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Lesões térmicas e afogamento

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–
P Os principais princípios do tratamento da lesão térmica incluem 
↳ Manter um alto índice de suspeita para a presença de comprometimento das vias aéreas após a inalação de fumaça e 
secundária a edema por queimadura 
↳ Identificar e gerenciar lesões mecânicas associadas 
↳ Manutenção da normalidade hemodinâmica com ressuscitação volêmica 
↳ Controle de temperatura 
↳ Retirar o paciente do ambiente lesivo 
P Quanto maior e mais profunda a queimadura, pior é a inflamação 
↳ Monitore as linhas intravenosas de perto para garantir que não se desloquem à medida que o paciente fica mais 
edematoso. 
↳ Verifique regularmente os laços que prendem os tubos endotraqueal e nasogástrico para garantir que não estão muito 
apertados 
↳ Verifique se as faixas de identificação estão soltas ou não fixadas circunferencialmente 
P É importante estimar o tamanho da área da superfície corporal queimada e a profundidade da lesão por queimadura 
HISTÓRIA 
P Sobreviventes de queimaduras podem sofrer lesões associadas enquanto tentam escapar de um incêndio, e as explosões podem 
resultar em lesões internas (por exemplo, sistema nervoso central, lesões miocárdicas, pulmonares e abdominais) e fraturas 
P É essencial estabelecer a hora da queimadura. 
P Queimaduras sofridas dentro de um espaço fechado sugerem o potencial de lesão por inalação e lesão cerebral anóxica quando 
há uma perda de consciência associada 
P Deve incluir um breve levantamento de doenças preexistentes e terapia medicamentosa, bem como quaisquer alergias 
conhecidas e / ou sensibilidades a medicamentos 
P Verifique o status da imunização antitetânica 
P Se o relato da lesão for suspeito, considere a possibilidade de abuso em crianças e adultos 
ÁREA DE SUPERFÍCIE CORPORAL 
P A configuração do corpo adulto é dividida em regiões anatômicas que representam múltiplos de 9%. 
P A distribuição de BSA difere consideravelmente para crianças, porque a cabeça de uma criança representa uma proporção maior 
da área de superfície e as extremidades inferiores representam uma proporção menor do que a de um adulto 
P A superfície palmar (incluindo os dedos) da mão do paciente representa aproximadamente 1% da superfície corporal do paciente 
 
P Não inclua queimaduras superficiais na estimativa do tamanho 
P Para queimaduras irregulares ou de tamanho estranho, use a palma e os dedos do paciente para representar 1% 
 
PROFUNDIDADE DA QUEIMADURA 
P PRIMEIRO GRAU (superficiais) → eritema e dor, e não formam bolhas, epiderme 
permanece intacta 
↳ Raramente são clinicamente significativas, com a exceção de grandes áreas de 
queimadura de sol, que expõem o doente à dor significativa e risco de desidratação 
principalmente em crianças e idosos 
↳ Normalmente curam em uma semana 
↳ Não cria cicatriz normalmente 
↳ Queimaduras dessa profundidade não se incluem ao se calcular a porcentagem da área total da superfície corporal que foi 
queimada ou usada para administração de fluidos 
P SEGUNDO GRAU (espessura parcial) → são caracterizadas como espessura parcial superficial ou espessura parcial profunda 
↳ Parcial superficial → úmidas, dolorosamente hipersensíveis (até mesmo à corrente 
de ar), potencialmente empoladas, homogeneamente rosadas e esbranquiçadas ao 
toque 
▪ Aparecem como bolhas ou como áreas queimadas expostas com base de 
aparência úmida ou brilhante 
▪ Em geral cicatrizam em 2 a 3 semana 
↳ Parciais profundas → a zona de necrose envolve toda a epiderme e várias 
profundidades da derme superficial 
▪ São mais secas, menos dolorosas, potencialmente com bolhas, vermelhas ou manchadas na aparência e não escaldem 
ao toque 
▪ Se não bem cuidada, a zona de estase nessas lesões pode evoluir para necrose, deixando essas queimaduras maiores e 
às vezes transformando a lesão em queimadura de espessura total 
▪ Se cura com cuidadoso tratamento da lesão 
▪ Em geral exigem cirurgia para minimizar a formação de cicatrizes e evitar deformidades funcionais em áreas de alta 
função como as mãos 
↳ Envolvem a epiderme e várias partes da derme subjacente 
P TERCEIRO GRAU (espessura total) → geralmente parecem coriáceas 
↳ Podem ter diversas aparências 
↳ Com mais frequência, essas lesões surgem como queimaduras 
espessas, secas, brancas e rígidas, independente de raça ou cor 
da pele 
↳ Essa pele espessa e rígida como couro é conhecida como escara. 
↳ Em casos graves, a pele terá uma aparência chamuscada com 
visível trombose (coagulação) dos vasos sanguíneos 
↳ A pele pode parecer translúcida ou branca como cera. 
↳ Há uma concepção equivocada de que queimaduras de espessura total são indolores, devido ao fato de que a lesão destrói 
as terminações nervosas do tecido queimado. 
▪ Doentes com essas queimaduras têm vários graus de dor 
▪ Normalmente são cercadas por queimaduras de espessura parcial e superficial 
▪ Os nervos nessas áreas ficam intactos e continuam a transmitir sensações de dor dos tecidos lesionados 
↳ Podem ser incapacitantes e de risco à vida. 
↳ São necessárias pronta remoção cirúrgica e intensiva reabilitação em um centro especializado 
↳ Depois que a epiderme é removida, a derme subjacente pode ficar vermelha, mas não branqueia com a pressão. 
↳ Quanto mais profunda a queimadura, menos flexível e elástica ela se torna 
↳ Essas áreas podem parecer menos inchadas 
P QUARTO GRAU → não somente queimam todas as camadas da pele, como também queimam o 
tecido adiposo subjacente, os músculos, os ossos ou os órgãos internos 
↳ Essas queimaduras são, na verdade, queimaduras de espessura total com lesão de tecido 
profundo 
↳ Podem ser extremamente debilitantes e desfigurantes como resultado da lesão à pele e 
tecidos e estruturas subjacentes 
↳ O desbridamento significativo de tecido morto e desvitalizado pode resultar em extensas 
áreas lesionadas do tecido mole 
P A superfície de tuna queimadura pode parecer ser de espessura parcial a uma primeira vista, mas 
depois, quando do desbridamento no hospital, a epiderme superficial se separa, revelando uma escara branca de queimadura de 
espessura total por debaixo 
P Como a queimadura pode evoluir com o passar do tempo, é sempre prudente evitar o julgamento final da profundidade da 
queimadura por até 48 horas após a lesão 
P O socorrista não deve nunca tentar calcular a profundidade da queimadura até que tenham sido feitas tentativas para primeiro 
desbridar a lesão no hospital 
PARE O PROCESSO DE QUEIMADURA 
P Remova completamente a roupa do paciente; no entanto, não descole a roupa 
↳ Tecidos sintéticos podem pegar fogo, queimar rapidamente em altas temperaturas e derreter em resíduos quentes que 
continuam a queimar o paciente. 
