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Aluna: Maria Eduarda de Souza Ferreira Fernandes O conceito de identidade em sua grande maioria vem da premissa de homogeneidade de indivíduos perante suas características em comum, logo surgem dois grupos, onde um se baseia nas características semelhantes e o outro grupo em características distintas. Para o estudioso Stuart Hall, o conceito de identidade é construído a partir do espaço comunicacional em que o indivíduo está inserido, na percepção do pertencimento à um meio, mesmo que este esteja apenas no mundo das ideias. O autor em questão em seu livro aborda o conceito de crise de identidade, onde a globalização insere uma homogeneidade de culturas e onde há perda dos traços nacionais, para ele a sociedade se desfez e perdeu seus pontos de base (ancoragem). Outrossim, para Stuart o mundo contemporâneo enfrenta um grande fluxo de mudanças, onde a cada novo momento os indivíduos desejam mudar, e por tanto mudar acabam perdendo o sentido geral de ancoragem. Sendo assim, uma constante fragmentação e metamorfose se descentralizando portanto do sentido de pertencimento. Em síntese Hall conclui que a identidade não é algo atribuído a natureza de nosso corpo, mas sim fruto dos processos simbólicos, narrativos, comunicacionais e discursivos, o fenômeno se dá no compartilhamento de informações e diálogos. Stuart Hall celebra ainda na pós-modernidade o conceito e o poder de metamorfose dos indivíduos, não se apegando apenas a um ponto comum, podendo haver uma grande pluralidade de ancoragens e percepções simbólicas. No mundo contemporâneo essa afirmação não é diferente quando se trata dos debates culturais, a seguir de exemplo amantes da música que podem se dividir em vários grupos a partir da semelhança ou divergência do seu gosto musical e do grande poder de pluralidade dos gêneros. A citar, amantes da música popular brasileira que atualmente engloba todos os gêneros produzidos no país mas anteriormente cobria apenas uma parcela do conteúdo produzido no território nacional sendo um gênero por muitas vezes elitizado, a partir do fenômeno da Globalização e da crise identitária e com ele a pós modernidade o poder da pluralidade de identidade tomou formas, e atualmente a MPB agrada os mais diversos grupos de indivíduos, independente da idade, cor e gênero que possam vir a gostar do conteúdo musical brasileiro e não somente aqueles que residem no Brasil, o gênero conquista a cada dia mais mais ouvintes estrangeiros pela sua variedade de ritmos e formas, agradando aos mais diversos grupos com semelhanças entre si ou não.
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