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PROVA V1 _ TEORIA DO CRIME

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PROVA: DIREITO PENAL TEORIA DO CRIME
1. Acerca dos Princípios do Direito Penal estudados na disciplina Teoria do Crime até a presente data, disserte acerca do caso concreto abaixo: (2,0pts) _ Mínimo 25 linhas digitadas.
REPORTAGEM
DESFILE DO MONOBLOCO TERMINA COM 94 DETIDOS POR XIXI NA RUA.
Entre as pessoas levadas para a delegacia há 7 mulheres e um espanhol. Em um mês, mais de 800 pessoas foram detidas por urinarem nas ruas.
Fiscais da Secretaria de Ordem Pública (Seop) encaminharam para a delegacia 94 pessoas que faziam xixi na rua durante o desfile do Monobloco, neste domingo (17), no Centro do Rio. De acordo com a prefeitura, a maioria foi flagrada pelos agentes a menos de 50 metros dos banheiros químicos instalados para o bloco. Entre os detidos há sete mulheres e um turista espanhol.
O Monobloco encerrou a maratona carnavalesca no Rio de Janeiro com uma apresentação que levou 500 mil pessoas à Avenida Rio Branco. O Blue Man Group também participou do espetáculo.
Os detidos foram levados para a 6ª DP (Cidade Nova). Segundo a prefeitura, a polícia pode autuar quem for visto fazendo xixi na rua por ato obsceno ou dano ao patrimônio público. Desde 20 de janeiro, quando teve início o circuito de blocos, já foram levados para a delegacia 808 ‘mijões’ (...).
Fonte: G1 — globo.com. 17 de fevereiro de 2013
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/carnaval/2013/carnaval-de-rua/noticia/2013/02/desfile- do-monobloco-termina-com-94-detidos-por-xixi-na-rua.html
CASO: “SURDO NA MINHA SALA NÃO!”
Professora que se recusou aceitar um aluno surdo em sala de aula. É questão que enfrenta a discriminação ao portador de deficiência e a vedação à analogia in malam partem. Ver art. 8º, inciso I, da lei nº 7.853/89 (STJ. Resp nº 1022478/SP. Relatora Ministra Maria Thereza de Assis Moura. 6ª Turma. Julgamento: 22/09/2011. Publicação: 09/11/2011).
É patente o preconceito e discriminação nos casos apontados, primeiro na reportagem em que frisa-se a questão de haver mulheres e uma pessoa estrangeira, como se fossem aberrações, o segundo caso é ainda mais bizarro, para não dizer repugnante, demonstrando que o preconceito ocorre não somente por raça, mas também por gênero, etnia ou condição física limitada, por isso, nas nº 9.459 de 1997, dispõe-se em seus artigos os termos etnia, religião e procedência nacional, e ampliou a proteção da lei para vários tipos de intolerância, bem como o STF ampliou, recentemente para gênero ou opção sexual na ADO 26.  Cabe ressaltar que, nesses crimes não cabe o ANPP, pois estão contidos no rol dos crimes hediondos ou equiparados. Estas normas foram preceituadas a fim de salvaguardar os objetivos fundamentais positivados na Constituição Federal, bem como de promover o bem de todos e preservar a dignidade humana. Segundo Alberto Dines0F[footnoteRef:1], a palavra preconceito vem do latin ”preaconceptu” e faz referência a um prévio julgamento, ou seja, sem nem conhecer a pessoa, o racista ou preconceituoso possui um reflexo pré concebido sobre ela. Onde, há uma determinada antecipação no julgamento sobre a cor, deficiência, gênero ou procedência da pessoa, o que implica em ofensa à sua moral e a sua dignidade. Ainda para o autor embora não defenda a visão do STF sobre reconhecer homofobia como racismo, devido ao princípio da legalidade da lei penal, há que se trazer à baila três sistemas que exploram a sociedade: a desigualdade social, a opressão pelo patriarcado, e o forte preconceito, que reforçam o processo de vitimização que a população está submetida. Em outra senda, o princípio da teoria do delito preza pela igualdade na punição para todos, e nos casos narrados, tanto o jornalista quando a professora cometeram crime de preconceito e discriminação, a Lei “Afonso Arinos”, lei 1390/5,1, foi a primeira a trazer para o ordenamento os crimes de preconceito, começando com raça e cor, logo após em 85 foi alterada abrangendo o preconceito de estado civil ( contra mulheres separadas) e sexo, que inclusive ainda está em vigor. Assim, o preconceito viola também o princípio da igualdade, mas não se pode fazer analogia “in malan parten” e tratar contravenção penal como crime de racismo, posto que isto é vedado no direito penal, pois prejudica o réu. Veja, os artigos da lei 1390/51 transformou os, anteriormente crimes, em contravenções penais, condutas com penalidades menores e mais brandas, já o racismo, crime, está previsto na lei 7716/89, ou seja, tentar classificar o rol daquele neste, seria fazer uma analogia in malan parten. [1: Dines, A. (1996/1997). Mídia, civilidade, civismo. In J. Lerner, J. (Org.), O preconceito (pp. 36-46). São Paulo: Imprensa Oficial do Estado. P.46.] 
