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Infecções bacterianas e fúngicas Caso clínico inicial: Infecções bacterianas e fúngicas IMAGEM 1- CASO CLÍNICO 2; IMAGEM 2- CASO CLÍNICO 1 No primeiro caso clínico, paciente com infecção bacteriana caracterizada por inflamação vermelha, quente e inchada; Caso clínico dois: micose causada por fungo – pitiríase versicolor (pano branco=micose da praia) ERISIPELA X CELULITE: na erisipela onde tem a lesão fica elevada, tem bordas limitadas; diferente da celulite INFECÇÕES BACTERIANAS E FÚNGICAS DA PELE INFECÇÕES DA PELE E TECIDOS MOLES ● Um dos diagnósticos infecciosos mais comuns (bactérias mais frequentes: gênero staphylococcus e streptococcus); ● Essas infecções se desenvolvem após a ruptura da integridade normal da pele, por meio de um trauma ou doença cutânea (ex: dermatite atópica); raramente pode ter infecção na pele íntegra; ● Pode ser causada por fungos e bactérias; ● Pode sofrer disseminação hematogênica, no entanto é incomum. Infecções bacterianas e fúngicas imagem de infecções fúngicas (1- pitiríase versicolor; 2- tinea corporis; 3- tinea corporis (impingem); 4- infecção principalmente na região inframamária- cândidas) ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DOS FUNGOS ● São organismos eucarióticos; ● Na membrana composta de fosfolipídeo e ergosterol que são importantes pois são alvos de alguns antifúngicos. ● Podem ser uni(leveduras) ou multicelulares (bolores ou fungos filamentosos); ● Heterotróficos (não produzem seu próprio alimento); fazem digestão extracorpórea pois liberam enzimas para degradar a substância e assim se alimentar ● Imóveis (sem flagelo); ● Possuem parede celular (composta por quitina); ● Tolerante a ambiente hostis: ● Mais resistentes a ambientes hipertônicos; ● Ampla faixa de temperatura: 6 a 50°C ● Fungos multicelulares (filamentosos): ● Células tubulares (hifas): micelâneo; ● Micelio reprodutivo: associado a reprodução; ● Micelio vegetativo: associado a nutrição ● Fungos dimórficos- exemplo: pitiríase versicolor ( podem se apresentar de duas formas): temperatura ambiente se apresenta de uma forma e na temperatura do corpo humano de outra forma; concentração de gás carbônico, por exemplo; pH; nutrientes disponíveis; condições do meio de forma geral; ● As duas formas são: filamentosa (se apresenta na temperatura ambiente, por exemplo) ou leveduriforme (se apresenta na temperatura corporal, por exemplo) ● Mucomicose: aumentou os casos em pacientes pós-covid, causam alterações que cursam infecções nos seios da face (causado sinusite) mas podem evoluir causando alterações cerebrais e pulmonares MICOSES ● Micoses superficiais (dermatomicoses): ao longo de fios de cabelo e células epidérmicas superficiais; Infecções bacterianas e fúngicas ● Micoses cutâneas: acometem as regiões que tem queratina e os fungos secreção de queratinases; ● Micoses subcutâneas: implantação abaixo da pele; precisa de algum trauma (corte, furo) para chegar nessas camadas ● Micoses sistêmicas; ● Micoses oportunistas; Ex: candidíase pode ser sistêmica e oportunista; MICOSES SUPERFICIAIS: - Infecções fúngicas localizadas nas camadas superficiais da pele e seus anexos, bem como nas mucosas e zonas cutaneomucosas; - Lesões normalmente são indolores, não evoluindo para algo sistêmico na maioria das vezes; Às vezes leve prurido - Pitiríase versicolor -PV- (pano branco) tem agente etiológico a Malassezia sp 🡪 furfur- espécie- (levedura). Esse fungo é lipofílico (tropismo por lipídeo) - Na PV as leveduras são convertidas para a forma micelar (filamentosa); - Fatores predisponentes (endógenos ou exógenos); Infecções bacterianas e fúngicas - Exógenos: calor e umidade (contribui para que a doença seja mais prevalente nos trópicos e no verão de climas temperados); Oclusão de pele por roupas ou cosméticos (aumento da