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Direito Administrativo

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PÓS GRADUAÇÃO
DIREITO ADMINISTRATIVO – Profº Marcelino
Aula 01 – 11/07/2020
CONCEITO DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILERO - Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas, tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado (Hely Lopes Meirelles)
Relação do Direito Administrativo com outros sub-ramos do direito e com as ciências sociais
· Direito Constitucional
· Direito Penal
· Direito Civil e Empresarial
· Direito Processual (cível e penal)
· Direito do Trabalho
· Direito Tributário
· Ciências Sociais (economia, política, etc.)
O que são princípios? Como são classificados?
Onivalentes – Princípio que vale para todas as ciências.
Plurivalentes – Vale para um grupo de ciências
Monovalentes: Princípio que vale para uma ciência. O direito é uma ciência que será fundamentada por princípios monovalentes.
a) gerais – vale para todos os sub-ramos do direito
b) específicos –
Princípios Expressos na CRFB/88:
Art. 37, caput
· Legalidade
· Impessoalidade
· Moralidade “nem tudo que é legal é moral”.
· Publicidade – Hely Lopes “ a Administração é pública e público devem ser os seus atos.” - Exceções: Segurança Nacional e Defesa Nacional
· Eficiência (EC 19/98)
Princípios decorrentes da Eficiência no serviço Público (art. 6o da Lei 8.987/95):
· Regularidade – Prestação previsível, esperada.
· continuidade
· segurança
· atualidade/avanço tecnológico
· generalidade – o serviço deve ser prestado para todos
· cortesia na sua prestação
· modicidade das tarifas – Preços módicos/acessíveis
Princípios Implícitos:
· Supremacia do interesse público
· Indisponibilidade do interesse público
· Razoabilidade – ligado a proibição do excesso!
· Proporcionalidade - ligado a proibição do excesso!
· Autotutela – A administração pública exerce o próprio controle
· Motivação – fundamentos de fato e de direito que impulsionam o administrador a praticar o ato administrativo
· Finalidade – É requisito do ato e também princípio que busca atender o interesse público Primário (população) ou secundário(administração).
· Segurança Jurídica – princípio fundamental do estado democrático de direito.
· Tutela/ controle – Princípio das agências reguladoras, autarquias em regime especial que fiscalizam
· Especialidade – Agência reguladora tem um assunto específico para tratar.
PODERES ADMINISTRATIVOS
Poder Hierárquico - é o poder que escalona os órgãos públicos até o patamar
dos cargos e é fonte de atos administrativos hierárquicos.
Poder Disciplinar - É o poder-dever de apurar e punir as infrações funcionais.
Poder Normativo/ Regulamentar :
· Elaborar normas que complementem e permitam a fiel execução das leis (Art.
84, IV, da CF)
· quando extrapola a mera regulamentação, o Congresso Nacional pode sustar tais atos (Art. 49, V, da CF)
Poder Vinculado - Conferido à Administração Pública para a prática de ato de
sua competência, no qual a lei determina a ação, seus pressupostos e requisitos
necessários ao seu nascimento no mundo jurídico.
Poder discricionário - Conferido à Administração Pública para que, por meio
de seus agentes, pratique atos administrativos com liberdade na escolha de sua
conveniência e oportunidade dentro dos limites estabelecidos por lei.
Poder de Polícia - É a faculdade que o Estado transfere à Administração Pública
para que por meio dos seus órgãos e agentes possam limitar direitos
e interesses individuais em prol do bem comum (segurança, saúde,meio ambiente, etc.)
Art. 78 , caput, CTN - Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Atributos do poder de polícia:
· discricionariedade
· autoexecutoriedade
· coercibilidade
Limites ao poder de polícia:
· requisitos de validade típicos dos atos administrativos
· proporcionalidade (adequação dos meios aos fins na ação administrativa)
USO E ABUSO DE PODER:
uso de poder: utilização adequada à LEI
abuso de poder: utilização das prerrogativas em desacordo com a lei
Espécies de abuso de poder:
Omissão administrativa: o agente não pratica ato que a lei lhe determina
 Excesso de poder: o agente excede sua competência legal
desvio de poder ou desvio de finalidade:o agente pratica o ato
visando um fim diverso daquele previsto na lei (interesse público)
Aula 02 – 20/07/2020
Administração Pública Direta e Indireta
Temas deste aula
Centralização e Descentralização
 Concentração e Desconcentração
 Administração Direta e Indireta:
a. Autarquias;
b. Fundações Públicas;
c. Empresas Públicas;
 d. Sociedades de Economia Mista.
 e. Agências Reguladoras
f. Agências Executivas
g. Terceiro Setor
CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
Centralização ocorre quando o Estado executa suas missões de maneira
direta, por meio de seus órgão e agentes que compõem sua estrutura.
Descentralização ocorre quando o Estado executa suas missões de
maneira indireta, delegando suas missões a outras entidades.
CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO
Concentração: Função Administrativa prestada por um
Órgão apenas. Ex.: INSS
Desconcentração: É a repartição de funções entre os vários órgãos de uma mesma
Administração, sem quebra de hierarquia. Ex.: Serviço de
Segurança Pública: Polícias Federal, Militar e Civil.
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
Administração direta compete a prestação dos serviços públicos que são indelegáveis, quer aos particulares, quer a outros entes estatais, como a segurança pública, a defesa do território nacional, dentre outros. Poderá prestar também os demais serviços, embora possa optar por fazê-lo mediante outorga ou delegação (concessão, permissão ou autorização).
No âmbito federal a Administração Direta se organiza em torno da Presidência da República e dos Ministérios, Órgãos a quem cabe exercer e auxiliar, respectivamente, o Poder Executivo (art. 76 da C.F . e art. 4º, I, do Dec.Lei 200/67).
Nos Estados-Membros a Administração Direta se estrutura em torno do Governo do Estado, auxiliado por seus Secretários de Estado. Como o Estado-Membro é ente participante do pacto federativo, tem ele autonomia para sua organização administrativa (art. 25 da C.F.).
