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Introdução Etiologia comum: térmica outras causas: químicos, eletricidade e radiação Causa de morte mais comum: complicações de insuficiência respiratória Após o trauma, o corpo desvia o sangue para compensar órgãos vitais Na queimadura, ele tenta parar de funcionar, entrar em choque e morrer Inalação de fumaça é um risco quase sempre mais perigosa que a própria queimadura. Cerca de 20% de todas as vítimas são crianças, e 20% destas sofreram abuso. Anatomia da pele Epiderme (0,05mm ~1mm na sola do pé) Derme (10x mais espessa) Camada Subcutânea (hipoderme) (mantém pele estruturalmente, abriga vasos e nervos) Pele dos homens mais grossa que mulheres Pele de crianças e idosos mais fina que adulto Características das queimaduras Temp. elevada, congelante, radiação ou agente químico lesionam ptnas da pele (desnaturam) 2 fases: Imediata: Dano imediato da queimadura Tardia: Ressuscitação inadequada, tratamento indevido (gelo) e progressão da queimadura Acima de 40oC a pele sofre escala logarítmica de destruição Queimadura de 3 grau tem 3 zonas de lesão Zona de coagulação (maior destruição) = necrose Zona de Estase (sangue estagnado após a lesão) = não irreversível, pode ser recuperado Erro comum = aplicar gelo Causa vasoconstrição, e sangue circula ainda menos (necrose aumenta) Zona de hiperemia (lesões mínimas) = reação inflamatória Resumo PHTLS: Queimaduras Página 1 de Medicina Profundidade da queimadura Evitar julgamento final da queimadura até 48 horas após, pois pode evoluir Quase sempre a espessura parcial poderá ser total em 24-48horas No desbridamento ao hospital a epiderme se separa (revela escara branca abaixo = total) Queimaduras Superficiais Primeiro grau Somente a epiderme = vermelha e dolorida Queimadura de sol Expõe risco de desidratação Curam em uma semana sem cicatrizes Q. de espessura parcial Segundo grau Envolvem a epiderme e várias partes da derme subjacente Aparecem bolhas ou áreas expostas úmidas/brilhante Cicatriz de 2/3 semanas Zona de necrose na epid. e várias camadas da derme Exigem cirurgias para não perder funções em áreas como a mão Bolhas Ocorre quando epiderme se separa da derme Fluido vaza dos vasos próximos Provoca aumento de pressão e dor no tecido Pele da bolha não é normal (não serve como barreira protetora) Evita aplicar antibióticos tópicos Maior parte dos especialistas abrem No APH são deixadas de lado As já rompidas devem ser cobertas com curativo limpo e seco Queimaduras de espessura total Espessas, secas, brancas e rígidas (independe da raça) Vários graus de dor devido aos nervos de queimadura parcial e superficial que a rodeiam (nervos da total já destruídos) Risco à vida Página 2 de Medicina Risco à vida Pronta remoção cirúrgica e intensiva + reabilitação Queimaduras de quarto grau Espessura total + tecido profundo (ossos, músculos, órgãos internos, adiposo) Tecido morto e desvitalizado = áreas lesionadas extensas Avaliação da queimadura Avaliação primária e ressuscitação Método XABCDE é aplicado Grandes queimaduras quase sempre letais Não são por si de risco imediato Também pode haver trauma mecânico e lesão interna envolvida Via aérea Prioridade na queimadura Calor = edema na via aérea superior → obstrução Maior atenção principalmente em viagens longas Inchaço do rosto e vias pode ocorrer (30-60minutos) Pode ficar obstruída Efeito fisiológico Aumento da resistência da passagem do ar pelo estreitamento da via Aumento da resistência exige mais trabalho para respirar Pode provocar parada respiratória mesmo com via desobst Queimados geralmente tem boas condições de lidar com via aérea, desde que desobstruída Para assegurar via aérea: indução ou intubação em sequência rápida Sedação pode dificultar ainda mais Tentativas mal-sucedidas podem agravar o edema Página 3 de Medicina Tentativas mal-sucedidas podem agravar o edema + Tubo endotraqueal não cola certo pois pele pode extravasar fluidos melhor fixado com fitas umbilicais ou tubo endovenoso enrolado na cabeça (parte cima-baixo da orelha) também indicados velcros e bandagens Respiração Queimadura endurece parede torácica (~cintos de couro) gradualmente