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Laryssa Barros – Medicina – Habilidades cirúrgicas Drenagem de abcessos e hematomas ABSCESSOS são coleções de pus abaixo da derme ou no tecido subcutâneo, podendo atingir tecidos mais profundos. São, em sua grande maioria, o resultado de uma infecção local, embora sejam descritos abscessos estéreis causados por substâncias irritantes à pele, Microbiologicamente, a grande maioria dos abscessos cutâneos é associada à infecção por S. aureus. Quando a contaminação é próxima a áreas específicas, como vulvovaginal, podemos ter múltiplos microrganismos. Os estreptococos de pele podem eventualmente estar envolvidos e, quando há presença de folículos, podem ser encontrados Pseudomonas, Cândida e outras espécies. FR= colonização de narinas ou pele por S. aureus, principalmente se resistente à meticilina (MRSA). Contato com outros pacientes com abscessos, condições que levem à imunossupressão, diabetes ou abscessos cutâneos prévios também aumentam o risco. Qualquer processo que resulta na quebra de solução de continuidade da pele ou alterações dermatológicas como traumas abrasivos, escarificações ou picaduras de insetos pode resultar na formação de um abscesso. QC= nódulo edemaciado e eritematoso, hipersensível e com massa flutuante, e sinais flogisticos associados muitas vezes com áreas de celulite associada. são dolorosos e pode ocorrer adenopatia regional associada; febre e calafrios, são raros; podem ainda apresentar drenagem espontânea e podem ser secundários à bacteremia sistêmica, apesar de, mais frequentemente, serem causados por infecções locais. DIAGNOSTICO= exame físico. abscessos que se estendem mais profundamente na derme e no subcutâneo, especialmente aqueles associados a celulite extensa, podem ser mais difíceis de diagnosticar, uma vez que o endurecimento dos tecidos sobrejacentes pode impedir que pontos de flutuação sejam observados. TTO= drenagem cirúrgica, para eliminar a dor e resolver o processo infeccioso. Atentar para locais especiais como face, principalmente para o triângulo formado pelo nariz e pela extremidade do lábio, pela facilidade de desenvolver flebite séptica e promover extensão para a região intracraniana, por meio do seio cavernoso. A região perianal também merece atenção, drenagem nesse local se faz com urgência, não se espera apresentar sinal de flutuação, pois o risco de promover fasceíte necrotizante (síndrome de Fournier) é elevado. Na dúvida quanto ao diagnóstico, encaminhe com urgência para a avaliação de um cirurgião. MATERIAIS NECESSÁRIOS TÉCNICA - Se identifique e Explique o procedimento ao paciente e obtenha autorização. - Verifique se o abscesso possui flutuação; - Ambiente asséptico. Com as luvas estéreis, máscara e óculos de proteção, prepare a área afetada com um agente tópico disponível e cubra-a com o campo estéril; - Usando a agulha 40 x 12, aspira-se o anestésico do frasco (dose de 7-10 mg/kg). Troca-se a agulha pela hipodérmica. - Introduza o anestésico numa técnica de bloqueio de campo regional. A anestesia deve realizar-se a 1 cm do perímetro de maior sinal de flutuação, com o cuidado de injetar no subcutâneo; - Depois, continue a fazer o bloqueio de maneira linear, ao longo da linha de incisão projetada, que deve ser longa. - Uma vez realizada a anestesia, faz-se uma incisão longa e profunda o suficiente ao longo da linha da pele para promover a drenagem espontânea da secreção purulenta. Não adianta fazer pequenas incisões, pois isso pode levar à recidiva dos abscessos; - Depois da drenagem espontânea, evite espremer a pele circunjacente, pois pode promover a proliferação da infecção para o