TEORIA DA CONTABILIDADE - CASES 2

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Universidade Federal de Pernambuco – UFPE 
Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CCSA 
Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais 
Teoria da Contabilidade 
Docente: Marcia Ferreira Neves Tavares 
Discente: Laíza Miranda dos Santos 
 
CASES 2 
 
1. A adoção das Normas Internacionais de Contabilidade irá provocar 
impacto 
sobre as instituições financeiras. Segundo uma notícia publicada em 
jornais brasileiros, o chefe do Departamento de Normas 
do Sistema Financeiro do Banco Central, Amaro Luiz de 
Oliveira Gomes, vai ''diagnosticar as principais assimetrias'' 
entre as regras locais e a IFRS. Explique o significado deste termo. 
 
O termo tem o sentido de identificar as divergências em relação as regras 
brasileiras e a IFRS. 
 
2. Observe a Figura 2.1 onde é apresentado o organograma do Iasb. Em sua 
opinião, quem detém o poder no Iasb? 
 
No meu ponto de vista, quem detém o poder no IASB é a governança, pois tem 
a função de indicar, supervisionar, revê a eficácia e financiar. O organograma 
apresenta o “ Conselho de Monitoramento de autoridades públicas do mercado 
de capitais” mas na minha opinião tal órgão não detém o poder, mas tem uma 
importante função de dar apoio às normas editadas pelo IASB. 
 
3. Um dos principais obstáculos à busca de convergência das normas 
contábeis 
foi a posição dos Estados Unidos, contrária a mudança na sua regulação. 
Com base no que foi discutido no capítulo, quais são os pontos 
onde existe controvérsia entre o Iasb e as normas norte-americanas? 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Federal_de_Pernambuco
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
 
As controvérsias são: 
O IASB adota a capitalização dos gastos com desenvolvimento, e os Estados 
Unidos utiliza a capitalização dos gastos com pesquisa em resultado; 
Para ajustar os ativos ao valor histórico é utilizado a reavaliação de ativos, Mas 
em alguns países como nos Estados Unidos está reavaliação não é permitida, 
pois fere a regra do custo como base de valor. Entretanto, a IASB dá a 
possibilidade da reavaliação como um procedimento alternativo; 
Para a avaliação do estoque a legislação brasileiro proíbe a adoção do método 
UEPS, pois afeta o pagamento do Imposto de Renda. Os norte-americanos 
aceitam a adoção do UEPS; 
Quando tratarmos de leasing financeiro, os Estados Unidos e o IASB divergem, 
pois os EUA permitem a capitalização do leasing, diferente do IASB; 
Além dos citados acima, temos as controvérsias em planos de benefícios para 
empregados que no Brasil há uma exigência para a adoção do regime de 
competência para o reconhecimento de encargos de aposentadoria apenas para 
as companhias abertas subordinadas à CVM, os EUA não estão submetidos a 
esta adoção; 
Há ainda o reconhecimento das diferenças temporais do lucro contábil e fiscal, 
sendo o estado norte-americano obrigado a reconhecer, diferente do IASB que 
não obriga, mas permite o reconhecimento; 
Por fim, podemos citar a controvérsia tratando-se do goodwill. Há a capitalização 
sem definição de prazo que é adotado pelos EUA, mas o IASB capitaliza 
estipulando um prazo de amortização em até 20 anos; 
 
4. Em janeiro de 2006, o Canadá anunciou que deixará de emitir os 
Princípios 
Contábeis Canadenses, devendo ser substituídos pelo IFRS. Outros 
países já tinham tomado esta decisão (União Europeia e Austrália, por 
exemplo). Liste as vantagens e desvantagens de um país adotar as normas 
internacionais. 
 
Tratando-se de vantagens, podemos elencar: transparência das informações 
contábeis, gerando a redução de incertezas sobre a situação econômico-
financeira das empresas; haverá uma redução de riscos para os financiamentos 
junto a bancos e demais instituições financeiras, devido a redução de cláusulas 
restritivas que necessitavam da posição econômico-financeira da empresa; há 
uma abertura para a participação de empresas para candidatura em 
lançamentos de valores mobiliários em Bolsas de Valores no exterior. 
Ao analisarmos as dificuldades, citaremos: 
A sobreposição da FASB no mercado internacional, dificultando a adoção dos 
padrões do IASB; dificuldade no acompanhamento dos processos de ensino-
aprendizagem que deveriam ser desenvolvidos com rapidez frente às alterações; 
dificuldade de adaptação aos meios de lançamentos das contas e a praticidade 
das normas; e a adoção dos termos internacionais que tornam-se em muitos 
casos o nome oficial de um tipo de ação no mercado financeiro. 
 
5. Ainda com respeito aos Princípios Canadenses, estes são muito 
parecidos 
com as normas do Fasb. O órgão canadense consultou empresas e 
investidores 
para opinarem entre as normas norte-americanas e as nonnas do Iasb 
e, de forma surpreendente, venceram as normas internacionais. Comente 
quais seriam as motivações para que esta decisão tenha sido tomada. 
 
Um dos principais motivos para a decisão tomada foi a percepção de uma 
contabilidade mais arcaica, que não está padronizada às normas internacionais 
(que são as referências). Além disso, alguns pontos específicos como o Imposto 
de Renda diferido, os efeitos das variações cambias e as reclassificações das 
contas também foram apontados como os motivos para a preferência pelas 
normas internacionais, pois em alguns casos a norma brasileira diverge. 
 