Tecidos moles profundos começam inchar Com tempo: não consegue mover parede torácica Com impedimento de compressão de máscara com válvula e balão, uma escaratomia permite o restabelecimento da ventilação incisão através da escara da queimadura, permitindo expansão do tórax Circulação Aferição da pressão arterial Pode não refletir a real Mesmo assim, perfusão distal pode estar comprometida Extremidades queimadas podem ser elevadas no transp para reduzir edema Página 4 de Medicina Extremidades queimadas podem ser elevadas no transp para reduzir edema Avaliação das queimaduras circunferenciais Colocação de cateter EV Calibre grosso e infusão rápida são exigidos em queimaduras >20% da área superfície Não colocados através ou adjacentes ao tecido queimado Apenas se não houver locais alternativos Bandagens Kerlix ou Coban para prender o cateter Se sem acesso venoso, acesso intraósseo é um método alternativo e confiável para fluídos EV e narcóticos É vital avaliar lesões menos óbvias Ex: vítima pula de janela alta para escapar de incêndio e quebra perna Ameaça imediata: lesão traumática, não queimadura Incapacidade Asfixia por CO e HCN (monóxido de carbono e gás cianídrico) Déficit neurológico ou motor igual a outros pacientes de trauma Imobilizar coluna se suspeita de lesão Bandagem limpa para extermidades e identificar fraturas em ossos longos Exposição/ambiente Joias retiradas pois inchaço faz com que elas ajam como ataduras Retirada de roupas é benéfico pois podem conter calor residual (mais danos) Ou encharcadas com o agente causador da queimadura Pode lesionar mais o doente e também o socorrista Susceptíveis à hipotermia Regra geral: Se os socorristas estão confortáveis, a temperatura não está adequada ao paciente Colocar cobertores e manter compartimento aquecido Avaliação secundária Aparência das queimaduras é dramática mas o risco não é imediato Estimativa do tamanho da queimadura Evitar complicações associadas a choque hipovolêmico Também usada para gravidade da lesão e triagem Método da regra dos nove Grandes regiões do corpo = 9% da superfície Períneo = 1% Não adequada à pediátrico Cabeça maior e membros menores Página 5 de Medicina Tabela de lund-browder determinação de acordo com referênica + mapeamento Método difícil para o aph Regra das palmas usada para pequenas queimaduras Palma ocupa área de 0,5% (0,8 com dedos) nos homens e 0,4% (e 0,7% com dedos) nas mulheres Dependendo do imc da pessoa esse valor muda, por isso, geralmente usa-se como 1% Curativos Evitar contaminação e fluxo de ar sobre feridas Pano ou toalha estéril seca Cobertores mantêm o calor do corpo Pomadas e antibióticos tópicos apenas após avaliação no centro de queimados Transporte Várias lesões além do trauma → centro de trauma Para reabilitação das queimaduras → centro de queimados Critérios para transferência ao centro de queimados Lesão por inalação1. Q. parciais mais que 10%2. Q. de total em qualquer idade3. Q. no rosto, mãos, pés, genitália, períneo ou articulações especiais4. Q. por eletricidade (+ raios)5. Q. químicas6. Q. em doentes (comorbidades)7. Q. e traumas concomitantes nos quais a queimadura apresenta maior risco8. Crianças com q. em hospitaissem pessoal ou equipamento qualificado 9. Q. em doentes que precisam de intervenção social, emocional ou reabilitação10. Resfriamento de queimadura Queimaduras tratadas com resfriamento têm menos dano celular das que não tratadas in vitro! Resfriamento com água corrente resultou em uma melhora duas vezes maior do que sem resfriar Resfriamento com gelo é prejudicial por ser superagressivo Em grandes queimaduras, o resf. pode induzir à hipotermia E com trauma mecânico, resfriamento impede formação de coágulo (potencialmente) Página 6 de Medicina Prevenção de corrente de ar sobre as queimaduras do doente Ex: dorda cárie quando ar passa pela boca Devido aos nervos expostos Uso recente de bandagens antimicrobianas Íons de prata liberados na ferida matam microorganismos Reduz muito a contaminação em apenas 30 minutos. Reanimação Volêmica Grandes quantidades de EV para evitar choque hipovolêmico Perda de líquido em edema principalmente no primeiro dia