↳ Cuidado ao remover qualquer roupa contaminada por produtos químicos 
▪ Escove qualquer pó químico seco da ferida 
▪ Depois de remover o pó, descontamine as áreas queimadas enxaguando com grandes quantidades de irrigação salina 
morna ou enxágue em um chuveiro quente 
P Tome cuidado para evitar a superexposição e a hipotermia. 
P As tentativas feitas no local para extinguir o fogo (por exemplo, "pare, solte e role"), embora apropriadas, podem levar à 
contaminação da queima com detritos ou água contaminada. 
P Assim que o processo de queima for interrompido, cubra o paciente com lençóis quentes, limpos e secos para evitar a hipotermia 
 
CONTROLE DAS VIAS AÉREAS 
P Manter a desobstrução da via aérea é a prioridade número um 
P As vias aéreas podem ficar obstruídas não apenas por lesão direta (por exemplo, lesão por inalação), mas também pelo edema 
maciço resultante da queimadura 
↳ O calor do fogo pode causar edema da via aérea acima do nível das cordas vocais e pode obstruir a via aérea 
P O edema geralmente não está presente imediatamente 
↳ Socorristas com probabilidade de passar por períodos prolongados de transporte precisam estar particularmente atentos à 
avaliação da via aérea. 
↳ Por exemplo, um doente queimado pode ter uma via aérea acessívelna avaliação inicial. 
↳ No momento seguinte, o rosto, assim como a via aérea, provavelmente vai inchar. 
↳ Como resultado, uma via aérea que estava satisfatória inicialmente pode se tomar criticamente estreita ou obstruída por 
edema de 30 a 60 minutos mais tarde 
P Os sinais de obstrução podem inicialmente ser sutis até que o paciente entre em crise. 
P A avaliação precoce para determinar a necessidade de intubação endotraqueal é essencial. 
↳ A intubação desses doente quase sempre difícil e perigosa devido à anatomia distorcida 
↳ Tentativa repetida e malsucedida de intubar um doente pode levar a outro aumento no edema presente e distorção da 
anatomia 
↳ Se o doente estiver intubado, devem ser tomadas precauções especiais para a fixação do tubo endotraqueal (ET) e evitar 
deslocamento ou extubação acidental 
P Fatores que aumentam o risco de obstrução das VAS 
↳ ↑tamanho e da profundidade das queimaduras 
↳ Queimaduras na cabeça e no rosto 
↳ Lesão por inalação 
↳ Trauma associado e queimaduras dentro da boca 
↳ Queimaduras localizadas na face e na boca causam edema mais localizado e apresentam maior risco de comprometimento 
das vias aéreas 
P Como as vias aéreas são menores, as crianças com queimaduras correm maior risco de problemas nas vias aéreas 
P Uma história de confinamento em um ambiente em chamas ou sinais precoces de lesão das vias aéreas na chegada ao 
departamento de emergência (DE) garante avaliação das vias aéreas do paciente e tratamento definitivo. 
P Lesões térmicas faríngeas podem produzir edema acentuado das vias aéreas superiores, e a proteção precoce das vias aéreas é 
crítica. 
P Em caso de dúvida, examine a orofaringe do paciente em busca de sinais de inflamação, lesão da mucosa, fuligem na faringe e 
edema, tomando cuidado para não ferir mais a área. 
P As indicações do American Burn Life Support (ABLS) para intubação precoce incluem 
↳ Sinais de obstrução das vias aéreas (rouquidão, estridor, uso de músculo respiratório acessório, 
retração esternal) 
↳ Extensão da queimadura (área de superfície corporal total queimada> 40% –50%) 
↳ Queimaduras faciais extensas e profundas 
↳ Queimaduras dentro da boca 
↳ Edema significativo ou risco de edema 
A obstrução das vias 
aéreas em um paciente 
com queimadura pode 
não estar presente 
imediatamente 
O socorrista esclarecido terá o cuidado de perceber que o doente também pode ter sofrido um trauma mecânico e ter lesões 
internas e menos aparentes, e que apresentam uma ameaça à vida imediata 
↳ Dificuldade em engolir 
↳ Sinais de comprometimento respiratório: incapacidade de limpar secreções, fadiga respiratória, má oxigenação ou 
ventilação 
↳ ↓nível de consciência onde os reflexos de proteção das vias aéreas são prejudicados 
↳ Transferência antecipada de paciente de grande queimadura com problema das vias aéreas sem pessoal qualificado para 
intubar durante o trajeto 
P Um nível de carboxihemoglobina > 10% também sugere lesão por inalação 
P A transferência para um centro de queimados é indicada para pacientes com suspeita de lesão por inalação; entretanto, se o tempo 
de transporte for prolongado, intubar o paciente antes do transporte. 
P O estridor pode ocorrer tardiamente e indica a necessidade de intubação endotraqueal imediata. 
P Queimaduras circunferenciais do pescoço podem causar inchaço dos tecidos ao redor das vias aéreas; portanto, a intubação 
precoce também é indicada 
GARANTIR VENTILAÇÃO ADEQUADA 
P No caso de uma queimadura circunferencial da parede torácica, o desempenho da parede torácica progressivamente diminui a tal 
ponto que impede a capacidade de inalar do doente 
↳ Após uma lesão por queimadura, a pele queimada começa a endurecer e a se contrair enquanto os tecidos moles mais 
profundos começam a inchar 
↳ O resultado geral é que as queimaduras contraem a parede torácica do mesmo modo como se vários cintos de couro aos 
poucos fossem apertando em volta do tórax 
↳ Com o passar do tempo, o doente não consegue mover a parede torácica para respirar 
↳ Ao tentar ventilar doentes com queimadura circunferencial da parede torácica, pode ficar difícil ou impossível comprimir o 
dispositivo de máscara com válvula e balão 
▪ ESCAROTOMIA → é um procedimento cirúrgico que envolve fazer uma incisão através da escara endurecida da 
queimadura, permitindo que a queimadura e o tórax se expandam e se movam com os movimentos respiratórios do 
doente 
P Lesão térmica direta nas vias aéreas inferiores é muito rara e ocorre essencialmente apenas após exposição a vapor superaquecido 
ou ignição de gases inflamáveis inalados. 
P As preocupações com a respiração surgem de três causas gerais: hipóxia, envenenamento por CO e lesão por inalação de fumaça. 
↳ A hipóxia pode estar relacionada a lesão por inalação, má adesão devido a queimaduras circunferenciais no peito ou trauma 
torácico não relacionado à lesão térmica → administre oxigênio suplementar com ou sem intubação. 