2. Acerca dos Princípios do Direito Penal estudados na disciplina Teoria do Crime até a presente data, disserte acerca do caso concreto abaixo: (2,0pts) _ Mínimo 25 linhas digitas / Obrigatório a citação de Jurisprudência relacionada ao tema em comento.
REPORTAGEM
Para Supremo, furto de pequeno valor não é crime.
Furtos de pequeno valor não devem ser considerados crimes, conforme já se manifestaram todos os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em julgamentos do tribunal. Levantamento do próprio Supremo mostra que em ao menos 14 casos julgados em 2008, a Corte considerou “insignificante” os delitos praticados.
Ao analisar recursos (habeas corpus) que chegaram à Corte, os ministros mandaram arquivar ações penais que corriam na primeira instância (etapa inicial do processo), mandando soltar aqueles que ainda estavam presos por casos como o furto de um violão, de um alicate industrial, entre outros.
Os recursos chegaram ao Supremo após passar por todas as instâncias — normalmente três.
A conduta, já pacificada entre os ministros da cúpula do Judiciário brasileiro, não deve ser obrigatoriamente seguida pelos demais magistrados do país. Serve, porém, como uma clara sinalização às instâncias inferiores para que deixem de aplicar penas em casos de crimes considerados de “bagatela” (baixo valor). Caso contrário, suas decisões serão revertidas quando chegarem ao STF.
Também é uma tentativa do Supremo de mostrar que não são apenas os ricos e que têm acesso a advogados que conseguem decisões favoráveis no tribunal. O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, recebeu críticas em 2008 por ter mandado soltar por duas vezes o banqueiro Daniel Dantas.
Os casos de crimes de “bagatela”, porém, são analisados individualmente, já que as razões que levam à prática dos pequenos furtos podem variar. “Normalmente, essas pessoas são movidas por extrema carência material e eu sou muito sensível a isso. São casos em que o princípio da insignificância deveria ser aplicado na análise da ação penal, ainda na primeira instância”, disse o ministro Carlos Ayres Britto.
O princípio aplicado considera “irrelevante” os casos em que o envolvido não apresenta “a mínima ofensividade, nenhuma periculosidade social, reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e inexpressividade da lesão”, de acordo com definição do ministro Celso de Mello. A Folha teve acesso aos processos dos considerados crimes de bagatela. O furto de uma garrafa de catuaba, uma garrafa de conhaque, um saco de açúcar e dois pacotes de cigarro, produtos com valor de R$ 38, por exemplo, chegou ao STF no ano passado. Em outro caso, os ministros julgaram o furto de uma carteira com documentos e R$ 80 em espécie.
Todos os dez ministros da Corte que compõem as duas turmas existentes no tribunal já se manifestaram contrários a tipificação de crime em casos como esses. Gilmar Mendes, que não participa das turmas, também defende a insignificância desses crimes.
