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LESÃO POR PRESSÃO E QUEDAS

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LESÃO POR PRESSÃO E QUEDAS 
 
LESÃO POR PRESSÃO: 
- LPP são a evidência visível de alterações patológicas no suprimento de sangue para 
tecidos da derme 
- A principal causa é atribuída à pressão ou força por unidade de área aplicada a tecidos 
suscetíveis 
- A pressão externa ou força de cisalhamento é cada vez mais vista como causa 
necessária, mas insuficiente para as Lesões por pressão 
- Definida como qualquer lesão causada por pressão não aliviada que resulta em danos 
nos tecidos subjacentes (tecido subcutâneo, músculo, articulações, ossos) 
- Ocorrem geralmente nas regiões de proeminências ósseas e são graduadas em 
estágios I, II, III e IV para classificar o grau de danos observados nos tecidos 
- É uma lesão da pele produzida quando se exerce uma pressão sobre uma região plana 
ou proeminência óssea, provocando um bloqueio sanguíneo, e como consequência, a 
isquemia a qual produz uma degeneração rápida dos tecidos 
- Em pacientes expostos à mesma carga de pressão e duração de cirurgia, fatores 
intrínsecos do indivíduo parecem desempenhar um papel maior no desenvolvimento de 
Lesões por pressão do que a pressão entre tecido e interface 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INCIDÊNCIA: 
A origem primária parece ser o hospital para cuidados agudos, 57 a 60% o fazem no 
hospital para cuidados agudos 
A incidência em pacientes hospitalizados varia de 3 a 30%; estimativas comuns variam 
de 9 a 13% e é diferente conforme a localização no hospital; pacientes de UTI e de 
ortopedia estão sob maior risco 
Em pacientes com fratura de quadril, 15% desenvolvem úlceras por pressão durante a 
internação hospitalar e um terço deles desenvolve úlcera por pressão dentro de um mês 
AVALIAÇÃO DE RISCO E FATORES DE RISCO: 
Pessoas com maior risco para úlceras por pressão 
podem ser identificadas, podendo-se intensificar os 
esforços direcionados a preveni-las 
 
A clássica escala de avaliação de risco é o 
Escore de Norton 
São classificados utilizando-se cinco fatores de risco 
graduados de 1 a 4. Os escores variam de 5 a 20; 
escores mais altos indicam menor risco. O escore 
em geral aceito como indicador de risco é ≤ 14; 
pacientes com escores < 12 têm risco 
particularmente elevado 
 
 
ESTÁGIO 1 → É um eritema da pele intacta que não embranquece após a remoção da 
pressão. Em indivíduos com a pele mais escura, a descoloração da pele, o calor, o 
edema ou o endurecimento também podem ser indicadores de danos 
ESTÁGIO 2 → É uma perda parcial da pele envolvendo a epiderme, derme ou ambas. 
A úlcera é superficial e apresenta-se como uma abrasão, uma bolha ou uma cratera 
rasa 
ESTÁGIO 3 → Perda da pele na sua espessura total, envolvendo danos ou uma necrose 
do tecido subcutâneo que pode se aprofundar, não chegando até a fáscia muscular. A 
úlcera se apresenta clinicamente como uma cratera profunda 
ESTÁGIO 4 → Perda da pele na sua total espessura com uma extensa destruição ou 
necrose dos músculos, ossos ou estruturas de suporte como tendões ou cápsulas das 
juntas 
Obs: É importante avaliar a presença de inflamação, infecção, endurecimento e 
isquemia 
 
CAUSAS: 
A pressão nos tecidos é examinada em relação a três fatores, considerando a etiologia 
das úlceras: 
1. Intensidade da Pressão 
2. Duração da Pressão 
3. Tolerância Tecidual 
 
A tolerância tecidual é influenciada por vários fatores: 
1. Cisalhamento – causado pela combinação da gravidade e fricção. Quando a 
cabeceira da cama é elevada, a pele adere-se ao leito, mas o esqueleto empurra 
o corpo para baixo. Os vasos sanguíneos são esticados ou acotovelados 
dificultando ou interrompendo o fluxo sanguíneo. O cisalhamento causa a maior 
parte do dano observado nas úlceras de pressão 
 
2. Fricção – Se sua ação for isolada, a sua capacidade de danos está restrita a 
epiderme e derme. Resulta em uma lesão semelhante a uma queimadura leve. 
Ocorre com maior frequência em pacientes agitados. A forma mais grave de 
dano por fricção ocorre associada ao cisalhamento 
 
