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MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Operações Fundamentais São elas a adição, a subtração, a multiplicação e a divisão. Adição é uma das operações básicas da álgebra. Na sua forma mais simples, adição combina dois números (termos ou parcelas), em um único número, a soma. Adicionar mais números corresponde a repetir a operação. Subtração é uma operação matemática que indica quanto é um valor numérico (minuendo) se dele for removido outro valor numérico (subtraendo). A subtração é o mesmo que a adição por um número de sinal inverso. Portanto, a operação inversa da adição. Multiplicação é uma operação binária. Na sua forma mais simples a multiplicação é uma forma simples de se adicionar uma quantidade finita de números iguais. O resultado da multiplicação de dois números é chamado produto. Os números sendo multiplicados são chamados de coeficientes ou operandos, e individualmente de multiplicando e multiplicador. MULTIPLICAÇÃO É A SOMA DE PARCELAS IGUAIS. Divisão é a operação aritmética que permite identificar quantas vezes um número, chamado divisor, está contido em outro número chamado dividendo. Essa quantidade será conhecida por quociente. Exemplos de aplicação: ADIÇÃO SUBTRAÇÃO MUTIPLICAÇÃO DIVISÃO É importante lembrar que um número pode ser representado a partir de uma divisão tomaremos a divisão . Daí temos que: Logo um número D pode ser escrito da forma D = d . Q + r Números Primos MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Números primos são os números naturais que têm apenas dois divisores diferentes: o 1 e ele mesmo. Exemplos: 1) 2 tem apenas os divisores 1 e 2, portanto 2 é um número primo. 2) 17 tem apenas os divisores 1 e 17, portanto 17 é um número primo. 3) 10 tem os divisores 1, 2, 5 e 10, portanto 10 não é um número primo. Observações: => 1 não é um número primo, porque ele tem apenas um divisor que é ele mesmo. => 2 é o único número primo que é par. Os números que têm mais de dois divisores são chamados números compostos. Exemplo: 15 tem mais de dois divisores => 15 é um número composto. Reconhecimento de um número primo Para saber se um número é primo, dividimos esse número pelos números primos 2, 3, 5, 7, 11 etc. até que tenhamos: => ou uma divisão com resto zero e neste caso o número não é primo, => ou uma divisão com quociente menor que o divisor e o resto diferente de zero. Neste caso o número é primo. Decomposição de um número em fatores primos Todo número natural, maior que 1, pode ser decomposto num produto de dois ou mais fatores. Decomposição do número 24 num produto: 24 = 4 x 6 24 = 2 x 2 x 6 24 = 2 x 2 x 2 x 3 = 2 3 x 3 No produto 2 x 2 x 2 x 3 todos os fatores são primos. Chamamos de fatoração de 24 a decomposição de 24 num produto de fatores primos. Então a fatoração de 24 é 2 3 x 3. De um modo geral, chamamos de fatoração de um número natural, maior que 1, a sua decomposição num produto de fatores primos. Regra prática para a fatoração Existe um dispositivo prático para fatorar um número. Veja, no exemplo, os passos para montar esse dispositivo: 1º) Dividimos o número pelo seu menor divisor primo; 2º) a seguir, dividimos o quociente obtido pelo menor divisor primo desse quociente e assim sucessivamente até obter o quociente 1. A figura abaixo mostra a fatoração do número 630. Então 630 = 2 x 3 x 3 x 5 x 7. 630 = 2 x 3 2 x 5 x 7. MMC E MDC MÚLTIPLO DE UM NÚMERO NATURAL Como 24 é divisível por 3 dizemos que 24 é múltiplo de 3. 24 também é múltiplo de 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12 e 24. Se um número é divisível por outro, diferente de zero, então dizemos que ele é múltiplo desse outro. Os múltiplos de um número são calculados multiplicando-se esse número pelos números naturais. MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Exemplo: os múltiplos de 7 são: 7x0 , 7x1, 7x2 , 7x3 , 7x4 , ... = 0 , 7 , 14 , 21 , 28 , ... Observações importantes: 1) Um número tem infinitos múltiplos 2) Zero é múltiplo de qualquer número natural MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM (M.M.C.) Dois ou mais números sempre têm múltiplos comuns a eles. Vamos achar os múltiplos comuns de 4 e 6: Múltiplos de 6: 0, 6, 12, 18, 24, 30,... Múltiplos de 4: 0, 4, 8, 12, 16, 20, 24,... Múltiplos comuns de 4 e 6: 0, 12, 24,... Dentre estes múltiplos, diferentes de zero, 12 é o menor deles. Chamamos o 12 de mínimo múltiplo comum de 4 e 6. O menor múltiplo comum de dois ou mais números, diferente de zero, é chamado de mínimo múltiplo comum desses números. Usamos a abreviação m.m.c. CÁLCULO DO M.M.C. Podemos calcular o m.m.c. de dois ou mais números utilizando a fatoração. Acompanhe o cálculo do m.m.c. de 12 e 30: 1º) decompomos os números em fatores primos 2º) o m.m.c. é o produto dos fatores primos comuns e não-comuns: 12 = 2 x 2 x 3 30 = 2 x 3 x 5 m.m.c (12,30) = 2 x 2 x 3 x 5 Escrevendo a fatoração dos números na forma de potência, temos: 12 = 2 2 x 3 30 = 2 x 3 x 5 m.m.c (12,30) = 2 2 x 3 x 5 O m.m.c. de dois ou mais números, quando fatorados, é o produto dos fatores comuns e não- comuns a eles, cada um elevado ao maior expoente. PROCESSO DA DECOMPOSIÇÃO SIMULTÂNEA Neste processo decompomos todos os números ao mesmo tempo, num dispositivo como mostra a figura abaixo. O produto dos fatores primos que obtemos nessa decomposição é o m.m.c. desses números. Ao lado vemos o cálculo do m.m.c.(15,24,60) Portanto, m.m.c.(15,24,60) = 2 x 2 x 2 x 3 x 5 = 120 PROPRIEDADE DO M.M.C. Entre os números 3, 6 e 30, o número 30 é múltiplo dos outros dois. Neste caso, 30 é o m.m.c.(3,6,30). Observe: m.m.c.