P Sempre assuma a exposição ao monóxido de carbono (CO) em pacientes que foram queimados em áreas fechadas. 
↳ Diagnóstico de intoxicação por CO → história de exposição e medição direta de carboxihemoglobina (HbCO). 
↳ Pacientes com níveis de CO < 20% geralmente não apresentam sintomas físicos. 
↳ Níveis mais altos de CO podem resultar em: 
▪ Náusea e dor de cabeça (20%–30%) 
▪ Confusão (30%–40%) 
▪ Coma (40%–60%) 
▪ Morte (>60%) 
P Como a meia-vida do HbCO pode ser reduzida para 40 minutos respirando oxigênio 100%, qualquer paciente em que a exposição 
ao CO possa ter ocorrido deve receber oxigênio de alto fluxo (100%) por meio de uma máscara sem reinalação 
P As determinações da gasometria arterial devem ser obtidas como uma linha de base para avaliar o estado pulmonar 
↳ No entanto, as medições de PaO2 arterial não predizem de maneira confiável intoxicação por CO, porque uma pressão 
parcial de CO de apenas 1 mm Hg resulta em um nível de HbCO de 40% ou mais. 
P Se um nível de carboxihemoglobina não estiver disponível e o paciente estiver envolvido em um incêndio em ambiente fechado, 
o tratamento empírico com oxigênio a 100% por 4 a 6 horas é razoável 
↳ Uma exceção é um paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica, que deve ser monitorado de perto quando oxigênio a 
100% é administrado. 
P Não se pode confiar na oximetria de pulso para descartar o envenenamento por monóxido de carbono, pois a maioria dos 
oxímetros não consegue distinguir a oxihemoglobina de carboxihemoglobina. 
P Saturação de oxigênio do paciente deve ser obtida da gasometria arterial 
P A inalação de cianeto dos produtos da combustão é possível em queimaduras que ocorrem em espaços confinados 
↳ Um sinal de toxicidade potencial é a acidose metabólica profunda e inexplicável persistente. 
P Os produtos da combustão, incluindo partículas de carbono e vapores tóxicos, são causas importantes de lesões por inalação. 
↳ As células necróticas tendem a descamar e obstruir as vias aéreas. 
↳ A diminuição da liberação das vias aéreas produz obstrução, o que resulta em um risco aumentado de pneumonia. 
P Requisitos para o diagnóstico de lesão por inalação de fumaça 
↳ Exposição a um agente combustível 
↳ Sinais de exposição à fumaça nas vias aéreas inferiores, abaixo das cordas vocais, vistos na broncoscopia. 
P Avaliação do estado pulmonar de um paciente com lesão por inalação de fumaça 
↳ RX de tórax e gasometria arterial. 
↳ Esses valores podem se deteriorar com o tempo; valores normais na admissão não excluem lesão por inalação. 
P O tratamento da lesão por inalação de fumaça é de suporte. 
↳ Um paciente com alta probabilidade de lesão por inalação de fumaça associada a uma queimadura significativa (ou seja, > 
20% da área de superfície corporal total [TBSA] em um adulto, ou > 10% em pacientes com > 10 ou > 50 anos de idade) 
devem ser intubados. 
↳ Se a condição hemodinâmica do paciente permitir e a lesão medular tiver sido excluída, eleve a cabeçae o tórax do paciente 
em 30 graus para ajudar a reduzir o edema do pescoço e da parede torácica. 
↳ Se uma queimadura de espessura total da parede torácica anterior e lateral levar a uma restrição severa do movimento da 
parede torácica, mesmo na ausência de uma queimadura circunferencial, pode ser necessária uma escarotomia da parede 
torácica 
GERENCIAR A CIRCULAÇÃO 
P Objetivo de manter a perfusão do órgão alvo. 
P Extremidades queimadas podem ser elevadas durante o transporte para reduzir o grau de edema no membro afetado 
P Fornecer fluidos para reanimação de queimaduras para queimaduras profundas, parciais e de espessura total maiores que 20% 
de TBSA 
P Estabeleça imediatamente o acesso IV com duas linhas intravenosas de grande calibre em uma veia periférica. 
P Se a extensão da queimadura impedir a colocação do cateter através da pele não queimada, coloque o IV através da pele 
queimada em uma veia acessível. 
P As extremidades superiores são preferíveis às extremidades inferiores como local de acesso venoso devido ao risco aumentado 
de flebite e flebite séptica 
P Se os IVs periféricos não puderem ser obtidos, considere o acesso venoso central ou a infusão intraóssea 
P Comece a infusão com uma solução cristaloide isotônica aquecida, de preferência solução de Ringer com lactato 
P As medições da pressão arterial podem ser difíceis de obter e podem não ser confiáveis em pacientes com queimaduras graves. 
P Insira um cateter urinário permanente em todos os pacientes que recebem fluidos e monitore o débito urinário para avaliar a 
perfusão 
ARMADILHA PREVENÇÃO 
Cateteres intravenosos e tubos endotraqueais 
podem ser desalojados após a ressuscitação 
• Lembre-se de que o edema leva tempo para se desenvolver. 
• use cateteres IV longos para compensar o inchaço inevitável 
que ocorrerá. 
• Não corte os tubos endotraqueais e avalie regularmente seu 
posicionamento 
 
 
P Metade do fluido total é fornecido nas primeiras 8 horas após a queimadura 
↳ Por exemplo, um homem de 100 kg com 80% de queimaduras de TBSA requer 2 × 80 × 100 = 16.000 mL em 24 horas). 
↳ Metade desse volume (8.000 mL) deve ser fornecida nas primeiras 8 horas, portanto, o paciente deve ser iniciado a uma taxa 
de 1.000 mL/h 
P A metade restante do fluido total é administrada durante as 16 horas subsequentes 
P A lesão por inalação também aumenta a quantidade necessária de reanimação por queimadura. 
P Se a taxa de ressuscitação inicial falhar em produzir o débito urinário alvo, aumente a taxa de fluidos até que a meta de débito 
urinário seja atingida 
P Bolus de líquido devem ser evitados, a menos que o paciente esteja hipotenso 
P A ressuscitação de pacientes pediátricos queimados deve começar com 3 mL/kg /% de TBSA 
P Crianças muito pequenas (ou seja, <30 kg) devem receber fluidos de manutenção de D5LR (5% de dextrose em Ringer com 
lactato), além do fluido de reanimação para queimaduras 
P É importante entender que a sub-ressuscitação resulta em hipoperfusão e lesão de órgão-alvo. A ressuscitação excessiva resulta 
em aumento do edema, que pode levar a complicações, como progressão da profundidade da queimadura ou síndrome do 
compartimento abdominal e das extremidades 
P As disritmias cardíacas podem ser o primeiro sinal de hipóxia e anormalidades eletrolíticas ou acidobásicas; portanto, a 
eletrocardiografia (ECG) deve ser realizada para distúrbios do ritmo cardíaco 
A ressuscitação com fluidos deve começar com 2 ml de Ringer com lactato x peso corporal do paciente em kg x % de TBSA para 
queimaduras de segundo e terceiro graus 
REGRA DOS 10 
A porcentagem de ASC queimada é calculada e arredondada ao mais próximo de 10. 