Nos Municípios, a Administração Direta se concentra no Prefeito, auxiliados por Secretários ou Chefes de Departamentos. Também os Municípios gozam de autonomia para organizar sua estrutura administrativa (art. 29 da C.F.), em geral disciplinadas pelas Leis Orgânicas.
Finalmente, consigne-se a posição singular do Distrito Federal, que é partícipe do pacto federativo e cuja chefia do Poder Executivo é exercido por um governador auxiliado por secretários distritais. Também goza de autonomia administrativa que deve ser regida por sua Lei Orgânica.
Essa posição singular do Distrito Federal ocorre pois, em verdade, é uma cidade na qual se situa a capital federal, se vincula constitucionalmente com as competências dos Municípios e dos Estados Membros (art. 32, §1º, da C.F.).
A composição da administração direta é feita por órgãos públicos os quais são unidades que congregam atribuições exercidas pelos agentes públicos que as integram, com o objetivo de expressar a vontade do Estado. São despersonalizados juridicamente.
*Princípio da imputação volitiva: base da teoria do órgão, é um princípio do direito administrativo que estabelece que as ações cometidas pelos agentes e servidores públicos são atribuídas a pessoa jurídica a que ele esteja ligado.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
A administraçãoindireta é integrada por pessoas jurídicas de direito público ou privado, criadas ou instituídas a partir de leis específicas: Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista, segundo se vê no artigo 4º, II, do Decreto Lei nº 200/67.
Convém ressaltar que cada um desses entes possuem personalidade jurídica própria que não se confunde com a pessoa jurídico política que a criou. São, portanto, titulares de direitos e obrigações e atuam em nome próprio.
AUTARQUIAS
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público (NÃO VISAM LUCRO E NÃO EXPLORAM ATIVIDADE ECONÔMICA), criadas por lei pelo Estado para a persecução de finalidades públicas, submetendo-se, portanto, integralmente, ao regime jurídico de direito público. A ela converge a execução de atividades antes desenvolvidas pelo ente estatal que a criou. (art. 37, XIX da CF)
Obs: Banco Central não é banco, mas sim uma agência reguladora, não visa lucro
Art. 41.CC São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias; (Revogado)
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.
AGÊNCIAS REGULADORAS
As agências reguladoras têm natureza jurídica de autarquia de regime especial e são encarregadas do poder normativo nas concessões e permissões de serviço público, exercendo o poder que é conferido inicialmente ao poder público.
CARACTERÍSTICAS:
a) Estabilidade de seus dirigentes (mandato fixo) –Lei nº 9.986/2000 – Vide alteração pela Lei 13.848/19 – Mandato de 5 anos (art. 6º) nomeado pelo presidente após aprovação do Senado – impedimento de atuar no setor regulado pela agência após 6 meses da exoneração ou término do mandato; 
b) Autonomia financeira (renda própria e liberdade de sua aplicação); 
c) Poder normativo (regulamentação das matérias de sua competência). 
As agências reguladoras têm inspiração no direito americano no qual identificam-se como qualquer autoridade pública. Lá, têm competência para editar normas jurídicas, como também atos administrativos, se o Estado por meio do Poder Legislativo, lhes der essa competência. No Direito Brasileiro, a fonte constitucional das ditas "agências reguladoras”, seriam os arts. 21, XI e o art. 177, §2º, III, da C.F.
Agencia reguladora tem o poder de regular e fiscalizar
CONSÓRCIOS PÚBLICOS (LEI 11.107/05)
O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.
A associação pública tem natureza Jurídica de Autarquia Interfederativa ou Multifederada 
( Art. 41, inc. IV, do C.Cv.).
Institutos do Consórcio Público:
a. protocolo de intenções; 
b. contrato de rateio; 
c. contrato de programa.
FUNDAÇÕES
Maria Sylvia Zanella Di Pietro conceitua fundação como “ ... patrimônio, total ou parcialmente público, dotado de personalidade jurídica de direito público ou privado, e destinado por lei, ao desempenho de atividades na Ordem Social, ou capacidade de auto-administração e mediante controle da administração pública, nos limites da lei. "
O poder público ultimamente tem constituído "fundações" para alcançar objetivo sócio-educativos, pesquisa e assistência social, com personificação de bens públicos. Suas atividades se caracterizam como serviços públicos. Fundação assim como autarquia não visa lucro.
EMPRESAS PÚBLICAS
São pessoas jurídicas de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo do Estado, cuja criação depende de lei, para a realização de interesse da administração (atividade econômica ou prestação de serviço público), podendo revestir-se de qualquer forma ou organização empresarial. As empresas públicas se regem, ordinariamente, pelo direito privado (civil e comercial).
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
são pessoas jurídicas de direito privado, com participação de poder público e de particulares no seu capital e administração, criados para a realização de atividade econômica ou prestação de serviços públicos outorgados ou delegados pelo Estado.
AGÊNCIA EXECUTIVA
A agência executiva é um atributo que a Lei que dispõe sobre a organização administrativa federal confere às autarquias e às fundações que celebrem com o Ministério Supervisor um contrato de gestão, pelo qual se propõe a otimizar recursos, reduzir custos e melhorar a prestação de serviços.
Como afirma Celso Antônio Bandeira de Mello um “mero qualificativo” atribuível à autarquias e fundações que hajam celebrado com o Ministério Supervisor um contrato de gestão e possua um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional, cujo fundamento constitucional é o artigo 37, § 8º, da Constituição Federal.
As autarquias e fundações aos quais foi conferido o atributo da “agência executiva", ingressam num "regime especial" que lhes permitirá usufruir de certos privilégios previstos em Lei e Decretos, como por exemplo, o aumento de percentuais da dispensa de licitação prevista no art. 24, §1º, da lei 8.666/93 (redação dada pela Lei 12.715/12).
