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PC 1 SA RA IV A AP RO VA É UM P RO DU TO ED ITO RA S AR AI VA . T OD OS O S DI RE ITO S RE SE RV AD OS . 00 6- V1 DI RE ITO P RO CE SS UA L C IV IL DIREITO PROCESSUAL CIVIL Litisconsórcio (CPC/15 – arts. 113 a 118) § REVISA Verifi ca-se quando há mais de um sujeito em pelo menos um dos polos, ou nos dois polos do mesmo processo. Havendo litisconsórcio, ocorre cumulação subjetiva de ações. O litisconsórcio se fundamenta nos princípios da economia processual e harmo- nia dos julgados, pois há situações que dizem respeito a várias pessoas e devem ser decididas em um julgamento único, evitando soluções con�litantes sobre a mesma matéria e condições de fato. Classifi cação Quanto à posição dos litisconsortes Ativo Quando há pluralidade de autores. Passivo Quando há pluralidade de réus. Misto Quando há pluralidade de autores e réus. Quanto ao momento de sua formação Inicial Quando formado desde o início do processo, com a petição inicial. Ulterior Quando formado ao longo do processo . Quanto à obrigatoriedade da sua formação Facultativo Formação autorizada pela lei. Necessário Formação imposta pela lei em razão de peculiaridades do direito material ou da natureza da relação jurídica controvertida. Quanto à decisão Simples Quando o juiz não estiver obrigado a decidir de manei- ra uniforme para todos os litisconsortes. Unitário Quando a sentença deve ser necessariamente igual para todos os litisconsortes (art. 116 do CPC/2015). * De OLHO na PROVA Muito comum na prática, a pluralidade de partes demanda conhecimento específi co e domínio de suas implicações. A banca da FGV tem abordado o tema com frequência nos exames da OAB, com ênfase ao litisconsórcio necessário, simples e unitário. PC SA RA IV A AP RO VA É UM P RO DU TO ED ITO RA S AR AI VA . T OD OS O S DI RE ITO S RE SE RV AD OS . 00 6- V1 2 O litisconsórcio facultativo vem regrado no art. 113 do CPC, cujo rol é taxativo, ou seja, o litisconsórcio facultativo é admitido apenas nestas hipóteses: c��à놇臽 quando houver entre as pessoas comunhão de direitos ou obrigações relativa- mente à lide, como ocorre no caso de solidariedade (devedor principal e avalis- ta de uma operação, por exemplo); c��à놇臽 quando entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir (vários condôminos de um mesmo edifício incomodados com o barulho de um vizinho, por exemplo); c��à놇臽 quando ocorrer afi nidade de questões por ponto comum de fato ou de direito (ação derivada de um mesmo acidente de veículo com vários autores e vários réus, por exemplo). O litisconsórcio facultativo pode ser ativo e passivo, sendo sempre inicial e nunca ulterior. Litisconsórcio multitudinário é aquele com número excessivo de litisconsortes, o que pode comprometer a rápida solução do litígio, ou difi cultar a defesa ou o cum- primento da sentença. Nessa hipótese o juiz pode limitar o número de litisconsortes. O litisconsórcio necessário, por sua vez, deve, como a própria denominação diz, necessariamente se verifi car, sob pena de não poder ser proferida sentença de mérito. Ele ocorre: c��à놇臽 por força de lei: imposto de forma direta pela lei (ex.: ações reais imobiliárias con- tra cônjuges); c��à놇臽 como decorrência da relação jurídica material em contraditório, quando a efi - cácia da solução dependa da presença de todos os sujeitos no processo. Se todos os litisconsortes necessários não tiverem sido chamados a integrar o processo, a decisão de mérito será nula, se for o caso de unitário, a decisão de mérito será ineficaz em relação àqueles que não foram citados. Na hipótese de litisconsórcio passivo necessário, caso o autor não requeira a cita- ção de todos os litisconsortes, o juiz, a qualquer tempo, determinará que ele o faça, no prazo que fi xar, sob pena de a ação ser extinta. O art. 116 do CPC trata do litisconsórcio unitário, defi nindo a situação que leva a essa unitariedade, ou seja, à necessidade de que a sentença seja igual para todos os litisconsortes, o que decorre da natureza da relação jurídica. Como observa Eduardo Arruda Alvim, “a hipótese é de litisconsórcio unitário se os litisconsortes tiverem de ter a mesma sorte no plano do direito material”, assim, em que pese a pluralidade de pessoas em um ou ambos os polos da ação, há uma só lide. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DOS LITISCONSORTES Embora ocupem a mesma posição no processo, os litisconsortes são considerados como litigantes distintos na relação com a parte contrária. Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão benefi ciar. PC SA RA IV A AP RO VA É UM P RO DU TO ED ITO RA S AR AI VA . T OD OS O S DI RE ITO S RE SE RV AD OS . 00 6- V1 3 Natural a exceção feita à hipótese de litisconsórcio unitário, o que ocorre pela unida- de da relação de direito material subjacente ao processo, o que importa em unidade de resultado para os diversos litisconsortes, ou seja, todos terão a mesma sorte. Consequência do princípio da autonomia dos litisconsortes, os atos e as omissões de cada um deles só podem benefi ciar o outro, mas não podem prejudicá-lo. Reflexo também da autonomia dos litisconsortes, cada um deles tem direito de dar andamento ao processo, sendo que todos serão intimados dos atos que cada um praticar. OUTRAS REGRAS SOBRE O LITISCONSÓRCIO O inciso I do art. 345 do CPC afasta a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor quando pelo menos um dos litisconsortes apresentar contestação. Dispõe o caput do art. 391 do CPC que a confi ssão judicial somente faz prova con- tra o confi tente, não prejudicando o litisconsorte. No que tange à interposição de recurso, estabelece o art. 1.005 do CPC que o re- curso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, a não ser que sejam dis- tintos ou opostos os seus interesses. Pela regra do art. 229 do CPC, quando os litisconsortes forem representados por advogados diferentes, pertencentes a escritórios diferentes, os prazos para qualquer manifestação serão contados em dobro, exceto quando se tratar de processo eletrôni- co, ou, sendo dois os litisconsortes passivos, um deles for revel. /Referências BIBLIOGRÁFICAS ARRUDA ALVIM, Eduardo. Notas sobre o litisconsórcio no Direito Processual Civil Brasileiro. In: <http://www.arrudaalvimadvogados.com.br/visualizar-artigo.php?artigo=6&data=30/01/201 1&titulo=notas -sobre-o-litisconsorcio-no-direito-processual-civil-brasileiro>. Acesso em: 9 ago. 2016. BUENO, Cassio Scarpinella. Manual de Direito Processual Civil: inteiramente estruturado à luz do novo CPC – Lei n. 13.105, de 16-3-2015. São Paulo: Saraiva, 2015. WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; CONCEIÇÃO, Maria Lúcia Lins; SILVA RIBEIRO, Leonardo Ferres da; TORRES DE MELLO, Rogerio Licastro. Primeiros comentários ao Novo Código de Processo Civil: artigo por artigo. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015. LENZA, Pedro [et al.].OAB Esquematizado: primeira fase. 3.ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. (coleção Esquematizado ®). Vol. único.
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