(3,6,30) = 2 x 3 x 5 = 30 Dados dois ou mais números, se um deles é múltiplo de todos os outros, então ele é o m.m.c. dos números dados. Considerando os números 4 e 15, que são primos entre si. O m.m.c.(4,15) é igual a 60, que é o produto de 4 por 15. Observe: MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) m.m.c.(4,15) = 2 x 2 x 3 x 5 = 60 Dados dois números primos entre si, o m.m.c. deles é o produto desses números. Determinação dos divisores de um número Na prática determinamos todos os divisores de um número utilizando os seus fatores primos. Vamos determinar, por exemplo, os divisores de 90: 1º) decompomos o número em fatores primos; 2º) traçamos uma linha e escrevemos o 1 no alto, porque ele é divisor de qualquer número; 3º) multiplicamos sucessivamente cada fator primo pelos divisores já obtidos e escrevemos esses produtos ao lado de cada fator primo; 4º) os divisores já obtidos não precisam ser repetidos. Portanto os divisores de 90 são 1, 2, 3, 5, 6, 9, 10, 15, 18, 30, 45, 90. Máximo Divisor Comum Dois números naturais sempre têm divisores comuns. Por exemplo: os divisores comuns de 12 e 18 são 1,2,3 e 6. Dentre eles, 6 é o maior. Então chamamos o 6 de máximo divisor comum de 12 e 18 e indicamos m.d.c.(12,18) = 6. O maior divisor comum de dois ou mais números é chamado de máximo divisor comum desses números. Usamos a abreviação m.d.c. Alguns exemplos: mdc (6,12) = 6 mdc (12,20) = 4 mdc (20,24) = 4 mdc (12,20,24) = 4 mdc (6,12,15) = 3 CÁLCULO DO M.D.C. Um modo de calcular o m.d.c. de dois ou mais números é utilizar a decomposição desses números em fatores primos. 1) decompomos os números em fatores primos; 2) o m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns. Acompanhe o cálculo do m.d.c. entre 36 e 90: 36 = 2 x 2 x 3 x 3 90 = 2 x 3 x 3 x 5 O m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns => m.d.c.(36,90) = 2 x 3 x 3 Portanto m.d.c.(36,90) = 18. Escrevendo afatoração do número na forma de potência temos: 36 = 2 2 x 3 2 90 = 2 x 3 2 x5 Portanto m.d.c.(36,90) = 2 x 3 2 = 18. O m.d.c. de dois ou mais números, quando fatorados, é o produto dos fatores comuns a eles, cada um elevado ao menor expoente. CÁLCULO DO M.D.C. PELO PROCESSO DAS DIVISÕES SUCESSIVAS Nesse processo efetuamos várias divisões até chegar a uma divisão exata. O divisor desta divisão é o m.d.c. Acompanhe o cálculo do m.d.c.(48,30). MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Regra prática: 1º) dividimos o número maior pelo número menor; 48 / 30 = 1 (com resto 18) 2º) dividimos o divisor 30, que é divisor da divisão anterior, por 18, que é o resto da divisão anterior, e assim sucessivamente; 30 / 18 = 1 (com resto 12) 18 / 12 = 1 (com resto 6) 12 / 6 = 2 (com resto zero - divisão exata) 3º) O divisor da divisão exata é 6. Então m.d.c.(48,30) = 6. NÚMEROS PRIMOS ENTRE SI Dois ou mais números são primos entre si quando o máximo divisor comum desses números é 1. Exemplos: Os números 35 e 24 são números primos entre si, pois mdc (35,24) = 1. Os números 35 e 21 não são números primos entre si, pois mdc (35,21) = 7. PROPRIEDADE DO M.D.C. Dentre os números 6, 18 e 30, o número 6 é divisor dos outros dois. Neste caso, 6 é o m.d.c.(6,18,30). Observe: 6 = 2 x 3 18 = 2 x 3 2 30 = 2 x 3 x 5 Portanto m.d.c.(6,18,30) = 6 Dados dois ou mais números, se um deles é divisor de todos os outros, então ele é o m.d.c. dos números dados. Frações Ordinárias É um número racional representado na forma a/b, onde a e b são inteiros, como b não nulo, onde a é conhecido como numerador e b como denominador. Abaixo, vamos diferenciar as frações ordinárias das frações decimais. Frações próprias Elas representam o número inteiro. E também são chamadas de frações aparentes. Nas frações aparentes, o numerador é múltiplo do denominador, assim o numerador é divisível pelo denominador. A fração aparente também é imprópria, mas existe fração imprópria que é aparente. ex:. 4/2, 3, etc... Frações impróprias É o tipo de fração que é menor do que a unidade. Por isso são chamadas de frações impróprias. Nas frações impróprias, o numerador é menor do que o denominador. ex:. ¾ Frações Equivalentes/Classe de Equivalência As frações 2/3, 4/6 e 6/9 representam o mesmo valor, sendo que seus números são diferentes, assim são chamadas de frações equivalentes. Para que uma fração seja equivalente à outra, basta multiplicar ou dividir o numerador e o denominador pelo mesmo número (diferente de zero). Numeração decimal Transformação de números decimais em frações decimais Observe os seguintes números decimais: 0,8 (lê-se "oito décimos"), ou seja, . 0,65 (lê-se "sessenta e cinco centésimos"), ou seja, . MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) 5,36 (lê-se "quinhentos e trinta e seis centésimos"), ou seja, . 0,047 (lê-se "quarenta e sete milésimos"), ou seja, Verifique então que: Assim: Um número decimal é igual à fração que se obtém escrevendo para numerador o número sem vírgula e dando para denominador a unidade seguida de tantos zeros quantas forem as casas decimais. Transformação de fração decimal em número decimal Observe as igualdades entre frações decimais e números decimais a seguir: Podemos concluir, então, que: Para se transformar uma fração decimal em número decimal, basta dar ao numerador tantas casas decimais quantos forem os zeros do denominador. Fração geratriz A fração geratriz é aquela que dá origem a uma dízima periódica. Aqui, vamos dar dicas de como achar as frações geratrizes de dízimas periódicas simples e compostas, de uma forma bem prática. Dízimas periódicas simples a) 0,2222... Período: 2 Coloca-se o período no numerador da fração e, para cada algarismo