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REGIMENTO INTERNO DO TRT-BA Poder Judiciário. Das Disposições Preliminares. Poder Judiciário O Brasil adota o Princípio da Unicidade de Jurisdição, que significa que somente o Poder Judiciário pode analisar as questões trazidas à sua apreciação e decidir definitivamente e de forma obrigatória para as pessoas envolvidas As “parcelas” da jurisdição são distribuídas entre diferentes órgãos, sempre integrantes do Poder Judiciário. Essa parcela é chamada de competência. As regras de competência nos dizem qual órgão será o responsável por julgar, em cada caso. A atribuição de competência é definida em função da matéria; outras vezes, a competência é definida em função da pessoa envolvida; e, em outros casos, a competência é definida em função do território. Hoje no Brasil existem 24 Tribunais Regionais do Trabalho. O TRT da 5ª Região exerce sua jurisdição sobre todo o estado da Bahia. Subordinados aos TRTs há Juízes do Trabalho. Todos os Juízes do Trabalho, que também são considerados órgãos do Poder Judiciário, julgam originariamente controvérsias decorrentes das relações de trabalho. OBS: Essa competência foi ampliada em 2004 por meio da Emenda Constitucional nº 45, e hoje a Justiça do Trabalho julga controvérsias que envolvam quaisquer relações contratuais em que alguém presta serviços por conta de outrem, alienando sua capacidade de produção em troca de dinheiro. Das Disposições Preliminares do Regimento Art. 1º São órgãos da Justiça do Trabalho da Quinta Região: I - o Tribunal Regional do Trabalho; II - os Juízes do Trabalho No caso do art. 1º, o Regimento Interno está chamando o conjunto de órgãos julgadores de Justiça do Trabalho da 5ª Região, enquanto os órgãos de Segundo Grau estão sendo chamados de TRT. Art. 2º O Tribunal Regional tem sede na cidade de Salvador e jurisdição no território do Estado da Bahia. A sede é onde se encontram as estruturas de Segundo Grau de Jurisdição do Tribunal. É nela que funcionam os órgãos recursais, a Presidência, etc. A jurisdição, no sentido trazido pelo dispositivo, é o limite geográfico da competência do Tribunal. Art. 3º As Varas do Trabalho têm sede e jurisdição fixadas em lei e estão, administrativamente, subordinadas ao Tribunal. São chamados de Vara do Trabalho o local onde o Juiz do Trabalho normalmente exerce suas atividades. A Vara é composta por uma estrutura de apoio à atividade judicante, normalmente chamada de Secretaria, ou, algumas vezes, de cartório judicial. Art. 4º Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Varas do Trabalho, os Juízes de Direito são os órgãos de Administração da Justiça do Trabalho. O art. 4º do Regimento Interno abre uma exceção quando menciona a possibilidade de o Juiz de Direito exercer a jurisdição trabalhista, quando não houver Vara do Trabalho no local. REGIMENTO INTERNO DO TRT-BA Art. 6º São órgãos do Tribunal: I - o Tribunal Pleno; II - o Órgão Especial; III - a Seção Especializada em Dissídios Coletivos; IV - as Seções Especializadas em Dissídios Individuais (I e II); V - as Turmas; VI - a Presidência; VII - a Vice-Presidência; VIII - a Corregedoria; IX - a Vice-Corregedoria; X - o Juízo de Conciliação de Segunda Instância. XI - a Escola Judicial. Essa exceção é estabelecida pela própria Constituição, em seu art. 112: A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. Nos locais onde não há Varas do Trabalho, portanto, a jurisdição trabalhista será exercida pelos Juízes de Direito. Os recursos às decisões proferidas por esses magistrados, entretanto, seguirão para o TRT, e não para o Tribunal de Justiça. Da Organização do Tribunal. Da Administração do Tribunal. Da Organização do Tribunal Art. 5º O Tribunal é composto por vinte e nove Desembargadores, nomeados pelo Presidente da República, com atribuições e competências definidas na Constituição Federal, nas leis da República e neste Regimento. No caso do art. 5º, o Regimento Interno está referindo o termo “Tribunal” apenas aos órgãos de Segundo Grau. IMPORTANTE: O TRT-BA É composto por 29 Desembargadores, e eles são nomeados diretamente pelo Presidente da República. O Que são Desembargadores? Art. 9º O Tribunal tem o tratamento de egrégio Tribunal e seus membros, com a designação de Desembargadores do Trabalho, o de Excelência. Os Desembargadores do Trabalho são Juízes do Trabalho que foram promovidos e tornaram-se julgadores de Segundo Grau compondo o Tribunal. Uma parte dos Desembargadores, entretanto, tem origem diferente: trata-se do quinto constitucional. A Constituição Federal determina que um quinto (20%) dos Desembargadores que compõem o Tribunal não são magistrados de carreira. O Tribunal tem assentos destinados ao Ministério Público e a advogados, e sempre que um desses assentos fica vago, é feito o procedimento para nomeação de um Procurador do Trabalho ou de um advogado para tornar- se Desembargador. ATENÇÃO: O TRT-BA é composto por 29 magistrados, chamados de Desembargadores do Trabalho. TRATAMENTO NO TRIBUNAL: Tribunal – EGRÉGIO e Desembargador – EXCELÊNCIA REGIMENTO INTERNO DO TRT-BA O Tribunal Pleno (ou simplesmente Pleno) é composto por todos os Desembargadores do Trabalho, mas apenas por eles, e não pelos Juízes do Trabalho (magistrados de Primeiro Grau). Turmas e Seções Especializadas, também chamadas de órgãos fracionários: no segundo grau os julgamentos são realizados, em regra, de forma colegiada. O Órgão Especial é formado por um grupo de Desembargadores que desempenham funções sob delegação do Pleno. Este órgão existe em Tribunais um pouco maiores, para