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APOSTILA DE MÚSICA DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO (MÓDULO 1)

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PROFESSOR DE MÚSICA E ARTES: MÚSICA NO ENSINO MÉDIO.
DATA: 
PROFESSOR:
ALUNO (A):
APOSTILA DE MÚSICA PARA O ENSINO MÉDIO: 1º ANO.
MÓDULO 1.
APRESENTAÇÃO:
Olá…
Eu sou o professor Cauê Silva, de música e artes, estou aqui para apresentar a apostila de música
do ensino médio, pelo qual o público-alvo são adolescentes, pelo qual cursam o segundo grau, a
partir da primeira série, ou melhor, primeiro ano. O primeiro ano é uma etapa em que os
estudantes saem do 9º ano (8ª série), no caso a última série do ensino fundamental, no qual os
alunos veem conteúdos do vestibular e conteúdos da série, por serem próximas do ensino médio.
Daí, este nível de ensino possui uma importância imensa, pois os alunos são quase adultos, com
opiniões formadas e outras que ainda irão ser construídas e, em se tratando do ensino da música,
é essencial que se compreenda que aqui serão estudados assuntos referentes à sociedade, só que
aplicado à música, com mais conteúdos históricos e teóricos da música, que servirão ao estudo da
apreciação, entre outros.
O QUE É MÚSICA?
A música vem do grego, pelo qual significa musiké técnhe, isto é, o que consiste na arte das musas,
dentro de uma ideia de sons e silêncios, que são organizados dentro de um período de tempo, no
qual se trata de forma essencial, de uma prática cultural e humana. Daí, é desconhecido algum
grupo que não se expresse ou se manifeste através dos sons, aos quais são organizados, embora
não seja denominado música como nas sociedades ocidentais.
Por mais que não seja sempre feita com esse objetivo, a música pode ser considerada uma arte, ou
seja, que pode combinar sons, basicamente. OBSERVE AS IMAGENS A SEGUIR:
 
O desenvolvimento musical ao longo da história humana expressado como arte, como
forma de educar, como fins terapêuticos, como ritual ou entretenimento tem presença central em
diversas atividades coletivas e sociais, por exemplo os rituais religiosos, as festas e funerais. A
música pode ser considerada uma linguagem, a “linguagem dos sons”, porque constrói significados
que podem ser compartilhados de forma histórica e social. OBSERVE A IMAGEM A SEGUIR:
Homens dançando – pintura rupestre
A música é conhecida e praticada desde a pré história, segundo as evidências. É provável
que na percepção dos sons da natureza, o ser humano sentiu a necessidade de uma atividade de
criação, uma vez que a utilidade fosse os sons. Por mais que nenhum critério científico dê a
permissão para o seu estabelecimento do desenvolvimento de forma precisa, a história da música
se confunde com a própria história do desenvolvimento da inteligência e das culturas humanas.
MÚSICA: FENÔMENO SOCIAL EM DIFERENTES CULTURAS
A música e as manifestações como um todo, estão intimamente inseridas dentro de um
contexto cultural, pelo qual é produzida e como produziu. De fato, cada cultura tem seus próprios
parâmetros de criação musical, cuja composição pode ser “idiomas” ou “dialetos” próprios, em
que a linguagem pode estar relacionada, em que a língua, se fizermos uma analogia da música com
esse idioma, poderá trazer excelentes resultados.
Existem discussões a respeito do que é música e qual o papel que tem e deve possuir (ter)
na sociedade, ou seja, dentro de abordagens estéticas e concepções e, suas diferenças estão: um
propensão maior ao sagrado ou ao humano; a funcionalidade (a música funcional) em oposição à
música como arte; a concepção no teatro do (dentro do) concerto contra a participação em festas
(festiva) da música do folclore entre outras (muitas outras). OBSERVE AS IMAGENS A SEGUIR:
A música africana tradicional é rica em diversidade de estilos. A ênfase na percussão é uma marca
da música africana em geral (na foto, podemos 1 “djembes”, tambores tradicionais na cultura
nigeriana).
