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Escola técnica em saúde Florence 
Patologia geral 
DOENÇAS E PATOLOGIAS 
As doenças são manifestações patogênicas que influenciam na nossa qualidade de vida. Dependendo de sua 
gravidade, podem levar à morte. 
A palavra doença vem do termo em latim dolentia que significa “sentir ou causar dor, afligir-se, amargurar-se”. 
Várias são as definições para esse termo, mas especialistas consideram as doenças como manifestações patológicas 
que se apresentam em nosso organismo. Elas estão sempre associadas a sintomas específicos, levando o indivíduo 
que as apresenta a se privar de prazeres físicos, emocionais e mentais. 
A OMS classifica doença como a ausência de saúde e disponibiliza para a sociedade a Classificação Estatística 
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, designada pela sigla CID. No CID temos acesso à 
classificação das doenças e à grande variedade de sinais, sintomas, aspectos normais, queixas, circunstâncias sociais 
e causas externas para ferimentos e doenças. 
Segundo a OMS, são consideradas doenças: 
 Doenças infecciosas e parasitárias; 
 Neoplasmas (tumores); 
 Doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos e alguns transtornos imunitários; 
 Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas; 
 Transtornos mentais e comportamentais; 
 Doenças do sistema nervoso; 
 Doenças dos olhos e anexos; 
 Doenças do ouvido e da apófise mastoide; 
 Doenças do aparelho circulatório; 
 Doenças do aparelho respiratório; 
 Doenças do aparelho digestivo; 
 Doenças da pele e do tecido subcutâneo; 
 Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo; 
 Doenças do aparelho geniturinário; 
 Gravidez, parto e puerpério; 
 Algumas afecções originadas no período perinatal; 
 Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas; 
 Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados; 
 Lesões, envenenamentos e algumas outras consequências de causas externas; 
 Causas externas de mobilidade e de mortalidade. 
ALERGIAS 
Alergias consistem em uma resposta exagerada do sistema imunológico a alguma alteração no ambiente, como 
clima, presença de poeira ou fumaça, medicamentos, cheiros fortes, picadas de insetos, estresse, ingestão de 
determinados alimentos, dentre outros. São o resultado de um excesso de produção (e atuação) da imunoglobulina 
E (IgE). 
As alergias tendem a surgir na infância, mas qualquer pessoa, em qualquer idade, independente do sexo ou raça, 
pode desenvolvê-la: cerca de 30%. Indivíduos cujos pais possuem esse problema de saúde têm quatro vezes mais 
chances! 
Asma, sinusite, rinite, faringite e tosses alérgicas são alguns tipos de alergia respiratória. Espirro, tosse, falta de ar, 
coriza ou entupimento e coceira no nariz - algumas vezes, não só nesta região, são alguns sintomas característicos 
deste tipo de alergia (e bastante parecidos com os de uma gripe ou resfriado). Em ambientes domésticos, os ácaros 
são os principais causadores dessas reações. 
Há também as alergias cutâneas, como a urticária e dermatite de contato. Manchas, coceiras e outros tipos de 
manifestações na pele são algumas das manifestações. 
Indivíduos podem ter por toda a vida apenas um tipo de alergia, podem manifestar mais alergias cutâneas em uma 
época e alergias respiratórias em outra; ou até mesmo ter momentos sem nenhuma delas! 
Essa reação anormal do organismo, além do incômodo que causa, pode oferecer risco de vida ao portador, em caso 
de choque anafilático. Dificuldades de respiração e perda de consciência podem fazer com que isto ocorra, caso não 
seja tratado de forma imediata. 
Diante disso, o alérgico deve evitar o contato com o agente desencadeante. Alimentos como leite, ovo, trigo, milho, 
soja, amendoim, castanha e frutos do mar, por exemplo, são os campeões entre os causadores de alergia alimentar. 
É essencial buscar auxílio médico para investigar as causas das alergias e adotar medidas necessárias que garantam o 
bem-estar. Vale lembrar que o tratamento visa o controle dos sintomas já que, infelizmente, até hoje não se 
descobriu como curá-la de forma definitiva. 
CÂNCER 
Sabe-se que há vários tipos de câncer e estes podem acometer diversas partes do nosso organismo, sendo que 
qualquer pessoa pode desenvolver o câncer ao longo da vida. 
Qualquer pessoa pode desenvolver algum tipo de câncer ao longo da vida 
Doença não contagiosa, o câncer pode ser definido como um grupo de mais de 100 doenças que se caracterizam 
pelo crescimento descontrolado de células anormais, chamadas de malignas. Por vezes essas células anormais 
podem migrar e invadir tecidos e órgãos em diversas regiões do corpo, originando tumores em outros locais. 
Quando isso ocorre dizemos que houve metástase. 
Com uma divisão celular muito rápida e incontrolável, as células cancerosas costumam ser agressivas, determinando 
a formação de tumores malignos e constituindo um risco de vida para o paciente. Por outro lado, o tumor benigno 
se caracteriza por ser apenas um acúmulo de células que se dividem muito lentamente, sem causar maiores 
agressões ao indivíduo. 
A maioria dos tipos de câncer tem suas causas ainda desconhecidas, mas 90% dos casos de câncer estão 
relacionados a fatores ambientais, como cigarro (câncer de pulmão), excesso de sol (câncer de pele), alguns tipos de 
vírus (leucemia), hábitos alimentares (câncer de mama, câncer de próstata, câncer de esôfago, câncer de estômago, 
câncer no intestino grosso), alcoolismo (câncer de esôfago, câncer da cavidade bucal), hábitos sexuais (câncer de 
colo uterino), medicamentos (câncer de bexiga, leucemias, câncer de endométrio), cânceres provocados por 
exposições ocupacionais, etc. 
Pessoas que têm histórico de câncer na família podem ou não desenvolver a doença, mas há alguns tipos de câncer, 
como o de mama, estômago e intestino, que podem ter influência genética. 
A mortalidade de um câncer irá depender de alguns fatores, como: tipo de câncer, rapidez com que suas células se 
multiplicam, capacidade que o organismo da pessoa tem de combater a doença e a existência de um tratamento 
eficaz. O câncer de próstata já foi considerado letal, mas, hoje em dia, em razão do progresso com os tratamentos, 
apresenta até 95% de cura. 
Atualmente o câncer é a segunda causa mortis no Brasil, perdendo apenas para doenças cardiovasculares. Dentre os 
diversos tipos de câncer podemos citar: 
 CÂNCER DE PULMÃO; CÂNCER DE MAMA; CÂNCER DE OVÁRIO; CÂNCER NO COLO DO ÚTERO; CÂNCER DE 
COLORRETAL; CÂNCER ANAL; CÂNCER NA BEXIGA; CÂNCER INFANTIL; CÂNCER DE LARINGE; CÂNCER NO 
FÍGADO; CÂNCER DE ESÔFAGO; CÂNCER DE ESTÔMAGO; CÂNCER DE FÍGADO; CÂNCER DE BOCA; 
LEUCEMIAS; LINFOMAS; LINFOMA DE HODGKIN; LINFOMA NÃO HODGKIN; CÂNCER NO PÂNCREAS; CÂNCER 
DE PELE (MELANOMA); CÂNCER DE PELE (NÃO MELANOMA); CÂNCER NO PÊNIS; CÂNCER DE PRÓSTATA; 
CÂNCER NO TESTÍCULO; TUMORES DE EWING. 
O tratamento do câncer irá depender de diversos fatores, como tamanho do tumor, idade do paciente, localização 
do tumor, tipo das células cancerosas, etc. Em muitos casos, os médicos combinam mais de um tipo de tratamento 
para combater o câncer. 
Se o tumor for localizado, a cirurgia pode ser uma opção de tratamento, que geralmente é utilizada para o câncer de 
mama, câncer de cólon, câncer de boca, entre outros tipos. 
A radioterapia é um tipo de tratamento no qual radiações são utilizadas para destruir as células cancerosas ou 
impedir que elas se multipliquem. Nesse tipo de tratamento o paciente não sente nada. 
A quimioterapia utiliza medicamentos que irão combater o tumor. Na maioria das vezes, estes são aplicados na veia, 
mas em outros casos podem ser dados via oral ou intramuscular. Uma vez no corpo do paciente, esses 
medicamentos caem na corrente sanguínea e são levados para todas as partes do corpo, destruindo todas as células 
que estão causando o tumor e impedindo que elas se espalhem para outras regiões do corpo. 
O transplantede medula óssea é feito quando há um câncer maligno que acomete as células sanguíneas. 
É importante lembrar que muitos tipos de câncer podem ser prevenidos, como o câncer de pele, cânceres causados 
pelo tabagismo e bebidas alcoólicas e cânceres relacionados à dieta alimentar. Outros tipos de câncer, como o de 
mama, próstata, cólon, colo de útero, reto, testículo, língua, boca e pele, podem ser detectados no início, quando se 
faz a prevenção a partir de exames específicos. Lembrando que, quando diagnosticado no início, o câncer tem 
maiores chances de cura, daí a importância de se fazer o diagnóstico precoce. 
DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS 
Existem várias doenças causadas por bactérias. As bactérias são organismos unicelulares, procariontes e possuem 
tamanho microscópico. 
ACNE 
A acne é uma doença da pele que atinge aproximadamente 80% dos adolescentes nesta época da vida, afetando 
unidades formadas por pelos e glândulas sebáceas: os folículos pilossebáceos. 
O excesso de produção de queratina na pele, causando a obstrução do orifício folicular; hiperatividade das glândulas 
sebáceas, produzindo sebo em excesso; e a proliferação de bactérias, como a Propionybacterium acnes e a 
Staphylococcus epidermides, causando inflamações; são as principais causas desta doença, propiciadas geralmente 
por fatores hormonais, emocionais e genéticos. 
Acnes de primeiro grau são aquelas nas quais o paciente apresenta cravos; já as de segundo, cravos e espinhas 
inflamadas e com pus. Acne de terceiro grau se manifesta com espinhas internas; as de quarto, com cravos e 
espinhas unidos entre si, formando canais; e, finalmente, as de quinto, surgem repentinamente, acompanhadas de 
febre, leucocitose, dores nas articulações, dentre outros sintomas. Face, peito e costas são as principais regiões 
acometidas. 