Por exemplo, a queimadura de 37% seria arredondada para 40%. Depois a porcentagem é multiplicada por 10 para se obter o número de mL por 
hora de cristaloides. Assim, no exemplo anterior, o cálculo seria 40 X 10 = 400 mL por hora. 
Essa fórmula é usada para adultos pesando de 40 a 70 kg. Se o doente excede essa faixa de peso, para cada 10 kg no peso corporal além dos 70 
kg, é administrado 100 mL adicionais por hora 
TAXAS DE FLUIDOS DE RESSUSCITAÇÃO E PRODUÇÃO DE URINA ALVO POR TIPO DE QUEIMADURA E IDADE 
CATEGORIA DE 
QUEIMADURA 
IDADE E PESO TAXAS DE FLUÍDO AJUSTADAS SAÍDA DE URINA 
Chama ou escald Adultos ou crianças mais velhas (≥14) 2 ml RL x kg x % TBSA 0.5 ml/kg/hr 
30–50 ml/hr 
Crianças (<14) 3 ml RL x kg x % TBSA 1 ml/kg/hr 
Bebês e crianças 
pequenas (≤30kg) 
3 ml RL x kg x % TBSA 
Mais uma solução contendo 
açúcar na taxa de manutenção 
1 ml/kg/hr 
Lesão por eletricidade Todas idades 4 ml RL x kg x % TBSA até a 
urina limpar 
1-1.5 ml/kg/hr until urine clears 
 
ARMADILHA PREVENÇÃO 
Ressuscitação insuficiente ou excessiva 
de pacientes queimados 
▪ Titule a ressuscitação com fluido de acordo com a resposta fisiológica do paciente, 
ajustando a taxa de fluido para cima ou para baixo com base na produção de urina. 
▪ Reconhecer os fatores que afetam o volume de ressuscitação e o débito urinário, como 
lesão por inalação, idade do paciente, insuficiência renal, diuréticos e álcool. 
▪ A taquicardia é um marcador insatisfatório para ressuscitação no paciente queimado. Use 
outros parâmetros para discernir a resposta fisiológica. 
P DOCUMENTAÇÃO → um fluxograma ou outro relatório que descreve o tratamento do paciente, incluindo a quantidade de fluido 
administrado e um diagrama pictórico da área da queimadura e profundidade 
P DETERMINAÇÃO DE LINHAS DE BASE → obtenha amostras de sangue para um hemograma completo, uma gasometria arterial 
com HbCO (carboxiemoglobina), glicose sérica, eletrólitos e teste de gravidez em todas as mulheres em idade reprodutiva. 
↳ Obtenha um RX de tórax em pacientes intubados ou com suspeita de lesão por inalação de fumaça e repita as radiografias 
conforme necessário. 
↳ Outras radiografias podem ser indicadas para avaliação de lesões associadas 
P CIRCULAÇÃO PERIFÉRICA EM QUEIMADURAS DE EXTREMIDADES CIRCUNFERENCIAIS → objetivo da avaliação da circulação 
periférica em um paciente queimado é descartar a síndrome compartimental 
↳ Síndrome compartimental → resulta de um aumento da pressão dentro de um compartimento que interfere na perfusão 
das estruturas dentro desse compartimento 
▪ Essa condição resulta da combinação de elasticidade da pele diminuída e edema aumentado nos tecidos moles 
▪ Nas extremidades, a principal preocupação é a perfusão do músculo dentro do compartimento 
▪ Uma pressão de> 30 mm Hg dentro do 
compartimento pode levar à necrose muscular 
▪ Também podem se manifestar com queimaduras 
circunferenciais no tórax e abdominais, levando 
ao aumento das pressões inspiratórias máximas 
ou síndrome do compartimento abdominal 
▪ Escavotomias torácicas e abdominais realizadas ao longo das linhas axilares anteriores com uma incisão transversal na 
linha clavicular e a junção do tórax e abdômen geralmente aliviam 
↳ Para manter a circulação periférica em pacientes com queimaduras nas extremidades circunferenciais, o médico deve 
▪ Remova todas as joias e bandas de identificação ou alergia 
▪ Avalie o status da circulação distal, verificando se há cianose, enchimento capilar prejudicado e sinais neurológicos 
progressivos, como parestesia e dor no tecido profundo 
▪ A avaliação dos pulsos periféricos é melhor realizada com um fluxômetro ultrassônico Doppler 
▪ Alivie o comprometimento circulatório por escarotomia (geralmente não são necessárias nas primeiras 6 horas após 
uma queimadura) 
 Sempre tente fazer uma incisão na pele através da queimada, não na pele não queimada (se houver pele não 
queimada) 
▪ Embora a fasciotomia raramente seja necessária, pode ser necessário restaurar a circulação em pacientes com trauma 
esquelético associado, lesão por esmagamento ou lesão elétrica de alta voltagem 
P INSERÇÃO DO TUBO GÁSTRICO → insira um tubo gástrico e conecte-o a uma configuração de sucção se o paciente sentir 
náuseas, vômitos ou distensãoabdominal, ou quando as queimaduras do paciente envolverem mais de 20% do total de BSA 
P NARCÓTICOS, ANALGÉSICOS E SEDATIVOS → analgésicos narcóticos e sedativos devem ser administrados em doses pequenas e 
frequentes apenas por via intravenosa. 
↳ Lembre-se de que simplesmente cobrir a ferida diminuirá a dor 
↳ Controle a hipoxemia e a ressuscitação com fluidos inadequada antes de administrar analgésicos narcóticos ou sedativos, 
que podem mascarar os sinais de hipoxemia e hipovolemia 
SINAIS E SINTOMAS DA SÍNDROME COMPARTIMENTAL 
Dor maior do que o esperado e desproporcional ao estímulo ou lesão 
Dor no alongamento passivo do músculo afetado 
Edema intenso do compartimento afetado 
Parestesias ou sensação alterada distal ao compartimento afetado 
P TRATAMENTO DAS FERIDAS 
↳ Cobrir suavemente a queimadura com lençóis limpos diminui a dor e desvia as correntes de ar 
↳ Não quebre bolhas ou aplique um agente antisséptico 
↳ Remova qualquer medicamento aplicado anteriormente antes de usar agentes tópicos antibacterianos 
↳ Não aplicar compressas frias, pode causar hipotermia 
↳ Não aplique água fria em um paciente com queimaduras extensas (ou seja, 10% TBSA) 
↳ Deve ser protegida contra contaminação 
↳ Quando necessário, limpe uma ferida suja com solução salina estéril 
P ANTIBIÓTICOS → não há indicação de antibióticos profiláticos no período pós-queimadura 
P TÉTANO → determinação do estado de imunização antitetânica do paciente e o início do manejo adequado são muito 
importantes 
P ANALGESIA → analgésicos narcóticos como fentanila (1 mcg por kg de peso corporal) ou morfina (0,1 mg por kg de peso corporal) 
em doses adequadas serão necessários para controlar a dor 
QUEIMADURAS QUÍMICAS 
P As queimaduras ácidas causam uma necrose de coagulação do tecido circundante, o que impede a penetração do ácido em 
alguma extensão. 
