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Trabalho Litisconsórcio - DPCI

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2
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	CONCEITO	5
3.	CLASSIFICAÇÃO	6
3.1.	Quanto à posição ocupada no processo	7
3.2.	Quanto ao momento de sua formação	7
3.3.	Quanto ao conteúdo da sentença	8
3.4.	Quanto à obrigatoriedade de participação no feito	10
4.	PRINCIPIO DA AUTONOMIA DOS LITISCONSORTES	13
5.	INTERVENÇÃO IUSSU IUDICIS	16
6.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	19
7.	REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	20
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo a análise e a elucidação do instituto processual litisconsórcio, que está previsto no ordenamento processual brasileiro e, como veremos adiante, nada mais é que a pluralidade de partes no processo. Tal tema é enfrentado diariamente pelos operadores do direito, tanto pelos advogados, quanto pelos magistrados e membros do Ministério Público, portanto, seu exame e compreensão são imprescindíveis no estudo do direito processual civil brasileiro.
Por estar disciplinado e possuir poucos artigos, tal instituto aparenta ser simples e de fácil compreensão. Contudo, a relação envolvendo os sujeitos do processo tem implicações em toda a sistemática civil, razão pela qual merece ser estudada com destaque.
Diante disso, serão amplamente analisadas suas conceituações, com base nos estudos de renomados doutrinadores processualistas, bem como sua constituição na legislação processual, abarcando também seus escopos e o fim social de sua aplicabilidade ao caso concreto. 
Com base na doutrina, também será estudada sua classificação, assim como a aplicabilidade de cada espécie de litisconsórcio, suas diferenças, semelhanças e também particularidades de cada uma delas. 
Ademais, será explanada a importância do princípio da autonomia dos litisconsortes no processo civil, segundo o qual os réus ou autores integrantes do mesmo polo da ação, devem ser tratados como partes distintas em suas relações com a parte adversa.
Por fim, será analisada a aplicabilidade da intervenção iussu iudicis, que é o instituto que permite a atuação de ofício de chamar terceiro ao processo, desde que se acredite na conveniência dessa medida.
2. CONCEITO
O litisconsórcio pode ser definido como o fenômeno processual em que há pluralidade de partes em um litígio. Este instituto processual está disciplinado nos arts. 113 a 118, correspondentes ao Título II do Livro III da Parte Geral do Código Processual Civil de 2015. No litisconsórcio duas ou mais pessoas podem litigar em conjunto no mesmo processo, seja no polo passivo, ativo ou em ambos. 
Litisconsórcio é a existência de mais de uma parte em pelo menos um dos polos do mesmo processo. Mais de um autor, mais de um réu, ou, ainda, mais de um autor ou mais de um réu concomitantemente. (BUENO, 2019, p. 189).
Normalmente, quando há questões a serem resolvidas antes do mérito, a respeito de uma causa, ou objeto litigioso único, há apenas um autor litigando contra apenas um réu. Em tal situação não há pluralidade de partes, havendo apenas uma pessoa no polo ativo e passivo do processo.
Portanto, o litisconsórcio é a situação processual em que duas ou mais pessoas litigam em juízo, como autores (litisconsórcio ativo) ou réus (litisconsórcio passivo). Se ocorrerem simultaneamente os litisconsórcio ativo e passivo, diz-se se tratar de litisconsórcio misto. É importante ressaltar que o litisconsórcio não implica na pluralidade de processos, desse modo, o processo permanece um só.
A etimologia da palavra litisconsórcio vem de consórcio, que significa pluralidade de partes, e lide que é o pleito judicial, ou seja, se trata “de pessoas que agem em conjunto numa determinada demanda” como define Olavo de Oliveira Neto, 2016, p. 373. Na defesa de interesses comuns, várias pessoas interessadas se reúnem num mesmo processo, na qualidade de autores ou réus, formando um litisconsórcio. As partes do processo são denominadas litisconsortes. 
O que justifica o cúmulo subjetivo, in casu, é o direito material disputado tocar a mais de um titular ou obrigado, ou é a existência de conexão entre os pedidos formulados pelos diversos autores ou opostos aos diversos réus. (THEODORO JÚNIOR, 2019, p. 351).