Considerando o incômodo e até possíveis problemas relacionados à autoimagem, buscar tratamento desde o início 
do surgimento dos sintomas é uma medida importante, inclusive porque reduz as chances do paciente apresentar 
cicatrizes em sua pele. Para tal, é imprescindível uma consulta médica, já que para cada caso – e paciente – é 
indicado um tipo de procedimento. Mudanças na alimentação, uso de pílulas anticoncepcionais para controlar a 
dosagem hormonal, e alguns fármacos, como a isotretinoína, são alguns exemplos. Recentemente descobriu-se que 
a toxina botulínica também é capaz de solucionar este problema, sendo um procedimento bastante delicado. 
Informação útil: Alimentos ricos em vitamina B5 podem ser fortes aliados contra a acne, já que controlam a 
atividade das glândulas sebáceas e aceleram a cicatrização da pele. 
ANTRAZ 
O antraz, também chamado de carbúnculo, é uma doença bacteriana causada pela bactéria Bacillus anthracis. Típica 
de regiões agrícolas da Ásia, África e América Latina, a transmissão da doença se dá quando esporos da bactéria 
penetram algum ferimento cutâneo, ou quando os mesmos são inalados ou ingeridos. Esses esporos costumam ser 
encontrados no solo e também em animais herbívoros acometidos pela doença e suas carcaças. Não há transmissão 
de forma direta, de pessoa acometida para indivíduo saudável; e também não existem registros de casos dessa 
doença, em humanos, aqui no Brasil. 
Na pele, que corresponde a 95% dos casos, a doença se manifesta como uma infecção com pus, semelhante ao 
furúnculo, formando posteriormente uma mancha-negra. No caso de inalação, provoca pneumonia, febre alta e 
dificuldades respiratórias, e geralmente é fatal. Já quando o que ocorre é a ingestão desses esporos, o paciente 
apresenta diarreia severa, acompanhada de náuseas, febre e vômitos com sangue, e sua taxa de óbito varia de 20% 
a 60% dos casos. 
Considerando esses aspectos, a melhor forma de prevenir a doença é evitar contato com animais que possam estar 
doentes (e suas carcaças), somente ingerir carne bem passada, e cuidar dos ferimentos da pele, usando curativos. 
Existe, também, uma vacina contra essa bactéria, mas ela é utilizada somente pelo exército norte-americano, em 
razão dos seus efeitos colaterais e necessidade de se receber novas doses frequentemente, durante um ano e meio. 
Seu diagnóstico é feito por meio de exames de sangue, ou análise de secreções respiratórias ou da pele, de acordo 
com os sintomas que a pessoa apresenta. O tratamento é feito com o uso de antibióticos, prescritos pelo médico. 
Quanto mais cedo for tratada, menores as chances de haver complicações e óbito. 
BLENORRAGIA: Infecção bacteriana também conhecida por gonorreia. 
BOTULISMO 
O botulismo é uma infecção bacteriana que provoca um quadro de intoxicação grave, causado pelas toxinas da 
Clostridium botulinun dos tipos A, B, E e, em raras ocasiões, pelo tipo F. 
A principal forma de adquirir a doença é através da ingestão de seus esporos. Estes são encontrados no solo, em 
produtos agrícolas, como mel e defumados; e em peixes e outros organismos marinhos. Além disso, alimentos 
enlatados, em vidros ou embalados a vácuo, conservas e embutidos, também são locais em que podem ser 
encontrados esses esporos, principalmente se preparados em condições de higiene precárias. Isso porque tais 
ambientes costumam ser pobres em oxigênio, sendo um bom local para a incidência deste bacilo anaeróbico. 
A manifestação dos sintomas pode variar de algumas horas para pouco mais de uma semana após a ingestão dos 
esporos. Tontura, visão dupla, boca seca, aversão à luz, queda da pálpebra e dificuldade para urinar e evacuar são os 
principais. Dependendo da quantidade de esporos ingeridos, dificuldades de falar, engolir e se locomover podem se 
manifestar; assim como paralisia dos músculos respiratórios, o que muitas vezes é fatal. Além disso, há o risco do 
paciente desenvolver pneumonia, o que também pode levar a óbito. 
Quanto ao diagnóstico, ele é feito pela análise dos sintomas e do histórico alimentar dos dias anteriores. Exames 
específicos que acusam a presença da toxina no organismo – e/ou nos alimentos ingeridos suspeitos – podem ser 
requeridos, visando à confirmação do diagnóstico em casos em que esse se apresenta inconclusivo após os dois 
procedimentos citados serem realizados. 
O tratamento é feito geralmente com a aplicação de soro antibotulínico e, não raras as vezes, é necessário que a 
pessoa acometida seja internada, para que fique em observação. Antibióticos não são eficazes para esse caso. 
BRONQUITE: Características, sintomas e tratamento da bronquite aguda e da crônica. 
BRUCELOSE: Conheça a brucelose, o que causa no homem, seus sintomas, meios de contaminação e tratamento. 
CANCRO MOLE: DST que se manifesta por meio de feridas avermelhadas de base mole e com pus. 
CISTITE: Conheça a doença ocasionada por infecção e/ou inflamação da bexiga. 
CÓLERA: Doença que causa diarreias agudas, mas pode se apresentar de forma assintomática. 
COQUELUCHE 
A coqueluche, também conhecida pelos nomes pertussis, tosse comprida, tosse com guincho e tosse espasmódica, é 
uma doença bacteriana que atinge o sistema respiratório cujas complicações - convulsões, pneumonias e 
encefalopatias - podem levar o indivíduo a óbito. 
Causada pelas Bordetella pertussis e B. parapertussis, é disseminada por meio de gotículas e aerossóis de saliva e, no 
organismo, lesa os tecidos da mucosa. Seu período de incubação varia entre cinco e vinte e um dias. 
Os primeiros sintomas são semelhantes aos da gripe e consistem em tosse, coriza, febre e olhos irritados: 
pertencentes ao estágio catarral. O próximo estágio, paroxístico, se desenvolve cerca de duas semanas após o 
anterior e tem como característica acessos de tosses sucessivas, com intervalos variáveis. Estas podem estar 
acompanhadas de muco, e a ocorrência de vômito é possível. 
Tais eventos duram alguns minutos, a cada crise, e impedem que o indivíduo respire até que se encerrem. No 
término, o fôlego é retomado, geralmente por um “guincho respiratório”. As crises tendem a ser mais frequentesno 
período noturno. 
Cerca de seis semanas após o início da manifestação da doença, os sintomas começam a desaparecer, 
progressivamente, até seu término: estágio de convalescença. 
Essa doença bacteriana é mais grave quando ocorre em crianças com poucos meses de vida, já que a resistência 
dessas é menor e a falta de oxigênio momentânea pode afetar o organismo. Desta forma, em alguns casos, a 
internação é necessária. 
Para diagnóstico, a observação do paciente e de seus sintomas é necessária. Exames de sangue e, em alguns casos, 
cultura das secreções a fim de identificar a presença da bactéria no organismo, complementam o exame. 
O tratamento deve ser feito sob orientação médica e consiste basicamente no uso de antibióticos. Quanto à 
prevenção, o uso precoce da vacina é imprescindível. Em crianças, ela é distribuída gratuitamente em postos de 
saúde e é feita em três doses (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e dois reforços (aos 15 meses e aos 4 anos), mantendo a 
imunização por aproximadamente dez anos. 
DIFTERIA: Conheça os sintomas, bacilo causador e formas de contágio desta doença também chamada de crupe. 
DISENTERIAS BACTERIANAS e suas formas mais comuns: sintomas, prevenção e tratamento. 
ERISIPELA 
Erisipela é uma infecção de pele causada, na maior parte das vezes, pela bactéria Streptococcus pyogenes grupo A, 
podendo ser causada também por outros streptotcoccus ou por estafilococcus. Processo infeccioso que pode atingir 
a gordura do tecido celular subcutâneo que se espalha pelos vasos linfáticos. É adquirida quase sempre pelas frieiras, 
porém provocada também por qualquer ferimento. Pessoas de qualquer idade podem ser acometidas, entretanto é 
mais comum em diabéticos e obesos. 
Durante o período de incubação, que é de um a oito dias, os sintomas são mal-estar, desânimo, dor de cabeça, 
náusea e vômitos acompanhados de febre alta e aparecimento de manchas vermelhas, bolhas pequenas ou grandes 
nas pernas, face, tronco ou braços. No princípio, a pele se apresenta lisa, brilhosa, vermelha e quente. O inchaço 
aumenta e surgem as bolhas com o desenvolvimento da infecção. 
Exames laboratoriais são usados somente para acompanhar a evolução do paciente, pois o diagnóstico é feito pelo 
exame clínico através da análise dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente. 
ESCARLATINA: Doença cujos sintomas surgem em virtude da hipersensibilidade às toxinas da bactéria causadora. 
FEBRE DA MORDEDURA DE RATO: Doença causada pelo contato com a saliva, urina ou fezes de ratos, por ingestão 
ou mordedura. 
FEBRE MACULOSA: Entenda a febre maculosa, doença que é transmitida pelo carrapato 
FEBRE REUMÁTICA: causa, sintomas e tratamento. 
FEBRE TIFOIDE 
A febre tifoide é uma doença infecciosa causada pela bactéria Salmonella typhi. É considerada uma doença grave, 
que apresenta constante febre, alterações intestinais, aumento das vísceras e, se não tratada, pode ocorrer uma 
confusão mental e levar à morte. 
 A principal forma de contágio é pela ingestão de água e alimentos contaminados, que estão espalhados pelo mundo 
todo, mas ocorre com mais frequência em países onde o saneamento é precário ou inexistente. Os alimentos e a 
água, por sua vez, são contaminados através do contato com urina ou fezes humanas contendo a bactéria. Pode 
ocorrer um contágio direto pela mão levada à boca em situações de mão suja de fezes, urina, secreção respiratória, 
vômito ou pus contaminados, mas essa forma de contágio é bastante rara. 
O ácido gástrico é o primeiro a reagir contra a salmonela, mas a bactéria normalmente resiste a esse ataque e se 
dirige ao intestino delgado, onde invade a parede intestinal e alcança a circulação sanguínea. A partir do momento 
em que a salmonela chega à corrente sanguínea, os sintomas começam a aparecer. A salmonela pode entrar em 
qualquer órgão e se multiplicar no interior das células de defesa. Normalmente, a salmonela invade o fígado, o baço, 
a medula óssea, a vesícula e o intestino. 