P As queimaduras de álcali são geralmente mais graves do que as de ácido, pois o álcali penetra mais profundamente por necrose 
de liquefação do tecido 
P A remoção rápida do produto químico e atenção imediata ao cuidado da ferida são essenciais 
↳ Retire todas as roupas do doente, já que podem estar contaminadas com agente químico 
↳ Se o pó seco ainda estiver presente na pele, escove-o antes de irrigar com água 
↳ Em seguida, enxágue (lavagem) o doente com abundantes quantidades de água 
P Enxágue imediatamente o produto químico com grandes quantidades de água aquecida, por pelo menos 20 a 30 minutos, usando 
um chuveiro ou mangueira 
↳ Álcalis requerem mais tempo 
P Olhos → se possível, é realizada a descontaminação ocular com irrigação contínua usando a lente de Morgan 
↳ As queimaduras de álcali no olho requerem irrigação contínua durante as primeiras 8 horas após a queimadura. 
▪ Uma cânula de pequeno calibre pode ser fixada sem o sulco palpebral para irrigação 
↳ Se a lente de Morgan não estiver disponível, a irrigação contínua deve ser obtida manualmente com tubos portáteis EV 
↳ Anestésico local oftálmico, como a proparacaína, simplifica o atendimento 
P Obtenha a Folha de Dados de Segurança de Material do fabricante ou entre em contato com um centro de intoxicação para 
identificar potenciais toxicidades 
QUEIMADURAS ELÉTRICAS 
P Diferentes taxas de perda de calor de tecidos superficiais e profundos permitem que uma pele normal coexista com necrose 
muscular profunda 
P Queimaduras elétricas são frequentemente mais graves do que aparecem na superfície do corpo 
P Extremidades, particularmente dígitos, estão especialmente em risco 
P A corrente viaja dentro de vasos sanguíneos e nervos e pode causar trombose local e lesão nervosa 
P Geralmente resultam em contratura da extremidade afetada 
P Pacientes com lesões elétricas graves frequentemente requerem fasciotomias e devem ser transferidos para centros de 
queimaduras no início do curso do tratamento 
P Tratamento 
↳ Estabelecer uma via aérea e garantir oxigenação e ventilação adequadas 
↳ Colocar uma linha intravenosa 
↳ Monitoramento de ECG 
▪ A eletricidade pode causar arritmias cardíacas que podem produzir parada cardíaca 
↳ Colocar um cateter de bexiga 
P O monitoramento prolongado é reservado para pacientes que demonstram lesões por queimadura, perda de consciência, 
exposição à alta tensão (>1.000 volts) ou anormalidades do ritmo cardíaco ou arritmias na avaliação precoce 
P Como a eletricidade causa contração forçada dos músculos, os médicos precisam examinar o paciente para danos esqueléticos e 
musculares associados, incluindo a possibilidade de fratura da coluna vertebral 
P Rabdomiólise → liberação de mioglobina, que pode causar insuficiência renal aguda 
↳ A mioglobina é uma molécula encontrada no músculo que ajuda o tecido muscular no transporte de oxigênio. 
↳ Quando liberada na corrente sanguínea em quantidades consideráveis, a mioglobina é tóxica aos rins e pode causar 
insuficiência renal. 
↳ Essa condição, a mioglobinúria, é evidente pela cor de chá ou Coca-Cola da urina 
↳ Precisam de agressiva administração de fluidos para manter o débito urinário maior que 100 ml/hora em adultos ou 1 
mL/kg/hora em crianças para evitar insuficiência renal aguda 
↳ Em alguns casos é administrado bicarbonato de sódio para deixar a mioglobina mais solúvel na urina e reduzir a 
probabilidade de lesão renal; no entanto, o benefício real de evitar esta lesão permanece assunto de discussão 
P Lesões por eletricidade e por esmagamento compartilham muitas similaridades 
↳ Há uma destruição maciça de grupos musculares com resultante liberação de potássio e mioglobina 
↳ A liberação do potássio do músculo causa um aumento significativo no nível sérico, que pode resultar em arritmia cardíaca 
↳ Níveis elevados de potássio podem tornar a administração do bloqueador neuromuscular succinilcolina proibitivamente 
perigosa 
↳ Se for necessária a paralisia química do doente, como para intubação em sequência rápida, podem ser usados agentes não 
despolarizantes como vecurônio ou rocurônio 
P Cerca de 15% dos doentes com lesões por eletricidade também têm lesões traumáticas 
↳ Essa taxa é o dobro da observada em doentes queimados por outros mecanismos 
↳ As membranas do tímpano podem se romper 
↳ Contração muscular intensa e prolongada (tetanismo) pode resultar em luxação do ombro e fraturas por compressão de 
vários níveis da coluna, e também de ossos longos, e por esse motivo, doentes com lesão por eletricidade devem ter a 
coluna vertebral imobilizada 
QUEIMADURAS CIRCUNFERENCIAS 
P Do tronco ou membros podem produzir uma situação de risco à vida ou ao membro como resultado da escara espessa e 
inelástica que se forma 
P Queimaduras circunferenciais do tórax podem contrair a parede torácica a tal ponto que o doente fica sufocado devido à 
incapacidade de ventilar. 