“Temos reconhecido que é crime de bagatela e afastamos a ilicitude do caso. Mas precisamos sempre observar as circunstâncias”, diz o ministro Marco Aurélio Mello. “O STF tem feito uma distinção entre o formal e o material. Formalmente é crime, materialmente, não”, complementa Britto.
A análise destes casos pelo Supremo reflete a atual situação do Judiciário no país. Reportagem da Folha de dezembro de 2008mostrou que há estimativa de que até 9.000 pessoas seguem presas mesmo com suas penas já cumpridas.
Levantamento do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) também mostra que, pelo excesso de processos, 60% das ações não são analisadas no ano em que são protocoladas.
O Supremo também aplicou o princípio da insignificância a militares criminalizados pelo porte de pequenas quantias de droga. Em um desses casos, por exemplo, um ex- soldado gaúcho foi condenado pela Justiça Militar a um ano de reclusão pelo porte de 26 mg de maconha, o que foi revertido no STF.
Nestes casos, porém, não há unanimidade. Muitos dos ministros consideram que o uso de drogas em serviço compromete a atuação profissional.
Fonte: Folha de São Paulo. 21 de março de 2009. http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u538359.shtml
CASO: Aplicação do princípio da insignificância.
Mão leve no valor de R$ 29,00: 2 gaiolas e 4 passarinhos (STF. HC nº 107184/RS. Relator Ministro Gilmar Mendes. Segunda Turma. Julgamento: 18/10/2011. Publicação: 21/11/2011).
Caso de furto no qual, não obstante o reduzido valor do objeto sobre o qual incidiu o crime, não se aplicou o princípio da insignificância devido à qualificadora que se caracterizou por arrombamento de veículo com chave falsa (STJ. HC nº 145397/MG. Relatora Ministra Maria Thereza De Assis Moura. Sexta Turma. Julgamento: 13/12/2011. Publicação: 19/12/2011).
Ante à narração dos fatos nos dois casos, é patente a vulneração do princípio da igualdade processual em comparação ao dois, no que tange à diferença de resultado nos julgamentos dos casos, sobre a aplicação do princípio da insignificância. O princípio da insignificância ou o princípio Bagatelar, tem o sentimento de excluir um crime do mundo típico, ou seja, não considera o comportamento um crime e, portanto, seu comportamento não será punido. O pedido resulta então na inocência do arguido, não apenas na redução, substituição ou não execução da pena. Para utilizar esse instituto, alguns requisitos devem ser atendidos, tais como: a mínima reprovação da conduta do agente; a ação não tem perigo social; a reprovabilidade do comportamento é extremamente baixa e o dano jurídico causado também é difícil de expressar. A sua aplicação é razoável, pois o Direito Penal não deve tratar de comportamentos que gerem resultados de mínima depreciação, por não significar prejuízo significativo ao património jurídico relevante, estando por isso sujeito a prejuízo significativo ao réu. para manter a integridade da própria ordem social. Em agravo aplicou-se conforme exemplo abaixo.
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. FURTO DE R$ 2,95 (DOIS REAIS E NOVENTA E CINCO CENTAVOS) EM MOEDAS. RESTITUIÇÃO A EMPRESA VÍTIMA. ESCALADA E ROMPIMENTO DE OBSTÁCULO. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. CASO CONCRETO. ATIPICIDADE MATERIAL.
AUSÊNCIA DE PERICULOSIDADE SIGNIFICATIVA DA CONDUTA DO AGENTE.
EXCEPCIONALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
O princípio da insignificância é um benefício real no campo do crime, razão pela qual não há como analisar o passado criminoso de um agente, e seria impossível punir o mesmo autor por cometer crimes de pequena escala na Ordem criminal. Em certas circunstâncias, isso é crucial, porque de acordo com o plano, as pessoas reccorrentes na prática criminosa não têm o direito de obter benefícios legais. Em espécie, esse comportamento se refere ao furto. Portanto, embora à primeira vista a existência do qualificador possa impedir o reconhecimento da atipicidade substantiva do comportamento, uma análise comum da situação mostra que não há dano aos fatos presumidos, sendo recomendável aplicar o princípio da falta de sentido. Conforme ocorreu no HC 553.872/SP. O Tribunal Superior decidiu que o princípio da insignificância não se aplica ao crime de roubo, porque o comportamento é mais reprovável, neste caso, escalar, quebrar ou quebrar o obstáculo do agente ou competição indica que o comportamento tem uma possibilidade especial e não é aplicável “O princípio da desimportância” (HC 414.199 / SP, DJe 27/09/2017); b) STF: “(...) No caso anterior, foi constatado que o crime foi cometido por um paciente que violou a barreira , O que também elimina a ocorrência de princípios irrelevantes "(HC 131.618 / MS, DJe 13/05/2016). Mas veja que neste caso tratava-se de roubo, o furto no caso acima, caberia plenamente, em que pese a qualificadora, o princípio da insignificância devido ao bem jurídico afetado, bem como, presando pela não criminalização do indivíduo. 
3. Acerca dos Princípios do Direito Penal estudados na disciplina Teoria do Crime até a presente data, disserte acerca do caso concreto abaixo: (2,0pts) _ Mínimo 25 linhas digitas / Obrigatório a citação de Jurisprudência relacionada ao tema em comento.
REPORTAGEM
POLÍCIA PRENDE TRÊS POR EXPLORAÇÃO DE PROSTITUIÇÃO EM TERMAS NA ZONA SUL
Entre os detidos, dois permanecem presos e um foi liberado após fiança. Operação do Ministério Público ocorreu em Copacabana e Ipanema.
Duas mulheres e um homem, que trabalhavam como gerentes, foram presos em flagrante na madrugada desta sexta-feira (15), por explorar a prostituição em termas de Copacabana e Ipanema, na Zona Sul do Rio, segundo a Polícia Civil.
Doze termas foram percorridas pela operação, desencadeada às 22h pelo Ministério Público, com o apoio de cem policiais de policias da 12ª DP (Copacabana) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI).
Permanecem presos dois gerentes: da Centauros, em Ipanema, e da Termas L’uomo, em Copacabana. Um outro gerente da Centauros foi preso, mas acabou solto após pagamento de fiança. Segundo o MP, havia 90 garotas de programa no local, onde foram apreendidos R$ 290 mil, além de uma pequena quantidade de euros e dólares. Na termas L’uomo, os policiais encontraram R$ 3 mil e um gerente foi preso.
Em sete termas houve apreensão de documentos e computadores por apresentarem irregularidades. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 5ª Vara Criminal.
Os outros locais vasculhados foram Copacabana Termas Spa, Café Sensoo, La Cicciolina, Barbarella, Erotika, Don Juan, Termas Casablanca, Boate Miami Show, Boate Calábria e Boate 204, todas situadas em Copacabana.
De acordo com o Ministério Público, o objetivo da ação foi arrecadar provas para a fundamentação de uma ação penal contra os donos dos estabelecimentos. O crime previsto é de exploração da prostituição, cuja pena é de 2 a 5 anos de prisão.
De acordo com o MP, “há certa tolerância e indiferença com os prostíbulos”. No requerimento encaminhado à Justiça, os promotores alertaram que, na maioria dos casos, “esses estabelecimentos são utilizados não só para fins de exploração sexual, mas também para exploração sexual de adolescentes, lavagem de dinheiro de grupos mafiosos, tráfico de drogas, porte de armas de fogo e corrupção policial”.
Fonte: G1-globo.com. 15 de junho de 2012.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/06/policia-prende-tres-por-exploracao-de- prostituicao-em-termas-na-zona-sul.html
CASO: CASA DE TOLERÂNCIA: E QUANDO A SOCIEDADE TOLERA?
Aplicabilidade da adequação social ao art.229 do CP e mudança dos crimes sexuais com a L.12.015/09 (TJ/MG. Apelação Criminal n° 1.0479.05.103087-8/001. Relator Desembargador Alexandre Victor de Carvalho. 5ª Câmara Criminal. Julgamento: 23/08/2011. Publicação: 05/09/2011).