A partir da abordagem musical em distintos grupos sociais, a tendência é agrupar,
classificar e analisar tais linguagens musicais. Mas, essas classificações ocorrem geralmente dentro
de nossos próprios parâmetros de análise, uma vez que esse tipo de estudo da música está dentro
da chamada “musicologia”, pelos quais possuem muitos “ramos”. Considerando a música do
Ocidente, seu estudo abrange a denominada música erudita (a “grande” tradição ocidental), a
música popular das sociedades diferenciadas, as músicas tradicionais e a música experimental.
Alguns musicólogos, desde o início do século XX, estabeleceram uma “antropologia
musical”, cuja ideia de estudo seria procurar mostrar que as obras musicais têm significados sociais
e culturais. Ao apreciarmos uma obra musical “exótica, não podemos vivê-la e compreendê-la da
mesma forma que os membros dos grupos humanos aos quais ela se destinam. Nos círculos
acadêmicos, o termo original para estudos da música genérica foi “musicologia comparativa”, pelo
qual foi renomeada em meados do século XX para “etnomusicologia”.
O estudo da música engloba tanto a música erudita ocidental como a música pop e a música
étnica.
O musicólogo Jean-Jaques Nattiez (um semiólogo da música) faz uma citação de uma
história relatada pelo linguista famoso Roman Jakobson, um dos maiores do século XX, pelo qual
(também) foi considerado um dos pioneiros da análise estrutural linguística, da poesia e da arte:
“Um indígena africano toca uma melodia em sua flauta de bambu. O músico
europeu terá muito trabalho para imitar fielmente a melodia exótica, mas
quando ele consegue enfim determinar as alturas dos sons, ele está certo de ter
reproduzido fielmente a peça de música africana.
Mas o indígena não está de acordo, pois o europeu não prestou atenção
suficiente ao timbre dos sons. Então o indígena toca a mesma ária em outra
flauta. O europeu pensa que se trata de uma outra melodia, porque as alturas
dos sons mudaram completamente em razão da construção do outro
instrumento, mas o indígena jura que é a mesma ária. A diferença provém de que
o mais importante para o indígena é o timbre, enquanto que para o europeu é a
altura do som. O importante em música não é o dado natural, não são os sons
tais como são realizados, mas como são intencionados. O indígena e o europeu
ouvem o mesmo som, mas ele tem um valor totalmente diferente para cada um,
porque as concepções derivam de dois sistemas musicais inteiramente
diferentes; o som em música funciona como elemento de um sistema. As
realizações podem ser múltiplas, o acústico pode determiná-las exatamente, mas
o essencial em música é que a peça possa ser reconhecida como idêntica”. -
Nattiez
Semiologia musical: ramo da musicologia que faz a análise de todos os aspectos que nos dão a
permissão de compreender um trecho de uma música dentro da sua totalidade, desde os
processos de criação e interpretação de uma obra, até os de percepção, passando pela
estruturação dentro (interna) de uma obra, a partir do momento que analisarmos dentro de uma
partitura ou de uma gravação.
AUDIÇÃO COMPARATIVA:
Procure ouvir atentamente os exemplos musicais que sua professora irá colocar para sua turma
ouvir. Procure estabelecer possíveis identidades para cada uma delas. De onde, de quais
culturas, países, etnias, grupos sociais elas devem pertencer? De qual época histórica? Escreva
em uma folha de seu caderno e depois compare com as respostas de seus colegas.
[COLÉGIO PEDRO II]
MÚSICA: LINGUAGEM UNIVERSAL?
O professor de literatura crítico musical J. Jota de Moraes compartilha umas reflexões a
respeito deste questionamento, dentro do fenômeno musical. Em seu livro, O que é a música?
(Editora Brasiliense, 1983) mostra a relevância de compreendermos a música como universal no
que tange ao fenômeno (FENÔMENO UNIVERSAL), sendo válido reforçar que não se trata de uma
linguagem universal.
Todavia e não obstante, fenômeno universal pode ser e está de acordo, mas linguagem
universal não consiste, isto é, não adentrana discussão. Porém, todos os povos, ao que tudo
indica, expressa manifestações sonoras ou práticas sonoras neste planeta.