P Queimaduras circunferenciais das extremidades criam um efeito tipo torniquete que pode deixar um braço ou perna sem pulso 
P Todas as queimaduras circunferenciais devem ser tratadas como emergência e doentes devem ser transportados a um centro de 
queimados ou para o centro de trauma local 
P Escarotomias são incisões cirúrgicas feitas através da escara da queimadura para permitir a expansão dos tecidos mais profundos 
e a descompressão das estruturas vasculares 
LESÃO POR INALAÇÃO DE FUMAÇA 
P A causa principal de morte em incêndios não é a lesão térmica, mas a inalação 
de fumaça tóxica 
P Vítimas com queimadura no rosto ou fuligem no escarro correm risco de lesão 
por inalação de fumaça; porém, a ausência desses sinais não exclui o 
diagnóstico de uma inalação tóxica 
P Há três elementos na inalação de fumaça: lesão térmica, asfixia e lesão 
pulmonar tardia induzida por toxina 
P O vapor tem 4.000 vezes mais capacidade de conduzir o calor do ar seco, e é 
capaz de queimar as vias aéreas e bronquíolos distais quando inalado 
P Dois produtos gasosos clinicamente importantes como asfixiantes são monóxido 
de carbono e cianeto de hidrogênio 
↳ Doentescom asfixia devido à fumaça que contém um ou ambos desses 
componentes terão suprimento de oxigênio insuficiente paia os tecidos, 
apesar da leitura adequada da pressão arterial ou oximetria de pulso 
P Monóxido de carbono 
↳ Doentes geralmente se queixam de sintomas leves com níveis de 10-20% 
de carboxihemoglobina 
↳ Quando os níveis excedem 50-60%, o resultado são convulsões, coma e 
morte 
↳ Oxímetros de pulso não podem ser usados para orientar reconhecimento 
ou tratamento 
↳ Ao respirar ar ambiente (21% de oxigênio), o corpo eliminará metade do 
monóxido de carbono em 250 minutos 
↳ Quando é colocado em 100% de oxigênio, a meia-vida do complexo de 
monóxido de carbono-hemoglobina é reduzida para 40 a 60 minutos 
P Cianeto de hidrogênio é produzido a partir da queima de produtos plásticos ou poliuretano 
↳ Envenena os processos celulares de produção de energia, impedindo que as células do corpo usem o oxigênio. 
↳ O doente pode morrer de asfixia apesar de ter quantidades adequadas de oxigênio no sangue 
↳ Nível alterado de consciência, tontura, dor de cabeça e taquicardia ou taquipnéia 
↳ Hidroxicobalamina (Cyanokit) desintoxica o cianeto ao se ligar diretamente a ele e formando a cianocobalamina (vitamina 
B12), que é não tóxica 
↳ Kit Lilly contém três medicações 
QUEIMADURAS DE PICHE 
P Em ambientes industriais, os indivíduos podem sofrer lesões secundárias ao piche quente ou asfalto 
P Um fator complicador é a adesão do piche à pele e infiltração na roupa, resultando na transferência contínua de calor 
P Tratamento 
↳ Resfriamento rápido do piche e cuidados para evitar mais traumas enquanto remove o piche 
↳ O mais simples é o uso de óleo mineral para dissolver o piche 
PADRÕES DE QUEIMADURA INDICANDO ABUSO 
P Queimaduras circulares e queimaduras com bordas claras e padrões únicos devem levantar suspeitas; eles podem refletir um 
cigarro ou outro objeto quente 
P Queimaduras na sola dos pés de uma criança geralmente sugerem que a criança foi colocada em água quente 
P Uma queimadura no aspecto posterior das extremidades inferiores e nádegas pode ser vista em um paciente mais velho abusado 
que foi colocado em uma banheira com água quente 
P No caso de escaldadura intencional, a criança flexionará com firmeza os braços e pernas em uma postura defensiva por motivo de 
medo ou dor. 
↳ O padrão de queimadura resultante poupa as pregas de flexão da fossa poplíteas (joelhos), a fossa antecubital (cotovelos) e 
a virilha. 
P Queimaduras de espessura parcial em mais de 10% TBSA. 
P Queimaduras envolvendo o rosto, mãos, pés, genitália, períneo e articulações principais 
P Queimaduras de terceiro grau em qualquer faixa etária 
P Queimaduras elétricas, incluindo lesão de raios 
P Queimaduras químicas 
P Lesão por inalação 
P Queimadura em pacientes com distúrbios médicos pré-existentes que possam complicar o manejo, prolongar a recuperação ou 
afetar a mortalidade (por exemplo, diabetes, insuficiência renal) 
P Qualquer paciente com queimaduras e trauma concomitante (por exemplo, fraturas) em que a lesão da queimadura representa o 
maior risco de morbidade ou mortalidade. 
P Crianças queimadas em hospitais sem pessoal qualificado ou equipamento para o cuidado de crianças 
 
 
P É a terceira maior causa de morte não intencional do mundo 
P Qualquer submersão ou imersão sem evidência de comprometimento respiratório deve ser considerada um salvamento em água, 
e não um afogamento 
P Afogamento →começa com o comprometimento respiratório quando as vias aéreas da pessoa vão para baixo da superfície da 
água ou quando a água respinga sobre o rosto 
P Submersão → corpo todo, incluindo as vias aéreas, estão abaixo da superfície da água 
P Imersão → a água respingou ou passa pelo rosto e vias respiratórias e permite que ocorra afogamento por aspiração 
P Acidentes fatais ocorreram em banheiras (10%, piscinas (18%) e locais com águas naturais (51%) 
P Incidentes não fatais e não intencionais foram mais altos em piscinas (58%) 
P As taxas de lesões não fatais e fatais foram maiores em crianças < 4 anos e para o sexo masculino em todas as idades (quase o 
dobro em comparação com o sexo feminino) 
P Para bebês e crianças pequenas, o principal fator de risco é a supervisão inadequada 
P Para adolescentes e adultos, o comportamento de risco e o uso de drogas e álcool 
P Habilidade de nadar → Homens brancos têm uma maior incidência de afogamento do que mulheres brancas, apesar de que são 
relatados como tendo uma maior habilidade de nadar. 
P Blecaute em águas rasas → em um esforço para aumentar a distância de nado embaixo d’água, alguns nadadores 
intencionalmente hiperventilam imediatamente antes de mergulhar. 
↳ Eles fazem isso em um esforço paia diminuir a PaCO2. 
↳ No entanto, esses nadadores estão em risco de incidente de submersão pois a PaO2 não se altera significativamente com a 
hiperventilação. 
↳ Como o indivíduo continua a nadar embaixo da água, a PaO2 vai reduzir significativamente e causar uma possível perda de 
consciência e hipóxia cerebral 
P Imersão acidental em água gelada → as alterações fisiológicas que ocorrem na imersão em água fria podem ter um resultado 
desastroso ou um efeito protetivo no corpo, dependendo de muitas circunstâncias. 
↳ Resultados adversos são mais comuns, provindos de colapso cardiovascular e morte súbita dentro de minutos 
P Idade → Crianças com menos de 1 ano têm a mais alta taxa de afogamento 
P Sexo → sexo masculino representa mais da metade das vítimas, com dois picos de 2 e 18 anos. 
↳ Homens mais velhos podem correr mais risco pois têm maior exposição relacionada com atividades aquáticas, maior 
consumo de álcool em locais com água e comportamento mais arriscado 
P Raça → Crianças afrodescendentes tendem a se afogar mais 
P Localização → Incidentes de submersão acontecem tipicamente em piscinas domésticas e no mar, mas também 
acontecem em baldes 
↳ Casas em áreas rurais com poços abertos aumentam o risco de uma criança se afogar em sete vezes. 