Casa de prostituição
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente:
Pena – reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
A doutrina classifica como crime ordinário, formal, de forma livre, tolerante (geralmente), habitual, subjetivo único e multi-entidade. O crime inclui a manutenção de um local onde ocorre a exploração sexual. O agente pode cometer o crime diretamente ou por meio de terceiro - neste caso, o terceiro só é responsável pelo crime se tiver conhecimento da exploração sexual na empresa. Da mesma forma, se o proprietário não souber o fato de que o gerente usousuas instalações comerciais para exploração sexual, ele não será responsabilizado - a responsabilidade criminal estrita do proprietário também não é aceita. Há a intenção de lucro na implementação do comportamento, mas não é necessária. A Lei nº 12.015 / 09 trouxe alterações nos locais onde ocorre a exploração sexual, locais de prostituição ou locais de reunião destinados a fins de reunião. Como resultado, a incidência aumentou. Entre os princípios aplicáveis ​​ao direito penal, encontra-se o princípio da adequação social, cujo principal defensor no dogma mundial é o penalista alemão Hans Welzel 1F[footnoteRef:2]. É uma portadora de princípios que incentiva os intérpretes de direito penal a refletirem sobre a relevância social das ações que serão punidas em juízo. Desse ponto de vista, esse raciocínio é construído de forma que, mesmo que seja representado por um comportamento ilegal, não pode punir comportamentos que nada têm a ver com a sociedade. A doutrina acerca do princípio da adequação social parte da premissa de que comportamentos que nada têm a ver com a sociedade correspondem a comportamentos socialmente apropriados. Por conta desse princípio, a suficiência social do comportamento não permite a verificação efetiva de julgamentos típicos e os enquadra como objeto de punição criminal. Portanto, comportamento aceito na sociedade não pode ser considerado um crime. O debate acadêmico derivado do princípio da adequação social tem uma ampla gama de aplicações na vida. De fato, muitos réus foram acusados ​​do crime de compra e venda de CDs ou DVDs "piratas". Nesse caso, a “pirataria” urbana se tornará um crime de violação de direitos de propriedade intelectual, ou mais precisamente, um típico representante de crimes de violação de direitos autorais em forma de obra de arte, Artigo 184, parágrafo 2, do CP. No entanto, a sociedade ainda é muito tolerante com esse comércio. O mercado paralelo de CDs e DVDs piratas tem grande atendimento ao consumidor, e os produtos costumam estar disponíveis até mesmo em locais públicos de cidades brasileiras. “Adaptabilidade social: Devido à adaptabilidade social dos fatos, não há evidências conclusivas que comprovem que o réu mantinha uma casa de prostituição em seu bar, sendo esse comportamento atípico. Não há evidências de que o réu tenha usado outras pessoas para a prostituição, apenas evidências de que obteve enormes lucros com a venda de álcool para seus clientes (incluindo prostitutas), mas isso não representa as características do crime socialista negro. Perdão é mantido em relação a ambos os fatos.” Pleiteou defesa contra o crime de posse ilegal de empreendimento. Como todos sabemos, de acordo com o princípio da adequação social, tem havido muita discussão em nosso ordenamento jurídico a respeito da persistência dos crimes mencionados (Artigo 229 do Direito Penal-Tecnicamente: Institutos de Exploração Sexual). Afinal, de acordo com os princípios acima mencionados, somente quando tal comportamento viola nossos valores sociais atuais, o comportamento pode ser ocultado em nome do disfarce e do crime. O princípio da adequação social tem uma dupla finalidade: (a) Os legisladores são aconselhados a reavaliar o tipo de direito penal e mantê-lo no sistema jurídico ou não no sistema jurídico; (b) Limitar os tipos de crimes ao direito Os executores (juristas / executores), de forma a excluir comportamentos socialmente adequados de serem incluídos como tipos de crime, e nunca têm o poder de retirar os tipos de crime. O princípio da suficiência tem duas funções principais: (a) limitar o âmbito dos tipos de direito penal (excluindo comportamentos socialmente reconhecidos para limitar a sua interpretação); (b) orientar os legisladores na escolha dos bens jurídicos a serem protegidos, ao mesmo tempo que torna não criminosos os crimes participam do processo de transformação. Como todos sabemos, de acordo com o princípio da adequação social, tem havido muita discussão em nosso ordenamento jurídico a respeito da persistência dos referidos crimes (Artigo 229 do Direito Penal-Tecnicamente: Institutos de Exploração Sexual). Afinal, de acordo com os princípios acima mencionados, somente quando tal comportamento viola nossos valores sociais atuais, o comportamento pode ser ocultado em nome do disfarce e do crime.2F[footnoteRef:3] [2: WELZEL, Hans. Estudios de derecho penal. Buenos Aires. Editorial. 2007 p.57.] [3: CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal. Juspodivm. p. 75)] 
4. Acerca dos Princípios do Direito Penal e da Aplicação da Lei Penal no Tempo, estudados na disciplina Teoria do Crime até a presente data, disserte acerca do caso concreto abaixo: (1,0pts) _ Mínimo 25 linhas digitas / Obrigatório a citação de Jurisprudência relacionada ao tema em comento.
REPORTAGEM
NOVA LEI DEVE OBRIGAR REVISÃO DE MAIS DE 200 MIL PRISÕES NO PAÍS.
Norma pode beneficiar presos provisórios e detidos em flagrante. Prisão preventiva está proibida para penas inferiores a quatro anos.
A nova lei que regulamenta a prisão deve obrigar juízes a rever mais de 200 mil casos em todo o país. Esta é a opinião de especialistas ouvidos pelo G1 sobre as mudanças previstas na Lei 12.403, que altera o Código de Processo Penal e entram em vigor no dia 5 de julho. Para juristas, a norma pode beneficiar presos provisórios e detidos em flagrante.
A partir de agora, a prisão preventiva está proibida para crimes com penas inferiores a 4 anos, como os furtos simples, crimes de dano ao patrimônio público, entre outros, desde que o acusado não seja reincidente. A prisão em flagrante também não servirá mais para manter um suspeito atrás das grades, como hoje acontece. Além disso, os valores para fianças aumentam e serão revertidos, obrigatoriamente, em favor das vítimas de criminosos condenados.
“É uma lei que permite separar o joio do trigo, quem deve ficar preso e quem não deve”, afirma o ex-juiz e criminalista Luiz Flávio Gomes. “O Brasil é um dos últimos países a ter essa lei. Nem todo mundo tem que ir preso. Os casos vão ser analisados um a um. Se o preso é primário, a facilidade vai ser maior. Para crimes violentos, é cadeia e não tem conversa, não tem liberdade”, afirma. “Não existe isso de soltar bandido perigoso, isso não vai acontecer.”
O preso provisório, aquele que ainda aguarda o fim do processo, ou seja, o que está detido mesmo sem ter sido condenado, pode requerer a revisão da prisão se o caso se enquadrar na nova lei. Segundo dados do Ministério da Justiça, até dezembro de 2010, eles representavam 44% do total do país.
DESIGUALDADES
Um dos problemas abordados por juristas, porém, é que a lei não deve diminuir a desigualdade entre ricos e pobres nas cadeias brasileiras. “Não muda o cenário. Essa lei favorece inclusive o rico, na medida em que cabe fiança muito alta. Ele paga fiança e vai embora. Por outro lado, muito pobre deixará de ir para a cadeia”, avalia o Luiz Flávio Gomes.
Para o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, apenas uma lei não resolverá o problema. “É preciso fazer com que o Estado de Direito funcione. Não basta uma reforma na lei. O CNJ [Conselho Nacional de Justiça, que realiza mutirões carcerários para acelerar os processos de presos provisórios que aguardam um julgamento] encontrou casos de presos há 14 anos, provisoriamente”, afirma.