dele, coloca-se um algarismo 9 no denominador. MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Nesse caso, temos uma dízima simples e a parte inteira diferente de zero. Uma estratégia é separar a parte inteira e a parte decimal: Dízimas periódicas compostas a) 0,27777... Para cada algarismo do período ainda se coloca um algarismo 9 no denominador. Mas, agora, para cada algarismo do antiperíodo se coloca um algarismo zero, também no denominador. No caso do numerador, faz-se a seguinte conta: (parte inteira com antiperíodo e período) - (parte inteira com antiperíodo) Assim: b) 1,64444... c) 21,308888... (o período tem 1 algarismo e o antiperíodo tem 2 algarismos) d) 2,4732121212... (o período tem 2 algarismos e o antiperíodo tem 3 algarismos) MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Conjuntos Introdução A Teoria dos Conjuntos, um dos temas de matemática que aparecem no Enem, foi formulada no fim do século XIX pelo matemático russo Georg Ferdinand Ludwig Philip Cantor. Conjuntos não podem ser definidos, mas entende-se por conjunto toda lista de objetos, símbolos que seja bem definida. Conceitos primitivos: - Conjunto; - Elemento; - Pertinência. Ao pensarmos em uma coleção de objetos, podemos associar a conjunto. Esses objetos da coleção são o que chamamos de elementos do conjunto. Se um elemento está presente em um conjunto, dizemos que o elemento pertence (∈∈) ao conjunto. Caso contrário, dizemos que ele não pertence. Símbolos A linguagem escrita pode ser simplificada com os símbolos descritos nos exemplos a seguir: - O elemento 1(um) pertence ao conjunto A: 3∈A3∈A - O elemento 3 não pertence ao conjunto A: 3∉A3∉A - Existe algum: ∃∃ - Qualquer que seja: ∀∀ - Tal que: | Conjuntos importantes: - Conjunto vazio: não possui nenhum elemento. É representado por ∅∅ ou { }. - Conjunto unitário: possui um único elemento. Representações Um conjunto pode ser representado da seguinte maneira: Enumerando seus elementos entre chaves, separados por vírgulas; Exemplos: A = {–1, 0, 1} ℕ = {0, 1, 2, 3, 4,...} Indicando, entre chaves, uma propriedade que caracterize cada um de seus elementos; Exemplos: A = x ∈ Z | −2 < x < 2 N = x ∈ Z | x ≥ 0 Por meio de uma figura fechada, dentro da qual podem-se escrever seus elementos. “Diagrama de Venn-Euler”. A N Conjuntos Iguais Os conjuntos A e B são iguais quando possuem os mesmos elementos. Representa-se A = B. Subconjuntos O conjunto A é subconjunto de B se todo elemento de A é elemento de B. Representa-se A⊂B(A está contido em B). MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Propriedades: Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, tem-se: - A ⊂ A - ∅⊂A - (A⊂B e B⊂A)⇔A=B - (A⊂B e B⊂C)=>A⊂C Conjunto das partes É o conjunto cujos elementos são os subconjuntos de A. É representado por P(A). Propriedade: se o conjunto A possui n elementos, então P(A) possui elementos, ou seja, o conjunto A possui subconjuntos. Operações com conjuntos União Intuitivamente, unir dois ou mais conjuntos significa agrupá-los com intuito de torná-los um s Definição: Dados dois conjuntos A e B, representa-se e define-se o conjunto união de A e B por: A∪B= {x | x ∈ A ou x ∈ B} - A∪∅ = A (elemento neutro); - A∪A = A (recíproca) - A∪B=B∪A (comutativa) - A∪(B∪C)=(A∪B)∪C(associativa) Exemplos: Dados os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4}, B = {1, 3, 5, 7} e C = {5, 6, 7, 8, 9}, vamos obter: a) A ∪ B. b) A ∪ B ∪ C. Solução: a) A ∪ B = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 7} b) A ∪ B ∪ C = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9} Interseção Intuitivamente, um elemento faz parte da interseção de dois ou mais conjuntos, se ele pertence a todosesses conjuntos ao mesmo tempo. Definição: Dados dois conjuntos A e B, representa-se e define-se o conjunto interseção de A e B por: A ∩ B = {x | x ∈ A e x ∈ B} Para três conjuntos arbitrários A, B e C, valem as seguintes propriedades: - A ∩ ∅ = ∅ - A ∩ A = A (recíproca) - A ∩ B = B ∩ A (comutativa) - A ∩ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∩ C (associativa) Exemplos: Dados os conjuntos A = {0, 1, 5}, B = {0, 2, 5, 7}, C = {4, 6, 7, 9} e D = {0, 1, 6}, vamos obter: a) A ∩ B. b) A ∩ C. c) A ∩ B ∩ D. Solução: a) A ∩ B = {0, 5} b) A ∩ C = Ø c) A ∩ B ∩ D = {0} MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Diferença entre conjuntos Dados dois conjuntos A e B, define-se o conjunto diferença A - B por: A – ∈ A e x ∉ B} Para a diferença entre conjuntos, valem as seguintes propriedades: - A – ∅ = A - ∅ – A = ∅ - A – A = ∅ Exemplo 1: Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5}, B = {2, 4, 6}, obtenha: a) A – B. b) B – A. Solução: a) A – B = {1, 2, 3, 4, 5} – {2, 4, 6} = {1, 3, 5} b) B – A = {2, 4, 6} – {1, 2, 3, 4, 5} = {6} Exemplo 2: Se A = {x natural, menor que 10 / x é par} e B = {x natural, menor que 10 / x é primo}. Determine A – B e B – A. Respostas: a) A – B = {0, 4, 6, 8} b) B – A = {3, 5, 7} Conjuntos Numéricos Conjunto dos Números Naturais São todos os números inteiros positivos, incluindo o zero. É representado pela letra maiúscula N. Caso queira representar o conjunto dos números naturais não-nulos (excluindo o zero), deve-se colocar um * ao lado do N: N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, ...} N* = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11, ...} Conjunto dos Números Inteiros São todos os números que pertencem ao conjunto dos Naturais mais os seus respectivos opostos (negativos). São representados pela letra Z: Z = {... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...