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Lesões Térmicas

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― ―
VIA AÉREA 
 Queimadura pode resultar em edema que 
pode causar obstrução da via aérea superior. 
 Aumentam o risco de obstrução: 
profundidade e extensão de queimaduras 
maiores, queimaduras na cabeça e na face, lesões 
inalatórias e queimaduras no interior da boca. 
 Crianças tem maior risco de problemas na 
via aérea. 
✓ Lesão por inalação: 
o Indicadores clínicos: queimaduras 
faciais e/ou cervicais; 
chamuscamento dos cílios e 
vibrissas nasais; depósitos de 
carbono na boca e/ou nariz e 
expectoração carbonácea; 
alterações inflamatórias agudas na 
orofaringe, incluindo eritema; 
rouquidão, confusão mental e/ou 
confinamento no local do incêndio; 
explosão com queimaduras de 
cabeça e tronco; níveis sanguíneos 
de carboxi-hemoglobina maiores 
que 10% se o doente foi envolvido 
em incêndio. 
o Sempre transferir para centro de 
queimados e se for demorar a 
transferência já intubar antes do 
transporte. 
o Estridor é indicação IMEDIATA para 
intubação. 
o Queimaduras circunferenciais do 
pescoço indica intubação precoce. 
 
INTERRUPÇÃO DO PROCESSO DE 
QUEIMADURA 
 Remover toda a roupa exceto a que estiver 
aderida à pele. Qualquer roupa impregnada com 
substância química deve ser removida com 
cuidado. 
 Pós químicos – secos – devem ser 
removidos da ferida com escova de forma delicada 
e com cuidado para o socorrista não entrar em 
contato com a substância química. 
 Enxaguar a superfície corporal 
comprometida, com água corrente. 
 Cobrir o doente com lençóis quentes, 
limpos e secos para evitar hipotermia. 
 Joias também devem ser retiradas para 
interromper processo de queimadura e prevenir 
constrição por edema. 
 
ACESSOS VENOSOS 
 Pacientes com queimaduras > 20% do 
corpo necessitam de reposição de volume. 
 Cateter de grosso calibre (no mínimo 16 G) 
introduzido em veia periférica. 
 Se não der em pele íntegra, fazer na parte 
queimada. 
 Membros superiores são preferíveis. 
 Iniciar a infusão com solução cristaloide 
isotônica, preferencialmente com Ringer Lactato. 
 
HISTÓRIA 
 Pode haver lesões associadas durante 
tentativas de escapar do fogo. 
 Explosões podem arremessar o paciente e 
provocar fraturas ou lesões internas. 
 Essencial determinar o momento em que 
ocorreu a queimadura. 
 Se em ambiente fechado: suspeitar de 
lesão por inalação e lesão cerebral anóxica se 
houver associação com perda de consciência. 
 Interrogar doenças pré-existentes, uso de 
medicamentos, alergia ou hipersensibilidade. 
 Atentar-se à tentativa de suicídio por 
queimaduras. 
 Investigar o estado de imunização contra o 
tétano. 
 
ÁREA DE SUPERFÍCIE CORPORAL 
 A regra dos 9 determina extensão da 
queimadura. 
 
 
 
PROFUNDIDADE DA QUEIMADURA 
✓ PRIMEIRO GRAU: queimadura solar. 
Eritema, dor e ausência de bolhas. Em risco 
à vida e geralmente não precisa de repor 
fluidos. 
✓ SEGUNDO GRAU/ESPESSURA PARCIAL: 
aparência vermelha ou mosqueada com 
edema e bolhas. A superfície pode parecer 
lacrimejante ou úmida e é hipersensível à 
dor intensa até mesmo às correntes de ar. 
 
 
 
✓ TERCEIRO GRAU/ESPESSURA TOTAL: 
escuras e aparência de couro. pele pode 
estar translúcida ou com aspecto de cera. 
superfície indolor, seca, vermelha e não 
mudar a cor conforme compressão local. 
Pouco edema no local mas edema 
significativo ao redor. 
 
