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RESUMO DE ESPERMOGRAMA E PANORAMAS GERAIS DE RHA RHA: ~40 anos, muitos avanços rápidos, com inteligência artificial, a RHA anda a passos largos sempre pautados pela inovação. ● Desde o nascimento da Louise Brown, temos ~8 milhões de bebês nasceram graças às técnicas de RHA. ● 44% de FIVs da América Latina acontece no Brasil ● SisEmbrio: as clínicas têm que reportar os dados para a Anvisa. Espermograma: ● Análise do fluído seminal: motilidade, vitalidade, concentração, morfologia, células redondas, etc. ● Os valores de referências são de acordo com a OMS (atualmente, de 2010). ● Avalia o potencial de infertilidade do indivíduo: se um homem tem o espermograma com os valores alterados e faz outros espermogramas para avaliar se os parâmetros estão iguais ou não, não significa que o paciente não poderá ter filhos só porque os valores estão abaixos dos recomendados pela OMS, pode haver variações no espermograma. O espermograma pode variar devido a fatores e estresses fisiológicos. Fragmentação de DNA - avaliado junto ao espermograma: → Produção exacerbada de ROS; → Não tem uma balança de ROS necessário; → apoptose abortiva: DNA quebrado por endonucleases; → anomalias no empacotamento: causa infertilidade pois o espermatozóide precisa estar compactado corretamente para alcançar o óvulo. TESTES: Tunel, cometa, teste de dispersão de cromatina. Os estudos mostram que a fragmentação do DNA tem relação com a infertilidade. HBA - Hialuronic acid binding assay: → Testa a função dos espermatozóides, → Baseado nos últimos passos da maturação do espermatozóide: aparecimento de receptores de ácido hialurônico na membrana citoplasmática (o ác. hialurônico é presente na parede do oócito). → Os espermatozóides que possuem esses receptores são os maduros e que tem a probabilidade maior de serem morfologicamente normais e terem DNA normal e íntegro. → VR: > 65% Análise automatizada - IA Coloca o sêmen e ele mostra parâmetros como: concentração, motilidade, morfologia e pH. Sêmen - concentrado heterogêneo de espermatozóides: ● espermatozóides maduros: não apresenta fragmentação de DNA, motilidade ótima e morfologia normal. ● espermatozóides imaturos: fragmentação de DNA aumentada (não terminaram de compactar a cromatina), morfologia alterada e motilidade boa. ● maduros senescentes: ficaram muito tempo no ducto ejaculatório, a motilidade não é muito boa, a fragmentação do DNA é elevada e a morfologia é normal. Processamento seminal: seleciona os melhores espermatozóides, separa o plasma seminal e induz a capacitação. Processamentos convencionais: → Gradiente de densidade: duas camadas de gradiente de sílica com concentrações diferentes, coloca o sêmen em cima e coloca para centrifugar. As camadas funcionam como um filtro e o pellet vai selecionar os melhores. → Swim-up: feito com sêmen cru ou por uma lavagem. Coloca o tubo angulado a 37º e os melhores espermatozóides nadam para cima. → Lavado/centrifugação: usado para amostras com parâmetros ruins, os que quase não tem espermatozóide ou que não têm motilidade. → O processamento vai guiar o médico para a melhor técnica de fertilização a usar. ● IIU > 5 milhões de espermatozóides móveis/ml, com os padrões dentro da OMS (morfologia >4%). ● FIV > 1 milhão de espermatozóides móveis/ml, morfologia > 4% ● ICSI < 1 milhão de espermatozóides móveis/ml, morfologia < 4% (apenas 1 espermatozóide vivo, não precisa estar móvel) Demais técnicas em estudo (a nível de pesquisa): ● Zymot : seleção através da microfluídica, não precisa de centrifugação, redução do tempo de preparo. (estudos com n baixo, mas que mostram que a técnica consegue selecionar espermatozóides móveis, íntegros, etc.) ● MACS (Magnetic-activated cell sorting): microesferas magnéticas conjugadas com moléculas de anexina V, os espermatozóides que ficam retidos são mortos ou apoptóticos e os livres atravessam. A técnica aumenta a taxa de gestação. ● Birrefringência: A luz entra na estrutura anisotrópica é refratada em dois raios polarizados que viajam a velocidades diferentes. Indica a quantidade estrutural de sptz. Os espermatozóides que brilham são os normais. ● Microespectrometria Raman: impressão química da amostra, seleciona e mantém a amostra viável. Resolução espacial 3D, consegue ver com detalhes o espermatozóide. Revista de revisões que é importante para a embriologia: Cochrane Library. Futuro: avaliação de metabolômica e proteômica. Provavelmente se muda o ambiente seminal e isso cria novas possibilidades para estudos e desenvolvimento de novos marcadores para a infertilidade masculina. IIU: Inseminação Intra-uterina ● Recomendada em alguns casos ● Espermatozóides móveis e pelo menos uma trompa funcionante e íntegra ● Controle da ovulação ● Análise do