} O conjunto dos inteiros possui alguns subconjuntos, eles são: - Inteiros não negativos São todos os números inteiros que não são negativos. Logo percebemos que este conjunto é igual ao conjunto dos números naturais. É representado por Z+: Z+ = {0,1,2,3,4,5,6, ...} - Inteiros não positivos São todos os números inteiros que não são positivos. É representado por Z-: Z- = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0} - Inteiros não negativos e não-nulos É o conjunto Z+ excluindo o zero. Representa-se esse subconjunto por Z*+: Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...} Z*+ = N* - Inteiros não positivos e não nulos São todos os números do conjunto Z- excluindo o zero. Representa-se por Z*-. Z*- = {... -4, -3, -2, -1} Conjunto dos Números Racionais Os números racionais é um conjunto que engloba os números inteiros (Z), números decimais finitos (por exemplo, 743,8432) e os números decimais infinitos periódicos (que repete uma sequência de algarismos da parte decimal infinitamente), como "12,050505...", são também conhecidas como dízimas periódicas. Os racionais são representados pela letra Q. Conjunto dos Números Irracionais É formado pelos números decimais infinitos não- periódicos. Um bom exemplo de número irracional é MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) o número PI (resultado da divisão do perímetro de uma circunferência pelo seu diâmetro), que vale 3,14159265 .... Atualmente, supercomputadores já conseguiram calcular bilhões de casas decimais para o PI. Também são irracionais todas as raízes não exatas, como a raiz quadrada de 2 (1,4142135 ...) Conjunto dos Números Reais É formado por todos os conjuntos citados anteriormente (união do conjunto dos racionais com os irracionais). Representado pela letra R. Potenciação (exponenciação) Definição: Potenciação ou Exponenciação significa multiplicar um número real (base) por ele mesmo X vezes, onde X é a potência (número natural). Exemplo: 3 3 (leia-se "três elevado ao quadrado", ou "três elevado à segunda potência" ou ainda "três elevado à três"). No exemplo, precisamos multiplicar o 3 por ele mesmo. Ficando: 3.3 = 9. Então 3 3 = 3 . 3 . 3 = 3 . 9 = 27 Algumas outras definições que podem ser utilizadas: a 1 = a a 0 = 1, a ≠ 0 Propriedades 1 - Multiplicação de potências de bases iguais = mantenha a base e some os expoentes: a n . a m = a n+m 2 - Divisão de potências de bases iguais - mantenha a base e subtraia os expoentes: (a n ) / (a m ) = a n-m , "a" diferente de zero. 3 - Potência de potência = mantenha a base e multiplique os expoentes: (a m ) n = a m . n Atenção As potências abaixo NÃO são iguais: (a m ) n e a mn na primeira, resolvemos o que está entre parênteses primeiro, já na segunda, nós devemos elevar m à n, e depois elevar a ao resultado da operação anterior. 4 - (a . b) n = a n . b n 5 - (a/b) n = a n /b n , com " b " diferente de zero. Potenciação com números negativos Observe os exemplos abaixo: (-3) 2 = 9 -3 2 = -9 O sinal de negativo ( - ) na frente do três, só fará parte da potenciação quando estiver dentro de um parêntese, caso contrário, ele continua no seu lugar no resultado. MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Porém, no primeiro exemplo, o expoente é 2, número par, por isto o negativo do 3 ao final se transforma em positivo. Se fosse 3, o resultado seria negativo: (-3) 3 = (-3) . (-3) . (-3) = 9 . (-3) = -27 se tirarmos os parênteses -3 3 = - 3 . 3 . 3 = -9 . 3 = -27 Potenciação de frações De potência sabemos que a n = a.a.a.....a (n vezes). Da mesma forma, (n vezes). Ou seja: Exemplos 1) 2) Quando o expoente é zero ou um Convencionou-se dizer que: I – Todo número real não nulo, seja ele fracionário ou não, elevado a 1 é igual a ele próprio. II – Todo número real elevado a zero é igual a 1. Exemplo 3) Qual é o valor de ? Multiplicando ou dividindo potências de bases iguais Para multiplicar potências de mesma base, conserve a base e some os expoentes. Para dividir potências de mesma base, conserve a base e subtraia os expoentes. Exemplos (Para resolver as potências e , proceda como nos exemplos anteriores). 4) Determine o produto . 5) Qual é o quociente da divisão ? http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2013/10/potenciacao-fracoes.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2013/10/potenciacao-fracoes.jpg MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Potencia de uma potência Na potência de uma potência, conserve a base e multiplique os expoentes. Exemplo 6) Dada a potência , determine o seu quadrado. Expoentes negativos Resolva potências de expoentes negativos utilizando a ideia de inverso. Veja o conceito a seguir. Exemplos 7) Resolva: a) b) Raiz de um número Uma raiz nada mais é que uma operação inversa à potenciação, sendo assim, ela é utilizada para representar, de maneira diferente, uma potência com expoente fracionário. Exemplos Raiz com índice par Para um número real a positivo, com n sendo um número natural par e positivo, maior que 1, tem-se um b, tal que, se , então b n = a, onde a é o radicando, n é o índice, b é raiz e √ é o radical. Com . Nenhum valor de a negativo (-a) tem definição nesse caso. Observação: quando o índice não aparecer no radical, isso indica que n = 2 e teremos uma raiz quadrada. Exemplos: Raiz com índice ímpar Sendo a um número real, positivo ou negativo, com m sendo um número natural ímpar e positivo, maior que 1, tem-se um b, tal que, se , então b m = a, onde a é o radicando, m é o índice, b é raiz e √ é o radical. Com . Nesse caso é possível obtermos raízes negativas dentro do conjunto dos números reais (ℝ). Exemplos: Propriedades Para o radicandoque tenha, como resultado de uma fatoração, expoente