após queimada Perdas por evaporação enormes Administração excessiva de fluídos pode ser prejudicial Objetivo de restaurar o que foi perdido e o que vai ser perdido nas primeiras 24horas Acesso intravenoso + devido ao trauma Ressuscitando doente com lesões por queimadura Encher um balde furado Balde esvazia constantemente e limite da água não pode atingir linha interna Qto mais tempo não for ressuscitado ou ser indevidamente, mais hipovolêmico Doentes Adultos Principalmente Ringer Lactato 2 a 4ml x peso corporal (kg) x %deATSC queimada Fórmula de Parkland 4mLxPesox%queimado Metade do fluído nas primeiras 8 horas Outra metade nas 16 restantes Fluído começa a ser admnistrado A PARTIR do momento da lesão, não do momento do atendimento Ringer Lactato é preferível ao soro fisiológico (0,9%) pois é necessária grande quantidade Corre risco de acidose hiperclorêmica Cálculo das medidas de ressuscitação com fluídos Ex: homem de 80 kg, ATSC 30% Fluido total = 4ml/kgx80kgx30 Ft = 9600ml (em 24 horas) Primeiras 8 horas Ft/2 = 4800ml (em 8 horas) A cada hora: 4800ml/8 = 600ml por hora • Página 7 de Medicina A cada hora: 4800ml/8 = 600ml por hora Após 8 horas Ft/2 = 4800ml (em 16 horas) A cada hora: 4800ml/16 = 300ml por hora • Regra dos dez para ressuscitação devido à queimadura Army Institute of Surgical Research %ASC arredondada para o múltiplo de 10 mais próximo Para adultos de 40-70kg: multiplica-se porcentagem por 10 40 x 10 = 400 ml por hora Para acima de 70kg, adiciona-se 100ml por ora Regra dos dez e Parkland diferem muito pouco Volume real sempre deve ser ajustado com base na resposta clínica Doentes pediátricos Crianças precisam de volumes maiores do que adultos com mesma porcentagem de qeimadura Crianças com menos reserva de glicogênio para manter glicemia na ressuscitação Por isso, fluidos EV devem conter glicose 5% (D5LR) além dos de ressuscitação Inalação de Fumaça - considerações sobre tratamento com fluidos Reter fluidos aumenta gravidade de lesão pulmonar Deve-se aumentar quantidade de fluido administrado Analgesia Narcóticos como fentanila (1mcg por kg) ou morfina (0,1mg por kg) para controle Considerações Especiais Queimaduras por eletricidade Maior parte da destruição é interna, conforme eletricidade é conduzida pelo corpo (camadas profundas) Queimaduras externas no ponto de contato e ponto de aterramento Destruição dos músculos = liberação de potássio = arritmia cardíaca → Administração de Succinilcolina perigosa; Se paralisia química necessária → Vecurônio ou Rocurônio (não despolarizantes) Mioglobina liberada pode causar insuficiência renal (mioglobinúria → cor de chá/coca-cola da urina) Vítimas transportadas com sonda vesical já colocada Com mioglobinúria: fluidos para manter débito renal > 100ml/hora ou 1ml/kg/hora em crianças Administração de bicarbonato ainda em discussão 15% dos queimados também tem lesões traumáticas + Rompimento do tímpano + Tetanismo (luxações e fraturas) Imobilizar coluna sempre Fraturas com tala Atentar para sangramento intracraniano e arritmia Queimadura de eletricidade = ar superaquecido + lesão por condução Página 8 de Medicina Queimaduras Circunferenciais Podem contrair parede torácica até incapacitar ventilação Nas extremidades criam efeito tipo torniquete (deixam extremos sem pulso) Escaratomias usadas para descomprimir, permitindo expansão de tecidos profundos Página 9 de Medicina Lesões por inalação de fumaça Principal causa de morte em incêndias Vítimas com queimadura no rosto ou fuligem (ausência não exclui possibilidade) Sintomas podem não se manifestar mesmo após dias (manter suspeita) 3 elementos: lesão térmica, asfixia e lesão tardia por toxinas Condições que sugerem inalação de fumaça Incêndio em espaço fechado• Confusão/agitação• Queimaduras, fuligem ou pelos chamuscados no rosto/tórax• Rouquidão ou estridor• Lesão térmica Ar seco é mau condutor de calor Corpo protege vias inferiores 300 graus na entrada chega às cordas vocais com 50 graus e baixa mais Vapor é melhor condutor (4000x) Queima até bronquíolos mais distais Asfixiantes Monóxido de carbono e Cianeto de hidrogênio Asfixiantes = hipóxia ou asfixia celular Apesar de PA ou