TERCEIRO SETOR
A doutrina majoritária entende que o terceiro setor é formado por pessoas jurídicas de direito privado que não compõem a administração indireta e colaboram com o Estado em atividade não lucrativa, recebendo incentivos.
Fazem parte do terceiro setor: 
1. Serviços sociais autônomos 
2. Fundações de apoio 
3. Organizações sociais
 4. Organizações da sociedade civil de interesse público
Serviços sociais autônomos - características: 
a. Pessoas jurídicas de direito privado 
b. Não visam lucro 
c. Fins assistenciais ou de ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais 
d. Mantidas por dotação orçamentárias ou por contribuições parafiscais 
e. São fiscalizados pelos Tribunais de Contas 
f. Litígios: justiça comum – Sum. 516 – STF
 g. Fazem licitação e seus servidores são equiparados a servidores públicos para fins de aplicação da LIA e do CP (art. 327)
 Ex.: Sesc, Senai, Senac e Sesi
Fundações de apoio: 
a. Pessoas jurídicas de direito privado
 b. Não visam lucro 
c. Destinam a colaborar com instituições de ensino e pesquisa 
d. Não integram a Adm Púb Indireta 
Ex.: Fundação Universitária para o Vestibular – Fuvest; Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe. Fundação Ayrton Sena
Organizações Sociais:
a. A Lei 9.637/98 estabelece que podem qualificar-se como organizações sociais as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção do meio ambiente, à cultura e à saúde .
 b. Mantêm vinculo com o Estado por meio de contrato de gestão
 c. Podem dispensar a licitação ( Art. 24, Inc. XXIV, Lei 8.666/93) Ex.: Centro de Mídia Independente - CMI, Bioamazônia
Organizações da sociedade civil de interesse público – OSCIPs ( Lei 9.790/99 e Dec. 3.100/99):
a. Pessoa Jurídica de Direito Privado
 b. Desempenha serviços sociais não exclusivos do Estado com incentivo e fiscalização pelo poder público, por meio de termo de parceria 
c. Diferenciam-se das Organizações Sociais:
 1. Termo de parceria com Estado e não Contrato de Gestão
 2. Não tem participação do Poder Público no seu conselho de Administração
 3. Maior área de atuação 
4. Sua qualificação não é discricionária, é ato vinculado. Ex.: SEBRAE
Aula 03 – 21/07/2020
ATO ADMINISTRATIVO E RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
Tema deste módulo
Ato Administrativo:
1. Conceito
2. Requisitos
3. Atributos
4. Classificação
5. Espécies
6. Extinção
Conceito de Ato Administrativo:
Ato Administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou asi própria. (Hely Lopes Meirelles)
Ato administrativo é a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário (Maria Sylvia Zanella Di Pietro)
Requisitos( Art. 2º da Lei 4.717/65): Elementos constitutivos do Ato Administrativo.
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: 
a) incompetência; 
b) vício de forma; 
c) ilegalidade do objeto; 
d) inexistência dos motivos; 
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas: 
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; 
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; 
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; 
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; 
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
REQUISITOS: COFIFOMOB
Competência, finalidade e forma serão sempre vinculados
Motivo e objeto podem ser vinculados ou discricionários
Os requisitos que formam o mérito do ato administrativo: motivo e objeto
ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
1. Auto-executoriedade 
2. Discricionariedade 
3. Coercibilidade (imperatividade) 
4. Exigibilidade 
5. Presunção de legitimidade 
6. Presunção de veracidade
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVO
Qtº. ao Destinatário: Geral ou Individual 
Qtº. ao Alcance: Externo ou Interno 
Qtº. ao Objeto: de império, de gestão ou de expediente 
Qtº. ao Regramento: Discricionário ou Vinculado 
Qtº. à Formação: Simples(1 autoridade, 1 manifestação), Composto (2 ou mais autoridades para o mesmo ato) ou Complexo (Poderes diferentes decidindo sobre o mesmo ato).
DISTINÇÃO ENTRE Ato Administrativo Perfeito, válido e eficaz:
Ato administrativo perfeito: concluiu todas as suas etapas
Ato administrativo válido: está em consonância com a legislação vigente
Ato eficaz: está pronto para produzir efeitos
ESPÉCIES DE ATO ADMINISTRATIVO
Normativos: Decretos; Regimentos; Regulamentos; etc. 
 Ordinatórios: Ordem de serviço; portarias; Circulares; etc. 
 Negociais: Licença; autorização; Permissão; etc. 
 Enunciativos: Certidão(registro de um fato declarado); atestados (declaração de um fato); pareceres; etc.
Punitivos: Multa; interdição de atividades; destruição de coisas; etc.
EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
Anulação e revogação
Súmula do STF nº 473: A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los por conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada em todos os casos, a apreciação judicial.
CASSAÇÃO
A cassação se dá quando os efeitos do ato são retirados em razão do descumprimento de condições por seu beneficiário.
CADUCIDADE
A caducidade (ou decaimento) ocorre pela vigência de legislação posterior incompatível com a permanência dos efeitos do ato administrativo.
CONTRAPOSIÇÃO
A contraposição (ou derrubada) ocorrerá quando surgir a edição de um ato com fundamento em competência diversa da que gerou o ato anterior, mas cujos os efeitos são contrapostos aos daquele
RENÚNCIA
A renúncia também implica na extinção do ato administrativo eficaz ou de seus efeitos. O beneficiário do ato pode renunciar à relação jurídica por ele constituída, como por exemplo, o permissionário de uso de bem público que se desinteressa na continuidade da permissão.
RECUSA
A recusa: extinção do ato ineficaz em decorrência de seu futuro beneficiário não manifestar concordância indispensável para a projeção dos seus efeitos.
FALECIMENTO DO TITULAR ATO INTRANSFERÍVEL
A morte do titular do ato administrativo personalíssimo, impossibilita a transferência do instituto a outro, extinguindo-se o ato.