 
 
VIA AÉREA 
 Avaliação da via aérea e tratamento 
definitivo: história de confinamento em ambiente 
fechado durante incêndio e sinais sugestivos de 
lesão precoce da via aérea. 
 
VENTILAÇÃO 
 Via aérea inferior está associada a inalação 
de vapor superaquecido ou de gases inflamáveis. 
✓ Preocupações: 
o Hipóxia: pode estar relacionada a 
lesão inalatória, ventilação 
inadequada por queimaduras 
circunferenciais no tórax ou lesões 
traumáticas torácicas. Administrar 
oxigênio suplementar. 
o intoxicação por monóxido de 
carbono: diagnóstico pela história 
de exposição e medida direta de 
carboxi-hemoglobina. Níveis 
elevados podem levar a cefaleia e 
náusea, confusão, coma e morte. 
Deve-se receber desde o início 
oxigênio em alto fluxo através de 
máscara unidirecional sem 
recirculação. 
o lesão por inalação de fumaça: 
acúmulo de partículas de fumaça 
nos bronquíolos distais, levando a 
lesão e morte das células da 
mucosa brônquica, levando 
aumento da permeabilidade 
capilar, que resulta em disfunção 
da difusão de oxigênio. As células 
necrosadas tendem a obstruir a via 
aérea. A obstrução com a 
diminuição da habilidade de evitar 
infecções levam a aumento do risco 
de pneumonia. CRITÉRIOS 
DIAGNÓSTICOS: exposição a 
agente combustível + sinais de 
exposição à fumaça na via aérea 
inferior, abaixo das cordas vocais, 
pela broncospia. Realizar RX de 
tórax e gasometria arterial. Pré-
oxigenação e então intubação 
endotraqueal e ventilação 
mecânica. Determinar gasometria 
arterial – medir valores iniciais de 
carboxi-hemoglobina e administrar 
oxigênio a 100%. Se queimaduras 
no tórax dificultar sua expansão = 
escarotomia. 
 
–
VELOCIDADE E TIPO DE LÍQUIDOS A 
SEREM ADMINISTRADOS 
 Obrigatória a sondagem vesical para a 
monitoração horária do débito urinário para avliar 
o volume sanguíneo circulante. 
 O doente queimado precisa de 2 a 4 mL de 
ringer lactato por kg de peso corporal por 
porcentagem de área de superfície corporal com 
queimaduras de segundo e terceiro grau. 
 Volume de líquido estimado: metade do 
volume total estimadonas primeiras 8 horas após 
a queimadura sendo o restante administrado nas 
16 horas seguintes. Ex: um homem de 100 Kg com 
80% de ASC queimada necessita de 2 a 4 x 80 x 100 
= 1 6.000 a 32.000 mL em 24 horas. Metade, 8.000 
a 16.000 mL, devem ser infundidos nas primeiras 
8 horas; portanto, o doente deve receber 1 .000 a 
2.000 mL/h. analisar a quantidade sempre em 
relação ao débito urinário de 0,5ml/kg/hr em 
adultos e 1ml/kg/hr em crianças < 30kg. 
 