O contágio com a salmonela é global, mas, no Brasil, a maior quantidade de casos registrados concentra-se no Norte 
e no Nordeste, sendo a Bahia e o Amazonas os estados de maior ocorrência. 
Os sinais e sintomas são: febre alta, dor de cabeça, mal-estar, falta de apetite, bradicardia relativa, esplenomegalia, 
manchas rosadas no tronco do corpo, diarreia e tosse seca. 
A febre tifoide pode ser mais grave em pessoas com saúde precária. O tratamento se baseia em antibióticos e 
processos de reidratação do organismo. Dependendo do quadro clínico do paciente, o tratamento poderá ser feito 
em casa com medicação oral. 
FURÚNCULO: Características, causas, cuidados e tratamentos do furúnculo. 
GANGRENA GASOSA: Saiba o que é gangrena gasosa, quais seus agentes causadores, sintomas e tratamento 
GARDNERELLA: È uma vaginose bacteriana que apresenta corrimento amarelado, bolhas e odor desagradável como 
sintomas. 
HANSENÍASE: Formas de contágio, sintomas, prevenção e tratamento da hanseníase. 
IMPETIGO: É uma doença bacteriana que afeta determinadas regiões da pele, formando lesões. Conheça-o! 
LEPTOSPIROSE: Doenças infecciosas causadas por bactérias espiroquetas do gênero Leptospira. 
MENINGITE: Transmissão, sintomas da meningite, prevenção, profilaxia, agente causador e tratamento da 
meningite. 
PESTE PULMONAR: doença cujo agente transmissor é o mesmo da peste bubônica. 
PNEUMONIA: Características, agentes causadores, sintomas e tratamento da pneumonia. 
SALMONELOSE: Infecção alimentar que pode ser fatal em pessoas que apresentam baixa imunidade. 
SÍFILIS CONGÊNITA: Saiba o que a sífilis congênita pode provocar. 
TÉTANO: Características, formas de contágio, sintomas e tratamento do tétano, doença bacteriana. 
TIFO ENDÊMICO (ou murino): Doença causada por rickéttsias: bactérias parasitas intracelulares obrigatórias. 
TIFO EPIDÊMICO (ou exantemático): Doença causada pela rickéttsia Rickettsia prowazekii, transmitida pelo 
carrapato humano. 
TRACOMA: Doença oftalmológica crônica que pode causar cegueira. 
TUBERCULOSE: Doença bacteriana que afeta, principalmente, os pulmões. 
ÚLCERA: Causas, sintomas, diagnóstico e tratamento da úlcera péptica. 
DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOARIOS 
Amebas são protozoários cuja locomoção se dá via expansões citoplasmáticas – pseudópodes. As pertencentes à 
família Endamoebidae, como as dos gêneros Entamoeba, Iodamoeba e Endolimax, são parasitas comuns de nossa 
espécie e têm como característica o tamanho diminuto e capacidade de formar cistos. 
A Entamoeba histolytica é a responsável pela amebíase, embora possa estar presente no organismo sem 
desenvolver a doença. Esta, de período de incubação que varia entre 2 e 4 semanas, se caracteriza pela 
manifestação de diarreias e, em casos mais graves, comprometimento de órgãos e tecidos. É responsável por cerca 
de 100000 mortes ao ano, em todo o mundo. 
AMEBÍASE 
A amebíase é mais comum em regiões onde as condições de saneamento básico são precárias, uma vez que a forma 
de contaminação se dá via ingestão de seus cistos. Estes, liberados nas fezes da pessoa adoecida, podem se espalhar 
na água e vegetais que, sem a devida higienização antes de serem ingeridos, podem causar a doença. Vale pontuar 
que a resistência dos cistos é muito grande: podem viver cerca de 30 dias na água, e 12 em fezes frescas. 
Após a ingestão, no sistema digestório, estas formas dão origem a trofozoítos. Estes invadem o intestino grosso, se 
alimentando de detritos e bactérias ali presentes, causando sintomas brandos ou mais intensos, como diarreia 
sanguinolenta ou com muco e calafrios. 
Os trofozoítos, por meio de sucessivas divisões, podem dar origem a novos cistos, sendo liberados pelas fezes e 
dando continuidade ao ciclo de infecções. Podem, também, invadir outros tecidos, via circulação sanguínea. Nessas 
regiões, alimentam-se das hemácias ali presentes, provocando abscessos no fígado, pulmões ou cérebro. 
Note que, no primeiro caso, o indivíduo podeapresentar o parasita de forma assintomática, mas também sendo 
capaz de contaminar outras pessoas ao liberar os cistos em suas fezes: a maioria dos casos de infecção por E. 
histolytica se manifestam dessa forma. 
Para diagnóstico são necessários exames de fezes e, em casos mais graves, de imagem e de sangue, além de punção 
das inflamações. Para tratamento é feito o uso de fármacos antimicrobianos, prescritos pelo médico. 
Medidas relacionadas a saneamento básico, como implantação de sistemas de tratamento de água e esgoto, e 
controle de indivíduos que manipulam alimentos, devem ser levadas em consideração para se reduzir ou, em longo 
prazo, erradicar a amebíase. 
Comportamentos individuais de higiene, como lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas, brincar com animais 
e antes de comer ou preparar alimentos; ingerir unicamente água tratada; higienizar os vegetais antes do consumo, 
deixando-os em imersão em ácido acético ou vinagre por cerca de 15 minutos; evitar o contato direto ou indireto 
com fezes humanas; e isolamento dos pacientes que lidam com crianças ou alimentos são necessários para evitar 
reincididas ou infecção de outras pessoas. 
DOENÇA DE CHAGAS 
Em 1909, Carlos Chagas, pesquisador do Instituto Osvaldo Cruz, descobriu uma doença infecciosa que acometia 
operários do interior de Minas Gerais. Esta, causada pelo protozoário Tripanosoma cruzi, é conhecida como doença 
de Chagas, em homenagem a quem a descreveu pela primeira vez. 
O mal de Chagas, como também é chamado, é transmitido, principalmente, por um inseto da Subfamília 
Triatominae, conhecido popularmente como barbeiro. Este animal de hábito noturno se alimenta, exclusivamente, 
do sangue de animais vertebrados. Vive em frestas de casas de pau a pique, camas, colchões, depósitos, ninhos de 
aves, troncos de árvores, dentre outros locais, sendo que tem preferência por locais próximos à sua fonte de 
alimento. 
Ao sugar o sangue de um animal com a doença, este inseto passa a carregar consigo o protozoário. Ao se alimentar 
novamente, desta vez de uma pessoa saudável, geralmente na região do rosto, ele pode transmitir a ela o parasita. 
Esse processo se dá em razão do hábito que este tem de defecar após sua refeição. Como, geralmente, as pessoas 
costumam coçar a região onde foram picadas, tal ato permite com que os parasitas, presentes nas fezes, penetrem 
pela pele. Estes passam a viver, inicialmente, no sangue e, depois, nas fibras musculares, principalmente nas da 
região do coração, intestino e esôfago. 
A transfusão de sangue contaminado e transmissão de mãe para filho, durante a gravidez, são outras formas de se 
contrair a doença. Recentemente descobriu-se que pode ocorrer a infecção oral: são os casos daquelas pessoas que 
adquiriram a doença ao ingerirem caldo de cana ou açaí moído contendo, acidentalmente, o inseto. Acredita-se que 
houve, nesses casos, invasão ativa do parasita, via aparelho digestivo. 
Cerca de 20 dias após a sua primeira – e última – cópula, a fêmea libera, aproximadamente, 200 ovos, que eclodirão 
em mais ou menos 25 dias. Após o nascimento, esses pequenos seres sofrerão em torno de cinco mudas até 
atingirem o estágio adulto, formando novas colônias. 
Febre, mal-estar, falta de apetite, dor ganglionar, inchaço ocular e aumento do fígado e baço são alguns sintomas 
que podem aparecer inicialmente (fase aguda), embora existam casos em que a doença se apresenta de forma 
assintomática. 
Em quadro crônico, o mal de Chagas pode destruir a musculatura dos órgãos atingidos (principalmente a do coração 
e do cérebro), provocando o aumento destes, de forma irreversível. Em muitos casos, somente essa fase é percebida 
pelo paciente, sendo que ela pode se manifestar décadas depois do indivíduo ter sido infectado pelo parasita. 
O diagnóstico pode ser feito via exame de sangue do paciente na busca do parasita no próprio material coletado 
(microscopia) ou pela presença de anticorpos no soro (através de testes sorológicos). O tratamento, visando à 
eliminação dos parasitas, é satisfatório apenas no estágio inicial da doença, quando o tripanossoma ainda está no 
sangue. Na fase crônica, a terapêutica se direciona para o controle de sintomas, evitando maiores complicações. 
GIARDÍASE 
A giardíase, também conhecida por lambliose, é uma infecção intestinal causada pelo protozoário flagelado Giardia 
lamblia. Ele pode se apresentar em forma de cisto ou trofozoíto, sendo que a primeira é a responsável por causar 
diarreia crônica com cheiro forte, fraqueza e cólicas abdominais no hospedeiro (cão, gato, gado, roedores, ser 
humano, dentre outros), graças às toxinas que libera. Essas manifestações podem gerar um quadro de deficiência 
vitamínica e mineral e, em crianças, pode causar a morte, caso não sejam tratadas. 
Ocorre em todo o mundo, mas é mais frequente em regiões onde as condições sanitárias e de higiene são precárias. 
Os protozoários são transmitidos pela ingestão dos cistos oriundos das fezes de indivíduo contaminado, podendo 
estar presentes na água, alimento, nas mãos, e até mesmo durante sexo oral-anal. Moscas e baratas também podem 
transportá-los. No estômago, dão origem aos trofozoítos. Esses colonizam o intestino delgado, se reproduzem e seus 
descendentes, após sofrerem processo de encistamento, são liberados para o exterior do hospedeiro, quando este 
defecar. O período de incubação é entre uma e quatro semanas e a infecção pode ser assintomática. 