TERMO DO ATO ADMINISTRATIVO
O Ato administrativo, com prazo de validade, deixa de existir quando seu tempo expira.
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Evolução Histórica
· Teoria da Irresponsabilidade – o estado não se responsabilizava.
· Teoria da Culpa Civil/Adm (Responsabilidade civil subjetiva) (Pressupostos: Ação ou omissão do agente; dano; nexo causal; e culpa)
· CASO BLANCO – 1873 – FRANÇA (PRENÚNCIO DAS TEORIAS PUBLICISTAS)
· Teoria do risco administrativo (responsabilidade civil objetiva) (CF de 1946 não recepciona o antigo Código Civil) Obs.: não se faz necessário provar a culpa do agente. Regra no Direito Brasileiro: 
Artigo 37, § 6º da CF.
§ 6º do Art. 37 da CF - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
· Teoria do Risco integral (Responsabilidade civil objetiva).
Obs.: Não se aplica ao direito brasileiro. Nesse caso o Estado se tornaria um segurador universal.
A doutrina discute a regra contida no Art. 21, inc. XXIII, alínea “d” da CF : “a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa. ”
a. Danos causados por atos legislativos; 
b. Danos causados por erros judiciais (Art. 5º LXXV, da CF - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença)
CPC - Art. 143 - O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando: I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude; II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte. Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que a parte requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado no prazo de 10 (dez) dias.
Aula 04 – 29/07/2020
BENS PÚBLICOS e INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA
Art. 98, CC São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art.41, CC São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
 III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005) 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei
CLASSIFICAÇÃO
Quanto à titularidade:
1. Federais; 
2. Estaduais; 
3. Distritais; 
4. Municipais; 
5. Autárquicos e fundacionais (estes quando a fundação for PJDPlúb.)
Quanto à destinação:
Art. 99, CC
1. Bens de uso comum do povo
São aqueles destinados à utilização geral pelos indivíduos, que podem ser utilizados por todos em igualdade de condições, independentemente de consentimento individualizado por parte do Poder Público. Ex.: ruas, praças, mares, etc.
2. Bens de uso especial
São todos aqueles que visam à execução dos serviços administrativos e dos serviços públicos em geral. São todos aqueles utilizados pela Administração pública para prestação dos serviços públicos, destinação especial. Ex.: hospitais, museus, escolas, cemitérios e mercados municipal, etc., todos públicos.
3. Bens dominicais
São os que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. São aqueles que por não terem uma destinação definida podem ser utilizados para fazer renda. Ex. Terras Devolutas e Terrenos de Marinha obs: não existe terras devolutas municipais
PECULIARIDADES DOS BENS PÚBLICOS:
1.Inalienabilidade – bens de uso comum eespecial
2.Impenhorabilidade
3.Imprescritibilidade - impossibilidade de usucapião
4.Não-onerosidade – não pode ser dado em garantia
5.Imunidade tributária 
6.Intangibilidade – o bem uma vez afetado, ele é intocável.O máximo que o prejudicado poderá conseguir é uma indenização por meio de uma ação de desapropriação indireta.
Obs: bem desafetado por meio de lei pode ser alienado.
Obs: o fato de uma escola estar desativada, isso por si só não desafeta o bem é necessário uma lei para isso.
Obs: bem móvel desafetação ocorre por meio de ato administrativo
AQUISIÇÃO DE BENS PARA O PATRIMÔNIO PÚBLICO:
a) doação; 
b) compra; 
c) desapropriação; 
d) confisco – art. 91, II do CP e art. 243 da CF/88; 
e) permuta;
 f) dação em pagamento;
 g) direito hereditário; e
 h) usucapião
Utilização especial de bens públicos por particulares – todos podem eventualmente ser utilizados de forma especial por particulares, mediante :
1. Autorização de uso 
2. Permissão de uso
 3. Concessão de uso 
4. Concessão de direito real de uso
Autorização de uso – serve para auxiliar interesses particulares em eventos ocasionais ou temporários (ex.: uso de uma rua para uma quermesse). · É ato unilateral, discricionário, de título precário, podendo ser revogado a qualquer tempo; · Independe de licitação e de lei autorizadora; · Pode ser em caráter gratuito ou oneroso; · Por tempo determinado ou indeterminado.
Permissão de uso – é semelhante à autorização, mas é dada no interesse público, tem grau menor de precariedade, depende, em regra, de licitação e cria para o permissionário um dever de utilização, sob pena de revogação (ex.: permissão de instalação de uma banca de jornal na via pública).
Concessão de uso – é contrato entre a Administração e um particular, tendo por objeto uma utilidade pública de certa permanência (ex.: instalação de restaurante num zoológico municipal). Exige, em regra, autorização legislativa e licitação.
Concessão de direito real de uso – aplica-se apenas a bens dominicais. É instituto de direito privado, de natureza contratual. Consiste na aquisição, pelo particular, de direito resolúvel do uso de um terreno público, de modo gratuito ou remunerado, para fins de interesse social de certo vulto, como urbanização ou cultivo. Exige autorização legislativa e licitação.
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA:
1. Desapropriação 
2. Limitação Administrativa 
3. Servidão Administrativa 
4. Requisição Administrativa 
5. Ocupação Temporária 
6. Tombamento
Direito a propriedade art.5, CF
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
 XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
 XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
Desapropriação
Pressupostos: 
 1. Necessidade Pública;
 2. Utilidade Pública; 
 3. Interesse Social.
Procedimento de Desapropriação (DL nº 3.365/41)
 Fase Declaratória: 
1.União, Estados, DF e Municípios; 
2. Por lei ou decreto;
 3. Decadência: 5 anos para utilidade pública e 2 anos para interesse social.
Fase executória: 
1. Administrativa – dificilmente encerra aqui; 
2. Judicial – discute valores; 
2.1. Imissão Provisória da Posse (declaração de urgência e depósito prévio); 2.2. Prazo: 120 dias a contar da Declaração de urgência para entrar com uma cautelar de imissão provisória da posse.