EXAME FÍSICO 
 Estimar a extensão e profundidade da 
queimadura, avaliar lesões associadas e peso do 
doente. 
DOCUMENTAÇÃO 
 Registrar o tratamento ministrado em 
folha de registro que deve acompanhar o paciente 
nas transferências. 
EXAMES INICIAIS PARA 
QUEIMADURAS GRAVES 
✓ hemograma 
✓ tipagem e provas cruzadas 
✓ carboxi-hemoglobina 
✓ glicemia 
✓ eletrólitos 
✓ teste de gravidez 
✓ gasometria e dosagem de HbCO 
✓ rx de tórax em pacientes intubados ou com 
suspeita de lesão por inalação 
MANUTENÇÃO DA CIRCULAÇÃO 
PERIFÉRICA EM QUEIMADURAS 
CIRCUNFERENCIAIS DE 
EXTRAMIDADES. 
 Excluir síndrome compartimental, causada 
pelo aumento da pressão dentro do 
compartimento muscular, o que interfere na 
perfusão das estruturas dentro desse 
compartimento. Pressão compartimental > 
30mmHg pode causar necrose do músculo. Sinais: 
piora da dor com movimentação passiva, tensão 
do membro, dormência, ausência de pulso. 
 Para aliviar a sd compartimental pode-se 
fazer escarotomia torácica e abdominal abaixo das 
linhas axilares anteriores combinada com incisão 
na transição toracoabdominal. 
 Para manutenção da circulação periférica: 
✓ remover joias; 
✓ avaliar circulação distal: cianose, 
enchimento capilar lento, sinais 
progressivos de comprometimento 
neurológico – parestesia e dor, US 
Doppler para avaliar pulsos. 
✓ Escarotomia (sempre avaliada por 
cirurgião) 
✓ Fasciotomia pode ser indicada para 
restaurar circulação se trauma 
ósseo associado, lesões por 
esmagamento, com lesão elétrica 
de alta voltagem ou com 
queimaduras acometendo tecidos 
abaixo da aponeurose. 
SONDAGEM GÁSTRICA 
 Colocada e mantida em sucção se náusea, 
vômito, distensão abdominal ou se queimadura 
em mais de 20% da área de superfície corporal. 
NARCÓTICOS, ANALGÉSICOS E 
SEDATIVOS 
 Devem ser administrados em doses 
pequenas e frequentes apenas por via EV. Eles 
podem mascarar sinais de hipoxemia ou 
hipovolemia. 
CUIDADOS COM A FERIDA 
 Cobrir a área queimada com pano limpo 
aplicado delicadamente. 
 Não romper bolhas ou aplicar 
antissépticos. 
 Compressas frias podem causar 
hipotermia. 
 Não usar água fria se acometimento> 10%. 
 
✓ Esfriar a área queimada com água fria – 
nunca usar gelo. 
✓ Cobrir a área com pano limpo 
✓ Remover joias 
✓ Administrar 4ml/kg/h (1/2 nas primeiras 8 
hrs, e 1/2 nas próximas 16 hrs) ringer 
lactato aquecido com o objetivo da PAM > 
70 mmHg e diurese de 0,5 a 1 ml/kg/h. 
✓ Terapia nutricional de 2 a 3/g/kg/dia. 
✓ Pode ser usado antimicrobianos tópicos 
como prata. 
 Queimadura por álcalis são mais sérias do 
que por ácidos. 
 Deve-se remover o produto 
imediatamente. 
 São influenciadas por: duração do contato, 
concentração de produto e quantidade. 
 Se tiver pó seco, retirar com escova antes 
de irrigar com água. 
 Deve-se usar grande quantidade de água 
usando ducha ou mangueira por 20 a 30 minutos. 
 Queimaduras dos olhos por álcalis exige 
irrigação contínua durante as primeiras 8 hrs a 
queimadura. 
 
TRATAMENTO 
✓ Enxaguar o local em água corrente por pelo 
menos 20 minutos 
✓ Remover joias e outros artefatos 
✓ Remover resíduo de roupa contaminada 
com o agente químico 
 
 Geralmente são mais graves do que 
aparentam ser por inspeção externa. 
 Frequentemente há necessidade de 
fasciotomia. 
 Atendimento imediato: atenção à via aérea 
e respiração, estabelecimento de acesso venoso 
em membro não afetado, monitoração 
eletrocardiográfica, sondagem vesical de demora. 
 Deve-se procurar lesões 
musculoesqueléticas associadas inclusive 
vertebromedulares. A rabdomiólise pode liberar 
mioglobina e causar insuficiência renal aguda, por 
isso, não se deve esperar confirmação laboratorial 
para tratar a mioglobinúria. Deve-se administrar 
líquidps para garantir diurese de no mínimo 
100ml/hr no adulto ou 2ml/kg em crianças < 30 kg. 
 Se acidose metabólica: manter perfusão 
adequada. 
 
TRATAMENTO 
✓ Não tocar na vítima 
✓ Desligar a corrente elétrica 
✓ Encaminhar para o serviço médico mais 
próximo

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