concentração de dióxido de carbono e alterações da microbiota e do pH); - Endógenos: dermatite seborreica, imunossupressão, a desnutrição e a hiperidrose (transpiração em excesso); - Transmissão: PV não é contagiosa e que hábitos de higiene precários não representam fator desencadeante da infecção; - Faz parte da microbiota e coloniza o indivíduo em sua primeira semana de vida; - Patogênica em 60% dos indivíduos; - Características: Manchas hipocrômicas; quando o fungo é exposto ao sol, as leveduras liberam substâncias como o ácido azalaico que tem ação fotoprotetora, esse ácido inibe a tirosinase que interfere na melanogênese, impedindo a produção de melanina; Pode ter manchas hipercrômicas: espessamento da queratina e inflamação (ativar melanina por meio dos melanócitos); Diagnóstico clínico: Sinal de Besnier (descamação da lesão quando há raspagem pela unha)/ Sinal de Zileri (estiramento da pele mostra esfarelamento); - Manifestações: lesões em áreas seborreicas, são hipocrômicas sendo eventualmente conhecidas como micose de praia; - Pessoas de pele clara, as manchas ficam mais evidentes após exposição solar; - Malassezia interfere na produção de melanina (hipopigmentação ou hiperpigmentação); - Fatore predisponente: corticoidoterapia e antibiocoterapia; mudanças hormonais e/ou aumento de secreção de sebo; - Diagnóstico: clínico e laboratorial com exame direto em microscopia dos elementos fúngicos; - A lâmpada de Wood é algumas vezes útil para confirmar diagnóstico e detectar lesões subclínicas; Apresenta fluorescência amarelo-ouro provavelmente devido à secreção de metabólitos (porfirinas) do fungo, sensíveis a irradiação ultravioleta; DIAGNÓSTICO - Exame Microscópico Direto: ● Método mais utilizado no diagnóstico de rotina das micoses; ● Além de ser rápido e sensível, permite a visualização do fungo e, em muitas ocasiões, sua identificação Infecções bacterianas e fúngicas - Cultura: ● A cultura é imprescindível para o diagnóstico específico da maior parte dos fungos; ● O meio de cultura mais empregado para o isolamento dos fungos é o ágar Sabouraud dextrose; ● As características principais deste meio são seu pH ácido (5,8) e seu elevado teor em glicose que o torna mais seletivo para fungos MICOSES CUTÂNEAS Dermatófilos: colonizam pêlos e unhas e somente as camadas queratinizadas são invadidas; ● As espécies são consideradas antropofílicas (causam infecções não inflamatórias, mas crônicas e de difícil tratamento); ● As espécies zoofilicas e geofílicas: (provocam intensa reação no hospedeiro, causando lesões que podem ser inflamatórias e respondem bem a terapia); ● Geralmente evoluem para cura espontânea. ● Nas micoses o paciente não relata nada, apenas um leve prurido. Já nas micoses cutâneas o paciente relata eritema; Dermatofitoses: Lesões cutâneas provocadas por um grupo grande de fungos que tem em comum o fato de degradar queratina; Infecções bacterianas e fúngicas Padrão de apresentação: ● Anel de escamação inflamatória com diminuição da inflamação em direção ao centro da lesão; ● Isolamento em Ágar Sabouraud com ou sem clorafenicol; ● Diagnostico laboratorial: observação das hifas septadas e artroconídeos (infiltração das hifas em segmentos retangulares) ● As tinhas são classificadas de acordo com o local anatômico ou estrutura afetada Infecções bacterianas e fúngicas Tinea capitus- contagiosa- ( couro cabeludo, sobrancelhas e cílios): - Agente: Espécies de Trychophyton e Microsparum (espécies de fungo); - É endêmica e contagiosa; - Mais comum em homens do que em mulheres, com uma prevalência maior entre 6 a 10 anos; - A perda de cabelo raramente é permanente. Outros tipos de Tineas: Tinea do corpo (Tinea corporis); Tinea dos pés (Tinea pedis); Tinea interdigital (frieira); Tinea das mãos; Tinea das unhas (onicomicose) (Tinea unguim); Tinea da face ou tinea barbae (Tinea barbae); Dermatomicoses (Tinhas):Infecções bacterianas e fúngicas Dermatomicoses – Candida albicans - Candidiase mucocutânea (infecção da pele, unha ou mucosa); - Pele: interdigitais das mãos, virilha, regiões submamárias com lesões esbranquiçadas ou eritematosas; - Candidíase das fraldas Infecções bacterianas e fúngicas INFECÇÕES BACTERIANAS Não possui flagelo; Catalase: é coletada a amostra que é colocada na lâmina. Coloca gotinha do peroxido de hidrogênio da agua oxigenada. Se formar bolhas, houve a degradação/quebra do peróxido de hidrogênio -> reação positiva; Sthapylococcus é catalase positiva (produz essa enzima- peroxidase de hidrogênio), diferente do streptococcus que é catalase negativa (não produz essa enzima); Ausência de endósporo: são esporos (formas de resistência); A esterilização consegue eliminar os esporos, diferente da desinfecção. Sthapylococcus aureus Encontrado comumente na pele e região nasofaríngea. Em casos raros, encontra-se na microbiota vaginal. Vai desde furúnculo (stapylococcus aureus) até endocardite, por exemplo. Infecções bacterianas e fúngicas Crecimento capnofílicos : Requer CO2 para que consigam crescer; São classificados com base no padrão de hemólise deles. Quando o padrão é completo, chama-se de beta-hemolítico, quando é parcial chama-se de alfa- hemolítico e quando não consegue degradar chama-se de gama- hemolítico. Infecções bacterianas e fúngicas streptococcus: Proteína M: adesão; Proteína F: adesão e invasão das células. Enzimas como a estreptoquinases, ajudam a quebrar o plasminogênio/ coágulo para se disseminarem. PS: nos sthapylococcus tem a hialuronidase que vai quebrar o ácido hialurônico, que está presente principalmente na pele; Mais comum em recém nascido; Sinal de Nikolsvy: quando pressiona a pele, desliza, como se estivesse se desgrudando; A descamação e o sinal de Nikolsvy é em decorrencia de uma toxina (esfoliativa) descamativa produtiva pelo sthapylococcus aureus. Infecções bacterianas e fúngicas Fator de virulência, carga bacteriana, resposta imunológica do hospedeiro, a atuação em conjunto desses fatores pode levar ao quadro de infecção primária. Impetigo clássico: Geralmente começa com pústulas (geralmente acontece na face) que evolui para pápulas -> vesículas que são compostas por liquido, evolui de tamanho e o liquido acaba sendo eliminando, formando assim as crostas (amareladas, cor de mel e por isso recebe o nome de crostas melicéricas); Impetigo bolhoso: Presença de bolhas, que são formadas por causa da toxina que é uma protease que vai degradar a desmogleína, alterando a adesão (aderência) superficial, levando a bolas; Ectima: quando a infecção já está atingindo a derme. Além dos 3 citados anteriormente, tem a ectima gangrenoso. Essa é comum em pacientes que já tem uma debilitação do sistema imune, está associado a pseudômonas aeroginosa (bactéria de ambiente hospitalar), relacionada a uma disseminação hematológica (resultando em trombose, necrose) Infecções bacterianas e fúngicas SSSS: síndrome da pele escaldada staphylocócica Celulite e erisipela não acontece apenas nos MMII, pode ocorrer nos MMSS (face, por exemplo); Erisipela: elevação da área afetada, bordas limitadas; Celulite: não tem elevação na área afetada, e as bordas são irregulares Diagnóstico clínico e exames como PCR, hemograma Por que as bactérias podem levar a esses quadros? Envolve os fatores de virulência. As bactérias apresentam adesinas, enzimas que ajudam na disseminação, além de uma resposta não tão elaborada do sistema imune. Tudo isso, em conjunto, contribui para essas manifestações. Infecções bacterianas e fúngicas A diferença de furúnculo e carbúnculo baseia-se na quantidade de pus, tamanho, quantidade de folículo infectados e na extensão; Infecções bacterianas e fúngicas
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