De acordo com a definição de João Batista Lopes (2008 apud OLIVEIRA NETO, 2016, pp. 373-374) “Litisconsórcio é, pois, o vinculo que se estabelece entre duas ou mais pessoas que ocupam, num mesmo processo, a posição de autores ou réus.”. 
O cúmulo objetivo, como ocorre no litisconsórcio por afinidade de questões, hipótese em que cada um dos litisconsortes deduz sua própria pretensão. De acordo com o Código de Processo Civil, art. 113, as razões que justificam o litisconsórcio são: a) existir comunhão de direitos ou obrigações relativamente à lide, ou seja, quando duas ou mais pessoas possuem o mesmo bem jurídico ou têm o dever da mesma prestação; b) conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; c) ou ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
No tocante ao seu escopo, Cassio Scarpinella Bueno sustenta que o litisconsórcio surge pelo princípio da economia processual, na busca por um máximo de resultado com um mínimo de esforço. Com isso, a pluralidade de partes em um mesmo processo tem o objetivo de concretizar a eficiência processual prevista no art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal e art. 4º do CPC de 2015. É também um meio de efetivar o princípio da isonomia, buscando a prestação da tutela jurisdicional de maneira eficiente e atendendo ao interesse de todas as partes.
Sim, porque o litígio conjunto favorece a prática de atos processuais tendentes a afetar um maior número de sujeitos com maior eficiência e viabilizar, até mesmo, o proferimento de decisão desejavelmente uniforme (se não igual) para todos os envolvidos. (BUENO, 2019, p. 189).
Todos os litisconsortes terão direito de promover o andamento do processo, nos moldes do art. 118 do CPC de 2015. Além disso, todos deverão ser intimados dos respectivos atos.
A necessidade de harmonia dos julgados é também outra razão pela qual as partes podem litigar em conjunto, justamente pela identidade de pedido ou da causa de pedir. Em resumo, o litisconsórcio ocorre de maneiras e em períodos diferentes, diante das particularidades de cada processo e cada relação jurídica, sendo possível defini-lo apenas diante do caso concreto.
3. CLASSIFICAÇÃO 
Há diversos modos de se analisar o litisconsórcio, alguns deles muito importantes para se compreender a disciplina aplicada ao tema pelo CPC de 2015. Existem algumas particularidades acerca dos diferentes tipos de litisconsórcio, dessa maneira, pode ocorrer de diferentes formas e em diferentes momentos do processo. Como não há grande variação na classificação deste instituto processual, a doutrina costuma classificar o litisconsórcio referente a quatro aspectos:
· Quanto à posição ocupada no processo – ativo, passivo e misto;
· Quanto ao momento de sua formação – inicial ou ulterior;
· Quanto à obrigatoriedade de participação no feito – necessário ou facultativo;
· Quanto ao conteúdo da sentença – unitário ou simples.
As duas primeiras formas de classificação são menos complexas e apresentam maior facilidade de compreensão. No entanto, as duas últimas classificações, quanto às consequências do litisconsórcio sobre o processo, originaram problemas complexos e de árdua compreensão, sendo alvo de muitos estudos tanto em nosso país quanto no exterior. 
3.1. Quanto à posição ocupada no processo
Como mencionado, o litisconsórcio refere-se à existência de mais de um integrante em um dos polos do processo. Dependendo da posição dos litisconsortes na lide, o litisconsórcio pode ser ativo, passivo ou misto, como dispõe o art. 13, caput, do CPC de 2015.
O litisconsórcio será ativo quando reúne várias pessoas no polo ativo do processo, será passivo quando reúne várias pessoas no polo passivo do processo e será misto quando reúne várias pessoas no polo ativo ao mesmo tempo em que reúne várias pessoas no polo passivo do processo. (OLIVEIRA NETO, 2016, p. 374).
Portanto, quando há pluralidade de autores ele será um litisconsórcio ativo; quando há pluralidade de réus ele será um litisconsórciopassivo e; quando há pluralidade de autores e réus ele será um litisconsórcio misto.
3.2. Quanto ao momento de sua formação
O litisconsórcio também pode ser classificado conforme o momento de sua formação, podendo ser denominado inicial ou ulterior (ou incidental):
Diz-se litisconsórcio inicial o que já nasce com a propositura da ação, quando vários são os autores que a intentam, ou quando vários são os réus convocados pela citação inicial.