O diagnóstico é feito via exame de fezes ou, em casos raros, biópsia de material duodenal. A prevenção é feita 
adotando-se hábitos de higiene, como lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas, brincar com animais e antes 
de comer ou preparar alimentos; ingerir unicamente água tratada; higienizar os alimentos antes do consumo e cura 
dos doentes. Vale lembrar que o cloro não mata os cistos e que, portanto, alimentos ou água tratados unicamente 
com cloro não impedem a infecção por este protozoário. 
O tratamento pode ser feito com uso de fármacos receitados pelo médico. Adultos que têm contato mais próximo 
com crianças e pessoas que trabalham no setor alimentício devem se afastar de suas funções até a cura total. 
MALÁRIA 
A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium, como o Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, 
Plasmodium malariae e Plasmodium ovale: os dois primeiros ocorrem em nosso país e são mais frequentes na região 
amazônica. 
Essa doença, conhecida também pelos nomes impaludismo, febre palustre, maleita e sezão, tem como vetor fêmeas 
de alguns mosquitos do gênero Anopheles. Estas, mais ativas ao entardecer, podem transmitir a doença para 
indivíduos da nossa espécie, uma vez que liberam os parasitas no momento da picada, em sua saliva. Transfusão de 
sangue sem os devidos critérios de biossegurança, seringas infectadas e mães grávidas adoecidas são outras formas 
em que há a possibilidade de contágio. 
No homem, os esporozoítos infectantes se direcionam até o fígado, dando início a um ciclo que dura, 
aproximadamente, seis dias para P. falciparum, oito dias para a P. vivax e 12 a 15 dias para a P. malariae, 
reproduzindo-se assexuadamente até rebentarem as células deste local (no mosquito, a reprodução destes 
protozoários é sexuada). Após esses eventos, espalham-se pela corrente sanguínea e invadem hemácias, até essas 
terem o mesmo fim, causando anemia no indivíduo. 
Febre alta, sudorese e calafrios, palidez, cansaço, falta de apetite e dores na cabeça e em outras regiões do corpo 
são os principais sintomas, que podem se manifestar a cada 48 horas, caso a infecção tenha sido causada pelo P. 
falciparum ou pelo P. vivax; e a cada 72 horas quando o agente causador é o P. malarie (febre quartã). Essa primeira 
espécie pode, ainda, afetar vários órgãos e sistemas do corpo, como o sistema nervoso e aparelho respiratório. 
Para confirmar a presença do parasita no sangue, a análise é feita por meio de uma pequena amostra,geralmente 
retirada da ponta do dedo do paciente (teste de gota espessa). O tratamento é feito com o uso de fármacos orais e 
deve ser iniciado o mais rapidamente possível, para evitar complicações como anemia, icterícia e mau 
funcionamento dos órgãos vitais, além dos riscos que um indivíduo acometido pelo P. falciparum pode estar sujeito. 
A prevenção consiste em evitar picadas do mosquito, fazendo o uso de repelentes, calças e camisas de manga longa, 
principalmente no período de fim da tarde e início da noite. Evitar o acúmulo de água parada a fim de impedir a 
ovoposição e nascimento de novos mosquitos é outra forma de evitar a malária. 
TOXOPLASMOSE 
A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo Toxoplasma gondii, protozoário que pode se manifestar de 
forma assintomática na maioria dos casos, até mesmo sem causar nenhum dano, caso o hospedeiro não esteja com 
seu sistema imunitário comprometido. 
Este micro-organismo é parasita intracelular, principalmente de células do sistema nervoso e muscular de animais 
endotérmicos - inclusive cães, gatos, coelhos, lebres, aves, suínos, gados, ratos e cobaias. 
Sua reprodução pode ser assexuada, dando origem a zoítos que, após sucessivas divisões, se tornam merozoítos, 
infectando novas células, inclusive as de defesa; ou sexuada (gametogônica), no intestino do hospedeiro, dando 
origem aos oocistos. Oocistos podem ser eliminados no ambiente pelas fezes, podendo infectar outros animais – 
inclusive os humanos. Esta última forma de reprodução ocorre, predominantemente, em felinos. 
A ingestão da carne crua ou malcozida de animais infectados é outra forma de se adquirir a toxoplasmose, já que 
estes possuem em seus músculos formas residuais infectantes do parasita. 
Apenas 10% das pessoas imunologicamente preservadas apresentam sintomas, sendo o principal a presença de 
ínguas, geralmente no pescoço. Febre, dores musculares e articulares, comprometimento da visão, dor de cabeça e 
garganta e manchas pequenas e vermelhas pelo corpo podem ser outros sinais da toxoplasmose. 
Inflamação da retina (coriorretinite), apresentando conjuntivite, hemorragias oculares, embaçamento da visão, 
dentre outros sintomas, pode ocorrer, principalmente, em crianças - nos seus primeiros dez anos de vida. A doença 
pode ser transmitida pela mãe no período fetal (toxoplasmose congênita). 
Esta doença permanece latente após certo tempo de infecção podendo, mesmo que raramente, ressurgir em 
situações de baixa imunidade. 
Para diagnosticar a doença, exames de sangue são necessários. Mulheres gestantes ou que pretendem engravidar 
devem fazê-los, a fim de evitar outras complicações, como aborto, crescimento retardado do feto, nascimento 
prematuro e malformações. 
Cuidados relacionados à ingestão de carne e contato direto com animais, principalmente felinos, são necessários 
para evitar estes protozoários. Lavar com água corrente os vegetais antes de comê-los é, também, uma medida 
necessária. 
DOENÇAS CAUSADAS POR VERMES 
Várias são as doenças causadas por vermes (animais que parasitam homens e animais). Com grande capacidade de 
regeneração, eles podem possuir um ou dois hospedeiros. 
Há várias espécies de vermes parasitas causadores de doenças 
Os vermes pertencem ao Reino Animalia e a maioria é conhecida por apresentar corpo achatado ou alongado, sem 
pernas, mole, com a cabeça e a cauda praticamente iguais ao restante do corpo. 
Possuem grande capacidade de regeneração, e geralmente apresentam ciclos de vida complexos que se alternam 
em fases sexuadas e assexuadas. Apresentam exemplares monoicos (cada indivíduo apresenta os dois sistemas 
reprodutores) e dioicos (cada indivíduo apresenta somente um sistema reprodutor). 
Muitas espécies que parasitam animais, causando doenças, precisam de mais de uma espécie hospedeira para 
completar o ciclo de vida. Espécies que necessitam apenas de um hospedeiro para completar o seu ciclo de vida são 
chamadas de monogenéticas; enquanto que as espécies que necessitam de dois hospedeiros são chamadas de 
digenéticas, como é o caso do platelminto Schistosoma mansoni, que tem como hospedeiros seres humanos e 
moluscos. 
Quando a espécie é digenética, possui o hospedeiro intermediário e o hospedeiro definitivo. O hospedeiro 
intermediário é o que abriga a fase assexuada, enquanto que o hospedeiro definitivo abriga a fase sexuada. 
Alguns vermes são de vida livre, mas muitos são parasitas e causadores de doenças em animais (incluindo seres 
humanos). Geralmente as verminoses não levam à morte do hospedeiro, pois se o hospedeiro morrer, o verme 
parasita perderá a sua moradia e a fonte de alimentação, o que não será vantajoso para ele. 
Alguns vermes parasitas são adquiridos pela falta ou precariedade de saneamento básico, mas outros vermes 
parasitas possuem vetores que disseminam a doença, como é o caso da elefantíase, cujo hospedeiro intermediário é 
a fêmea do mosquito Culex. 
ANCILOSTOMOSE 
A ancilostomose, também conhecida por amarelão, é uma doença causada por vermes nematódeos (espécie: 
Necator americanus e Ancylostoma duodenale). As formas adultas desses parasitas se instalam no aparelho 
digestivo dos seres humanos, onde se fixam na porção que compreende o intestino delgado, nutrindo-se de sangue 
do hospedeiro e causando anemia. 
Essa doença é transmitida através da penetração ativa de pequenas larvas infectantes na pele de um indivíduo em 
contato com ambientes propensos, principalmente o solo, contendo fezes contaminadas por ovos que eclodem e 
desenvolvem as larvas. 
Após passarem pela epiderme, as larvas atingem a corrente sanguínea, seguindo em direção aos alvéolos nos 
pulmões (pequena circulação). Por meio das vias respiratórias, as larvas se deslocam pela traqueia até a laringe, 
onde são deglutidas com os alimentos ingeridos, passando pelo esôfago, estômago e alcançando a parede do 
intestino. Neste local se reproduzem, eliminando ovos juntamente às fezes. 
A adesão dos vermes no ducto intestinal ocorre em razão da presença de um aparelho bucal munido de dentículos 
que se inserem na superfície interna da região duodenal, provocando lesão e consequentemente sangramento, 
agravando o quadro anêmico. 
ASCARIDÍASE 
A ascaridíase é o resultado da infestação do helminto Ascaris lumbricoides no organismo, sendo mais 
frequentemente encontrado no intestino. Aproximadamente 25% da população mundial possui estes parasitas, 
sendo tais ocorrências típicas de regiões nas quais o saneamento básico é precário. 
Este patógeno, conhecido popularmente como lombriga, tem corpo cilíndrico e alongado, e pode chegar até 40 
centímetros de comprimento. Fêmeas são maiores e mais robustas que os machos; e estes apresentam a cauda 
enrolada. Surpreendentemente, um único hospedeiro pode apresentar até 600 destes indivíduos. 
A contaminação por ele se dá pela ingestão de seus ovos, geralmente encontrados no solo, água, alimentos e mãos 
que tiveram um contato anterior com fezes humanas contaminadas. 
No intestino delgado, liberam larvas que atravessam as paredes deste órgão e se direcionam aos vasos sanguíneos e 
linfáticos; se espalhando pelo organismo. Atingindo a faringe, estas podem ser liberadas juntamente com a tosse ou 
muco; ou, ainda, serem deglutidas, alcançando novamente o intestino. Lá, reproduzem-se sexuadamente, 
permitindo a liberação de alguns dos seus aproximados 200 mil ovos diários, pelas fezes, propiciando a 
contaminação de outras pessoas. 
Devido ao espalhamento das larvas, febre, dor de barriga, diarreia, náuseas, bronquite, pneumonia, convulsões e 
esgotamento físico e mental são alguns sintomas que podem se apresentar; dependendo do órgão que foi afetado. 
Entretanto, em muitos casos a verminose se apresenta assintomática. 