3. Umidade – altera a resistência da epiderme para forças externas 
 
4. Déficit nutricional – a hipoalbuminemia altera a pressão oncótica e causa a 
formação de edema. A difusão de oxigênio no tecido edemaciado fica 
comprometida. Há uma diminuição da resistência a infecção devido ao efeito no 
sistema imunológico. A anemia também afeta o transporte de oxigênio. As 
deficiências de vitaminas A, C e E também podem contribuir para o 
desenvolvimento da úlcera de pressão devido ao papel que estas vitaminas tem 
na síntese do colágeno, imunidade e integridade epitelial 
 
5. Outros fatores: idade avançada, baixa pressão sanguínea, estado psicológico, 
cortisol, fumo, temperatura corporal elevada, procedimentos cirúrgicos com 
duração de 4 horas ou mais, incontinência urinária ou fecal, diagnósticos de 
paralisia e outros, medicações 
 
PREVENÇÃO: melhor solução para o problema da úlcera de pressão 
I – Avaliação do Risco 
1. Considere em risco para úlcera todas as pessoas restritas ao leito ou cadeira de 
rodas, ou aquelas cuja capacidade de se reposicionarem está debilitada 
2. Identifique todos os fatores individuais de risco (diminuição do estado mental, 
umidade, incontinência, deficiências nutricionais), de forma a direcionar as medidas 
preventivas específicas. 
 
II – Cuidados com a Pele e Tratamento Precoce 
1. Inspecione a pele pelo menos uma vez diariamente e documente as observações 
2. Individualize a frequência do banho. Use um agente de limpeza suave. Evite água 
quente e fricção excessiva 
3. Avalie e trate a incontinência. Quando a incontinência não puder ser controlada, limpe 
a pele no momento em que sujar, use uma barreira tópica para umidade e selecione 
absorventes higiênicos que forneçam de forma rápida uma superfície seca para a pele 
4. Use hidratantes para pele seca. Minimize os fatores ambientais que causam o 
ressecamento da pele como ar frio e de baixa umidade 
5. Evite massagear as proeminências ósseas 
6. Use um posicionamento apropriado, técnicas corretas de movimentação e 
transferência de forma a minimizar a lesão da pele devido à fricção e forças de 
cisalhamento 
7. Use lubrificantes secos (amido de milho) ou coberturas protetoras (tipo curativos 
transparentes) para reduzir a lesão por fricção 
9. Institua um programa para manter ou melhorar o estado de atividade e mobilidade 
 
III – Redução da Carga Mecânica e Utilização de Superfícies de Suporte 
1. Reposicione as pessoas restritas ao leito pelo menos a cada duas horas; pessoas 
restritas à cadeira a cada hora 
2. Use uma escala de horário de reposicionamento por escrito 
3. Coloque as pessoas em risco, em colchões ou almofadas que reduzam a pressão. 
Não use almofadas tipo argola ou roda d´água 
4. Considere o alinhamento postural, a distribuição do peso, a estabilidade e a 
capacidade para o alívio da pressão quando posicionar pessoas em cadeiras ou 
cadeiras de rodas 
5. Ensine as pessoas restritas à cadeira e que são capazes, a mudar a posição para 
aliviar o seu peso a cada 15 minutos 
6. Use recursos tipo trapézio ou o lençol móvel/forro de cama para elevar ou movimentar 
ao invés de arrastar as pessoas durante a transferência ou mudança de posição 
7. Use travesseiros ou almofadas de espuma para manter as proeminências ósseas 
como joelhos e calcâneos fora do contato direto com a cama ou com outra proeminência 
do próprio corpo 
8. Use recursos que aliviem totalmente a pressão nos calcâneos (coloque travesseiros 
sob a panturrilha para elevar os pés) 
9. Evite posicionar o paciente diretamente sobre o trocânter. Quando usar o decúbito 
lateral diretamente no trocânter, use a posição lateral inclinada em ângulo de 30 graus 
10. Eleve a cabeceira da cama o menos possível e por pouco tempo (ângulo máximo 
de 30 graus) 
 
QUALIDADE DE CUIDADOS: 
- As úlceras por pressão são cada vez mais usadas como indicadores da qualidade dos 
cuidados. 
- A possibilidadede prevenção de úlcera por pressão permanece algo controverso 
- Esforços sistemáticos na educação, aumento da preocupação e intervenções 
específicas de equipes interdisciplinares de cuidados com feridas sugerem que uma 
incidência elevada de úlceras por pressão pode ser reduzida 
 
TRATAMENTO: 
- A manutenção de um ambiente úmido na ferida aumenta a velocidade de cicatrização 
- A cicatrização de feridas úmidas de maneira experimental induz à reepitelização até 
40% mais rápida em comparação com feridas expostas ao ar 
- Qualquer terapia que desidrate a ferida, como gazes secas, lâmpadas de calor, 
exposição ao ar ou antiácidos líquidos, é prejudicial à cicatrização de feridas crônicas 
- Os curativos que mantêm um ambiente úmido na ferida são oclusivos, descrevendo a 
propensão de um curativo para transmitir vapor úmido da ferida para a atmosfera 
externa. Os curativos disponíveis diferem em suas propriedades de permeabilidade ao 
vapor de água e na proteção da ferida 
 