igual a seu índice, então este MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) radicando é igual à raiz procurada. Exemplos: Podemos dividir o radicando e o índice por um mesmo número real, desde que este seja diferente de zero e maior que um, e divisor comum do radicando e do índice. Exemplos: Para resolvermos a raiz m-ésima de uma raiz n-ésima, multiplicamos os índices entre si mantendo intacto o radical interno. Exemplos: A raiz n-ésima de um produto é igual ao produto das raízes n-ésimas. Exemplos: A raiz n-ésima de um quociente (divisão) de a por b é igual ao quociente entre as raízes n-ésimas. . Exemplos: Sistema de Medidas Para podermos comparar um valor com outro, utilizamos uma grandeza predefinida como referência, grandeza esta chamada de unidade padrão. As unidades de medida padrão que nós brasileiros utilizamos com maior frequência são o grama, o litro e o metro, assim como o metro quadrado e o metro cúbico. Além destas também fazemos uso de outras unidades de medida para realizarmos, por exemplo, a medição de tempo, de temperatura ou de ângulo. Dependendo da unidade de medida que estamos utilizando, a unidade em si ou é muito grande ou muito pequena, neste caso então utilizamos os seus múltiplos ou submúltiplos. O grama geralmente é uma unidade muito pequena para o uso cotidiano, por isto em geral utilizamos o quilograma, assim como em geral utilizamos o mililitro ao invés da própria unidade litro, quando o assunto é bebidas por exemplo. Medidas de comprimento Metro A palavra metro vem do gegro métron e significa "o que mede". Foi estabelecido inicialmente que a medida do metro seria a décima milionésima parte da distância do Pólo Norte ao Equador, no meridiano que passa por Paris. No Brasil o metro foi adotado oficialmente em 1928. Múltiplos e Submúltiplos do Metro Além da unidade fundamental de comprimento, o metro, existem ainda os seus múltiplos e submúltiplos, cujos nomes são formados com o uso dos prefixos: quilo, hecto, deca, deci, centi e mili. Observe o quadro: MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distâncias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos: mícron (µ) = 10 -6 m angströn (Å) = 10 -10 m Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano): Ano-luz = 9,5 · 10 12 km O pé, a polegada, a milha e a jarda são unidades não pertencentes ao sistemas métrico decimal, são utilizadas em países de língua inglesa. Observe as igualdades abaixo: Pé = 30,48 cm Polegada = 2,54 cm Jarda = 91,44 cm Milha terrestre = 1.609 m Milha marítima = 1.852 m Observe que: 1 pé = 12 polegadas 1 jarda = 3 pés Medidas de massa Introdução Observe a distinção entre os conceitos de corpo e massa: Massa é a quantidade de matéria que um corpo possui, sendo, portanto, constante em qualquer lugar da terra ou fora dela. Peso de um corpo é a força com que esse corpo é atraído (gravidade) para o centro da terra. Varia de acordo com o local em que o corpo se encontra. Por exemplo: A massa do homem na Terra ou na Lua tem o mesmo valor. O peso, no entanto, é seis vezes maior na terra do que na lua. Explica-se esse fenômeno pelo fato da gravidade terrestre ser 6 vezes superior à gravidade lunar. Obs: A palavra grama, empregada no sentido de "unidade de medida de massa de um corpo", é um substantivo masculino. Assim 200g, lê-se "duzentos gramas". Quilograma A unidade fundamental de massa chama-se quilograma. . O quilograma (kg) é a massa de 1dm 3 de água destilada à temperatura de 4ºC. Apesar de o quilograma ser a unidade fundamental de massa, utilizamos na prática o grama como unidade principal de massa. Múltiplos e Submúltiplos do grama Medidas de capacidade MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Introdução Frequentemente nos deparamos com problemas que envolvem o uso de três dimensões: comprimento, largura e altura. De posse de tais medidas tridimensionais, poderemos calcular medidas de metros cúbicos e volume. Litro A quantidade de líquido é igual ao volume interno de um recipiente, afinal quando enchemos este recipiente, o líquido assume a forma do mesmo. Capacidade é o volume interno de um recipiente. A unidade fundamental de capacidade chama-se litro. Litro é a capacidade de um cubo que tem 1dm de aresta. 1l = 1dm 3 Múltiplos e submúltiplos do litro Medidas de tempo Introdução É comum em nosso dia-a-dia pergunta do tipo: Qual a duração dessa partida de futebol? Qual o tempo dessa viagem? Qual a duração desse curso? Qual o melhor tempo obtido por esse corredor? Todas essas perguntas serão respondidas tomando por base uma unidade padrão de medida de tempo. A unidade de tempo escolhida como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo. Segundo O Sol foi o primeiro relógio do homem: o intervalo de tempo natural decorrido entre as sucessivas passagens do Sol sobre um dado meridiano dá origem ao dia solar. O segundo (s) é o tempo equivalente a 1/86400 do dia solar médio. As medidas de tempo não pertencem ao Sistema Métrico Decimal. Expressões algébricas São expressões matemáticas que apresentam letras e podem conter números. São também denominadas expressões literais. Por exemplo: A = 2a+7b B = (3c+4)-5 C = 23c+4 As letras nas expressões são chamadas variáveis o que significa que o valor de cada letra pode ser substituída por um valor numérico. Para resolver uma expressão algébrica, é preciso seguir a ordem exata de solução das operações que a compõem: 1º) Potenciação ou Radiciação 2º) Multiplicação ou divisão 3º) Adição ou subtração Se a expressão algébrica apresentar parênteses, colchetes ou chaves, devemos resolver primeiro o conteúdo que estiver dentro dos parênteses, em