No que diz respeito aos povos primitivos, é correto afirmar que continuam fazendo parte
(e a fazerem parte) da magia, pelos quais são a civilização desenvolvida tecnicamente, cujas
práticas artísticas dentro da música, se dão dentro de um contexto lucrativo, trocando em miúdos,
como mercadoria. OBSERVE A IMAGEM A SEGUIR, da música balinesa dos gamelões:
Contudo, caso a tendência se expresse através dos sons da mostras de ser algo peculiar ou
inerente ao ser humano, ela se concretiza de forma tão diferente em cada comunidade, pois se dá
de forma tão particular em cada cultura pelo qual é muito difícil acreditar que cada uma suas
manifestações possua um sentido universal. […]
A música praticada pelos Sioux, que vivem na América do Norte, possui significados muito
próprios.
Talvez fosse menos absurdo dizer que a linguagem musical só tenha existência embora
concretizada a partir de “línguas” particulares ou de “falas” determinadas, e que essas
manifestações podem até, em parte, ser entendidas; porém nunca vividas em alguns de seus
elementos de base por aqueles que não são pertencentes à cultura que as gerou. Mas, é também
possível que seja por motivos de sentirmos, de forma intuitiva, uma certa distância em detrimento
a elas, devido não pertencerem a nossa cultura que denominamos de “exóticas”... 
 
A cultura hip hop geralmente agrada jovens de periferia das grandes metrópoles. 
O texto de J. Jota de Moraes nos remete a uma reflexão sobre a diversificação musical,
pela qual é presente em todo planeta. Daí, nos faz perceber que com o estudo dessa diversidade
musical, podemos nos tornar cidadãos mais tolerantes e abertos às outras culturas com existência
dentro ou fora do nosso país, região, camada social ou como sua geração costuma chamar, de
nossa “turma”…
Os bailes funk não são uma unanimidade, apesar de arrastar milhares de jovens de periferia em
todos os fins de semana do Rio de Janeiro.
A MÚSICA INDIANA:
[…] “É inútil procurar, na música indiana, as características da nossa música: a variedade dos
contrastes, a ênfase dos pontos culminantes, o relevo quase espacial da temática, a dinâmica e
articulação das frases e a dramaticidade no desenvolvimento. Expressão de outro modo de viver,
de uma outra maneira de pensar e sentir, a música indiana revela um feitio fundamentalmente
diferente da nossa.
Para poder penetrar na essência dessa música, é primeiro necessário habituar o ouvido do tipo de
expressividade e à estrutura da linguagem musical. É necessário habituar o ouvido ao ideal sonoro
do indiano ao seu conceito e forma, que desconhece a simetria, o rigor geométrico e quadratura.
Finalmente, é preciso acostumar o ouvido ao sistema intervalar, empregado pelo povo indiano,
sistema de caráter micro-tonal, pois a música indiana desconhece o temperamento igual, ou seja, a
subdivisão da oitava em 11 intervalos iguais, que representa o fundamento da música do Ocidente.
A perfeição de todos esses elementos e da própria articulação da linguagem musical exige de nós
tempo, esforço e paciência e, principalmente, uma modificação completa do nosso
comportamento diante das coisas da arte. Pois, ouvir música, na Índia, não significa gozar, sonhar,
edificação passiva; mas sim, participação ativa, penetração e vivência.
A música na Índia é modal. Modal era a música da Grécia Antiga e da Idade Média. É música plana,
lisa, bem diferente em seu aspecto sonoro daquilo que estamos habituado a ouvir. Pois ele carece
de “sensível”, de tônica e dominante, no sentido da nossa harmonia funcional, e de toda aquela
perspectiva sonora que caracteriza a música tradicional de nossa cultura e atribui e ela um caráter
de lógica e causalidade.”
H. J. Koellreutter. A música na Índia, 1999.
Texto extraído de:
http://wordsoundmusic.blogspot.com.br/2011/08/música-da-india-hj-koellreutter.html
Ravi Shankar, um dos mais importantes músicos da Índia (esquerda) e H. J Koellreutter, grande
estudioso da música indiana (direita)
A MÚSICA ÁRABE:
A música árabe é a aquela que é aplicada a vários gêneros e estilos de música, pelos quais
distribuídos por vários países, dentro de culturas diversas, uma vez que a cultura árabe se espalha
por áreas diversas, por exemplo, pelo Oriente Médio e na África do Norte.