Ressalvas mencionadas no XXIV DA CF Procedimento de Desapropriação extraordinária
Urbana (somente Municípios): Art. 182, § 4º, Inc. III da CF. 
Estatuto da Cidade ( Lei nº 10.257/01) 
Rural: Art. 184 a 186 da CF. ( Lei nº 8.629/93; LC 76/93 e LC 88/96) 
Confisco: Art. 243 da CF. (Lei nº 8.257/91) (EC 81/2014)
Tresdestinação e a retrocessão (direito de preferência) : Quando ocorrer a tresdestinação o bem expropriado poderá retornar ao antigo proprietário pelo instituto da retrocessão. O Código Civil (art. 519) estabelece que “se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa”. Ex: desapropriei para construir uma escola, mas fiz um hospital
LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA (exercício do poder de polícia)
Limitação administrativa: para o inesquecível e festejado mestre Hely Lopes Meirelles: “Limitação administrativa é toda imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública condicionadora do exercício de direitos ou de atividades particulares às exigências do bem estar social”.
Características da Limitação Administrativa: 
1. Ônus Real 
2. Generalidade 
3. Gratuito 
4.Pode ser positiva (fazer), negativa (não fazer) ou permissiva (permitir fazer) 5. Permanente
SERVIDÃO ADMINISTRATIVA # da servidão do direito civil
Ônus real de uso imposto pela Administração à propriedade particular para assegurar a realização e conservação de obras e serviços públicos ou de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados pelo proprietário; a Instituição faz-se por acordo administrativo ou por sentença judicial, precedida sempre de ato declaratório de servidão.
Características da Servidão Administrativa:
1. Ônus Real 
2. Individual
 3. Indenizável se houver dano 
4. Pode ser administração ou judicial
 5. Somente para bens imóveis
6. Permanente
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA
É a forma de intervenção na propriedade pela qual o Poder Público usa transitoriamente imóveis privados, como meio de apoio à execução de obras e serviços. É o que normalmente ocorre quando a Administração tem a necessidade de ocupar terrenos privados para depósito de equipamentos e materiais destinados à realização de obras e serviços públicos nas vizinhanças.
Características da ocupação temporária:
1. Natureza de caráter não-real;
 2. Individual; 
3. Indenizável se houver dano; 
4. Somente para bens imóveis 
5. Transitoriedade
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA
É instrumento de intervenção na propriedade pelo poder estatal por meio do qual a Administração Pública utiliza bens imóveis, móveis ou serviços privados com indenização posterior, caso se comprove o dano ou prejuízo. A requisição tem fundamentação constitucional (art. 5º, XXV da CF/88) estabelecendo que no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.
Características da REQUISIÇÃO administrativa:
1. pode ser militar ou civil; 
2. presença de perigo iminente que a motive; 
3. o ato administrativo de requisição tem o atributo da autoexecutoriedade; 
4. intervenção transitória, será extinta com o desaparecimento da situação de perigo público iminente que a motivou; e 
5. indenização posterior se houver dano.
TOMBAMENTO
É uma intervenção na propriedade que visa proteger o patrimônio histórico, artístico, paisagístico, turístico, cultural ou científico da nação. A competência para legislar sobre este instituto é concorrente entre a União, Estados membros e Distrito Federal conforme estatui o artigo 24, inciso VII da CF/88. Insta pontuar que por força do artigo 30 inciso II da Carta Democrática os municípios poderão de forma suplementar legislar sobre o tema.
Fundamento Constitucional
O comando constitucional que prevê a possibilidade jurídica do tombamento está previsto no artigo 216, § 1º da CF/88, que aduz o seguinte: “O poder público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação”
Espécies de Tombamento 
a) De ofício; 
b) Voluntário; 
c) Compulsório; 
d) Definitivo; 
e) Provisório; 
f) Parcial; 
g) Total; 
h) Individual; 
i) Geral.
Características do tombamento
1. Não poderá o proprietário destruir o bem tombado ou ainda modificá-lo;
 2. A reforma do bem somente poderá ser feita apósautorização da Administração Pública. O Poder Público pode – sem autorização do proprietário – realizar obras de conservação do bem; 
3. Quando o proprietário não tiver verbas para a conservação deverá notificar o Poder Público que poderá fazê-lo a suas expensas; 
4. Não está o poder público obrigado a indenizar o proprietário de bem tombado.
Aula 05
LICITAÇÃO
As licitações na Constituição Federal
Art. 37. (...) XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: (...) XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1° , III;
LEI 8666/93
Art.3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)
DESENVOLVIMENTO NACIONAL SUSTENTÁVEL 
DECRETO Nº 7.746, DE 5 DE JUNHO DE 2012 
 DECRETO Nº 7.840, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2012 
DECRETO Nº 7.843, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2012
Decreto nº 7.746/2012 Critérios e práticas sustentáveis 
· baixo impacto sobre recursos naturais como flora, fauna, ar, solo e água;
· preferência para materiais, tecnologias e matérias-primas de origem local; 
· maior eficiência na utilização de recursos naturais como água e energia; 
· maior geração de empregos, preferencialmente mão de obra local;
· maior vida útil e menor custo de manutenção do bem e da obra;
· uso de inovações que reduzam a pressão sobre recursos naturais;
· origem sustentável dos recursos naturais utilizados nos bens, nos serviços e nas obras;
· e utilização de produtos florestais madeireiros e não madeireiros originários de manejo florestal sustentável ou de reflorestamento.
Conceito de licitação 
Licitação é o procedimento formal pelo qual a Administração Pública, direta ou indireta, visa obter a forma mais vantajosa sem se afastar da isonomia entre os licitantes.