oximetria normal, vítima possui O2 insuficiente aos tecidos Sintomas variam Dor leve na cabeça ao coma e morte Coloração avermelhada da pele é um sinal tardio, não confiar na hora do diagnóstico Sintomas de Intoxicação por CO Leves• Dor de cabeça; fadiga; náuse Moderados• Dor de cabeça intensa; vômito; confusão; Sonolência; Aumento freq. ventilatória Graves• Convulsões; coma; PCR; Morte Recomenda-se o uso de Coxímetros portáteis (Medidores de CO) Oxímetro não recomendado pois coloração sanguínea é semelhante na presença de CO (carboxiemoglobina) Página 10 de Medicina Oxímetro não recomendado pois coloração sanguínea é semelhante na presença de CO (carboxiemoglobina) 10 - 20% → Queixas de dores 50 - 60% → Convulsões, Coma e morte Tratamento com administração de oxigênio Ar normal elimina o CO em 250 minutos Em 100% O2 tempo passa para 40-60 minutos Em hiperbárica de 20-30 minutos e considera-se diminuição de sequelas Na maioria dos casos não justificável, pois tratamento das queimaduras é mais difícil e longe do centro de trauma/queimados Cianeto de hidrogênio produzido a partir da queima do plástico ou poliuretano Sintomas são dor de cabeça, taquicardia, taquipneia, tontura e nível alterado de consciência Hidroxicobalamina desintoxica organismo ao se ligar ao CN e formar B12 (cianocobalamina) Cyanokit Edetato de Dicobalto pode ser usado, mas só na certeza de asfixia por cianeto pois excesso de cobalto é prejudicial Nos EUA: kit lilly ou kit pasadena → Nitratos + tiossulfato de sódio EV Por ser muito demorado e conter riscos devido à formação de metemoglobina, a hidroxicobalamina é o mais indicado Lesão Pulmonar induzida por toxina Não se manifesta na hora, mas em dias Primeiro dia: Período lua de mel → Enganosamente estável e sem disfunção pulmonar Gravidade da lesão depende da composição da fumaça e duração da exposição Compostos como amônia, ácido clorídrico e dióxido de enxofre formam ácidos e álcalis na mucosa destroem células e cílios Sem produção de muco, restos celulares se acumulam Entupimento das vias com muco e aumento da taxa de pneumonia com risco à vida Tratamento pré-hospitalar Determinar necessidade de intubação orotraqueal Necessária contínua reavaliação da perviedade da via aérea Sinais de oclusão: salivação, mudança na voz e dificuldade com secreções Sempre que houver dúvida, intubar Em alguns casos, de sequência rápida Para controlar via aérea Doentes com inalação de fumaça para centros de queimados mesmo sem inalação de fumaça Abuso Infantil Cerca de 20% de abuso infantil é queimadura intencional Maior parte de 1 a 2 anos Lesões por imersão em água quente Padrão de luva ou meia - Segundo ou terceiro grau Lesões simétricas sem respingo + flexão defensiva de medo ou dor (fossa poplítea ou antecubital) Em lesões acidentais, profundidade é variável e há marcas de respingos (queimaduras menores afastadas das maiores) Queimaduras por contato Quando proposital tem linhas e profundidade uniforme (objeto pressionado) Quando acidental tem margens e prof. irregulares (pessoa se afasta) Objetos incluem ferro de passar, prancha, radiadores, panelas e frigideiras Queimaduras por radiação É a absorção da radiação que resulta em lesão ao tecido Capacidade de absorção é mais letal que dose da radiação Exposição típica em ambiente industrial Mas também há bombas sujas de terrorismo Só radiação possui efeitos clínicos baixos Combinação com queimaduras tem efeito sinérgico(arma nuclear, por exemplo) Página 11 de Medicina (arma nuclear, por exemplo) Prioridades imediatas: equipamento de proteção individual retirar o doente do local de contaminação retirar roupas contaminadas e lavá-lo com água Roupa manuseada com cautela Uso de contador Geiger para determinar nível restante de radiação Se sofreu lesão traumática, essa é a prioridade Com queimaduras deve haver ressuscitação com fluidos Pode haver necessidade de aumento desses devido à vômito e diarreia Consequências para o corpo chamadas de Síndrome aguda da radiação (SAR) Afeta células que se reproduzem mais Náusea, vômitos e cólicas abdominais Tratamento agressivo com fluidos visa evitar insuficiência renal Medula óssea interrompe