P Drogas e álcool 
P Doença ou trauma pré-existente → Hipoglicemia, infarto do miocárdio, disritmia cardíaca, depressão, pensamentos suicidas e 
síncopes, epilepsia 
P Abuso infantil → particularmente em banheiras. 
↳ É altamente recomendável que qualquer incidente de submersão de criança em banheira seja relatado paia os serviços 
sociais locais para investigação apropriada. 
P Hipotermia → O afogamento pode resultar diretamente de imersão prolongada que leva à hipotermia. ( 
↳ Hipotermia é definida como uma temperatura interna < 36°C. 
↳ Imersão em água permite uma rápida perda de calor do corpo na água que está geralmente mais fria 
P Começa com uma situação que cria pânico → retenção da respiração → falta de ar → ↑atividade física em um esforço para ficar 
na superfície d'água. 
P As vítimas de submersão são raramente vistas gritando ou abanando por ajuda enquanto lutam para ficar na superfície da água. 
↳ Pelo contrário, são vistas flutuando na superfície ou em uma posição sem movimento, ou ainda mergulham e não voltam a 
superfície. 
P Conforme continua → esforço inspiratório reflexo traz água para a faringe e laringe → resposta de engasgo e laringoespasmo. 
↳ O início do laringoespasmo representa o primeiro passo para o sufocamento e hipóxia cerebral → perda de consciência e 
P Afogamentos secos → laringoespasmo severo evita a aspiração de fluidos nos pulmões. 
P Afogamentos molhados (85%) → o laringoespasmo relaxa, a glote abre e a vítima aspira água para o pulmão 
P Água doce → o fluido hipotônico entra no pulmão e se move pelos alvéolos para o espaço intravascular, causando uma 
sobrecarga de volume e um efeito de diluição dos eletrólitos séricos e outros componentes séricos. 
P Água salgada → o fluido hipertônico entra no pulmão, que por sua vez causa a entrada de mais fluido do espaço 
intravascular no pulmão pelos alvéolos,causando edema pulmonar e hipertonicidade dos eletrólitos séricos. 
P Não há diferenças reais entre o afogamento seco ou molhado e entre aspiração de água doce e salgada. 
P O processo inteiro de afogamento desde a imersão ou submersão até a hipoxemia, a apneia, a perda de consciência que leva à 
parada cardíaca, a atividade elétrica sem pulso e a assistolia geralmente ocorre em segundos até alguns minutos 
P Há quatro fases que descrevem a resposta do corpo e os mecanismos da morte durante a imersão em água fria. 
P Essas fases se relacionam com o princípio 1-10-1 
P Imersão inicial e a resposta do choque ao frio → vítima tem 1 minuto para controlar a respiração. 
P Imersão de curto prazo e a perda da performance → vítima tem 10 minutos de movimento significativo para sair da água. 
P Imersão de longo prazo e o início da hipotermia → vítima tem até 1 hora até ficar inconsciente devido a hipotermia. 
P Colapso no período de resgate, logo antes, durante ou logo depois do resgate → se a vítima sobrevive as primeiras três fases, 
até 20% pode experimentar esse tipo de colapso durante o resgate. 
P Em cada uma dessas fases, existe uma grande variação individual 
P Mortes ocorreram durante todas as fases de imersão. 
P Em casos raros de submersão prolongada - um caso de 66 minutos - os pacientes chegaram ao hospital com hipotermia grave e 
se recuperaram com função neurológica parcial ou total. 
↳ Não existem explicações para casos assim, mas a hipotermia parece ser protetiva. 
↳ A imersão em água fria pode levar à hipotermia dentro de 1 hora por causa do aumento da perda de calor da superfície e 
resfriamento interno. 
↳ Além disso, engolir ou aspirar água fria pode contribuir para o resfriamento rápido. 
↳ O rápido início da hipotermia durante o afogamento em água doce pode resultar do resfriamento interno causado por 
aspiração pulmonar e rápida absorção de água fria e subsequente resfriamento do cérebro. 
P Outro fator que pode explicar porque algumas crianças sobrevivem é reflexo mamífero de mergulho. 
↳ O reflexo ↓frequência cardíaca, desvia sangue para o cérebro e fecha a via aérea. 
↳ Está ativo em apenas 15% a 30% de sujeitos humanos, portanto enquanto não pode ser considerada a única explicação 
P Fatores que parecem influenciar o resultado 
↳ Idade → a menor massa corporal da criança resfria mais rapidamente do que um adulto, permitindo assim menos formação 
de subprodutos perigosos do metabolismo anaeróbico e causando menos dano irreversível 
↳ Tempo de submersão → submersão por mais de 66 minutos é, provavelmente, fatal. 
↳ Temperatura da água → Temperaturas ≤ 21,1°C são capazes de induzir hipotermia. Quanto mais fria a água, melhor a 
chance de sobreviver, provavelmente por causa da rápida redução da temperatura do cérebro e do metabolismo quando o 
corpo é resfriado rapidamente. 
↳ Esforço → vítimas de submersão que lutam menos têm uma melhor chance de reanimação (a não ser que seus esforços 
sejam bem-sucedidos em evitar o afogamento). 
▪ Menos esforço significa menos liberação de hormônios (p.ex. epinefrina) e menos atividade muscular 
▪ Isso se traduz em menor produção de calor (energia) e menor vasodilatação. 
▪ Esses fatores por sua vez causam uma ↓demanda muscular por oxigênio, que resulta em um menor déficit de oxigênio 
muscular e menor produção de dióxido de carbono e ácido lático. 
▪ Portanto, a taxa de resfriamento do paciente é elevada, o que pode melhorar as chances de reanimação. 
↳ Limpeza da água 
↳ Qualidade do RCP e dos esforços de reanimação 
↳ Lesões ou doenças associadas 
P Alcance → tente realizar o resgate com um mastro, uma vara ou um remo, ou qualquer coisa que mantenha o socorrista em terra 
ou em um barco 
P Jogue → quando não for possível alcançar, jogue alguma coisa para a vítima, um salva-vidas ou uma corda. 
P Reboque → uma vez que a vítima tenha uma corda de resgate, reboque-a para um local seguro. 
P Reme → se for necessário entrar na água, é preferível usar um barco ou uma prancha para chegar até a vítima e usar um 
dispositivo de flutuação pessoal se for entrar na água com um barco ou nadando 
P Atendimento básico (BLS) e avançado (ALS) precoces são cruciais. 
P Durante o afogamento, uma redução 10°C da temperatura do cérebro ↓consumo de ATP em 50%, dobrando o tempo de 
sobrevivência do cérebro. 
