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PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO (POR REBECA ZILLI)

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PROTOCOLO DE PREVENÇÃO À ÚLCERAS POR PRESSÃO (UPPs) 
 AUTORIA DE 
 
Rebeca Zilli 
CONCEITO DE UPPs: 
A úlcera por pressão é uma das consequências mais comuns de longa permanência em hospitais. 
Consiste em uma lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, geralmente sobre uma proeminência 
óssea, resultado de pressão prolongada no mesmo local, ou por uma combinação entre pressão e 
cisalhamento (deformação que sofre um corpo quando sujeito à ação de forças cortantes, fricção). 
 
 
IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DE UPPs: 
As UPPs levam ao prolongamento de internações, a riscos de infecção e a outros agravos evitáveis. 
[PREVINIR PARA REDUZIR CUSTOS] 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
Baseia-se na descrição clínica da profundidade observável e destruição tecidual (estágios de 1 a 4) 
ESTÁGIO I (eritema não branqueável→ risco) 
• pele intacta 
• rubor não branqueável em área localizada 
• normalmente sobre proeminência óssea. 
• área dolorida, endurecida, mole 
• temperatura variante 
*difícil identificação em indivíduos com pele escura* 
nesse estágio o paciente está “EM RISCO” 
 
 
ESTÁGIO II (perda parcial da espessura da pele) 
• perda parcial da espessura da pele 
• ferida superficial (rasa) 
• rubor sem esfacelo (sem tecido morto) 
• brilhante ou seca 
• sem crosta ou equimose (um indicador de lesão profunda). 
• pode se apresentar como flictena fechada ou aberta 
 (pústula linfática serosa) 
 
 
ESTÁGIO III (perda total da espessura da pele) 
• perda total da espessura da pele 
• tecido adiposo subcutâneo pode ser visível 
• não há exposição de ossos, tendões ou músculos 
• a profundidade varia de acordo com a localização 
 
 
 
ESTÁGIO IV (perda total da espessura dos tecidos) 
• perda total da espessura dos tecidos 
• exposição dos ossos, tendões ou músculos 
• presença de tecido necrótico e/ou desvitalizado (fibrina úmida) 
• pode levar à osteomielite e a osteíte (atinge ossos) 
 (porta de entrada à outras infecções) 
 
ESTÁGIO NÃO 
CLASSIFICÁVEL 
PROFUNDIDADE INDETERMINADA DA LESÃO 
A presença de tecido necrótico (amarelo, acastanhado, 
cinzento, verde ou castanho) e/ou escara (tecido necrótico 
amarelo escuro, castanho ou preto) no leito da ferida 
impede visibilidade da profundidade dela. 
 (é úlcera de estágio III ou IV) 
 
Fatores de risco: IDADE AVANÇADA e RESTRIÇÃO AO LEITO 
 
 
 
 
 
 
 
PROTOCOLO DE PREVENÇÃO: O Ministério da Saúde estabelece 6 etapas essenciais 
 
ETAPA 1
ETAPA 2
ETAPA 3
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
Minimizar a pressão: 
❖ Redistribuição da pressão, especialmente sobre as proeminências ósseas; 
❖ Reposicionamento do paciente a cada 02 (duas) horas (manter circulação nas áreas de risco) 
❖ Utilização de superfícies de redistribuição de pressão: travesseiros/ coxins 
(deve-se tomar cuidado com a fricção durante este procedimento) 
 
 Otimização da nutrição e da hidratação: 
(Pacientes com déficit nutricional ou desidratação podem apresentar perda de massa muscular e de peso, 
tornando os ossos mais salientes e a deambulação mais difícil→ maior chance de lesões cutâneas) 
❖ Suplementos nutricionais (líquidos, proteínas, calorias) podem ser necessários caso a 
ingesta não seja suficiente; 
❖ É recomendado o acompanhamento de nutricionistas a fim de avaliar e propor intervenções 
mais apropriadas (casos de pacientes com desnutrição principalmente). 
 Manejo da Umidade: manutenção do paciente seco e com a pele hidratada: 
 (pele úmida é mais vulnerável ao desenvolvimento de lesões cutâneas, e tende a se romper mais facilmente) 
❖ Controlar: incontinência / transpiração/ exsudato das feridas; 
❖ Utilizar fraldas, absorventes, agentes tópicos (minimizar o contato da pele com a umidade); 
❖ Hidratar a pele com movimentos suaves e circulares. 
A massagem está contraindicada na presença de inflamação aguda; pele frágil; áreas de 
 proeminência óssea; áreas hiperemiadas (só massagear áreas em risco de UPP, não áreas de UPP) 
 Inspeção diária da pele: 
❖ Pacientes que apresentam risco de desenvolvimento de UPP, de acordo com etapas 1 e 2, 
necessitam de inspeção diária de toda a superfície cutânea, da cabeça aos pés; 
❖ Deve ocorrer em intervalos pré-definidos, cuja periodicidade é proporcional ao risco; 
❖ Registrar as alterações encontradas; 
❖ Aumentar a frequência de inspeção se houver piora do estado clínico do paciente. 
Reavaliação diária de risco de desenvolvimento de UPP de todos os pacientes 
internados: 
❖ Permite aos profissionais de saúde ajustar sua estratégia de prevenção 
conforme as necessidades do paciente. 
Avaliação de úlcera por pressão na admissão de todos os pacientes: 
❖ Avaliação da pele para detectar a existência de UPP ou lesões de pele já instaladas; 
❖ Avaliar fatores de risco à UPPs: 
mobilidade; incontinência; déficit sensitivo; estado nutricional (inclui desidratação) 
 
 
MEDIDAS PREVENTIVAS CONFORME CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: 
 AVALIAÇÃO DO GRAU DE RISCO PELA ESCALA BRADEN 
 
 
Risco baixo (15 a 18) 
→ Cronograma de mudança de decúbito; 
→ Proteção do calcanhar; 
→ Utilização de superfícies de redistribuição de pressão (coxins, travesseiros); 
→ Manejo da umidade e nutrição; 
→ Atenção à fricção e cisalhamento; 
→ Otimizar mobilização; 
 
Risco moderado (13 a 14) 
→ Mesmos cuidados do risco baixo; 
→ Mudança de decúbito com posicionamento a 30° 
 
Risco alto (10 a 12) 
→ Mesmos cuidados do risco moderado; 
→ Mudança frequente de decúbito 
→ Utilização de coxins/travesseiros para lateralização à 30º 
 (posição do trocânter) 
 
Risco muito alto (≤ 9) 
→ Mesmos cuidados do risco alto; 
→ Manejo da dor 
→ Utilização de superfícies de apoio dinâmico com pequena perda de ar, se possível; 
*utilização de colchão com células alternadas é uma boa forma de controle do risco* 
*ATENÇÃO às áreas de maior risco à UPPs* 
quanto maior o valor obtido, menor o risco à UPPs 
 1 a 9 → risco muito alto 
10 a 12 → risco alto 
13 a 14 → risco moderado 
15 a 18 → risco baixo 
 
 
 
 
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