tecido subcutâneo adjacente. Coloca-se a pinça hemostática na cavidade, a fim de quebrar as loculações e liberar quaisquer bolsas de material purulento residuais. - Irrigue a cavidade com soro fisiológico para limpeza do local; - . Introduza uma gaze ou um dreno de Penrose no local, com 1 a 2 cm para fora da incisão, para permitir drenagem adequada e impedir que a incisão fique selada. - Curativo com gaze. COMPLICAÇÕES= Recidiva do abscesso: se o tamanho da incisão for pequena para drenagem adequada; local não explorado completamente, deixadas áreas loculadas; sangramento; Disseminação sistêmica da infecção: endocardites, osteomielites, formação de abscessos pleurais, articulações. SEGUIMENTO= retornar em um ou dois dias para remoção das gazes e do dreno, e para verificação da ferida. ORIENTAR= › Associar compressas mornas no local, durante 15 minutos, 4x ao dia, até melhora. › Trocar os curativos diariamente. › Ficar alerta para sinais de infecção sistêmica. Laryssa Barros – Medicina – Habilidades cirúrgicas antibioticoterapia está indicada se houver celulite coexistente, se o paciente for imunocomprometido ou tiver um corpo estranho : penicilinas, cefalosporinas de 1ª geração e quinolonas PROFS abcesso é um exsudato purulento, não é uma doença, é um sinal que tem algo de errado, é decorrente de uma doença. o importante é tratar a causa (doença) e drenar o abcesso para não recidivar. a maioria não precisa fazer atb ponto de flutuação= pele mais fininha em cima do abcesso. estafilococo é o agente causador, mas não é a causa. cuidados com abcessos faciais devido ao seio cavernosopode da encefalite MATERIAIS= luva estéril, campo estéril, e touca e máscara, não precisa capote. Faz antissepsia circular centrifuga; Anestesia local (Bete não usa, porque geralmente não pega. Usa lâmina 11 e faz incisão linear, enfia pinça hemostática e da uma rodada dentro e pronto, tira. Ai coloca dreno de penrose. Lava com soro fisiológico, coloca gaze contornando dreno e faz curativo oclusivo. Não precisa drenar no CC (so criança). NUNCA BOTAR GAZE DENTRO DE ABCESSO, SO POR FORA PRA CONTORNAR O DRENO NO CURATIVO, E NÃO DA PONTO. HEMATOMAS Extravasamento de sangue devido a trauma/ impactorompimento de vasos. É diferente de equimose (rompimento de vasos mais superficiais e somem so). É uma mancha, já o hematoma aabaula. hematoma= ruptura de vasos mais calibrosos, tem absorção mais lenta e parece uma flutuação no exame físico. TTO agudo= RICE (descanso, gelo, compressão e elevação do membro) reduzir perda sanguínea DESCANSO= melhora a cicatrização GELO= reduz fluxo sanguíneo capilar e permeabilidade vascularreduz processo inflamatório. Não aplicar por mais de 20 min. COMPRESSÃO= durante aplicação do gelo ou em forma de bandagem reduz fluxo sanguíneo, manter de 2-7 dias. Contraindicada em pct com isquemia ELEVAÇÃO= acima do nível do coração MEDICAMENTOS= analgésicos (reduz inchaço e dorparacetamol e ibuprofeno); RARAMENTE USA, EVITAR ASPIRINA. DRENAGEM= indicações sinais de compressão de estruturas (causar sind compartimental) ou risco de infecção (causar abcessos, principalmente se ta ali a mais de 1 semana); muito volumoso. TECNICA= incisão e drenagem (antissepsia, campo estéril, anestesia local, incisão – profundidade uniforme - , drenagem – comprimir pra sair o sangue pisado, pode da um ponto no final no meio da incisão pra ajudar na cicatrização). Ou por aspiração por agulha (mas é difícil tirar o sangue pisado). *** A MAIORIA DOS HEMATOMAS É REABSORVIDO PELO CORPO HEMATOMA PODE SER TRAUMÁTICO OU SINAL DE DOENÇA HEMATOLÓGICA. NÃO TOMAR SOL SE TIVER HEMATOMA.
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