Para diagnóstico, é necessário que se faça exames de fezes, onde podem ser encontrados os ovos deste animal. 
Existe tratamento, que é feito com uso de fármacos e adotando medidas de higiene básica. 
Quantoà prevenção, ingerir somente água tratada, lavar bem frutas e legumes antes de ingeri-los, lavar sempre as 
mãos, não defecar em locais inapropriados, dente outras, fazem parte desta lista. 
BICHO-GEOGRÁFICO 
A larva migrans cutânea, conhecida popularmente como bicho-geográfico, é causada pela penetração de larvas de 
parasitas intestinais de cães e gatos na pele humana, principalmente o Ancylostoma brasiliensis. 
De incidência maior em países de clima subtropical e tropical, principalmente em regiões litorâneas, tais larvas 
costumam ser encontradas em areias de praias, tanques e parquinhos: locais onde os animais domésticos costumam 
defecar. Estando parasitados por estes helmintos, os ovos liberados juntamente com as fezes, em condições 
favoráveis de umidade e calor, se transformam em larvas em aproximadamente 24 horas, tornando-se infectantes 
alguns dias depois. 
Penetrando na pele humana, migram para o tecido subcutâneo. Lá, ao se locomoverem, deixam rastros semelhantes 
ao desenho de um mapa, estes localizados predominantemente nos pés, nádegas, costas e mãos – regiões do corpo 
que mais entram em contato com o solo. Provocam também inchaço, reações inflamatórias e bastante coceira, 
principalmente à noite. Tais manifestações podem atrapalhar o sono do indivíduo, propiciando um quadro de grande 
irritabilidade; e também causar infecções secundárias, devido ao ato de coçar. Além disso, como tais larvas eliminam 
substâncias tóxicas, podem causar alergias, tosse e falta de ar. 
O tratamento é feito com o uso de pomadas específicas e/ou vermífugos; por aproximadamente duas semanas. Para 
alívio da coceira, pode ser interessante se fazer compressas de gelo nos locais afetados. 
Quanto à prevenção, evitar andar descalço em locais onde cães e gatos transitam, recolher as fezes de seu cão, 
deixá-lo em casa quando for à praia e levá-lo ao veterinário periodicamente impedem que você e outras pessoas se 
contaminem. Além disso, é necessário evitar contato direto com a areia da praia, principalmente quando esta estiver 
em local sombreado e úmido: local onde as larvas se desenvolvem. 
CARAMUJO-GIGANTE-AFRICANO 
O caramujo-gigante-africano, Achatina fulica, é um molusco oriundo da África. Ele também é chamado de acatina, 
caracol-africano, caracol-gigante, caracol-gigante-africano, caramujo-gigante, caramujo-gigante-africano ou rainha-
da-África. 
Esse animal pode pesar 200 gramas, e medir cerca de 10 centímetros de comprimento e 20 de altura. Sua concha é 
escura, com manchas claras, alongada e cônica. Além disso, sua borda é cortante. Foi introduzido ilegalmente em 
nosso país na década de 80, no Paraná, com o intuito de substituir o escargot, uma vez que sua massa é maior que a 
destes animais. Levado para outras regiões do Brasil, tal espécie acabou não sendo bem-aceita entre os 
consumidores, e também proibida pelo IBAMA, fazendo com que muitos donos de criadouros, displicentemente, 
liberassem seus representantes na natureza, sem tomar as devidas providências. 
Sem predadores naturais, tal fator, aliado à resistência e excelente capacidade de procriação desse animal, 
permitiram com que esse caramujo se adaptasse bem a diversos ambientes, sendo hoje encontrado em 23 estados. 
Só para se ter uma ideia, em um único ano, o mesmo indivíduo é capaz de dar origem a aproximadamente 300 crias. 
Além de destruírem plantas nativas e cultivadas, alimentando-se vorazmente de qualquer tipo de vegetação, e 
competir com espécies nativas – inclusive alimentando-se de outros caramujos; tais animais são hospedeiros de duas 
espécies de vermes capazes de provocar doenças sérias. Felizmente, não foram registrados casos em que essa 
doença, em nosso país, tenha sido transmitida pelo caramujo-gigante. 
São elas: 
 Angiostrongylus costaricensis: responsável pela angiostrongilose abdominal, doença que provoca perfuração 
intestinal, de sintomas semelhantes aos da apendicite; 
 Angiostrongylus cantonensis: responsável pela angiostrongilíase meningoencefálica, de sintomas variáveis, 
mas muitas vezes fatal. 
Tanto uma quanto outra ocorrem pela ingestão do parasita, seja pelo manuseio dos caramujos, ou ingestão destes 
animais sem prévio cozimento, ou de alimentos contaminados por seu muco, como hortaliças e verduras. Assim, é 
importante o uso de luvas ou sacolas de plástico ao manipular os caramujos, cozer antes se comer a sua carne, e 
desinfeccionar itens alimentares, lavando-os e deixando-os de molho de quinze minutos a meia hora, em 
aproximadamente uma colher de água sanitária para um litro de água. 
Quanto ao controle desse molusco, indica-se a catação manual dos indivíduos e de seus ovos, colocando-os em dois 
sacos plásticos, com a posterior quebra de suas conchas antes de eliminá-los. Isso porque tais estruturas podem 
acumular água, sendo um criadouro em potencial para os ovos do Aedes aegypti. Depois, recomenda-se a aplicação 
de cal virgem sobre os caramujos quebrados, e o posterior enterramento, em local longe de lençóis freáticos, 
cisternas ou poços artesianos. 
CISTICERCOSE 
A cisticercose é causada pela ingestão acidental dos ovos da Taenia solium: platelminto que tem como hospedeiros 
intermediários os suínos. Indivíduos com teníase, por possuírem em seu organismo a forma adulta da tênia, liberam 
ovos destes animais, juntamente com suas fezes, podendo contaminar a água ou mesmo alimentos ou mãos. Assim, 
ao se ingerir os ovos da T. solium, este parasita se encaminha do trato digestório à corrente sanguínea, e se aloja em 
órgãos como cérebro, olhos, coluna ou músculos. 
A gravidade da doença depende muito da região infestada. Um cisticerco localizado no cérebro, por exemplo, pode 
causar dores de cabeça, convulsões, confusão mental e até morte sendo, obviamente, o caso clínico mais grave. 
Alojada na coluna e região muscular, causa dor e dificuldades de locomoção e na região ocular, distúrbios visuais e 
até cegueira. 
O período de incubação da doença varia entre 15 dias a anos após a infecção, podendo também, nunca se 
manifestar. O tratamento varia de acordo com a localização dos cisticercos, período de contaminação e estado de 
saúde do paciente. 
Não defecar ao ar livre; lavar sempre as mãos, principalmente antes de se alimentar e após usar o sanitário; não 
utilizar fezes humanas, nem esgoto como adubo; não irrigar horta com água de rio; lavar bem as frutas e verduras 
antes de ingeri-las; tomar água apenas se estiver tratada e acompanhamento médico dos portadores de cisticercose 
e teníase são as principais formas de evitar seu contágio e o de outras pessoas a curto e a longo prazo. 
ESQUISTOSSOMOSE 
A esquistossomose é causada por platelmintos da classe Trematoda. Estes ocorrem em diversas regiões do mundo, 
sendo que, no Brasil, o responsável pela doença é o Schistossoma mansoni. Este tem a espécie humana como 
hospedeiro definitivo, e caramujos de água doce do gênero Biomphalaria, como hospedeiros intermediários. 
Pessoas contaminadas permitem com que outros indivíduos adquiram a doença ao liberar ovos do parasita em suas 
fezes e urina, quando estas são depositadas em rios, córregos e outros ambientes de água doce; ou quando chegam 
até estes locais pelas enxurradas. 
Na água, a larvas - denominadas miracídios - são liberadas e só continuam seus ciclos de vida se alojarem-se em 
caramujos do gênero Biomphalaria. Estes possuem como característica principal concha achatada nas laterais e de 
cor marrom acinzentada. 
As larvas, agora denominadas cercárias, se desenvolvem e são liberadas na água. Em contato com a pele e mucosa 
humanas, penetram no organismo e podem causar inflamação, coceira e vermelhidão nessas regiões. Lá, 
desenvolvem-se, reproduzem-se e eliminam ovos a partir de veias do fígado e intestino, obstruindo-as. 
Os sintomas, quando aparecem, surgem aproximadamente cinco semanas após o contato com as larvas. 
Na fase aguda (a mais comum), a doença se manifesta por meio de vermelhidão ecoceira cutâneas, febre, fraqueza, 
náusea e vômito. O indivíduo pode, também, ter diarreias, alternadas ou não por constipações intestinais. 
Na fase crônica, fígado e baço podem aumentar de tamanho. Hemorragias, com liberação de sangue em vômitos e 
fezes, e aumento do abdome (barriga-d’água) são outras manifestações possíveis. 
O diagnóstico é feito via exames de fezes em três coletas, onde se verifica a presença de ovos do verme; ou por 
biópsia da mucosa do final do intestino. Há também como diagnosticar verificando, em amostra sanguínea, a 
presença de anticorpos específicos. 
O tratamento é feito com antiparasitários, geralmente em dose única. 
A prevenção consiste em identificação e tratamento das pessoas adoecidas, saneamento básico, combate aos 
caramujos, e informação à população de risco. Evitar contato com água represada ou de enxurrada e usar roupas 
adequadas ao entrar em contato com água suspeita de estar infectada são medidas individuais necessárias. 
FILARIOSE 
A filariose é uma doença parasitária provocada pelo nematelminto Wuchereria bancrofti, transmitido por mosquitos 
fêmeas dos Gêneros Culex, Anopheles, Mansonia ou Aedes, sendo o C. quinquefasciatus o mais frequentemente 
associado. No Brasil, Estados como Pará, Maranhão, Amazonas, Alagoas, Bahia, Pernambuco e Santa Catarina são 
locais nos quais houve notificações da doença. 
Infectando somente humanos, tais vermes se direcionam ao sistema sanguíneo, provocando febre, dor de cabeça e 
mal-estar. Após sua maturação, período que varia entre três meses e um ano, instalam-se no sistema linfático, 
bloqueando os vasos, fazendo com que as pessoas acometidas passem a apresentar sinais claros de inchamento nos 
membros; e também nas mamas, no caso de mulheres, e testículos, em indivíduos do sexo masculino. Tais vermes 
adultos produzirão microfilárias, que circularão pelo sangue do paciente. 