6. Uma empresa do setor farmacêutico geralmente leva muitos anos para 
criar um novo produto, que ocorre após investir milhões em laboratórios, 
salários dos pesquisadores, material utilizado nos testes, entre 
outros. Considere que uma empresa investiu $ 100 milhões para criar 
um fármaco. Qual o efeito sobre o resultado da empresa na decisão de 
adotar a capitalização em cinco anos em lugar de uma atitude mais 
conservadora? 
 
O efeito será a falsa sensação de um ativo, pois havendo a capitalização será 
movimentada a conta ativo. E conforme a utilização do resultado da pesquisa e 
desenvolvimento é que haveria a amortização. Mas supondo que o fármaco não 
conseguisse chegar no resultado esperado, a escolha da capitalização em cinco 
anos não será prudente. 
 
 
7. Petros é o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras criado em 
1970. 
Durante 25 anos as obrigações da empresa com o fundo de pensão não 
apareciam nos balanços da Petrobras. A mudança ocorreu quando a 
empresa 
decidiu lançar suas ações na Bolsa de Nova Iorque e a 
SEC (correspondente à CVM dos Estados Unidos) obrigou o 
seu reconhecimento. Os valores envolvidos são elevados em 
virtude dos benefícios exagerados concedidos pela empresa. Comente 
como a empresa reconhecia na Contabilidade os valores com o fundo 
antes e depois do lançamento das ações. 
 
O plano de aposentadoria funciona como um complemento à previdência social. 
Anteriormente ao lançamento das ações da Petrus na bolsa de valores, não 
havia obrigatoriedade de reconhecer os encargos e obrigações. Após o 
lançamento, houve a obrigação dos lançamentos durante todo o período ativo 
do empregado, conforme cálculos atuariais. 
 
8. No final de 2005 a CVM determinou que a companhia aérea Gol 
republicasse 
suas demonstrações contábeis do exercício de 2004. Um dos itens 
que a CVM solicitou foi que a empresa explicasse o significado 
 da expressão cotações subjacentes relevantes, utilizada em suas 
notas explicativas para se referir aos parâmetros que usa para 
calcular o valor de mercado dos derivativos que utiliza. Sabe-se que no 
Brasil os derivativos de empresas não financeiras são mantidos fora do 
balanço. Qual seria a importância da nota explicativa para um investidor 
da empresa Gol? 
 
As notas explicativas tem o intuito de detalhar as situações que não foram 
expressadas anteriormente. Para o investidor da Gol as notas explicativas é um 
meio de saber informações adicionais que não foi possível identificar com clareza 
nas demonstrações contábeis, ou para se situar a respeito de fatos quepodem 
ser alterados futuramente. 
 
9) Um dos grandes problemas enfrentados pelas empresas modernas é a 
complexidade das demonstrações contábeis. Isto possui dois efeitos 
colaterais. 
O primeiro, o tamanho é cada vez maior: o relatório do HSBC de 
2007 pesava 1,47kg e o de 2008 possuía 472 páginas. O 
segundo é o grande número de expressões técnicas: nos 
padrões contábeis do Iasb existem mais de 30 expressões 
para descrever a probabilidade (inevitável, praticamente certo, alternativa 
realista, substancialmente, entre outras), embora não existam regras 
para distinguir a diferença. Discuta se o processo de convergência poderá 
ou não ajudar a resolver estes problemas. 
 
O processo de convergência aos padrões internacionais poderá ajudar a resolver 
o problema citado, visto que terá uma única linguagem dentro da contabilidade. 
A sobrecarga de ter que se inteirar das expressões do Iasb e das normas 
internacionais seria extinta. 
 
10) Segundo uma estimativa da SEC, as empresas dos Estados Unidos irão 
 
gastar entre 0,125º/o a 0,13o/o da receita para fazer a 
transição entre o US GAAP e a IFRS. Este valor corresponde 
aos gastos no primeiro ano, sendo que os custos 
poderão cair nos anos seguintes. Entre os custos, existem gastos com 
treinamento e alterações nos sistemas contábeis. 
a) Em Contabilidade de custos aprendemos que os custos podem ser 
classificados em fixos, variáveis e mistos. Com base na informação 
da pergunta, como seriam classificados os custos da adaptação? 
b) A estimativa não considerou os custos do usuário da informação. Isto 
seria relevante? 
 
 
a. Seriam classificados como custos variáreis, pois havendo uma alternância 
no meio da adaptação haverá a variância do custo. 
b. Não, pois os usuários da informação não fazem parte da produção para a 
transição das normas. 
 
11. Um dos problemas que o Iasb encontra no processo de convergência é 
o seu financiamento. O Iasb é financiado por doações de governo e 
empresas. As demonstrações contábeis da Fundação Iasb informa que 
grande parte dos recursos são provenientes dos governos europeus e das 
grandes empresas de auditoria. Discuta a importância deste aspecto na 
independência do Iasb. Discuta também o interesse dos doadores em 
ajudar o Iasb. 
A independência do IASB seria muito importante para a dissociação com 
qualquer entidade. Pois um órgão responsável pelas normas da contabilidade, 
recebendo um financiamento de um doador pode ser entendido como uma 
organização que possui um viés, podendo ocasionar problemas na 
credibilidade. Os doadores do IASB podem ter o interesse de influenciar na 
tomada de decisões.