“Temos múltiplas razões de demora, de retardo no processo, excesso de recurso, falta de gestão. É preciso que a Justiça Criminal dê uma resposta no tempo adequado, mas, sobretudo, é preciso uma mudança de cultura, com mais alternativas e mecanismos”, defendeu o ministro.
Fonte: G1 — globo.com. 25 de junho de 2011. http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/06/nova-lei-deve-obrigar-revisao-de-mais-de-
200-mil-prisoes-no-pais.html
CASO: QUANDO EU FIZ NÃO ERA ASSIM
Irretroatividade da lex gravior (lei mais gravosa), Lei 11.464/07, que aumentou o prazo para progressão de regime do apenado (STJ. HC nº 174317/SP. Relator Ministro Gilson Dipp. Quinta Turma. Julgamento: 14/06/2011. Publicação: 01/07/2011).
Princípio daIrretroatividade da Lei (Art. 5º, XL, CR). - A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
Vale ressaltar que, quando duas ou mais leis tratam do mesmo assunto de maneiras diferentes, ao longo do tempo nos deparamos com o famoso conflito penal. Esse conflito deve ser resolvido por meio de dois outros princípios, quais sejam, a Ineficácia das leis mais severas, por exemplo, a Lei A, que foi revogada, prevê multa de 8 anos, enquanto a Lei B, que entra em vigor, prevê multa de 12 anos, este último não será retroativo. Ressalte-se que existem algumas exceções, como a Súmula 711 do STF, que prevê a aplicação das leis em vigor (ainda mais graves) aos crimes permanentes e contínuos, e às leis penais intermitentes (temporárias e excepcionais). Em vista da natureza mutável da sociedade, estamos constantemente promulgando novas leis. Portanto, é natural que a nova lei entre em conflito com a lei anterior. Geralmente, de acordo com o princípio da legalidade, para que seja eficaz, o direito penal deve ser redigido antes do ato criminoso que a lei pretende cometer, e o direito penal deve ser aplicado quando for aplicado. Para os crimes, a natureza retrospectiva do direito penal e a analogia são reconhecidas apenas quando o réu se beneficia. A habilidade de deslocamento desta lei é chamada de superatividade, que pode ser dividida em retroativa e superatividade. O primeiro refere-se à capacidade de aplicação da lei penal em tempo hábil antes de sua entrada em vigor, e o segundo refere-se à capacidade de aplicação da lei mesmo após sua revogação. A Lei de Processo Penal do Brasil adota o princípio da aplicação imediata das regras processuais e não tem efeito retroativo. De outra sorte, a Constituição preleciona: Art. 5º XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. Fica pacificamente entendido que sempre que uma nova lei processual prejudique o arguido (por exemplo, quando proíbe a concessão da liberdade temporária), a lei processual só deve aplicar-se aos factos ocorridos após a sua entrada em vigor. Caso contrário, quando a lei processual for fornecida de uma forma que seja mais benéfica para o réu (por exemplo, o número de saídas temporárias que os presos têm direito a usar aumentará). Terá aplicações retrospectivas. No entanto, a nova lei define diferentes parâmetros objetivos para o desenvolvimento de regimes nesta categoria de crime. A atual redação do Artigo 2 da LCH estipula que 2/5 (dois quintos) da pena devem ser cumpridos para que o infrator principal tenha o direito de ser promovido. Para reincidentes, o requisito legal é cumprir 3/5 (três quintos) das sanções penais para ter acesso a um sistema prisional menos oneroso. Geralmente, as regras gerais para o desenvolvimento desse sistema são regidas pelo artigo 112 da Lei nº 7.210 (1984) “Lei de Execução Penal” (LEP), que concede 1/6 (um sexto) da pena. Portanto, as atuais ordens de aplicação da lei criminal impõem três requisitos objetivos diferentes para o desenvolvimento do regime: os criminosos que não são marcados como crimes hediondos são condenados a 1/6 de sua pena; os condenados por crimes hediondos são sentenciados ao original 2 / 5; Finalmente, quando a pessoa que cometeu o crime hediondo acontecer novamente, as chances são de 3/5.
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