Infecções na pele e urina gordurosa também podem ocorrer e, em casos mais graves, o inchamento é tão grande 
que a pessoa pode apresentar deformações. Este quadro ocorre em cerca de 15% dos casos, geralmente como o 
resultado de infecções secundárias, relacionadas à falta de higiene, sendo popularmente chamado de elefantíase. 
O diagnóstico é feito pela análise dos sintomas e também por exames de sangue, ou linfa. O tratamento dependerá 
do grau de evolução da doença; sendo em alguns casos específicos, sugerida a retirada cirúrgica dos vermes adultos. 
Quanto à prevenção, a primeira medida é o tratamento das pessoas infectadas e doentes em decorrência deste 
nematelminto; aliada ao combate dos mosquitos transmissores. Além disso, é necessário que as pessoas acometidas 
sejam orientadas quanto à higienização das partes afetadas, inviabilizando a elefantíase. No que diz respeito a 
medidas individuais, o ideal é evitar a exposição aos mosquitos ou, quando isso não é possível, utilizar camisas de 
manga longa, calça comprida; e também repelentes de qualidade. 
HIDATIDOSE 
A hidatidose consiste na presença patogênica do platelminto Echinococcus granulosus ou Echinococcus vogeli: 
vermes cujos canídeos, como cães, raposas e lobos, são os hospedeiros definitivos. Bovinos, ovinos, roedores e 
outros herbívoros são hospedeiros intermediários; e na nossa espécie, é um parasita acidental. 
Essas duas espécies pertencem à classe Cestoda, ordem Cyclophyllidea e Família Taeniidae e fazem parte de seus 
representantes de tamanho menor (por isso são conhecidas como tênia anã). Entretanto, suas larvas são mais 
volumosas do grupo em questão. 
Os cães se contaminam ao ingerir as vísceras de outros hospedeiros. Estes últimos adquirem a doença pela ingestão 
dos ovos do parasito, estes expelidos nas fezes dos hospedeiros definitivos. Se espalhando na água, solo e ambiente 
em geral, estes ovos permitem com que os outros hospedeiros adquiram a doença. O contato direto com o animal 
infestado pode, também, causá-la. 
No intestino, os ovos são eclodidos e as larvas, via sistema circulatório, se espalham e alojam em determinadas 
regiões do organismo. Elas afetam, principalmente, o fígado, pulmão e cérebro, formando cistos. Esses crescem 
cerca de 1 a 5 cm ao ano, podendo atingir tamanho maior que o de uma bola de futebol. Quando se rompem, 
causam choque anafilático e há grandes chances do indivíduo ir a óbito. 
Os sintomas variam de acordo com a localização e tamanho destas esferas e são consequência da pressão física que 
estas exercem sobre a víscera do hospedeiro: dores abdominais, fadiga, febre, alergias e tosse são os mais comuns, 
mas esta doença pode se apresentar assintomática, na sua fase inicial. 
O diagnóstico se faz por raios-X, ecografia ou tomografia. Para tratamento, utiliza-se um fármaco denominado 
prazinquantel e podem ser necessárias cirurgias, a fim de se retirar os cistos. 
Quanto à prevenção, recomenda-se o tratamento dos cães infectados e evitar com que estes se alimentem de carne 
crua. Hábitos de higiene, como lavar sempre as mãos e também os alimentos antes de consumi-los, ingerir água 
filtrada e dosar o contato com estes animais também são necessários. 
Informação útil: em 2008 foi criado o primeiro centro de referência em hidatidose de nosso país - o Laboratório de 
Helmintos Parasitos de Vertebrados, do Instituto Oswaldo Cruz. 
 OXIUROSE 
A oxiurose, ou enterobiose, é causada pelo helminto Enterobius vermicularis. Os oxiúros são pequenos, de 
distribuição ampla, e ocorrem mesmo em populações onde o saneamento básico é satisfatório. 
Este animal parasita o intestino humano, conferindo prurido (coceira) na região anal, (seu sintoma mais 
característico), que ocorre em razão da migração das fêmeas à região anal para postura dos ovos. Irritabilidade, 
diarreia, náuseas, emagrecimento, vômitos e dores abdominais são os outros sintomas. Lesões na mucosa, 
dermatite e infecções secundárias podem aparecer na região anal. No caso de pessoas do sexo feminino, estas 
podem ter vaginites, em face da proximidade da vagina com o ânus. Em casos mais graves, os vermes podem se 
deslocar até as trompas e bloqueá-las, que pode provocar a esterilidade. 
As crianças são as principais vítimas desta infecção, uma vez que nem todas possuem, ainda, noções básicas de 
higiene pessoal. Assim, o ato de coçar a região e não lavar as mãos pode causar a reinfecção ou infecção de seus 
colegas. A ingestão de água e alimentos contaminados pelos ovos deste animal podem, também, causar a oxiurose. 
Ao levar a mão contaminada à boca, os ovos são direcionados até o intestino delgado, local onde são eclodidos. As 
larvas se encaminham até o intestino grosso, onde ficam até atingir a maturidade sexual. A reprodução ocorre neste 
local sendo que, após o ato, o macho morre. 
Como geralmente o deslocamento da fêmea do intestino até o ânus ocorre durante o sono de seu hospedeiro, a 
criança pode eliminar diversos ovos neste período, podendo comprometer mais pessoas, uma vez que a poeira 
domiciliar é responsável por mais de 90% da infestação do verme. 
O diagnóstico é feito analisando a presença dos ovos e fêmeas na região anal do paciente, com auxílio de uma fita 
adesiva transparente, que retirará uma amostra nas primeiras horas do dia, antes do indivíduo defecar ou tomar 
banho. Este material é analisado em microscópio, para confirmação da presença do parasita. 
O tratamento pode consistir em lavagens intestinais com água morna e/ou fármacos. A higienização do ambiente e 
cuidados pessoais desta natureza são fatores importantes para evitar a reinfestação do verme. 
TENÍASE 
A teníase é uma doença causada pela tênia, um platelminto da Classe Cestoda, representada por parasitas 
intestinais. Em razão deste modo de vida, esses indivíduos não possuem sistema digestório, uma vez que absorvem 
nutrientes digeridos pelo hospedeiro. 
Usualmente, consideramos duas espécies de tênias: a Taenia solium, que parasita suínos e a Taenia saginata, 
parasitando bovinos. Ambas possuem corpo divididoem vários anéis denominados proglótides e na extremidade 
anterior, denominada escólex, há presença de ventosas que auxiliam na fixação do animal. A Taenia solium, possui 
nesta região, ainda, ganchos cujo conjunto é denominado rostro, auxiliando também na fixação. 
As tênias são hermafroditas, uma vez que cada proglótide possui sistema reprodutor masculino e feminino.No ciclo 
da teníase, o animal humano é o hospedeiro definitivo e suínos e bovinos são considerados hospedeiros 
intermediários. No hospedeiro definitivo, o animal adulto fica fixado às paredes intestinais e se autofecunda. Cada 
proglótide fecundada, sendo eliminada pelas fezes, elimina ovos no ambiente. Esses podem contaminar a água e 
alimentos, gerando grande possibilidade de serem ingeridos por um dos hospedeiros. 
 Ocorrendo a ingestão pelos hospedeiros intermediários, estes têm a parede do intestino perfurada pelo embrião 
contido no ovo, que se aloja no tecido muscular. Este, alojado, confere à região um aspecto parecido com canjica – e 
é por esse motivo que algumas pessoas chamam esta doença pelo nome de “canjiquinha”. 
Ao se alimentar da carne crua ou malpassada do animal contaminado, o homem completa o ciclo da doença. O 
animal se desenvolve até o estágio adulto no intestino humano e pode conferir ao portador dores de cabeça e 
abdominais, perda de peso, alterações do apetite, enjoos, perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia. O 
hospedeiro definitivo tem potencial de continuar o ciclo da doença, caso suas fezes contaminem a água e alimentos 
dos hospedeiros intermediários ou de outras pessoas. 
Um indivíduo que ingere ovos da Taenia solium diretamente, pode ter seu organismo bastante comprometido, uma 
vez que o embrião (oncosfera) passa do intestino para a corrente sanguínea. Com o auxílio de suas ventosas e, 
principalmente, dos ganchos, pode se alojar no cérebro, olhos, pele ou músculos – inclusive do coração - podendo 
conferir ao portador quadro de cegueira definitiva, convulsão ou, até mesmo, óbito. 
Este processo de ingestão direta do ovo da tênia do porco pelo indivíduo humano é denominado cisticercose. Essa 
pode ser causada também por outra espécie de cestoda, Echinococcus granulosus, que parasita o intestino de 
cachorros. 
Medidas de prevenção incluem o saneamento básico (tratamento de água e esgoto), fiscalização das carnes de porco 
e boi; cozimento prolongado da carne com cisticerco antes da ingestão; tratamento de doentes e bons programas de 
educação e sensibilização, incentivando bons hábitos de higiene no dia a dia. 
TRICOCEFALÍASE 
O Trichuris trichiura é o nematelminto causador da tricocefalíase. Essa doença não possui hospedeiros 
intermediários, se dá pela ingestão dos ovos deste animal, que se encontram, geralmente, no solo, na água e nos 
alimentos, são oriundos de fezes contaminadas. 
No intestino, os ovos se desenvolvem e, em aproximadamente 90 dias, os vermes, já adultos, acasalam-se e dão 
origem a novos parasitas, diariamente. Estes se concentram, principalmente, no ceco, cólon e reto. 
Na maioria dos casos, a presença destes vermes se dá de forma assintomática. Entretanto, quando a quantidade 
destes é excessiva, reações alérgicas, sangramento retal, diarreias, emagrecimento, insônia, irritabilidade, anemia, 
danos nos tecidos da região, dentre outros sintomas, podem ocorrer. De acordo com a carga parasitária, estes 
sintomas podem ser mais amenos ou mais graves. 
O diagnóstico clínico é feito via exames de fezes, pelos métodos Lutz (Hoffman), Faust ou o de Kato-Katz. O 
tratamento envolve o uso de alopáticos, como o albendazol. Para acompanhamento, é necessário que se faça 
novamente estes exames 7, 14 e 21 dias após o término do uso dos medicamentos. 