QUEDAS: 
- Idosos com doenças crônicas em geral estão em contato com o sistema de cuidados 
de saúde. Eles periodicamente necessitam hospitalização por exacerbações agudas de 
doenças crônicas, quedas, infecções e outros problemas 
- Para esses pacientes, a hospitalização marca, com frequência, o começo de uma 
jornada que passa por uma série de ambientes e cuidadores desconectados 
- Cerca de 33% de todos os idosos irão cair anualmente, e 10% dessas quedas irão 
resultar em lesões importantes. Quedas são a principal causa de lesão e morte 
relacionada à lesão resultando em morbidade significativa, incapacidade e redução da 
independência e da qualidade de vida 
 
CLASSIFICAÇÃO DA QUEDA: 
Quedas acidentais ou fisiológicas → associadas a perigos ambientais, como urina ou 
agua derramada no chão 
Quedas fisiologicamento previsíveis → correspondem aos indivíduos com elevada 
predisposição para queda (alto risco), devido as suas inúmeras alterações fisiológicas 
Quedas fisiologicamento imprevisíveis → podem ser atribuídas a causas fisiológicas, no 
entanto, ocorrem sob condições que não permitem a sua previabilidade, até a primeira 
ocorrência 
 
Fatores intrínsecos: Envelhecimento; Patologias específicas; Fármacos 
Fatores extrínsecos: Perigo ambientes, no hospital, ambulatórios; Ausência de 
corrimão; Pavimentos escorregadios, escadas; Cama, cadeiras, dispositivos de marcha 
inadequados; Campainha fora do alcance do paciente; Vestuário/calçado inadequados 
CONSEQUÊNCIAS DE UMA QUEDA: incapacidade permanente, aumento do tempo 
de internamento, morte, incapacidade temporária, sofrimento psicológicos, 
consequências físicas, psicológicas e sociais. 
 
CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA QUEDA: 
Os elementos atuais incluem modificações estruturais amigáveis aos idosos como 
iluminação diurna e redução de ruídos, rastreamento universal e avaliação de risco, 
como a Identificação de Idosos em Risco e a avaliação de risco de quedas por meio do 
teste Timed Get Up and Go (TUG [Teste de Levantar e Sair]), aperfeiçoamento da 
coordenação de cuidados entre os provedores de cuidados e da comunidade, e elos 
com os recursos da comunidade 
O teste avalia de forma realista a mobilidade e o equilíbrio nestes indivíduos ao criar um 
risco de queda propiciado pelo levantar, caminhar e girar o corpo, sentar-se, 
movimentos requeridos para realizá-lo 
- Sem lesão ou prejuízo: quando não ocorreu qualquer dano físico para o paciente 
- Lesão leve: quando resulta em dano ou ferimento que requer primeiros socorros, 
tratamento menor, observação ou medicação extra 
- Lesão moderada: quando resulta em tratamento em ambulatório, algum tipo de 
cirurgia, ou internamento/internação prolongado no hospital 
- Lesão severa: quando causa lesão permanente, como dano cerebral, resultando em 
diferentes incapacidades 
- Morte: quando a morte é causa direta da queda 
 
PREVENÇÃO: 
ESCALA DE MORSE/ ESCALA DE JOHNS HOPKINS 
1. história de queda 
2. diagnóstico secundário 
3. apoio para se deslocar/caminhar 
4. medicação endovenosa/cateter heparinizado 
5. marcha 
6. estado mental 
 
INTERVENÇÕES COM MULTICOMPONENTES: 
✓ Avaliar, no momento da admissão, o risco de queda do paciente (pacientes 
internados, pacientes no serviço de emergência e pacientes externos) 
✓ Orientar pacientes e familiares sobre as medidas preventivas individuais, e entregar 
material educativo específico quando disponível 
✓ Implementar medidas específicas para a prevenção de queda conforme o(s) risco(s) 
identificado(s) 
✓ Reavaliar o risco diariamente, e também sempre que houver transferências de setor, 
mudança do quadro clínico, episódio de queda durante a internação; ajustando as 
medidas preventivas implantadas 
Colocar sinalização visual para identificação de risco de queda, a fim de alertar toda 
equipe de cuidado. Anotar no prontuário do paciente todos os procedimentos realizados 
✓ Prestar pronto atendimento ao paciente sempre que este solicitar ou necessitar 
✓ Avaliar e tratar pacientes que sofreram queda e investigar o evento

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