Suas características são as ênfases na melodia e no ritmo e, são culturas, em especial na
parte musical, contrárias às (àquelas) questões no que tange à harmonia. Existem gêneros, só que
alguns, com a presença da polifonia, contudo normalmente, são músicas homofônicas, isto é, com
a inclusão da homofonia.
É uma tradição, todavia qualquer uma delas, que possuem raízes na poesia do período
pré-islâmico conhecida por “jahiliyyah” ou “poesia do período de ignorância”. Eram confiadas às
mulheres, a tarefa do canto, a partir de belas vozes, às quais aprendiam a tocar instrumentos
também como tambor, ud, rebab, etc…, e, em seguida, tocavam músicas (canções) respeitando a
métrica na poesia.
As composições eram cantadas em um único “maqan” (sistema modal utilizado na música
árabe tradicional), pelas quais eram simples, em que tanto a improvisação musical quanto a
composição, eram baseadas nesse sistema. Maqams são executados na música vocal ou
instrumental sem a inclusão de um componente rítmico.
A formação instrumental tradicional, que de forma comum é denominado de takht
charqy, compõe-se de qanun, alaúde, flauta nay e violino em que os instrumentos percussivos
fazem o acompanhamento, em geral o daff. Daí, uns são responsáveis pela melodia e o último dá
apoio ao ritmo. Nas últimas décadas houve um acréscimo na formação de outros instrumentos
tradicionais, como buzuk ou a cawala, e, em alguns casos, um acordeom temperado com intervalos
de quarto de tom, e outros como oboé ou o clarinete, nos quais essas distâncias matemáticas
podem ser obtidas. Do mesmo modo, por motivos necessários de preencher a tessitura com sons
mais graves, a viola, o violoncelo e o contrabaixo se fazem presentes muitas vezes, o que contribui
para a formação da maioria das orquestras clássicas.
Esse tipo de musicalidade possui mais notas intermediárias do que a ocidental e
reconhece três notas entre os tons inteiros, chamadas quartos de tom (¼ tom). Oposta da música
erudita do Ocidente, construídas de intervalos compostos por tons ou semitons, essa linguagem é
dependente também de intervalos de três quartos de tom (¾ tom). Uma vez que é simplificado,
imaginemos que entre Mí bemol e o Mí natural exista um grau intermediário, pelo qual a
convenção é chamar-se de Mí meio bemol.
A música árabe é baseada em alguns modos principais (denominados Maqamat), cada um
com suas devidas escalas e intervalos. Dentro destes modos, há uma ramificação dos outros.
OBSERVE A IMAGEM COM OS INSTRUMENTOS: 
GÊNEROS MUSICAIS:
São categorias criadas a partir de elementos comuns, pelos quais compartilhados por
determinadas músicas. Se alguém disser que essa música é um forró pé de serra, estão
subentendidos que há um compartilhamento de elementos generativos, por exemplo, a utilidade
do instrumental característico do gênero, uma vez que compõe a região Nordeste do Brasil, como
o triângulo, a zabumba e a sanfona, que estarão presentes em danças que compõe, dentro do
xote, baião, xaxado e rasta-pé. Contudo, todos esses elementos fazem parte da vida cotidiana
desses povos em que a presença dos textos narram a vida cotidiana dessas comunidades, em
especial, do agreste e sertão (sub regiões do Nordeste), aos quais representam o interior, cuja
localidade nos dá um clima semiárido, a partir de chuvas orográficas na região. Mas, essa cultura é
muito rica e suas músicas oferecem compasso binário simples, isto é, de dois tempos, coma
inclusão da música modal junto às escalas lídio e mixolídio. Portanto, há vários elementos que
determinam se o gênero é o pé de serra, considerando critérios como “músicais, sociais e culturais
e, pé de serra é o subgênero.
Existem classificações que podem definir “música indiana”, definidas geograficamente;
outras, como “música barroca”, definidas de forma histórica. Pode-se definir os gêneros musicais a
partir de requerimentos técnicos e musicológicos. Por outro lado, outros gêneros, são um tanto
vagos, que podem ser criados por críticos musicais; por exemplo, o post-rock, foi um termo
definido por Simon Reynolds. Outros, como a música de vídeogame, são definidos pela mídia
utilizada. Dessa forma, tais classificações são usadas com a finalidade de fazer a criação de unidade
entre músicas, pelas quais muitas vezes acabam surgindo de forma natural, ao passo que um
conjunto de elementos passam a ser utilizados de forma coletiva, de forma compartilhada,
constituindo significados para determinado grupo.