É incidental o litisconsórcio que surge no curso do processo em razão de um fato ulterior à propositura da ação [...]. (THEODORO JÚNIOR, 2019, p. 351).
No caso em que há pluralidade de autores, os mesmos devem manifestar a sua condição de parte por meio de emenda à petição inicial. Já quando há de pluralidade de réus, é preciso que ocorra a contestação por parte dos mesmos, indicando quem é parte legítima do processo e, o autor pode vir a excluí-lo ou não do polo passivo da demanda. 
Na hipótese sucessão processual, se forma o litisconsórcio ulterior, portanto, quando a parte falece seus herdeiros poderão assumir a posição e onde havia um sujeito, surgirão tantos sujeitos passivos ou ativos quanto forem os herdeiros, conforme prevê o art. 109 do CPC de 2015. 
Conforme previsto no art. 115 do CPC de 2015, quando há o litisconsórcio passivo necessário, o juiz irá determinar ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.
É também incidental o que decorre de ordem do juiz, na fase de saneamento, para que sejam citados os litisconsortes necessários não arrolados pelo autor na inicial (NCPC, art. 115). [...] E, ainda, o que surge quando, na denunciação da lide, o terceiro denunciado comparece em juízo e se integra na relação processual ao lado do denunciante (NCPC, art. 127). (THEODORO JÚNIOR, 2019, p. 351).
Como já dito litisconsórcio ulterior ocorre quando o litisconsorte não é indicado na petição inicial, e poderá se formar também em razão de uma intervenção de terceiro, como ocorre no chamamento ao processo e na denunciação da lide.
Em suma, quando formado desde o início do processo, com a petição inicial, o litisconsórcio será inicial; e quando formado ao longo do processo o litisconsórcio será ulterior.
3.3. Quanto ao conteúdo da sentença
Antes de se apresentar os conceitos de litisconsórcio unitário e litisconsórcio simples, faz-se necessário salientar a distinção entre o conceito de litisconsórcio unitário e o conceito de litisconsórcio necessário, pois, durante a vigência do CPC de 1973, não havia uma clara distinção entre os institutos.
 Diante de tal situação, o litisconsórcio unitário era considerado, por parte da doutrina, como uma espécie do litisconsórcio necessário, que seria seu gênero. Isso devido à redação do antigo art. 47 que dava a entender tal situação. No entanto, muitos doutrinadores afirmam que, apesar da pouca clareza de nossa legislação acerca do tema, não é possível considerar o litisconsórcio unitário como uma espécie de litisconsórcio necessário, pois a lei dispõe que se analisará a necessidade partindo da unicidade, porém é possível constatar a existência de litisconsórcio unitário não necessário. 
[...] nota-se que ainda sob o égide do CPC de 1973 não era possível, tecnicamente, confundir o litisconsórcio necessário com o litisconsórcio unitário, medida em que este é classificado em face da uniformidade do sentido da decisão para todos os litisconsortes, enquanto aquele diz respeito à necessidade da participação de alguém num determinado feito. (OLIVEIRA NETO, 2016, p. 377).
Por conseguinte, como já dito, o litisconsórcio pode ser classificado do ponto de vista da uniformidade da decisão perante os litisconsortes, portanto, classifica-se em unitário e simples. 
Litisconsórcio unitário ocorre quando a sentença da causa deva ser uniforme em relação a todos os litisconsortes; e litisconsórcio simples se dá quando a sentença, embora proferida no mesmo processo, pode ser diferente para cada um dos litisconsortes. Conforme o art. 116 “o litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.”. 
Desse modo, o que diferencia os dois institutos é a existência de uma ou mais de uma relação jurídica de direito material contida no processo. Portanto, quando há apenas uma relação jurídica de direito material, ainda que relativa a diversos sujeitos, se tratará de litisconsórcio unitário. Já quando cada litisconsorte for sujeito de sua própria relação jurídica de direito material, este será um litisconsórcio simples. Interessante é a distinção feita por José Batista Lopes que explica:
Quanto à natureza da sentença, o litisconsórcio pode ser simples (comum) ou unitário. Simples é o litisconsórcio se não houver necessidade de a sentença dar a mesma solução jurídica para os litisconsortes, isto é, a mesma sorte no plano do direito material (no exemplo dos funcionários que propõem ação pleiteando vantagens, uns poderão vencer outros não). Unitário será o litisconsórcio se, em razão da relação jurídica, a sentença tiver de dar aos litisconsortes tratamento uniforme (exemplo: na ação demolitória de um prédio de apartamentos, em que réus (condôminos) serão atingidos, a sentença não poderá ser contrária a uns e favorável a outros, mas terá de dar solução idêntica a todos). (LOPES, 2005 apud OLIVEIRA NETO, 2016, pp. 377-378).