seguida, o que estiver contido nos colchetes e, por último, a expressão que estiver entre chaves. Em suma: 1º) Parênteses 2º) Colchetes 3º) Chaves Assim como em qualquer outro cálculo matemático, esta hierarquia é muito importante, pois, caso não seja seguida rigorosamente, será obtido um resultado incorreto. Veja alguns exemplos: MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) a) 8x – (3x – )8 x – (3x – 2) 8x – 3x + 2 5x + 2 Ob.: Sempre que o parêntese for precedido de um sinal negativo, devemos inverter o sinal de todos os termos contidos dentro dele. b) 6x – [ -x + (12 + 7x – 4)] 6x – [ -x + 12 + 7x – 4] 6x +2x – 12 – 7x + 4 6x + 2x – 12 – 7x + 4 6x + 2x – 7x – 12 + 4 x – 8 A regra do parêntese citada no exemplo anterior também se aplica a colchetes e chaves. c) Uma mulher é 5 anos mais nova do que seu marido. Se a soma da idade do casal é igual a 69 anos, qual é a idade de cada um? x + ( x – 5) = 69 x + x- 5 = 69 2x – 5 = 69 2x = 69 + 5 2x = 74 x = 37 69 – 37 = 32 37 – 5 = 32 Logo, a idade do marido é 37 anos e da mulher 32 anos. Esta é uma aplicação prática da álgebra. Note que é mais fácil encontrar a solução através de uma expressão algébrica do que utilizando um raciocínio numérico apenas. Valor numérico de uma expressão algébrica O valor numérico de uma expressão algébrica é o número que pode substituir as incógnitas para que seja efetuada a operação e obtido um resultado final. Observe: a) Calcule o valor numérico da expressão algébrica 4x + 10y², para x = 2 e para y = 3. Resolução: 4 . 2 + 10 . 3² = 8 + 10 . 9 = 8 + 90 = 98 Logo, o valor numérico desta expressão é 98. Observe queaplicamos corretamente as propriedades das expressões algébricas, começando o cálculo pela potenciação, em seguida a multiplicação e, finalmente, efetuamos a adição. b) Calcule o valor numérico da expressão algébrica 8x³y², para x = 3 e para y = -1 Resolução: 8 . 3³ . (-1)² 8 . 27 . 1 = 216 Perceba que, nesta expressão, o valor de y é um número negativo, por isso, deve ser escrito entre parênteses. c) Encontre o valor numérico da expressão algébrica + 3y, para x = 9, para y = -2. Resolução: + 3(-2) 3 – 6 = -3 De acordo com a quantidade de termos, as expressões algébricas podem ser classificadas em: Monômio – expressão composta por apenas um termo. 2x5 Binômio – expressão compostas por dois termos. y – 6x Trinômio – expressão composta por três termos. 3y² + x – 10 Polinômio – expressão composta por quatro ou mais termos. 4ab² + 2a + 3b4 + 9 Cada termo de uma expressão algébrica é considerado um monômio. Frequentemente, podem haver repetições de monômios semelhantes na expressão, ou seja, monômios que apresentam base (letra) e expoente iguais. Sempre que isto ocorrer, devemos juntar os monômios semelhantes e escrevê-los em ordem decrescente de MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) acordo com o grau do expoente, de modo a simplificar a equação. Veja um exemplo: 9x 2 – 4x³ + x – 3 + 6x + 2x 2 – 10x³ – 7 – 4x³ – 10x³ + 9x² + 2x² + x + 6x – 3 – 7 – 14x³ + 11x² + 7x – 10 Obs: M.M.C: Dadas duas ou mais expressões algébricas, seu M.M.C é a expressão algébrica de menor grau que é divisível simultaneamente por todas as expressões dadas, quando não houver devemos consideras as expressões como primos entre si. Equação do 1ºgrau Equação do 1º grau em ℝ, na incógnita x, é toda igualdade do tipo: Ou redutível a esse tipo, onde a e b são números reais e a é não nulo. Observe que a equação é de 1º grau pois a incógnita x tem maior expoente igual a 1. Observe exemplos de equações do 1º grau com uma incógnita: x + 1 = 6 2x + 7 = 18 4x + 1 = 3x – 9 10x + 60 = 12x + 52 Para resolver uma equação, precisamos conhecer algumas técnicas matemáticas. Vamos, por meio de resoluções comentadas, demonstrar essas técnicas. Exemplo 1: 4x + 2 = 8 – 2x Em uma equação, devemos separar os elementos variáveis dos elementos constantes. Para isso, vamos colocar os elementos semelhantes em lados diferentes do sinal de igualdade, invertendo o sinal dos termos que mudarem de lado. Veja: 4x + 2x = 8 – 2 Agora aplicamos as operações indicadas entre os termos semelhantes. 6x = 6 O coeficiente numérico da letra x do 1º membro deve passar para o outro lado, dividindo o elemento pertencente ao 2º membro da equação. Observe: x = 6 / 6 x = 1 Portanto, o valor de x que satisfaz à equação é igual a 1. A verificação pode ser feita substituindo o valor de x na equação, observe: 4x + 2 = 8 – 2x 4 * 1 + 2 = 8 – 2 * 1 4 + 2 = 8 – 2 6 = 6 → sentença verdadeira Todas as equações, de uma forma geral, podem ser resolvidas dessa maneira. Exemplo 2: 10x – 9 = 21 + 2x + 3x 10x – 2x – 3x = 21 + 9 10x – 5x = 30 5x = 30 x = 30/5 x = 6 Verificando: 10x – 9 = 21 + 2x + 3x 10 * 6 – 9 = 21 + 2 * 6 + 3 * 6 60 – 9 = 21 + 12 + 18 51 = 51 → sentença verdadeira O valor numérico de x que satisfaz à equação é 6. Exemplo 3: 3x – 2x + 10 = 10 + 5x – 40 3x – 2x – 5x = 10 – 40 – 10 3x – 7x = –40 – 4x = – 40 Nos casos em que a parte da variável se encontra negativa, precisamos multiplicar os membros por –1. – 4x = – 40 * (–1) 4x = 40 x = 40/4 x = 10 Verificando: 3x – 2x + 10 = 10 + 5x – 40 3 * 10 – 2 * 10 + 10 = 10 + 5 * 10 – 40 30 – 20 + 10 = 10 + 50 – 40 20 = 20 → sentença verdadeira Exemplo 4: 10 – (8x – 2) = 5x + 2(– 4x + 1) → aplicar a propriedade MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) distributiva da multiplicação 10 – 8x + 2 = 5x – 8x + 2 – 8x – 5x + 8x = + 2 – 10 – 2 – 13x + 8x = – 10 – 5x = – 10 * (–1) 5x = 10 x = 10/5 x = 2 Verificando: 10 – (8x – 2) = 5x + 2(– 4x + 1) 10 – (8 * 2 – 2) = 5 * 2 + 2(– 4 * 2 + 1) 10 – (16 – 2) = 10 + 2(–8 + 1) 10 – (14) = 10 + 2(–7) 10 – 14 = 10 – 14 – 4 = – 4 → sentença verdadeira Equação do 2º grau Equação do 2º grau em ℝ, na incógnita x, é toda igualdade do tipo: Ou redutível a esse tipo, onde a, b e c são números reais e a é não nulo. A equação é chamada de 2º grau devido à incógnita x apresentar maior expoente igual a 2. Quando b ≠ 0 e c ≠ 0(a é sempre não nulo), a equação é chamada de completa. Se b = 0 ou c = 0, a equação diz-se incompleta. Exemplos: x² + 2x +8 = 0 (equação completa, a = 1, b = 2 e c = 8) 2x² + 2x = 0 (equação incompleta, c = 0) x² - 9 = 0 (equação incompleta, b = 0) Para resolver uma equação incompleta do 2º grau, podemos aplicar Bhaskara ou resolvê-la aplicando simplificações adequadas a cada tipo de equação do 2º grau incompleta. Bhaskara: Simplificações: MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Resolução de equações completas: Vamos determinar pelo método resolutivo de Bhaskara os valores da seguinte equação do 2º grau: x² – 2x – 3 = 0. Uma equação do 2º grau possui a seguinte lei de formação, onde a, b e c são os coeficientes da equação. Portanto, os coeficientes da equação x² – 2x – 3 = 0 são a = 1, b = –2 e c = –3. Na fórmula de Bhaskara utilizaremos somente os coeficientes. Veja: 1º passo: determinar o valor do discriminante ou delta (Δ) ∆ = b² – 4 . a . c ∆ = (–2)² – 4 .1 . (–3) ∆ = 4 + 12 ∆ = 16 2º passo Os resultados são x’ = 3 e x” = –1. Exemplo 2 Determinar a solução da seguinte equação do 2º grau: x² + 8x + 16 = 0. Os coeficientes são: a = 1 b = 8 c = 16 ∆ = b² – 4 * a * c ∆ = 8² – 4 * 1 * 16 ∆ = 64 – 64 ∆ = 0 MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) No exemplo 2 devemos observar que o valor do discriminante é igual a zero. Nesses casos, a equação possuirá somente uma solução ou raiz única. Exemplo 3 Calcule o conjunto solução da equação 10x² + 6x + 10 = 0, considerada de 2º grau. ∆ = b² – 4 * a * c ∆ = 6² – 4 * 10 * 10 ∆ = 36 – 400 ∆ = –364 Nas resoluções em que o valor do discriminante é menor que zero, isto é, o número seja negativo, a equação não possui raízes reais. Resumo sobre o discriminante: Δ<0 A equação não terá raízes reais. Δ=0 A equação possui duas raízes reais e iguais. Δ>0 A equação possui duas raízes reais e diferentes. Razão A palavra razão vem do latim ratio, e significa "divisão". Como no exemplo anterior, são diversas as situações em que utilizamos o conceito de razão. Exemplos: Dos 1200 inscritos num concurso, passaram 240 candidatos. Razão dos candidatos aprovados nesse concurso: (de cada 5 candidatos inscritos, 1 foi aprovado). Para cada 100 convidados, 75 eram mulheres. Razão entre o número de mulheres e o número de convidados: (de cada 4 convidados, 3 eram mulheres). Observações: A razão entre dois números racionais pode ser apresentada de três formas. Exemplo: Razão entre 1 e 4: 1:4 ou ou 0,25. A razão entre dois números racionais pode ser expressa com sinal negativo, desde que seus termos tenham sinais contrários. Exemplos: A razão entre 1 e -8 é . A razão entre é . Denominamos de razão entre dois números a e b (b diferente de zero) o quociente ou a:b. http://brasilescola.uol.com.br/matematica/raiz-uma-equacao-2-grau.htm MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Proporção A igualdade entre duas razões forma uma proporção, vale lembrar que razão é a divisão entre dois números a e b, tal que b ≠ 0 e pode ser escrito na forma de a/b. Observe os exemplosde proporções a seguir: é uma proporção, pois 10:20 = 3:6 é uma proporção, pois 9:12 = 3:4 As proporções possuem uma propriedade que diz o seguinte: “em uma proporção, o produto dos extremos é igual ao produto dos meios.” Essa propriedade pode ser colocada em prática na verificação da proporcionalidade, realizando uma operação denominada multiplicação cruzada. 9 x 4 = 12 x 3 36 = 36 Multiplicação cruzada 4 x 15 = 6 x 10 60 = 60 As proporções possuem uma enorme aplicabilidade em situações problema envolvendo informações comparativas, na regra três a proporcionalidade é usada no intuito de calcular o quarto valor com base nos três valores estabelecidos pelo problema. Acompanhe os exemplos a seguir no intuito de demonstrar a importância do estudo das proporções. Exemplo 1 Para fazer 600 pães, são gastos, em uma padaria, 100 Kg de farinha. Quantos pães podem ser feitos com 25kg de farinha? Estabelecemos a seguinte relação: 600 -------------- 100 x -------------- 25 Podem ser feitos 150 pães. Regra de três simples A regra de três é usada nas situações de proporcionalidade utilizando de três valores dados para o cálculo do quarto valor. A regra de três é muito utilizada na Física e na Química para o cálculo de conversão de grandezas: velocidade, massa, volume, comprimento, área. A regra de três pode ser considerada diretamente proporcional ou inversamente proporcional. Acompanhe a resolução de exemplos utilizando a regra de três. Exemplo 1 Um pintor utilizou 18 litros de tinta para pintar 60m² de parede. Quantos litros de tintas serão necessários para pintar 450 m², nas mesmas condições? Vamos relacionar os dados através de uma tabela: Litros Área em m² 18 60 x 450 18 -------------- 60 x --------------- 450 Observe que, quanto maior a área a ser pintada maior será a quantidade de tinta, então podemos dizer que a MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) regra de três é diretamente proporcional. Nesse caso não invertemos os termos, multiplicamos cruzado, veja: 60*x = 18 * 450 60x = 8100 x = 8100/60 x = 135 Portanto, serão necessários 135 litros de tintas para pintar uma parede de 450 m². Exemplo 2 Márcia leu um livro em 4 dias, lendo 15 páginas por dia. Se tivesse lido 6 páginas por dia, em quanto tempo