Princípios informadores da licitação
1. Procedimento formal; 
2. Publicidade de seus atos; 
3. Igualdade entre os licitantes; 
4. Sigilo na apresentação das propostas; 
5. Vinculação ao instrumento convocatório; 
6. Julgamento objetivo;
 7. Probidade administrativa;
 8. Adjudicação compulsória. 
9. Desenvolvimento nacional sustentável. (sempre buscar o equilíbrio entre desenvolver o país e ter sustentabilidade)
LICITAÇÃO DESERTA
A Licitação Deserta é aquela que nenhum proponente interessado comparece ou por ausência de interessados na licitação. Neste caso, torna-se dispensável a licitação quando a Administração pode contratar diretamente, desde que demonstre motivadamente existir prejuízo na realização de uma nova licitação e desde que sejam mantidas todas as condições preestabelecidas em edital.
LICITAÇÃO FRACASSADA
Ocorre quando nenhum proponente é selecionado em decorrência de inabilitação ou de desclassificação das propostas. Nos processos de licitações que apresentarem estas situações, aplica-se o disposto no artigo 48, § 3º, da lei 8.666/93: “Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis.”
OBJETIVOS DA LICITAÇÃO:
Selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração, garantindo a isonomia entre os licitantes.
FASES DA LICITAÇÃO :
INTERNA E EXTERNA
Fase interna É a fase em que se toma as providências prévias à divulgação do instrumento convocatório. (Autuação, protocolo e numeração do processo administrativo, a devida autorização etc.)
Fase externa:
1. Edital;
 2. Habilitação, 
3. Julgamento e classificação;
 4. Homologação;
5. Adjudicação compulsória.
EDITAL: É o instrumento pelo qual se leva ao conhecimento público a abertura de concorrência, de pregão, de tomada de preços, de concurso e de leilão, fixa as condições de sua realização e convoca os interessados para a apresentação de suas propostas; nulo é o edital omisso em pontos essenciais, ou que contenha disposições discricionárias ou preferenciais; a divulgação é obrigatória pela imprensa oficial e particular.
Importante Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar o edital de licitação, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data da abertura dos envelopes (§1º do art. 41 da Lei 8.666/93).
HABILITAÇÃO DOS LICITANTES: A habilitação é o ato pelo qual o órgão competente, examinada a documentação, manifesta-se sobre os requisitos pessoais dos licitantes, habilitando-os ou não; a habilitação é realizada em oportunidades diversas e por sistemas diferentes: na concorrência (após a abertura da licitação, antes do julgamento); na tomada de preços (antes da instauração do procedimento); no convite (é feita pelo órgão licitante); no pregão (após a classificação , lances e negociação)
JULGAMENTO DAS PROPOSTAS E CLASSIFICAÇÃO:
É o ato pelo qual se confrontam as ofertas, classificamse as propostas e escolhe-se o vencedor a que deverá ser adjudicado o objeto da licitação; o julgamento regular (feito em estrita consonância com as normas legais) gera para o vencedor o direito subjetivo à adjudicação, e o coloca em condições de firmar o contrato; a norma federal impõe quanto ao julgamento: 
 1) a obrigatoriedade da indicação de um critério de julgamento; 
 2) o atendimento do interesse público; 
3) a existência de fator ou fatores a serem necessariamente considerados e justificados no julgamento das propostas;
HOMOLOGAÇÃO: é o ato de controle pelo qual a autoridade superior confirma o julgamento das propostas e, consequentemente, confere a devida eficácia à adjudicação. Mesmo homologado o procedimento licitatório, não há a obrigação de contratar, pois por oportunidade e conveniência o procedimento poderá ser revogado.
ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA: A adjudicação compulsória, ou simplesmente adjudicação, é o ato pelo qual se atribui ao vencedor do objeto da licitação a subsequente efetivação do contrato.
TIPOS DE LICITAÇÃO Art.45
I - a de menor preço 
II - a de melhor técnica
 III - a de técnica e preço 
 IV - a de maior lance ou oferta
 Obs. Não se aplicam a modalidade concurso.
MODALIDADES
1. Concorrência; 
2. Tomada de preço;
 3. Convite;
4. Concurso;
5. Leilão;
 6. Pregão;
7. Consulta.
CONCORRÊNCIA é a modalidade própria para contratos de grande valor, em que se admite a participação de quaisquer interessados, cadastrados ou não, que satisfaçam às condições do edital, convocados com a antecedência prevista na lei, com ampla publicidade pelo órgão oficial e pela imprensa particular; é obrigatória também, independentemente do valor, na compra ou alienação de bens imóveis e na concessão de direito real de uso ( § 1° do Art. 22 da L. 8666/93).
TOMADA DE PREÇO é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação( § 2° do Art. 22 da L. 8666/93).
CONVITE é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas ( § 3° do Art. 22 da L. 8666/93).
CONCURSO é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias ( § 4° do Art. 22 da L. 8666/93).
LEILÃO Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação ( § 5° do Art. 22 da L. 8666/93). A Adm. Púb. Poderá valer-se de dois tipos de leilão: 
a) o comum – regido pela legislação federal pertinente; e
 b) o administrativo – instituído para a venda de mercadorias apreendidas como descaminho.
PREGÃO Essa modalidade é direcionada à aquisição de bens e serviços comuns, assim considerados aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos no edital por meio de especificações do mercado. Outra característica é que nessa modalidade licitatória não há limite de valor especificado. (L. 10.520/02; Dec. 3.555/00; Dec. 10.024/19)
CONSULTA Essa modalidade aplicada destinada somente às agências reguladoras, para aquisição de bens e serviços não comuns, excetuados obras e serviços de engenharia civil, na qual as propostas são julgadas por um júri, segundo critério que leve em consideração, ponderadamente, custo e benefício. ( Lei 9.472/97 e Lei 9.986/00)
VALORES PARA OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA
a) na modalidade convite - até R$330.000,00 (trezentos e trinta mil reais);
 b) na modalidade tomada de preços – até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); 
c) na modalidade concorrência - acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); 
 Alteração feita pelo Decreto nº 9.412/18
VALORES PARA COMPRAS E SERVIÇOS QUE NÃO SEJAM DE OBRAS E ENGENHARIA
a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais); 
b) na modalidade tomada de preços - até R$1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais); e 
 c) na modalidade concorrência - acima de R$1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais). 