Na atualidade, nos cursos de música em universidades na Inglaterra, o estudo dos gêneros
musicais se dão a partir de 5 perguntas a serem respondidas, os cinco “W” s:
Em inglês – em português
What - O quê?
Who – Quem?
Where – Onde?
When – Qando?
Why – Por quê?
GÊNEROS MUSICAIS BRASILEIROS:
No Brasil há uma presença de estilos e gêneros musicais variados definidos
historicamente, geograficamente e musicalmente. Provavelmente já ouvimos frases que muitos de
nós já usamos em classificações para as canções que gostamos, ou que estamos acostumados a
ouvir. Quem não ouviu falar de frases similares ou parecidas com estas abaixo?
“Essa música é um brega paraense!”
“Adoro forró.”
“Eu gosto mesmo é de MPB.”
“A música pop é muito boa.”
“Em Pernambuco há muitos tipos de música: o frevo, o maracatu, o mangue-bit…”
OBSERVE AS IMAGENS A SEGUIR COM OS GÊNEROS MUSICAIS BRASILEIROS:
Diferentes gêneros musicais: brega paraense, forró, MPB, música pop, frevo de Pernambuco,
maracatu e mangue-bit.
Vamos falar da história de dois gêneros musicais, em especial, o forró e o rock brasileiro:
1)Forró:
O forró é considerado uma dança de origem nordestina, considerada tradicional, com o papel de
trazer animações, denunciar as mazelas do sertão e representar a região de modo geral. Assim,
esse estilo se populariza e ganha reconhecimento nacional e mundial.
Seu significado em termos da etimologia da palavra é que existem 3, atualmente, pois cada uma
delas é que:
Primeira: consiste na chegada dos ingleses ao Nordeste para trabalhar na construção da estrada de
ferro, no século XIX, em que as festas se davam de forma constante na região, porém eram abertas
a poucas pessoas. Não obstante, com o tempo, os acessos a essas festas foram sendo liberados, e
ao passo que eram permitidos, eram frequentes as palavras nos cartazes como “FOR ALL” – QUE
SIGNIFICA PARA TODOS.
Segunda: é muito semelhante a primeira. Mas, a distinção principal é que os responsáveis pelos
eventos eram soldados norte americanos. As festas aconteciam durante a segunda gerra mundial
(1939-1945).
Terceira: é a mais antiga, porque nelas vem do termo forrobodo, de origem africana e ficou
conhecido. Em meio aos estudos, é possível acreditar que significa “algazarra”, “festa pra ralé” e
“arrasta-pé”.
Daí, o forró possui várias danças (ritmos) que as compõe, os quais são:
Xaxado;
Coco;
Baião;
Arrasta-pé;
Quadrília;
Rojão;
Xote;
Vanerão;
Pisadinha;
De fato, muitos acreditam que o forró é reconhecido como uma dança e como um gênero que
atualmente e sempre vem trazendo retorno financeiro de qualidade aos artistas, empresários e
produtores musicais, por ser um dos setores da música que mais empregam pessoas, devido ser
dançante, ou seja, capaz de animar qualquer festa e eventos como um todo.
Os benefícios da prática forrozeira são os seguintes:
Queima calorias com seus passos;
É uma dança que exige técnica e para a voz uma respiração de muito esforço para o alcance das
notas;
Mantém o corpo em forma;
Segundo os benefícios que são mencionados, uma hora de forró é capaz de queimar grandes
quantidades de caloria. Todavia, o forró possui três subgêneros, os quais são:
Forró pé de serra;
Forró universitário;
Forró eletrônico;
Vamos comentar cada um:
Forró pé de serra: surge nos anos 40, pelo qual narra a carência do povo nordestino, cuja
população é do sertão e do agreste e, mais ainda do sertanista, devido à seca que castiga a região,
pelo clima ser semiárido, uma vez que o artista pioneiro é o Luíz Gonzaga (Rei do baião) em que as
danças que compõe são o baião, xote, xaxado e o arrasta-pé. Daí, seus principais artistas são: Luíz
Gonzaga, Dominguinhos, Nando Cordel, Flávio José, Jackson do Pandeiro, Genival Lacerda, Alcimar
Monteiro entre outros.