Não só o litisconsórcio unitário, mas também as conexões de causas têm como objetivo a necessidade de evitar decisões contraditórias e realizar a economia processual. Portanto, proferir mais de uma sentença a respeito da mesma relação jurídica de direito material pode representar a contradição de julgados e desperdício de atividade jurisdicional, atentando contra o princípio da economia processual.
No litisconsórcio unitário, como já dito, os efeitos serão igualmente aplicáveis a todos os integrantes de um dos polos da lide. No entanto, a regra geral, como se observa do art. 117 do CPC de 2015, é a não uniformização dos efeitos, de modo que os atos e as omissões de um não prejudiquem aos outros. Dessa maneira, o artigo dispõe que:
Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar. (BRASIL, 2015, Art.117).
Em resumo, essa classificação do litisconsórcio leva em consideração o direito discutido, portanto, o litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica de direito material, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes, sendo tal relação indivisível, e será simples quando a decisão de mérito puder ser diferente para cada um dos litisconsortes, pois na lide há mais de uma relação jurídica de direito material.
Se, no plano material, não for possível senão um julgamento, a hipótese será, processualmente, de litisconsórcio unitário. Em vez de cúmulo de ações, ter-se-á uma única ação, com pluralidade de titulares. Se for possível, materialmente, definir direitos distintos, embora conexos, para cada colitigante, a solução uniforme para todos eles não será obrigatória. Ter-se-á um cúmulo de ações em processo único, podendo, por isso, haver julgamento diferente para cada ação acumulada pelos vários litisconsortes. (THEODORO JÚNIOR, 2019, p. 352).
3.4. Quanto à obrigatoriedade de participação no feito
Por se tratar da classificação que rende maior número de discussões, a distinção entre litisconsórcio facultativo e necessário é a mais detalhada no CPC de 2015. 
Quanto à obrigatoriedade da formação do litisconsórcio, ou seja, conforme possam ou não as partes dispensar ou recusar a formação do litisconsórcio, este pode ser classificado em litisconsórcio facultativo e litisconsórcio necessário.
[...] o litisconsórcio se classifica em necessário ou facultativo. Enquanto nesse caso a participação não é obrigatória, mas uma mera faculdadeda parte, naquele a participação resta obrigatória, sob pena de ineficácia da decisão proferida. (OLIVEIRA NETO, 2016, p. 379).
Diante disso, o litisconsórcio facultativo não é obrigatório, ou seja, as partes legítimas que integram os polos ativo ou passivo da lide podem ou não ser chamadas ao processo. Já no litisconsórcio necessário não há opção senão o chamamento ao processo daqueles que sejam interessados e legítimos para integrar os polos da demanda.
Conforme o disposto no art. 114 do CPC: “o litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.”.
Portanto, quando a eficácia da sentença depender da citação de todos os litisconsortes o litisconsórcio será necessário. Sua formação decorre de dois fatores: por expressa imposição legal ou pela natureza da relação jurídica de direito material a ser decidida, que confirmam sua obrigatoriedade.
Com relação ao primeiro fator, a lei estabelece que haverá litisconsórcio necessário quando houver norma expressa prevendo a sua ocorrência, portanto, os litisconsortes devem obrigatoriamente participar do processo. Já sobre o segundo fator, não há a possibilidade de se decidir de maneira diferente em relação a cada litigante, pois se trata de uma relação jurídica de direito material, sendo obrigatória a participação de todos.
Como disciplina o art. 115 do CPC, caso a sentença seja proferida sem a participação de todos os litisconsortes legítimos, e este se tratar de um litisconsórcio necessário, seja em razão da natureza da relação jurídica ou disposição legal, a sentença será nula se deveria abranger a todos os litisconsortes processo, ou ineficaz para o litisconsortes que não foram citados.
A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será:
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo;
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados. (BRASIL, 2015, Art.115).