ela leria o mesmo livro? Dias Páginas por dia 4 15 x 6 Observe que agora a situação é a seguinte, se ela ler mais páginas por dia demorará menos tempo para ler o livro, caso ela diminua as páginas lidas por dia aumentará o tempo de leitura, nesse caso a regra de três é proporcionalmente inversa, então devemos inverter a coluna em que se encontra a incógnita e depois multiplicar cruzado. Dias Páginas por dia x 15 4 6 x ---------------- 15 4 ---------------- 6 6 * x = 4 * 15 6x = 60 x = 60/6 x = 10 Se passar a ler 6 páginas por dia levará 10 dias para ler o livro. Composta Podemos realizar comparações entre duas grandezas utilizando a regra de três simples, pois através dela podemos montar uma proporção, calcular um quarto termo com base nos três existentes. Porém, se envolvermos três grandezas, a regra de três simples não terá muita utilidade, mas poderemos aplicar a regra de três composta. Observe os exemplos a seguir: Exemplo 1 Seis torneiras despejam 10.000 litros de água em uma caixa em 10 horas. Em quanto tempo 12 torneiras despejarão 12.000 litros de água? Torneiras Água (L) Tempo (h) 6 10000 10 12 12000 x Número de torneiras e tempo inversamente proporcionais. (inverter a coluna das torneiras) Litros de água e tempo diretamente proporcionais. Exemplo 2 Usando um ferro elétrico 1 hora por dia, durante 20 dias, o consumo de energia será de 10 kw/h. Se o mesmo ferro elétrico for usado 110 minutos por dia durante 30 dias, qual será o consumo? Tempo (min) Dias kW/h 60 20 10 110 30 x Tempo e kW/h são diretamente proporcionais. Dias e kW/h são diretamente proporcionais. MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Exemplo 3 Trabalhando 10 horas por dia, durante 18 dias, João recebeu R$ 2 100,00. Se trabalhar 8 horas por dia, quantos dias ele deverá trabalhar para receber R$ 2 700,00? Horas/dia Dias R$ 10 18 2100 8 x 2700 Horas por dia e dias são inversamente proporcionais. (inverter a coluna das horas / dia) Dias e salário são diretamente proporcionais. Exemplo 4 Em uma empresa, 10 funcionários produzem 3 000 peças, trabalhando 8 horas por dia durante 5 dias. O número de funcionários necessários para que essa empresa produza 7 000 peças em 15 dias, trabalhando 4 horas por dia, será de: nº funcionários Peças h/d Dias 10 3000 8 5 x 7000 4 15 Funcionários e peças são diretamente proporcionais. Funcionários e horas por dia são inversamente proporcionais. (inverter coluna horas por dia) Funcionários e dias são inversamente proporcionais. (inverter coluna dos dias) A regra de três composta é muito utilizada em situações que envolvem mais de duas grandezas diretamente ou inversamente proporcionais. PORCENTAGEM É frequente o uso de expressões que refletem acréscimos ou reduções em preços, números ou quantidades, sempre tomando por base 100 unidades. Alguns exemplos: A gasolina teve um aumento de 15% Significa que em cada R$100 houve um acréscimo de R$15,00 O cliente recebeu um desconto de 10% em todas as mercadorias. Significa que em cada R$100 foi dado um desconto de R$10,00 Dos jogadores que jogam no Grêmio, 90% são craques. Significa que em cada 100 jogadores que jogam no Grêmio, 90 são craques. Razão centesimal Toda a razão que tem para consequente o número 100 denomina-se razão centesimal. Alguns exemplos: MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (Professor Guido Andrade) Podemos representar uma razão centesimal de outras formas: As expressões 7%, 16% e 125% são chamadas taxas centesimais ou taxas percentuais. Considere o seguinte problema: João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. Quantos cavalos ele vendeu? Para solucionar esse problema devemos aplicar a taxa percentual (50%) sobre o total de cavalos. Logo, ele vendeu 25 cavalos, que representa a porcentagem procurada. Portanto, chegamos a seguinte definição: Porcentagem é o valor obtido ao dividirmos um número por 100. Exemplos: Calcular 10% de 300. Calcular 25% de 200kg. Logo, 50kg é o valor correspondente à porcentagem procurada. EXEMPLOS: 1) Um jogador de futebol, ao longo de um campeonato, cobrou 75 faltas, transformando em gols 8% dessas faltas. Quantos gols de falta esse jogador fez? Portanto o jogador fez 6 gols de falta. 2) Se eu comprei uma ação de um clube por R$250,00 e a revendi por R$300,00, qual a taxa percentual de lucro obtida? Montamos uma equação, onde somando os R$250,00 iniciais com a porcentagem que aumentou em relação a esses R$250,00, resulte nos R$300,00. Portanto, a taxa percentual de lucro foi de 20%. Uma dica importante: o FATOR DE MULTIPLICAÇÃO. Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determinado valor, podemos calcular o novo valor apenas multiplicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja a tabela abaixo: Acréscimo ou Lucro Fator de Multiplicação 10% 1,10 15% 1,15 20% 1,20 47% 1,47 67% 1,67 Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos: 10 * 1,10 = R$ 11,00 No caso de haver um decréscimo, o fator de multiplicação será: Fator de Multiplicação = 1 - taxa de desconto (na forma decimal) MATEMÁTICA PARA CONCURSOS (ProfessorGuido Andrade) Veja a tabela abaixo: Desconto Fator de Multiplicação 10% 0,90 25% 0,75 34% 0,66 60% 0,40 90% 0,10 Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos: 10 * 0,90 = R$ 9,00 Lucro / Prejuízo É o valor obtido quando subtraímos o preço de venda pelo preço de compra: ; Onde e e L é o Lucro. Se , não termos Lucro, mas sim Prejuízo. Acréscimos ou descontos sucessivos não são iguais a soma dos acréscimos ou descontos. Exemplo: 30% de 20% de 100 50% de 100 30% de 100 100 30% de 80 50 80 50 56 50
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