produção de glóbulos brancos aumento de infecções quase sempre fatais Após evento nuclear: EV, bombas de infusão e unidades hospitalares em falta Pode ser ressuscitado por via oral na falta de EV Doente cooperativo deve ser incentivado a beber solução salina para manter renal ou pode ser sondado nasogástrico/nasoentérico Solução de Moyer (4g NaCl e 1,5g H2CO3 /L de água) + solução de reidratação da OMS Resultados positivos para até 40%ATSC Taxa de 20ml/kg de salina ao trato GI = equivalente ao EV Queimaduras Químicas Lesões resultantes de exposição prolongada (diferente das lesões térmicas) Gravidade depende: natureza, concentração, duração do contato, mecanismo de ação Ácidos: provocam necrose coagulativa → tecido lesionado coagula e impede penetração mais profunda do ácido Bases: necrose por liquefação → base liquidifica o tecido e permite aprofundamento do agente corrosivo Atendimento pré-hospitalar Segurança pessoal e da cena Descartar roupas; enxaguar doente com grandes quantidade de água lavar com pouca água pode gerar transferência do agente irritante para outra parte do corpo inclinar maca e plástico nos pés para coletar resíduos contaminados Neutralizantes não usados! Podem gerar calor da reação e ocasionar lesões Usados para descontaminar equipamentos apenas Queimaduras químicas nos olhos Geralmente Álcalis Risco de perder visão Irrigação abundante necessária Lente de Morgan para irrigação contínua Se indisponível podem ser usados tubos portáteis EV Se ambos os olhos, tubo nasal na ponte do nariz Proparacaína simplifica o atendimento (anestésico local) Exposições químicas específicas Cimento → base alcalina que fica nas roupas e calçados → reage com suor → Despreende calor e resseca pele Lesão por queimadura horas ou dias depois Tratamento com escovação para retirar o pó + lavagem abundante Gasolina e querosene → Podem dissolver as membranas da pele (necrose) → horas ou dias depois do contato prolongado Lavagem com grande qte de água pode lesionar à espessura total pode resultar em toxicidade sistêmica cardio, renal, pulmonar, neurológico e hepático Desbridamento cirúrgico Página 12 de Medicina Desbridamento cirúrgico Ácido fluorídrico → Refrigerantes, herbicidas, fármacos, gasolina de alta octanagem, alumínio, plástico, elétricos e lâmpadas fluoresc Íon fluoreto modifica eletrólitos cálcio e magnésio → hipocalcemia liquefaz tecido e retira cálcio dos ossos Irrigação com água + gluconato de cálcio + tratamento adicional em centro de queimados Fósforo branco → agente incendiário (munições) → chama brilhante se exposto ao ar → continua a queimar até acabar agente ou O2 Queimaduras químicas e térmicas na pele Hipoclorito → alvejantes e prod. de limpeza → base alcalina → geralmente em [ ] 4% a 6% → não fatal exceto se em grande superfície corp. Cerca de 30mL a 15% é de risco à vida Mostarda nitrogenada (agentes vesicantes) → arma química/terrorismo químico → Irritação nos pulmões e olhos → sensação de queimadura garganta e olhos Horas depois atinge a pele (vermelhidão → bolhas) Exposição intensa = necrosa espessura total + insuficiência resp. Para atender vítimas de agentes vesicantes → usar luvas, roupas apropriadas e proteção respiratória Doentes lavados com água / solução alcalina Por pessoal treinado: Hipoclorito ou Pó de terra de Fuller (absorvente) Gás lacrimogênio → agentes de controle antidistúrbio → irritação na pele, mucosas, pulmões e olhos (incapacita as pessoas) Extensão da lesão depende da magnitude da exposição → duração da irritação de 30 a 60 minutos Tratamento com remoção da zona de contato, retirada das roupas e lavagem da pele e olhos Zona de controle de cena e materiais perigosos Círculos concêntricos Zona quente: imediatamente envolvido; exige EPI nível A contra explosões e armas de dest.; evacuar doentes Zona morna: descontaminação de doentes, equipe e equipamentos; ainda exige EPI; cuidados de avaliação primária e imobilização Zona fria: equip. descontaminado retira epi e atendimento definitivo Se um doente chega contaminado ao hospital, conceitos deve ser seguidos igualmente Página 13 de Medicina
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