Ainda sobre a obrigatoriedade de participação das partes, o art. 15, paragrafo único, determina que nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.
Por sua vez, o litisconsórcio é facultativo ocorre se o julgamento do mérito da causa não depender de sua formação, por isso o art. 113, caput, determina que duas ou mais pessoas podem litigar em conjunto no mesmo processo, mas não que elas devem fazê-lo.
Em razão disso, o mesmo artigo indica em seus incisos as hipóteses de litisconsórcio facultativo, sendo elas três hipóteses básicas: a) se entre elas houver comunhão de direitos ou obrigações relativas à lide; b) se entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; c) quando houver afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. 
[...] o inciso I do artigo 113, trata da “comunhão de direitos ou obrigações relativas à lide”, que nada mais é do que a identidade do objeto litigioso, sendo diversos os seus titulares. Em outras palavras, existe comunhão de direitos e obrigações entre sujeitos que estão na mesma qualidade diante do direito ou da obrigação, contemplando-se, por exemplo, a solidariedade. [...] então existe uma relação jurídica material comum como fato determinante do litisconsórcio facultativo [...]. (OLIVEIRA NETO, 2016, p. 381).
A hipótese do inciso II é se entre as demandas de um e outro litigante houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir, que trata de casos de direitos e obrigações que derivam dos mesmos fundamentos de fato de fato e de direito.
Enquanto o inciso III adota a teoria da Carnelutti que trata da afinidade de questões para determinar a conexão de causas, e com isso determinar a existência de litisconsórcio facultativo.
Com o objetivo de garantir a eficácia da prestação da tutela jurisdicional, os parágrafos do art. 113 tratam da possibilidade de o magistrado limitar a formação do litisconsórcio, seja no polo ativo ou passivo da lide. Portanto, se a existência de litisconsórcio facultativo “comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença”, nos termos do §1º, pode o magistrado limitar o número de litisconsortes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução. 
À vista disso, é possível constatar a possibilidade de o magistrado agir de oficio para limitar o número de litigantes no litisconsórcio facultativo. No entanto, estará o magistrado obrigado a limitar o litisconsórcio ao perceber a existência de uma das hipóteses previstas em lei para a limitação deste.
Embora as hipóteses legais representem conceitos indeterminados e que, por isso, exigem a realização de um juízo de valor pelo magistrado, reconhecida a presença de qualquer destas situações deverá operar-se a limitação. (OLIVEIRA NETO, 2016, p. 383).
Com relação ao §2º do art.113, ao ser formulado pelo sujeito passivo, o pedido de limitação do litisconsórcio interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar, com isso a parte contrária será intimada a se manifestar, e o magistrado deverá proferir sua decisão. Quando ocorrer o indeferimento do pedido de limitação de litisconsórcio, caberá agravo de instrumento, conforme prevê o artigo 1.015, VIII, do CPC.
Em suma, a formação do litisconsórcio necessário ocorre em razão de determinação legal, ou pela existência da relação jurídica de direito material, hipótese em que ao autor não resta alternativa senão a formação do litisconsórcio. Já a formação do litisconsórcio facultativo depende da depende da vontade do autor, preenchidos os requisitos legais.
4. PRINCIPIO DA AUTONOMIA DOS LITISCONSORTES
Ao se tratar do princípio da autonomia dos litisconsortes, expresso no art. 117, do CPC, ao qual estabelece como uma regra geral, as formas distintas entre a partes, sendo ambas adversárias. Como explica Celso Agrícola Barbi, ao dizer que: 
O dispositivo reproduz o que constava do art. 89 do código de 39 acrescentando-lhe, apenas, as palavras ‘e as omissões”. Estabelece, como regra geral que os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte contrária, como litigantes distintos; e torna explícito que os atos e omissões de um não prejudicarão bem beneficiarão aos demais. Ressalva, todavia, os casos em que haja disposição legal em contrário, quando, evidentemente, ela será atendida. (BARBI, 2010 apud OLIVEIRA NETO, 2016, p. 385). 
Para um melhor entendimento, “Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar”, sendo assim, o art. 117 esclarece o que anteriormente não havia, a impossibilidade da aplicação deste princípio ao se tratar de litisconsórcio unitário, ideia apoiada e sustentada por doutrinadores. Com novas alterações o artigo expressa também (o que anteriormente não havia de acordo com art. 48 do CPC de 1973), a ideia de os demais serem beneficiados. 