 Alteração feita pelo Decreto nº 9.412/18
PERMISSIVO LEGAL – Lei 8666/93
Art. 120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como limite superior a variação geral dos preços do mercado, no período.
ESPÉCIES DE EXCLUDENTES DA LICITAÇÃO
· Dispensa:
 a. Dispensada (Artigo 17); 
b. Dispensável (Artigo 24);
· Inexigibilidade (Artigo 25);
LICITAÇÃO DISPENSADA Art. 17 Trata-se de alienação de bens imóveis (Inc. I do Art. 17) e móveis (Inc. II do Art. 17) da Administração Pública, para a própria Administração Direta ou Indireta e outros casos específicos. Nesse caso a lei não faculta fazer a licitação, e sim, determina que seja transferido o bem sem a realização do processo licitatório, ou seja, é ato vinculado.
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL Art. 24 Neste caso a Administração pode optar entre fazer e não fazer o certame, ou seja, é ato discricionário.
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Art. 25 Será verificada a inexigibilidade de licitação sempre que houver impossibilidade jurídica de competição, pois se a licitação é uma disputa, para que ela seja possível deve existir mais de uma pessoa (física ou jurídica) capaz de satisfazer seu objeto.
a. Fornecedor exclusivo, vedada a preferência por marca; 
b. Contratação de serviços técnicos de profissionais especializados, de natureza singular, vedado serviços de publicidade (L. 12.232/10); 
c. Contratação de artistas consagrados pela crítica ou pela opinião pública.
REVOGAÇÃO E INVALIDAÇÃO DA LICITAÇÃO
Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.
EFEITOS DA REVOGAÇÃO
· Impedir a celebração do contrato Administrativo;
· Liberar todos os licitantes da responsabilidade do procedimento, inclusive o vencedor; 
· Investir o vencedor no direito de uma indenização;
· Impedir a renovação do procedimento licitatório.
ANULAÇÃO DA LICITAÇÃO
A. A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei. 
 B. A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
 C. No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa. 
 D. O disposto acima aplica-se aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade de licitação.
DESISTÊNCIA DA LICITAÇÃO
· Desistência é um ato da autoridade que determinou a abertura da Licitação. 
· Ocorrerá antes do término. 
· Se fundamenta em fato superveniente a abertura. (Interesse Público – ato motivado)
Aula 06
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS – Lei Federal nº 8.666/93 - artigos 54 e ss. 
CONCEITO: Acordo de vontades entre a Administração Pública e pessoa física ou jurídica (bilateralidade), em regime de direito público, para satisfação dos interesses públicos, nas condições (cláusulas) estabelecidas unilateralmente pela Administração Pública. Pode ser de colaboração ou de atribuição. 
 PECULIARIDADES 
- presença da Administração Pública como Poder Público (prerrogativas) 
- exigência de prévia licitação, só dispensável e inexigível nos casos expressamente previstos em lei 
-obediência a forma prescrita em lei (exceto o previsto no parágrafo único do Art. 60) 
- finalidade pública 
- natureza de contrato de adesão 
- bilateral e consensual
- em regra oneroso 
-comutativo (equivalência das obrigações) 
- sinalagmático (reciprocidade das obrigações)
- natureza intuitu personae (exceção Art. 72 observando Art. 78. VI – L. 8.666/93) 
- mutabilidade 
- presença de cláusulas essenciais ou necessárias e secundárias ou acessórias (Art. 55) - cláusulas exorbitantes (ou de privilégio ou de prerrogativa): implícitas ou explícitas (Art. 58) 
CLÁUSULAS EXORBITANTES 
· Alteração (Art. 65 da L. 8.666/93) – Quantitativa e qualitativa
· Rescisão unilateral (Art. 78 da L. 8.666/93) – (Culpa contratado, culpa de ninguém e culpa da própria administração.)
· Equilíbrio econômico-financeiro 
· Reajustamento contratual de preços e tarifas 
· Exceção de contrato não cumprido “exceptio non adimpleti contractus” 
· Revisão de preços e tarifas 
· Controle do contrato
· Ocupação provisória
· Aplicação de penalidades contratuais 
· interpretação do contrato administrativo: normas de Direito Público e suplementadas pela Teoria Geral dos Contratos e do Direito Privado 
GARANTIAS PARA EXECUÇÃO DO CONTRATO
 
· caução 
· seguro-garantia 
· fiança bancária 
· seguro de pessoas e bens 
· compromisso de entrega de material, produto ou equipamento de fabricação ou produção de terceiros estranhos ao contrato 
EXECUÇÃO DO CONTRATO
· Realização do objeto do contrato administrativo com observância dos encargos da execução: direitos e obrigações das partes; cumprir normas técnicas, aplicar material apropriado; variações de quantidade (acréscimose supressões); manutenção de preposto; acompanhamento da execução etc. 
ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO 
Direito e dever da Administração Pública 
RECEBIMENTO DO OBJETO 
 Provisório definitivo rejeição do objeto do contrato administrativo
Diferenças entre: 
REAJUSTE DO CONTRATO (Art. 55, III) 
REVISÃO DO CONTRATO (Art. 65, II, d e § 6° do mesmo Art.) PRORROGAÇÃO DO CONTRATO (Art. 57, §1°) 
 RENOVAÇÃO DO CONTRATO 
EXTINÇÃO DO CONTRATO 
· Conclusão do objeto 
· Término do prazo (no advento do termo contratual em serviço público denomina-se reversão ao poder concedente) 
· Rescisão: administrativa, amigável, judicial ou de pleno direito
· Anulação
· Rescisão judicial da Lei Federal nº 8.987/95 (Lei de Concessão e Permissão de Serviços Públicos – por iniciativa do concessionário ou permissionário) 
· Encampação ou resgate (interesse público superveniente, autorização legislativa e indenização) – (Vide Art. 37 da Lei 8.987/95) 
· Falência ou extinção da empresa concessionária ou permissionária
· Caducidade do serviço público: inadimplemento ou adimplemento defeituoso com culpa do concessionário ou permissionário (vide artigo 38 da Lei 8.987/95) 
 INEXECUÇÃO CONTRATUAL 
· conduta dolosa ou culposa do contratado
· causas justificadoras de inexecução do contrato: teoria da imprevisão sem culpa 
CAUSAS JUSTIFICADORAS DE INEXECUÇÃO DO CONTRATO (TEORIA DA IMPREVISÃO SEM CULPA) 
· força maior 
· caso fortuito 
· fato do príncipe - Ação governamental que vai inviabilizar vários contratos administrativos
· fato da Administração – Ação governamental que inviabiliza determinado contrato
· interferências imprevistas – coisas que já existiam, mas não foram vistas
CONSEQUÊNCIAS DA INEXECUÇÃO (art. 87)
· Responsabilidade civil 
· Responsabilidade administrativa 
· Responsabilidade ético-profissional
· Suspensão provisória 
· Declaração de inidoneidade para contratar
PRINCIPAIS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
· CONTRATO DE OBRA PÚBLICA
· CONTRATO DE SERVIÇOS 
· CONTRATO DE FORNECIMENTO
· CONTRATO DE GERENCIAMENTO 
· CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO PRECEDIDO DE OBRA PÚBLICA (LEI Nº 8.987/95) – ainda não a obra a qual a administração quer dar em concessão
· CONTRATO DE CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO (LEI Nº 8.987/95) 
· CONTRATO DE CONCESSÃO DE USO DE UM BEM PÚBLICO 
 SERVIÇO PÚBLICO 
CF. Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. 
SERVIÇO PÚBLICO (conceito) Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, serviço público é “toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente público.” 
CLASSIFICAÇÃO
 Quanto à essencialidade: 
a) serviços públicos indelegáveis: são aqueles que somente podem ser prestados pela Administração, ou seja, não admitem delegação de sua execução a terceiros, em razão de estarem relacionados com as atividades inerentes do Poder Público. Ex: serviço de segurança nacional. 
b) serviços públicos delegáveis: são aqueles que admitem a execução por meio de terceiros. Ex: serviço de energia elétrica. 
 Quanto ao objeto: 
a) serviços administrativos: atividades que visam atender necessidades internas da Administração ou servir de base para outros serviços. Ex: Imprensa Oficial. 
b) serviços comerciais ou industriais: atividades que visam atender necessidades da coletividade no aspecto econômico. Ex: serviço de energia elétrica. 
c) serviços sociais: atividades que visam atender necessidades essenciais da coletividade em que há atuação da iniciativa privada ao lado da atuação do Estado. Ex: serviço de saúde (existem hospitais públicos e privados), serviço de educação (há escolas públicas e privadas). 
Quanto ao usuário: 
 a) serviços públicos individuais (uti singuli): são aqueles prestados a usuários determinados ou determináveis. Ex: serviços de energia ou de telefonia domiciliar.
 b) serviços públicos gerais (uti universi): são aqueles prestados à coletividade como um todo. EX: serviço de segurança pública e serviço de iluminação pública. 
CONTRATO DE CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS 
· Concessão - é a delegação de sua prestação feita pelo poder concedente (União, DF, Estados ou Municípios) mediante licitação na modalidade concorrência à pessoa que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado - Lei nº 8.987/95. 
· Permissão - é a delegação, a título precário, mediante licitação da prestação de serviços públicos feita pelo poder concedente, à pessoa que demonstre capacidade de desempenho por sua conta e risco. Pode ser revogada a qualquer tempo.
CONCESSÃO 
· Caráter mais estável 
· Exige autorização legislativa 
· Licitação só por concorrência 
· Formalização por contrato (adesão) 
· Prazo determinado 
· Só para pessoas jurídicas 
PERMISSÃO 
· Caráter mais precário 
· Não exige autorização legislativa,
· em regra Licitação por qualquer modalidade
· Formalização por contrato de adesão 
· Pode ser por prazo indeterminado 
· Para pessoas jurídicas ou físicas. 
 PRINCIPAIS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (PPP) – Lei Federal nº 11.079/04
 → Concessão patrocinada, que é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei Federal nº 8.987/95, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado 
→Concessão administrativa, que é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens .
 É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: 
· cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); 
· cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; (máximo 35 anos)
· que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. 
AUTORIZAÇÃO – NÃO É CONTRATO ADMINISTRATIVO
· AUTORIZAÇÃO DE USO – particular é autorizado a utilizar bem público de forma especial AUTORIZAÇÃO DE ATOS PRIVADOS CONTROLADOS - atividades exercidas por particulares mas consideradas de interesse público. 
· OBS.: AUTORIZAÇÃO é diferente de LICENÇA. A autorização é ato administrativo discricionário, enquanto a licença é vinculado. Na licença o interessado tem direito de obtê-la, e pode exigi-la, desde que preencha certos requisitos.Ex.: licença para dirigir veículo. 
· AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS – destina-se a serviços muito simples, de alcance limitado, ou a trabalhos de emergência. 
- É exceção, e não regra, na delegação de serviços públicos. A licitação pode ser dispensável ou inexigível – artigos 24 e 25 da Lei nº 8.666/93. - -É formalizada por decreto ou portaria, por se tratar de ato administrativo unilateral, discricionário e precário.
 - Segue, no que couber, a Lei nº 8.987/95 
 NÃO SÃO CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
· Contratos de Gestão (Agências Executivas e Organizações Sociais – Lei nº 9.637/98) 
· Termos de Parceria (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP - Lei nº 9.790/99) 
· Convênios e Consórcios administrativos

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