sêmen e processamento seminal (sêmen fresco, congelado, pode ser do companheiro ou de banco de sêmen) ● Os espermatozóides capacitados são transferidos para o útero através de um catéter. Independente da técnica, sempre vai acontecer estimulação ovariana e o protocolo (antagonista, FSH, etc.) vai depender da idade da paciente, reserva ovariana e fator de infertilidade. Indução ovariana: ● Consegue recrutar o maior n de folículos homogêneos possíveis ● Prevenir o pico de LH (prevenir uma gestação prematura) ● produção estrogênica adequada → Quando pelo menos dois folículos tem +- 16mm, o médico aplica o TRIGGER (LH). De 34-36 hs depois, acontece a punção ovariana. FIV - Fertilização in vitro: ● Falha de IIU ● Fator tubário ● 3 inseminações e falha ● Fator masculino de leve a moderada Punção: avalia o COCs, analisa os maduros e coloca in vitro em contato com os espermatozóides capacitados. O processo de fertilização e seleção dos espermatozoides pelo óvulo acontece de forma natural. ICSI - Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (1992): ● Falha de FIV ● Homens que têm infertilidade grave conseguem ser pai. ● Denudação do óvulo com a enzima hialuronidase, remoção das células do cumulus para avaliar a fase de maturidade. → óvulos em prófase I (com vesícula germinativa), metáfase I (“limpo”) e metáfase II (com o corpúsculo polar - maduro) Fonte: http://www.ghente.org/temas/reproducao/art_fiv.htm Coloca o BBP, coloca os espermatozoides no BBP, quebra a cauda para ativar o espermatozóide, coloca a agulha no óvulo para quebrar um pouco o ooplasma e misturar o ooplasma com o espermatozóide e deposita o espermatozóide no óvulo. Meios de cultivo: comerciais, evitam muitas doenças do soro do paciente. Cultivo embrionário -> meios únicos que podem levar do D1 até o D7, fornecendo todos os componentes para o embrião e o embrião escolhe os nutrientes que precisa. O melhor embrião é selecionado. O embrião é avaliado 16 horas (D1) após a técnica de fertilização e depende do protocolo da clínica que vai observar D3, D4 e D5. Cada dia vai observar o estágio embrionário do embrião. Na ICSI consegue ver se com certeza o óvulo está maduro, por exemplo. Isso dá mais segurança para o embriologista. MSOME E IMSI: → Microscópio permite observar a morfologia do espermatozóide, como presença de vacúolos, por ex. PICSI: http://www.ghente.org/temas/reproducao/art_fiv.htm ● Espermatozóides viáveis, mesma tecnologia do HBA, na ponta da flecha tem ácido hialurônico e escolhe os espermatozóides que se ligam ao àc. hialurônico. Não é recomendado para todos os casos. ● ICSI automatizada: estudos mostram alta fertilidade. Sistema de incubação: Atualmente temos as incubadoras de bancadas -> mais resistentes à abertura e fechamento de porta que a Forma, baixa concentração de O2 (5%) -> melhor ao cultivo embrionário para chegar ao estágio de blastocisto. Forma: Apenas CO2. 20% de O2 (ambiental). Time Lapse -> tira fotos do embrião e forma um vídeo do embrião. Os embriologistas conseguem maiores características que outras incubadoras, consegue pegar coisas que no olho não conseguiríamos perceber no tempo que tem. Através de algoritmos o time lapse mostra quais embriões são melhores, quais devem ser descartados, etc. Desvantagens: custos,não sai por menos de 1 milhão de reais. Congelamento de embriões e oócitos: Vitrificação > congelamento. Na vitrificação não acontece a formação de cristais de gelo e tem menor custo que o congelamento lento. → ideal para pacientes que vão se submeter a quimio ou radioterapia e para embriões excedentes. ● Vitrificação automatizada Hatching: ● Abertura da zona pelúcida do embrião antes de transferir ● Atualmente usado com laser. Diagnósticos genéticos: ● NGS - integridade cromossômica do embrião - e PCR - análise de doenças monogênicas. ● PTG - verificação de aneuploidias: síndrome de Down, Patau, Edwards ● PGT-M - Huntington, Distrofia muscular de Duchene, fibrose cística, síndrome do X frágil, etc. ● Mitoscore - biomarcador mitocondrial para análise genética. Pode acontecer do embrião estar saudável, com análise genética ok e mesmo assim não implantar. Isso pode ocorrer por fatores de janela de implantação, endometrite, etc. Para isso, faz a análise ERA, EMMA e ALICE. Testemunho eletrônico -> O paciente recebe o cartão, com códigos de barras, etc. E toda vez que vai fazer a análise de sêmen, etc e vai passando os códigos de barras e o programa avisa se está passando a paciente correta ou não e tudo isso assegura a segurança do paciente. Matching - banco dos gametas -> mais próximos o possível entre os doadores e os receptores. Cadeia de custódia digital para amostras criopreservadas -> proporciona maior rastreabilidade para o paciente.
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