desburocratizar algumas decisões menos importantes. A Presidência, a Vice-Presidência, a Corregedoria Regional e a Vice-Corregedoria Regional são cargos de direção do Tribunal. O Juízo de Conciliação de Segunda Instância é composto por 2 Desembargadores (Conciliador e Vice-Conciliador), designados pelo Presidente do Tribunal para exercer mandato de 2 anos. Suas atribuições estão relacionadas a tentativa de conciliação de litígios e a homologação o de acordos, se for o caso, a requerimento dos interessados, em processos que estejam na segunda instância. A respeito da Escola Judicial: Art. 8º A Escola Judicial está vinculada a Presidência do Tribunal e objetiva, na forma do Regulamento, o aprimoramento técnico-cultural de magistrados e a capacitação e desenvolvimento de servidores na área jurídica. A Escola Judicial desenvolve atribuições relacionadas a capacitação e aprimoramento não só dos magistrados, mas também dos servidores da área jurídica, oferecendo cursos a distância e presenciais, bem como cursos de pós-graduação. § 1º O Diretor e o Vice-Diretor da Escola Judicial serão eleitos entre os Desembargadores do Trabalho, pelo Tribunal Pleno quando da escolha dos desembargadores integrantes da Mesa Diretora do Tribunal com mandato de 2 (dois) anos. É importante saber que tanto o Diretor e o Vice-Diretor da Escola Judicial, quanto os membros da Comissão de Vitaliciamento são eleitos na mesma ocasião da eleição dos ocupantes do cargo de direção, e cumprem mandato de 2 anos, devendo sua posse ocorrer perante o Presidente do Tribunal, no primeiro dia útil subsequente a posse da Mesa Diretora. Comissão de Vitaliciamento: é responsável pela avaliação dos magistrados que ainda não são vitalícios, ou seja, os juízes que ainda não completaram 2 anos de efetivo exercício. Art. 10. Os Desembargadores usarão vestes talares nas sessões, na forma e modelo aprovados pelo Tribunal. Parágrafo único. A toga de gala será usada nas sessões solenes do Tribunal destinadas a posse da Mesa Diretora, dos Desembargadores nomeados para compor o Tribunal e naquelas designadas para a entrega das Comendas da Ordem do Mérito Judiciáriodo Trabalho da Bahia A toga de gala é utilizada apenas em ocasiões muito solenes. Perceba que o Regimento Interno determina o uso dessas vestes em apenas duas ocasiões: posse da Mesa Diretora e dos Desembargadores, e entrega das Comendas da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho da Bahia. Art. 12. Haverá sempre Desembargador plantonista, nos dias sem expediente forense, que apreciará as medidas urgentes destinadas a evitar o perecimento do direito ou assegurar a liberdade de locomoção, bem como para apreciar medida liminar em dissídio coletivo de greve. REGIMENTO INTERNO DO TRT-BA ATENÇÃO: O Desembargador plantonista atuará nos dias sem expediente forense, apreciando os seguintes feitos: a) Medidas urgentes destinadas a evitar o perecimento do direito; b) Medidas urgentes destinadas a assegurar a liberdade de locomoção; e c) Medida liminar em dissídio coletivo de greve. Durante o plantão não pode haver decisões que envolvam o levantamento de importâncias em dinheiro ou valores e nem a liberação de bens apreendidos. O que é um dissídio de greve? Essa ação ocorre no âmbito de uma negociação coletiva de trabalho, ou seja, diante de uma negociação entre patrões e trabalhadores. Quando houver impasse nas negociações, as partes podem, de comum acordo, ajuizar o dissídio coletivo, e nesse caso o Poder Judiciário decidirá quais serão os termos aplicáveis ao acordo. Na atualidade, a Constituição confere também ao Ministério Público do Trabalho a competência para ajuizar dissídio coletivo, caso haja greve em atividade essencial, com possibilidade de lesões do interesse público. A atuação do Desembargador plantonista é pontual, resumindo-se a decisão urgente. Ele não fica vinculado ao processo no qual decidiu nessas condições. Como é feita a escolha do Desembargador plantonista? §2º No período do recesso, as atividades do plantão da segunda instância serão exercidas pelos Desembargadores integrantes da Mesa Diretora e, nos finais de semana e feriados, por aqueles não integrantes, em sistema de rodízio, observando-se a ordem decrescente de antiguidade. O plantão não excederá de dois dias por Desembargador. RECESSO DO TRIBUNAL - A função de plantonista será desempenhada pelos integrantes da Mesa Diretora (Presidente, Vice-Presidente, Corregedor e Vice-Corregedor); - Critério de antiguidade FINS DE SEMANA E FERIADOS - Os plantonistas serão os demais Desembargadores, em sistema de rodízio, por 2 dias cada um, do mais antigo para o mais novo. Como funciona esse plantão? O Desembargador plantonista não precisa ficar o tempo inteiro na sede do Tribunal. O Regimento Interno confere ao plantonista a prerrogativa de permanecer em local de sua escolha, desde que fique de sobreaviso, ou seja, à disposição para comparecer quando for necessário. Deve ainda haver um oficial de justiça a disposição do Plantonista. A designação do plantonista é realizada por meio de comunicação publicada na imprensa oficial, no site do Tribunal e em quadro de avisos em sua sede. Na comunicação deve constar o nome do Desembargador que fará o plantão, o nome do servidor a ele vinculado e os números dos telefones de contato. Se a designação recair sobre Desembargador que esteja em férias ou afastado da função, o plantão será realizado por seu substituto. Se não houver substituto, a ordem de designação será transferida para o primeiro plantão após o seu retorno.
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