Seus instrumentos são:
Zabumba;
Triângulo;
Sanfona;
Forró universitário: surge entre os anos 80 e 90, uma vez que jovens da região Sul e Sudeste
resolvem fazer o forró de uma forma diferente, com influências do forró pé de serra, pelos quais
são estudantes de universidades. Daí, as danças que compõe são xote, baião e xaxado (menos
comum) e, a partir daí, eles fazem a inclusão da guitarra, baixo e violão, além da sanfona,
zabumba e triângulo com mais a bateria (em alguns casos).
Daí, eles sofrem influência do rock, samba e regue. Seus principais artistas são: Falamansa,
Arrasta-pé e Forróçacana.
Forró eletrônico: surge nos 90 e 2000, a partir do momento que ganha espaço nas áreas urbanas,
ou seja, as grandes cidades, com tons românticos e regionalistas, uma vez que a sanfona é
substituída pelo teclado, embora a sanfona seja um elemento marcante e símbolo no gênero. Daí,
as danças que compõe é o vanerão e a pisadinha e, seus principais artistas são: Matruz com Leite,
Garota Safada, Wesley Safadão, Aviões do Forró, Tarcísio do acordeon, Maguiníficos entre outros. 
2)Rock brasileiro:
É um gênero que narra os problemas da sociedade brasileira, romances, cotidiano e tudo mais.
Existem muitos estudos sobre a história deste gênero.
Anos 50:
Surgiu no dia 24 de outubro de 1955, pelo qual foi datado o marco inicial do rock
brasileiro em que foi lançado na voz de Nora Ney, a canção “Ronda das Horas”, cuja música é uma
versão de “Rock Around the Clock”, uma vez que um dos primeiros sucessos, foi gravado
originalmente por Bill Haley.
Daí, os brasileiros simpatizaram com uma novidade subversiva, considerada norte-
americana, após a inauguração do hit, assimilada por cantores como Caby Peixoto, em que seu
disco foi gravado em 1957, em especial, a primeira faixa, dentro do gênero “Rock and Roll em
Copacabana”, composta por Miguel Gustavo.
Foi adotado um lema principal que contestava os padrões da época, ao passo que uma
nova juventude começava a surgir. Além disso, as primeiras “baladas” rock’n’roll teve sua
concentração em shows regionais, festas de rádios e bailes, em que a moda era ainda dançar
juntinho, porém com movimentos ousados e rápidos.
Anos 60:
É nessa década que surge o primeiro sucesso do cenário do rock brasileiro, a partir de
vozes como a de Celly Campello, responsável pela popularização de canções como “Banho de Lua”
e “Estúpido Cupido”, pelo qual fez a abertura para o movimento da Jovem guarda nos anos 70,
cujo cabeça era o Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, com repertórios de músicas
românticas em BPM acelerado, isto é, em ritmo rápido conseguindo adoração nacional como
primeiro conjunto do Brasil.
Surge o tropicalismo também, em que seus músicos e cantores eram Caetano Veloso e
Gilberto Gil, uma vez que se trata de uma revolução musical, com a criação de novo estilo, a partir
da fusão da guitarra elétrica, em reação a ala mais radical da MPB, a partir da inserção de gêneros
tradicionais e raízes nacionais.De fato, surge bandas como Os Mutantes, formados por Amado Batista, Sérgio Dias e Rita
Lee, pelos quais foram as mais cultuadas no mundo todo até os dias atuais, pelos quais são
consagrados com um estilo que inclui temas psicodélicos, Beatles, música concreta, erudita e até
o samba.
Em 1967, no mês de junho, foi inaugurada a casa de shows Canecão, cuja empresa era no
Rio de Janeiro, pela qual era famosa marcando uma nova era ao passo que as festas saíam dos
clubes locais em direção aos estabelecimentos específicos, próprios para receber concertos de
rock. 