A tricocefalíase ocorre com mais frequência em regiões tropicais, em locais onde as condições sanitárias são 
regulares ou precárias. Estes parasitas podem contaminar porcos e macacos. 
Medidas de higiene, como lavar as frutas e verduras antes de ingerir, lavar as mãos após ir ao banheiro, são as 
principais formas de evitar a presença desses parasitas. Saneamento básico e tratamento dos doentes são medidas 
que, a longo prazo, podem reduzir drasticamente o número de casos. 
DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS 
CATAPORA 
A catapora, ou varicela, é uma doença viral, causada pelo Herpesvirus varicellae, e que se manifesta com maior 
frequência em crianças. Na maioria das vezes, apresenta-se de forma benigna e as pessoas acometidas tendem a 
apresentar cansaço, dor de cabeça, febre e perda de apetite. 
O mais característico, no entanto, é o surgimento de pequenas feridas de cor avermelhada e número variável, que 
costumam se manifestar no tronco, rosto, membros e, em alguns casos, nas mucosas. Logo, essas lesões evoluem 
para bolhas com líquido e, em cerca de cinco dias, começam a cicatrizar. Como aparecem em grupos, em uma 
mesma pessoa acometida, tais lesões são visíveis, apresentando-se em diferentes estágios. 
A transmissão se dá por meio de gotículas ou secreções nasais contendo o vírus, mesmo que os sintomas ainda não 
tenham surgido. Além disso, a secreção das feridas também é contaminante, até mesmo quando já formaram as 
“casquinhas”. Há, também, a possibilidade de transmissão de mãe para filho, durante a gestação. 
Gestantes, recém-nascidos e pessoas nas quais a imunidade se encontra comprometida, devem receber cuidados 
especiais, já que a doença, nesses casos, pode evoluir para quadros mais graves, como pneumonia, edema, infecção 
de ouvido, herpes-zóster (erupção cutânea bastante dolorosa) e síndrome de Reye (doença grave, de rápida 
progressão e muitas vezes fatal, que compromete o fígado e o sistema nervoso). Além disso, todos os pacientes 
devem evitar tocar ou coçar as feridas, já que tais atos podem provocar infecções bacterianas, causando 
complicações e aumentando a probabilidade de a pele ficar manchada. 
Quanto ao diagnóstico e tratamento, devem ser feitos sob orientação médica, sendo que esse último se foca no 
controle dos sintomas e prevenção de complicações, já que não existem medidas que provoquem a expulsão do 
vírus do organismo. Em hipótese alguma a pessoa deve se automedicar, principalmente se se tratar de salicilatos, 
como a aspirina, já que este ato pode provocar a síndrome de Reye. Não há comprovação científica acerca da 
eficácia do permanganato de potássio. 
Em razão do seu alto grau de transmissibilidade, é importante que os pacientes permaneçam em casa, de repouso, 
por pelo menos uma semana, para evitar que outras pessoas sejam afetadas. Introduzida no ano de 1995, outra 
medida eficaz para a prevenção da catapora, ou de manifestações mais severas, é a vacina. No caso de pessoas 
imunocomprometidas, e que tiveram contato com o vírus, deve ser avaliada a possibilidade da imunização através 
do uso de globulinas. 
Vale lembrar que pessoas que já contraíram esse vírus se tornam imunes a essa doença. Entretanto, por 
permanecer, de forma latente, no organismo, o H. varicellae pode provocar a manifestação da herpes-zóster. 
CAXUMBA 
A caxumba, também denominada papeira, parotidite infecciosa e parotidite endêmica; é uma doença viral cujo 
responsável pela infecção pertence à família Paramyxoviridae, gênero Rubulavírus. Com grande capacidade de 
transmissão, esta se dá através do contato direto com saliva, gotículas aéreas e objetos contendo o vírus. Este 
também pode ser transmitido de mãe para filho, durante a gravidez, podendo causar abortos espontâneos. 
Essa doença, que ocorre principalmente em crianças, apresenta como sintoma principal o inchamento de uma ou 
mais glândulas salivares, causando um aumento exagerado do volume da região do pescoço. Além desse fator, febre 
e, em alguns casos, inchamento das glândulas salivares, náuseas, sudorese, zumbido nos ouvidos e dores no corpo e 
na cabeça podem se manifestar. Em alguns casos excepcionais surgem complicações, como a orquiepididimite 
(inchamento dos testículos),ooforite (inchamento dos ovários), pancreatite, meningite e encefalite. 
O período de incubação varia entre duas e três semanas após o contato com o agente transmissor, sendo que o 
indivíduo acometido é capaz de transmitir o vírus cerca de uma semana antes das manifestações sintomáticas, e até 
nove dias depois desse evento. 
O diagnóstico é feito pela análise do quadro clínico e, quando necessário, a cultura do vírus e testes sorológicos 
podem ser requeridos. 
Não existe tratamento para a eliminação do vírus, sendo este visado apenas para aliviar os sintomas da doença. 
Assim, repouso e, em alguns casos, antitérmicos, analgésicos e compressas são indicados. Quanto à prevenção, a 
vacina tríplice viral (MMR) aos 15 meses de idade, e não ter contato com alguém acometido pela doença, são 
capazes de fornecer resultados satisfatórios. 
 DENGUE 
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo: a cada ano, cerca de 20 mil pessoas morrem 
em consequência dessa doença. No Brasil, ela é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti fêmea, 
portadora do vírus dessa doença. 
Esse animal, de hábitos diurnos e crepusculares, possui tamanho pequeno, com cerca de meio centímetro de 
comprimento. Sua cor varia entre o café e o preto, apresentando faixas brancas nas patas e nas costas. Já o vírus, 
pertencente à Família Flavivirus, possui quatro subtipos: o DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Este último, desde 2010, 
passou a se manifestar também em nosso país. 
Uma pessoa que teve dengue se torna imune ao sorotipo que provocou a doença, no entanto, existe o risco de se 
infectar novamente pelos outros três. Vale frisar que a transmissão só ocorre da forma que foi mencionada: não 
existe a possibilidade de uma pessoa portadora “passar dengue” para outro indivíduo. 
A dengue pode apresentar quatro quadros distintos: 
 Infecção aparente: quando não há manifestação de sintomas. É o caso que ocorre mais frequentemente. 
 Dengue clássica: apresenta sintomas semelhantes aos da gripe, como febre alta, dores, cansaço e 
indisposição, além de vômitos, dores nas articulações e atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. 
 Dengue hemorrágica: mais comum em pessoas que já tiveram algum tipo de dengue, ela se manifesta 
inicialmente tal como a dengue clássica. Após o terceiro ou quarto dia, a febre diminui, podendo provocar 
uma queda súbita da pressão arterial, e logo em seguida o paciente apresenta sangramentos, 
principalmente das gengivas, nariz e intestino. 
 Síndrome do choque da dengue: a pressão arterial cai subitamente ou, aos poucos, vai diminuindo a ponto 
de o indivíduo quase não apresentar pulso. Pode ocorrer perda de consciência e insuficiência renal, 
cardíaca, hepática e/ou respiratória. 
Apresentando pelo menos dois ou três dos sintomas citados, é importante que a pessoa ingira bastante água e 
procure auxílio médico o mais rápido possível. Como não existe tratamento específico, os profissionais da saúde se 
focam no controle dos sintomas e prevenção do quadro hemorrágico e demais complicações. Pessoas com 
problemas crônicos devem receber atenção especial. 
Confirmada a doença, é interessante que o paciente evite ser picado novamente, reduzindo a possibilidade de novos 
mosquitos e pessoas serem portadores do vírus da dengue. O uso de repelentes, mosquiteiros, telas e vaporizadores 
elétricos; pode ajudar nesse sentido. 
Não existem vacinas que previnam essa doença. Por esse motivo, as ações de controle da dengue são feitas com 
base no controle do mosquito transmissor. A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), por exemplo, envia a todos os 
estados larvicidas e inseticidas capazes de destruir larvas e mosquitos adultos. Os inseticidas são lançados por meio 
das máquinas de nebulização; e os larvicidas, utilizados pelos agentes de saúde em residências e outros locais que 
podem acumular água parada. Como tais medidas podem provocar a resistência dos mosquitos aos produtos, é 
importante que essa não seja a única medida adotada. 
Já que as fêmeas desovam em água limpa e parada, todos os locais possíveis de se acumular esse solvente devem 
ser eliminados ou protegidos, sendo necessário, portanto, o engajamento de toda a população. Vale lembrar que os 
ovos são muito resistentes, sendo necessário, dessa forma, além de eliminar a água, lavar os recipientes esvaziados. 
 ÉBOLA 
Os vírus, as doenças virais e suas formas de imunização são grandes desafios da ciência mundial, dengue e AIDS são 
dois exemplos dentre outros tantos. Entretanto, nenhuma outra doença viral atingiu proporções de letalidade como 
o surto do vírus Ebola, na África. 
A doença foi “descoberta” no Zaire (atual república democrática do Congo), em 1976, e os sintomas impressionavam 
tanto quanto a velocidade com que os infectados morriam. Estima-se que a letalidade do vírus do Ebola durante 
surtos epidêmicos atinja os 90%, ou seja, a cada 10 pessoas infectadas, 9 morrem. 
Várias epidemias de febre hemorrágica produzida pelo Ebola são conhecidas: em 1976, duas epidemias, no Zaire e 
no Oeste do Sudão, provocaram cerca de 340 mortes. Houve uma terceira epidemia em 1979, no Sudão, e uma 
quarta, em 1996, no Zaire; ambas com menor quantidade de mortos. A última epidemia matou 224 pessoas em 
Uganda, entre outubro de 2000 e março de 2001. 
Assim como todos os vírus, o do Ebola infecta células sadias do organismo, desencadeando um rápido e sequencial 
processo de sucessivas multiplicações e infecções de novas células. Desta forma, podemos ter que o tempo de 
incubação da doença varia de 02 a 20 dias, dependendo, entre outros fatores, do próprio sistema imunológico da 
pessoa que está infectada. 
A forma de contrair a doença é muito simples, basta o contato com uma pessoa já infectada, viva ou morta, e como 
em alguns países africanos existe a tradição de se lavar os familiares falecidos, a doença se disseminou muito rápido. 
