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Thamirys Cavalcanti Cicatrização das feridas · Funções da pele: - Barreira física (de proteção) - Termorregulação - Regulação hídrica - Sensibilidade - Regulação metabólica - Outras · Feridas: Qualquer lesão que produza perda da integridade física da barreira cutânea. Feridas cirúrgicas: regulares, limpas, sem tecidos desvitalizados, programadas. Feridas traumáticas: lacerações (ferimento de alto impacto), perfurações, abrasões, avulsões (“arrancamento”), amputações. - Laceração grave: rupturas e cortes irregulares, lesão de tecidos profundos, contaminados com frequência. Não perde - Lesão perfurante (punctória): pérfuro-incisa (ex.: facas) e pérfuro-contusa (ex.: arma de fogo). - Abrasão: perda da camada superficial da pele e tem grande chance de infecção. - Avulsão: parte da pele rompida parcialmente ou solta completamente; é comum haver grande sangramento. Não pode deixar exposto: vaso, nervo e osso. - Amputações: trauma que remove parte do corpo ou membro; produz sangramento intenso. Ferida crônica: quando não há cicatrização como mais de 30 dias (comum no pé diabético). Vai ser preciso fazer debridamento e enxerto (faca de Blair). Úlceras de pressão: é comum estar presente as três fases de cicatrização ao mesmo tempo. · Cicatrização: é uma cascata governada por múltiplas alças de “feedback e feedforward” e circuitos regulatórios, que são dirigidos por sinais oriundos da própria ferida - processo de reparo tecidual. Fases da cicatrização: 1. Fase de Hemostasia e Inflamação. 2. Fase Proliferativa. 3. Fase de Remodelação. OBS.: todas as feridas passam pela fase de inflamação. O normal é durar até 48hrs. Hemostasia: · A lesão vascular expõe estruturas subendoteliais que iniciam a cascata da coagulação, com a finalidade de cessar a hemorragia. · A hemostasia necessita de plaquetas e do sistema de coagulação. · O sistema de coagulação se divide em iniciação (via extrínseca) e amplificação (via intrínseca). · Via extrínseca: FT (fator tecidual) – receptor transmembrana e fatores plasmáticos VII/VIIa. · Via Intrínseca: fatores plasmáticos XI, IX e VIII; “explosão de trombina” causada pelo FT. Trombina: é uma serina protease que converte o fibrinogênio plasmático solúvel em fibrina insolúvel e promove a agregação plaquetária. Coágulo: · Comporto por fibrina, células e proteínas da matriz extracelular (MEC). · Células: eritrócitos e plaquetas. · Proteínas da MEC: fibrinectina, vitronectina e trombospondina. · A MEC provisória é rica em Citocinas e Fatores de crescimento. · Importância: papel central na montagem do processo inflamatório como na facilitação da angiogênese e da proliferação de células estromais na ferida. · O coágulo é a base da quimiotaxia para a ferida. · As citocinas da fase inicial são tipicamente inflamatórias e promovem vasodilatação, edema e quimiotaxia. · Inflamação: · Fase caracterizada pelos seguintes sinais (Celsus): rubor, tumor, calor, dor. · Resposta Celular: as PMN são as primeiras células de defesa a chegarem no sítio da lesão. · Sofrem diapedese intermediada por IL-1beta, TNF-alfa, interferon-gama, integrinas, P- selectina e E-selectina. · Degradam patógenos e sofrem apoptose. Depuram os tecidos desvitalizados. · Modificam a função dos macrófagos sendo imprescindíveis para a constituição da cicatrização. · A continuação do processo ocorre com a chegada dos macrófagos, que são oriundos do próprio sítio da lesão ou dos monócitos da circulação. Ações dos macrófagos: · Atuam como células apresentadoras de antígenos. · São fagocitados de células mortas e débeis · Produzem fatores de crescimento como: TGF- alfa, TGF-beta, FGF básico, VEFG e PDGF. · Promovem proliferação celular, síntese de MEC e indução da angiogênese. · A depleção de macrófagos prejudica significativamente o fechamento das feridas. · Mastócitos: · São células conhecidas pelo seu papel na resposta alérgica. · Reconhecem patógenos e regulam resposta imune. · Quando ocorre lesão, os mastócitos presentes na ferida degranulam e ajudam na inflamação. · Atuam na deflagração da inflamação, proliferação de elementos celulares conectivos e remodelação final da matriz conectiva. · O excesso ou a falta de elementos degranulados dos mastócitos pode causar formação exuberante de granulação ou atrasarem o processo de cicatrização, tornando crônica a fase inflamatória. · A inflamação tem que finalizar para o processo continuar. · A fagocitose das PMN pelos macrófagos é a etapa decisiva para a resolução desta fase. · Contrarreguladores da inflamação: lipoxinas, resolvinas, protectinas e meresinas. Fotos: 1. Queloide 2. Deiscência 3. Granulação Questão 2: quais as fases da cicatrização?
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