P Quanto maior a duração da submersão, maior o risco de morte ou comprometimento neurológico grave depois da alta do 
hospital: 
P Sinais de lesão do tronco cerebral prediz morte ou comprometimento e déficit neurológico grave 
1. Prevenir lesões ao paciente e aos socorristas de emergência 
2. Iniciar imediatamente os planos de extração da água e transporte para o departamento de emergência 
3. Conduzir um resgate seguro na água (considere uma causa possivelmente relacionada com mergulho e a necessidade de 
imobilização da coluna). 
4. Devido a hipóxia, avalie os ABCs (vias aéreas, respiração, circulação) usando a abordagem tradicional 
5. Reverta a hipóxia e a acidose inicialmente com 5 ventilações de resgate, seguido de 30 compressões torácicas e continue 
com 2 ventilações depois disso (30:2). 
6. Fique atento para regurgitação, que é a complicação mais comum observada durante a ventilação de resgate (65%) e 
durante RCP (86%). 
7. Restaure ou mantenha a estabilidade cardiovascular. 
8. Previna maior perda de calor e inicie os esforços de reaquecimento de pacientes hipotérmicos. 
P Inicialmente, é mais seguro presumir que os pacientes de submersão estão hipóxicos e hipoténuicos 
P Uma vez em terra, o paciente deve ser colocado em uma posição supina com o tronco e a cabeça na mesma posição, que é 
geralmente paralelo a margem. 
P Verifique se ele responde e continue a realizar ventilações de resgate conforme necessário. 
P Se o paciente está respirando, coloque-o em uma posição de recuperação e monitore a respiração e o pulso. 
P Rapidamente avalie o paciente para outros riscos de vida e examine a cabeça e a coluna cervical, particularmente se há suspeita 
de trauma associado com incidente de submersão 
P Avalie os sinais vitais e todos os campos do pulmão de pacientes de submersão pois eles podem apresentar uma variedade de 
problemas pulmonares como falta de ar, estertores, roncos e chiado no peito. 
P Pacientes de submersão podem não apresentar sintomas inicialmente e depois deteriorar rapidamente com sinais de edema 
pulmonar. 
P Avalie a saturação de oxigênio e monitore os níveis de dióxido de carbono ao final da expiração. 
P Avalie os distúrbios no ritmo cardíaco → pois pacientes de submersão frequentemente tem disritmias secundárias a hipóxia e 
hipotermia. 
P Avalie o estado mental e a função neurológica de todas as extremidades → pois muitos pacientes de submersão desenvolvem 
danos neurológicos sustentados. 
P Determine o nível de glicose → pois a hipoglicemia pode ser a causa do incidente de submersão. 
P Adquira o escore da escala de Glasgow (GCS) 
P Sempre suspeite de hipotermia e minimize a perda de calor. 
P Remova todas as roupas molhadas e avalie a temperatura retal 
P Variáveis preditivas de um resultado mais favorável 
↳ Crianças ≥ 3 anos 
↳ Sexo feminino 
↳ Temperatura da água < 10°C 
↳ Duração da submersão < 10 minutos 
↳ Sem aspiração 
↳ Tempo para um atendimento básico < 10 minutos 
↳ Retorno rápido do débito cardíaco espontâneo 
↳ Débito cardíaco espontâneo na chegada ao departamento de 
emergência 
↳ Temperatura interna < 35°C 
↳ Paciente não está em coma na chegada e escore GCS > 6 
↳ Resposta das pupilas presente 
P Um paciente que passou por alguma forma de incidente de submersão, mas que não apresenta nenhum sinal ou sintoma no 
momento da primeira avaliação ainda assim necessita acompanhamento no hospital depois da avaliação no local pois há a 
possibilidade de sintomas tardios. 
P Em geral, todos os pacientes assintomáticos são admitidos no hospital por pelo menos 24horas para atendimento de apoio e 
observação pois a avaliação clínica inicial pode ser enganosa 
P Todos os pacientes devem receber oxigênio de alto fluxo (15 litros/minuto) independentemente de seu estado respiratório 
inicial ou saturação de oxigênio, baseado na preocupação por insuficiência pulmonar tardia 
P Monitore e mantenha a taxa de saturação de oxigênio do paciente acima de 90%. 
P Aplique e monitore o ECG, particularmente para atividade elétrica sem pulso ou assistolia. 
P Obtenha acesso intravenoso (IV) e administre soro (NS) ou solução de ringer lactato (LR) em taxa KVO a não ser que o paciente 
seja hipotensivo, nesse caso administre bolus de 500 ml de fluido e reavalie os sinais vitais. 
P Transporte todos os pacientes de submersão para o departamento de emergência para avaliação. 
P Um paciente sintomático com histórico de submersão que apresenta sinais de desconforto (p.ex. ansiedade, respiração rápida, 
dificuldade de respirar, tosse) é considerado como tendo lesão pulmonar até que a avaliação do hospital prove o contrário 
P Deve-se enfatizar a correção da hipóxia, da acidose e da hipotermia. 
P Todos os pacientes com suspeita de trauma devem ser colocados em imobilização espinhal. 
P Em pacientes que não respondem, use sucção para limpar as vias aéreas e mantenha as vias abertas com um adjunto de vias 
aéreas. 
P Pacientes que são apneicos devem ser tratados com ventilação bolsa máscara. 
P A intubação deve ser considerada cedo para proteger as vias aéreas dos pacientes que estão apneicos ou cianóticos ou que 
tenham estado mental reduzido 
↳ Pois pacientes de submersão engolem grande quantidade de água e correm risco de vomitar e aspirar conteúdo estomacal. 
REANIMAÇÃO DO PACIENTE 
P Início rápido dos procedimentos básicos (BLS) ou avançados (ALS) padrão para pacientes de submersão com parada 
cardiopulmonar está associado com uma melhor chance de sobrevivência 
P Quando o resgate na praia (ou qualquer outro local) envolver um terreno inclinado, não se recomenda colocar o paciente em 
uma posição com a cabeça pra baixo (ou para cima) num esforço de retirar a água das vias aéreas. 
↳ Os esforços de reanimação têm mais êxito quando o paciente é colocado em posição supina no chão, paralelo a água, com 
ventilação efetiva e compressões torácicas. 
↳ Manter a posição nivelada no chão vai prevenir uma redução no fluxo sanguíneo direto durante as compressões torácicas 
que ocorre na posição com a cabeça para cima ou aumento da pressão intracraniana na posição com a cabeça para baixo. 
P Use o protocolo médico de emergência (EMS) regional para estabelecer as diretrizes que determinam os critérios para um 
indivíduo obviamente morto. 
↳ Diretrizes aceitáveis para vítimas obviamente mortas são uma temperatura retal normal em um paciente que apresenta 
assistolia, apneia, lividez post mortem, rigonortis ou outras lesões incompatíveis com a vida. 
↳ Um paciente que foi resgatado de água morna sem sinais vitais ou no qual os esforços de reanimação de 30 minutos não 
tiveram êxito podem ser considerados mortos no local

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