Após o contágio e período de incubação, os sintomas começam a aparecer, sendo que os mais comuns são: edemas, 
febre alta, vômito, dor de cabeça e insuficiência hepática e renal. 
A deformação do colágeno responsável pela união dos órgãos, o elevado estágio de debilidade do paciente e as 
sucessivas hemorragias espalhadas por todo o organismo causam a morte do paciente infectado em pouquíssimo 
tempo; esse quadro é uma das principais características da febre hemorrágica conhecida como Ebola. 
Infelizmente, uma vez contraída a doença, o tratamento se concentra basicamente em se tratar dos sintomas e, 
como já vimos, até 90% dos infectados podem morrer. 
Existem, atualmente, 4 variações do gênero filovírus descritas, sendo 3 do vírus Ebola (Ebola Zaires, Ebola Sudão e 
Ebola Reston), no entanto, algumas vacinas têm sido desenvolvidas a fim de que o problema seja minimizado. 
Vários filmes já tentaram traduzir os perigos desse tipo de doença, rápida e letal, como o filme Epidemia (Warner 
Bros), de 1995, com Justin Hoffman, Morgan Freeman e Cuba Gooding Jr., nessa história o vírus adquire a 
capacidade de infectar pelo ar. Vale a pena assistir e saber mais. 
FEBRE AFTOSA 
A febre aftosa é uma doença infecciosa causada por vírus. Ela atinge animais de cascos bipartidos, como bovinos, 
bubalinos, ovinos, caprinos e suínos. É uma doença altamente contagiosa que possui sete soros imunologicamente 
distintos, são eles: A, O, C, SAT1, SAT2, SAT3 e Asia 1, sendo que no Brasil encontramos apenas os tipos A, O e C. 
O vírus da febre aftosa é altamente contagioso e pode ser transmitido através da baba do animal, que contém 
grande quantidade de vírus. O sangue dos animais infectados também contém grande quantidade de vírus durante a 
fase inicial da doença. O vírus dessa doença é muito resistente, podendo resistir por meses na medula óssea do 
animal (mesmo depois de morto), no pasto, na farinha de ossos e no couro. 
A doença também pode ser transmitida por contato indireto, através de alimentos, água, ar, pássaros e humanosque cuidam dos animais, e que podem levar os vírus em suas mãos, roupas ou calçados, e infectar animais sadios. 
Os primeiros sintomas apresentados pelo animal são febre alta e perda do apetite, seguidos de aftas na boca, na 
gengiva ou na língua, e principalmente por feridas nos cascos ou nos úberes. O animal baba muito, contaminando 
todo o ambiente e tem grande dificuldade para se alimentar e para se locomover, em razão das feridas nos cascos. A 
produção de leite, o crescimento e a engorda ficam prejudicados. A intensidade da doença é variável, mas sabe-se 
que ela atinge mais animais jovens, principalmente os que estão em aleitamento. 
O tratamento dessa doença é feito com a total desinfecção do local, fervura ou pasteurização do leite destinado ao 
consumo humano ou de outros animais, tratamento com medicação nas feridas dos animais e tratamento com 
tônicos cardíacos em animais com muita fraqueza. 
No Brasil, a prevenção dessa doença é feita por meio de vacina obrigatória aplicada de 6 em 6 meses, a partir do 
terceiro mês de vida do animal. A vacinação é obrigatória a todos os criadores de animais, de forma que as 
recomendações do fabricante com relação à dosagem, prazo de validade, modos de conservação, entre outros, 
sejam obedecidas. 
FEBRE AMARELA 
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um Arbovírus do Gênero Flavivírus. Sua incidência se restringe 
à América Central, América do Sul e África. 
A transmissão se dá por meio da picada de mosquitos previamente contaminados, ao sugarem o sangue de um 
indivíduo acometido. Nas cidades, o responsável é o Aedes aegypti; e em ambientes de mata, os dos Gêneros 
Haemagogus e Sabethes. O período de incubação, ou seja, o tempo entre a picada e a manifestação de sintomas, é 
de aproximadamente três dias. 
Em algumas pessoas não há manifestação de sintomas; ao passo que em outras, o quadro se apresenta bastante 
sério. Febre, náuseas, dor de cabeça e nos músculos aparecem associados ao amarelamento da pele e dos olhos do 
paciente. Hemorragias, tanto internas quanto externas, podem também se manifestar. 
Seus sintomas duram, em média, dez dias. Nesses casos mais graves, além do quadro descrito, há o 
comprometimento dos rins, o que pode provocar problemas cardíacos, pulmonares e hepáticos; e morte em 50% 
dos casos. 
O diagnóstico é feito pela análise dos sintomas e por meio de exames. Em alguns casos, análises laboratoriais 
adicionais são requeridas para averiguar se há ou não complicações ou comprometimento de órgãos e/ou funções 
vitais. 
Não existe tratamento específico para a febre amarela e, dessa forma, os procedimentos médicos focam no controle 
de sintomas e prevenção de complicações. Repouso, ingestão abundante de água, boa alimentação e, no caso de 
hemorragias, reposição sanguínea, são importantes medidas. Após a cura, não há riscos de reinfecção. 
A melhor forma de se evitar a febre amarela é por meio da vacinação, disponível gratuitamente em postos de saúde 
e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em portos e aeroportos. Ela é recomendada a indivíduos com 
nove meses de idade ou mais e deve ser reforçada de dez em dez anos. 
O controle do mosquito Aedes aegypti é outra medida eficaz, tendo a vantagem de também prevenir a dengue. Para 
pessoas cuja imunização por meio da vacina não é recomendada (gestantes, imunocomprometidos, etc.), o uso de 
bons repelentes, camisas de manga comprida, calça, meias e luvas – ao visitar áreas suscetíveis – é uma boa medida 
de prevenção. 
GASTRENTERITE VIRAL 
A diarreia está entre as cinco principais causas de morte por desidratação, em todo o mundo, sendo a maioria 
causada por vírus. 
A gastroenterite viral, também conhecida como gripe intestinal, pode ser provocada pelo rotavírus, Norwalk vírus, 
astrovírus, calicivírus, adenovírus, parvovírus, norovírus, dentre outros. Ela afeta o estômago e o intestino, 
provocando fadiga, arrepios, perda de apetite, náusea, vômitos, diarreia, febre e dores musculares. Geralmente os 
sintomas não perduram por mais de três dias, e crianças são as pessoas mais frequentemente afetadas. Para alguns 
vírus, o organismo desenvolve defesas que evitam a reincidência. 
O contágio se dá pela ingestão dos vírus, seja por meio de alimentos ou água contaminados, contato íntimo com 
pessoas acometidas ou com objetos que entraram em contato com o patógeno. No organismo, provoca a inflamação 
de mucosas, provocando a manifestação de seus sintomas entre 10 e 70 horas após esse evento. 
O diagnóstico se dá pela análise dos sintomas e exames laboratoriais. Como não há tratamento específico para a 
doença, algumas medidas são essenciais, como hidratação com bastante água e bebidas ricas em minerais, e 
ingestão de alimentos leves. O repouso também é necessário. Em situações nas quais o vômito e/ou diarreia são 
persistentes, pode ser necessária a hidratação intravenosa. O médico pode receitar medicamentos para reduzir as 
manifestações sintomáticas. 
Quanto à prevenção, evitar o contato com fluidos corporais de pessoas acometidas ou desconhecidas, ou objetos 
que entraram em contato com eles; lavar frequentemente as mãos, higienizar frutas e verduras antes de consumi-
las, cozer adequadamente os alimentos, somente ingerir água tratada ou previamente fervida e evitar aglomerações, 
são medidas muito eficazes. Além disso, é importante desinfetar, com produtos apropriados, superfícies que foram 
ou podem ter sido contaminadas com vômito e/ou fezes. Existe vacina apenas contra o rotavírus A. 
GRIPE 
Gripe e resfriado não é a mesma coisa! Ambas as doenças são de origem viral, transmitidas por meio de gotículas de 
saliva ou secreções nasais contendo estes micro-organismos, e apresentam como sintomas: cansaço, indisposição, 
dores musculares, corrimento nasal e dor de garganta. Entretanto, quando o sujeito se encontra gripado, estes são 
mais intensos e incapacitantes, fazendo com que, muitas vezes, nem tenha condições de sair da cama. Febre alta, de 
surgimento repentino, também tende a fazer parte do quadro gripal. Estes sintomas surgem em até uma semana 
após a exposição ao vírus, e perduram por aproximadamente cinco dias. 
Ocorrendo em todas as partes do mundo, é causada pelo vírus Influenza: um RNA vírus da Família Orthomyxoviridae, 
altamente contagioso e com grande capacidade de mutação. Existem três tipos de vírus Influenza: A, B e C. Os dois 
últimos acometem apenas a nossa espécie, sendo o do tipo C o mais brando e menos frequente. Já o Influenza A, é 
capaz de infectar diversas espécies animais, sendo também o responsável pelas epidemias e pandemias gripais. Este 
é classificado em subtipos, de acordo com o arranjo das moléculas de sua superfície. 
Nos séculos XX e XXI ocorreram três pandemias: a gripe espanhola, entre 1918 e 1919, causada pelo H1N1; a gripe 
asiática, 1957 – 1958, pelo H2N2; e a gripe A (anteriormente denominada gripe suína), em 2009, sendo o H1N1 
responsável por ela. 
Crianças entre 6 e 23 meses de idade, idosos, portadores de doenças crônicas e indivíduos imunodeprimidos 
geralmente estão mais suscetíveis a este vírus, uma vez que tendem a ter o sistema imunológico mais frágil e, por 
isso, os riscos de desenvolver complicações, como pneumonias bacterianas, são maiores. Assim, é indicado que estes 
indivíduos, e também profissionais de saúde, vacinem-se anualmente contra a gripe. 
Prevenção: Alimentação balanceada e saudável; ingestão de líquidos, preferencialmente não muito gelados; dormir 
pelo menos oito horas por dia; e prática regular de exercícios - medidas necessárias para manter-se saudável e com 
o sistema imunológico ativo, evitando incidências de gripes e uma gama de outras doenças. 
 Além destas medidas, vale ressaltar: 
 Sempre lavar as mãos com água e sabão; 
 Evitar aglomerados humanos, principalmente se houver pessoas doentes nestes locais; 
 Em surtos de gripe, utilizar máscaras quando seu uso for indicado pelas autoridades;

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