Anos 70:
Começou com grandes mudanças e, artistas como Raul Seixas, começava a surgir. Daí, o
artista baiano traz em sua carreira, estilos que são voltados ao esoterismo e puras provocações,
uma vez que conquista jovens com seu estilo debochado. Em meio a entrada dessa década, Rita
Lee cria a banda Tutti Frutti e torna-se a grande dama do rock nacional.
Assim, em meio a esses tempos, Secos e Molhados fazem adaptações do estilo glitter rock
de Bowie à música folclórica, o que contribui para criação de sucesso nunca visto antes.
Os anos 70, foi marcado pela Jovem Guarda, tropicalismo e milagre econômico (Governo
Médici) entre outros ocorridos. Mas, o hard-rock e o progressivo, ganham força, a partir das
escalas menores e pentatônicas e, seus músicos são Analdo Baptista e Sérgio Dias e suas
respectivas bandas. O pré-punk surgia em 1977, com o Joelho de Porco e suas sátiras.
O fim emblemático dos Beatles sucedeu nesta época e ajudou na transição entre o rock
básico, com letras simplórias ao mais complexos, com instrumentos melhores, com ajudas
orquestrarias (como no caso do Deep Pulple), com a presença de muitos sintetizadores, utilizados
para criar os sons eletrônicos. 
Anos 80:
Antes de tudo, os anos 80, foram marcados por muitos acontecimentos, uma vez que é
conhecida como a década perdida, pela qual teve muitos entraves na política, na economia e tudo
mais. Daí, o país foi para o FMI (Fundo Monetário Internacional), teve a casação do mandato do
Fernando Collor de Melo e, nas artes, em especial, na música, os artistas se uniram para criticar em
suas letras a fim de cobrar por uma sociedade mais justa e, o ano principal, considerado crucial,
graças a um acontecimento, mudou a vida de muitos artistas, cuja ocorrência era a criação do Rock
In Rio (maior concerto de rock de todos os tempos). Daí, a estimativa na época foi de um milhão e
meio de público durante dez dias de música. Além disso, a juventude passa ter mais orgulho das
produções locais, ao passo que os estúdios e gravadoras começaram a lucrar, além da nação entrar
em turnês internacionais de grande porte.
Os expoentes eram a banda Utraje a Rigor e a RPM, que gravou o disco “Rádio Pirata Ao
Vivo” e foi recordista de vendas de qualquer gênero no Brasil, com a somativa de 2,2 milhões de
cópias comercializadas.
Daí, a Legião Urbana começava a lançar seu primeiro álbum, mostrando que os ideais de
punk continuavam fortes, do mesmo modo que a banda Garotos Podres, Ira, Camisa de Vênus,
Replicantes, Plebe Rude e Cólera. 
Anos 90:
É marcado por grandes acontecimentos, por exemplo, a eleição do Itamar Franco, Fernando
Henrique, revolução na indústria automobilística e muitos outros. Na música, houve o segundo
Rock in Rio e, durante o início da década de 90, surge uma potência mundial do heavy metal: O
Sepultura, pelo qual foi a tração do Rock In Rio 
O SOM E SEUS PARÂMETROS:
O som é uma onda capaz de se propagar pelo ar e outros meios, os quais se dão a partir
das vibrações de suas moléculas, cujas ondas sonoras são perceptível quando chegam no nosso
aparelho auditivo, traduzidos por estímulos elétricos e direcionados ao nosso cérebro, que são
responsáveis por interpretar características sonoras, isto é, destes sons.
Daí, o som possui quatro qualidades, as quais são TIMBRE, DURAÇÃO E INTENSIDADE.
Vamos definir cada uma delas.
-ALTURA: São capacidades que o som apresenta, uma vez que se trata de “agudos” ou “graves”.
Contudo, depende da frequência sonora, produzido por ondas, medida em hertz. Portanto, o
movimento de subida e descida nos dá a ideia que consiste na criação dessas melodias na música.
As ditas escalas têm relação estreita com parâmetros da altura. A escala de dó (DÓ RÉ MÍ FÁ SÓL
LÁ SÍ DÓ), criada dentro de uma (nossa) cultura ocidental, é uma organização de frequências de
onda, pelas quais a nota lá, por exemplo, tem frequência igual a 440 HZ (hertz), ou seja, 440 ciclos
por segundo, ou também 440 s-1.
