; Multielemento que são os equinodermos. Os fósseis estão em uma área fonte, onde ocorre o Transporte em sentido corrente, ausência de força horizontal, geralmente são águas calmas onde ocorre a bioturbação, e a predação. Quando o fluxo é unidirecional, ocorre um alinhamento de gastrópodes, sob fluxo unidirecional. No fluxo oscilatório acontece uma orientação bimodial de bioclastos sob fluxo oscilatório. Quando encontramos um fóssil eles são classificados de forma tafonômicas de vertebrados. A classe 1: é quando se encontra, esqueletos articulados, ou seja, esqueletos com articulação completa, todos os ossos em posição natural. Classe 2: os esqueletos estão parcialmente articulados, os esqueletos ainda mantêm partes articuladas, mas com maior parte dos ossos removidas. Classe 3: os ossos são completamente isolados, e totalmente desarticulados, consistindo de ossos inteiros (IIIA) e/ou fragmentos (IIIB). Chegou a hora do Soterramento Final que consiste em um passo decisivo para a preservação, a classificação de um fóssil em alguma dessas categorias é determinante para a reconstituição da história da espécie. Um fóssil é classificado como autóctone, quando o local da fossilização foi o mesmo em que a espécie morreu e alóctone quando ele foi fossilizado em um lugar diferente da morte ou depois de fossilizado, o material foi “carregado” para outro lugar.
 No processo de Diagênese (fossilização) a fossildiagênese estuda o conjunto de alterações químicas e físicas sofridas pelos restos de organismos desde o momento em que são enterrados até ao momento de sua coleta, já como fósseis, esse processo pode ser agrupado em três processos básicos: 
· Preservação Total (partes duras e moles) – aquele que preserva todo o organismo, incluindo tecidos moles, como por exemplo em ambiente árido a preservação feita em âmbar, como o caso de mamutes congelados encontrados na Sibéria, o ácido lático atua como conservante da carcaça e espanta animais carniceiros. 
· Preservação sem alteração dos restos esqueléticos – Incrustação: quando substâncias trazidas pelas águas se infiltram no subsolo e se depositam á volta do animal ou planta, revestindo-o ex: Animais que morrem em cavernas. Permineralização-silicificação: quando substâncias minerais são depositadas em cavidades de ossos ou troncos.
· Preservação com alteração dos restos esqueléticos – Recristalização: a modificação da estrutura do mineral original transformando em novo mineral. Ex. aragonita- calcita. Carbonificação: quando se dá perda de substâncias voláteis, restando apenas uma película de carbono. É mais frequente surgir em restos de seres vivos que contêm quitina, celulose ou queratina. Molde: resulta do preenchimento interno das partes duras do ser vivo ou da moldagem da parte externa das partes duras.
Para adquirir, descrever e interpretar dados em tafonomia é preciso analisar a Orientação azimutal, o topo e a base, os blocos de rochas, e por último o seccionamento dos blocos (observação do grau de empacotamento, distribuição dos fósseis na matriz), é preciso fazer uma descrição macroscópica para interpretação através das: Feições estratigráficas que possui concentrações bidimensionais ou seja pouco espessas como barbante e pavimento as concentrações tridimensionais com maior espessura de uma concha são as 1- Pod, 2- Clump, 3- Lente 4-Cunha 5- Camada. As Feições paleoecológica podem ser monotípicas composta por um único tipo de esqueleto dentre elas abrem subdivisões para monoespecifica (formada por uma única espécie) e poliespecífica (formada por espécies diferentes de mesmo esqueleto) a politípica consiste em vários tipos de esqueletos, ex: bivalves, corais, braquiópodes Feições sedimentológica. As feições sedimentológicas consiste no grau de empacotamento e seleção de tamanho como os densamente empacotados que são os bem selecionados, fracamente empacotada que é os bimodais e dispersos que consiste em pouco selecionada. A orientação em planta possui distribuição unimodal, distribuição bimodal, e distribuição polimodal. A orientação em corte consiste em um plano de acamadamento perpendicular, oblíquo e concordante. 
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