No Japão e na China, eles utilizam a escala de 5 notas, pois trata-se de uma tradição, uma vez que
existem diferentes formas de organizar essas escalas. OBSERVE A IMAGEM A SEGUIR:
A partir das imagens é correto afirmar que são instrumentos que possuem alturas diferentes, nos
quais são orientais. Dessa forma, é essencial que tenhamos uma boa noção de altura.
1)Espectro audível:
Em aproximadamente 20 e 20.000 hetz, o ser humano tem a capacidade de ouvir frequências.
OBSERVE A IMAGEM COM O ESPECTRO AUDÍVEL:
Os sons não audíveis pelo ser humano se encontra abaixo ou acima dessas frequências.
A partir dessa imagem é correto afirmar que trata-se de uma amostra de sons, que são
produzidos por um instrumento; carro e navios, pois cada um possuem uma altura diferente e,
altura é diferente de volume, isto é, de intensidade (iremos ver adiante). De fato, é possível
classificar que o transporte aquático tem uma sonoridade grave, o carro com som médio e o
violino pertencente ao agudo. OBSERVE A IMAGEM COM AS ONDAS SONORAS AGUDA, MÉDIA E
GRAVE.
 
A partir dessa imagem, podemos inferir que o som grave tem um alto cumprimento de
onda, logo, uma baixa frequência. E, o agudo um baixo cumprimento de onda, portanto, uma alta
frequência.
Exemplo, o tenor e o soprano se encaixam nessas altas frequências, com baixo
cumprimento de onda e, baixo e barítono grave, baixas frequências e altos cumprimentos de
ondas.
O som médio possui um cumprimento de onda igual ao da frequência, pois ficam entre a
baixa e alta frequência, por exemplo, barítono grave e agudo fazem parte desse grupo. A partir
dessa ideia, há uma velocidade que atua quando as ondas se propagam, pela qual existe uma
fórmula na física para calcular essa velocidade de propagação, pela qual é calculada por:
A partir dessa fórmula, podemos concluir que V (VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO), λ
(CUMPRIMENTO DE ONDA) e f (FREQUÊNCIA). Além disso, a música é movida pela energia cinética,
cuja manifestação se dá a partir do movimento, o que contribui para ser uma manifestação
enérgica que é provocada pelo som dos instrumentos, voz, paisagem sonora e tudo mais.
-DURAÇÃO: Está relacionado com aquela questão do som curto ou longo, no qual se trata da
capacidade a partir da frequência de sons que cria os distintos ritmos musicais, com durações
diferentes. além disso, esse parâmetro está ligado, intimamente, com o TEMPO, pelo qual esse
elemento depende desse tempo que transmite a vibração (ou de vibração) referente a fonte
sonora, o que acarreta um fenômeno denominado resonância, possuindo ressonância curta ou
longa.
Na música do Ocidente, as figuras de duração (semibreve, mínima, semínima,…), tiveram suas
durações grafadas. OBSERVE AS IMAGENS A SEGUIR:
-INTENSIDADE: É quando relacionamos com aquela capacidade de identificar se é forte ou fraco.
Daí, eles podem se tornar insuportáveis uma vez emitidos em elevado “volume”, contudo os sons
de qualquer natureza. Todavia, o certo é se dizer que determinados sons possuem níveis elevados
de pressão sonora, ou com grandes intensidades.
De fato, para medi-los, existe uma unidade de medida, chamada de DECIBEL-Db e, isso
siginifica que consiste em uma razão entre duas quantidades, pelas quais são usadas para uma
grande quantidade de medições em acústica, física e eletrônica.Destarte, a sua utilidade aparece
mais nas intensidades do som. OBSERVE AS IMAGENS A SEGUIR:
-TIMBRE: É aquele parâmetro que tem a capacidade de personificar o som, dar a identidade e
reconhecer qual o instrumento ou fonte sonora. Além disso, o timbre pode ser a qualidade de
diferenciação de instrumentos e vozes de um dos outros. OBSERVE A IMAGEM A SEGUIR COM OS
DIVERSOS TIMBRES:
EXERCÍCIO:

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