No entanto, houve mudanças nestes princípios ao que se diz respeito à sua aplicação, para melhor compreender e conhecer as restrições deve-se examinar sua aplicação ao litisconsórcio facultativo, ao litisconsórcio necessário e ao litisconsórcio unitário. 
Ao litisconsórcio facultativo, o princípio não é absoluto. Não completa é a autonomia de cada litisconsorte. A confissão resulta em efeitos em relação ao se fazer, não prejudicando os demais litisconsortes conforme o art. 391 do CPC de 2015. Idêntica à solução para o caso de reconhecimento, como dispõe o art. 487, III, a, do CPC de 2015. Será possível um litisconsorte fazer transação com a outra parte, sendo que não prejudicará os demais litisconsortes, que permanecerão na causa, assim como será quanto à conciliação, conforme o art. 359 do CPC.Se um dos adversários, ao qual se encontra na posição de réu, não ir contra está ação, e assim tornar-se revel, há de considerar-se um laço fático que faz junção dos litisconsortes. Caso as provas dos fatos alegados pelo autor, forem comuns aos litisconsortes passivos, um só deles será suficiente para contestar a ação para que a revelia daquele ou de mais litisconsortes não provoque o efeito dela, expresso no art. 344 do CPC, “A revelia não produz o efeito mencionado no artigo 344 se: I – havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação”. No entanto, se muitos forem os fatos alegados contra o revel, dos alegados contra o contestante, prevalecerá a presunção legal contra o revel, prevalecerá a presunção legal contra o revel.
Ao se tratar do litisconsórcio unitário, a decisão deverá ser uniforme entre às partes, fazendo com que nenhuma parte tenha maior predominância ao demais. Sendo o litisconsórcio unitário, junção de litisconsortes onde todos formam um, e qualquer um deles tende a poder representar os demais na relação processual. Vale ressaltar que ao litisconsórcio unitário, mesmo facultativo, a todos os litisconsortes aproveita a defesa de um só, a exceção oposta por um só, à prova oferecida por um só.
Quanto à atuação autônoma aos demais, segundo Cândido Rangel Dinamarco, explica:
Tudo isso é reflexo da natureza do objeto do processo, que nesses casos permite soluções diferentes para os litisconsortes: se trata de ‘direitos divisíveis’, sendo autônomas as situações jurídico materiais dos diversos litisconsortes, daí decorre a possibilidade de julgamentos de mérito heterogêneos e consequentemente de heterogênea situações jurídico-processuais de cada um destes, ao longo do procedimento. Assim é que a atitude de cada um no processo irá influir apenas no seu destino, aumentando ou reduzindo sua possibilidade vitória, sem atingir o litisconsortes. (DINAMARCO, 1984 apud OLIVEIRA NETO, 2016, p. 385).
 Ou seja, sendo isso uma relação jurídica de questão material e de único resultado para os litisconsortes, não possibilita conferir autonomia às suas condutas processuais.
Como citado no texto acima, ao que diz respeito quanto a possível conduta de uma das partes beneficiar à outra, já havia essa hipótese quando se houve o reconhecimento da produção da prova. Assim, tendo como principal da prova, o magistrado e por seguinte às demais partes e todos os envolvidos, havia situações em que a autonomia não podia de uma certa forma alcançar, quando em questão à prova produzida por um dos litisconsortes demonstrava a existência de fatos relevantes para o resultado final da causa. 
Ao se tratar disso, João Batista Lopes explica que autonomia não era absoluta, mostrando que:
[...] mesmo no litisconsórcio facultativo e no necessário simples, a independência dos litisconsortes não tem caráter absoluto: em relação aos fatos comuns a atuação de um litisconsortes poderá beneficiar os demais [...] a prova testemunhal produzida por um réu, em ação de indenização, em caso de engavetamento de veículos poderá ser aproveitado pelos demais litisconsortes [...]. (LOPES, 2005 apud OLIVEIRA NETO, 2016, p. 386).
O que nos faz perceber, que com a criação da lei, houve uma boa possibilidade de maior benefício, produzindo por ação de um litisconsortes ao outro, demonstrando que de uma jeito natural isso pode vir a acontecer também no processo.
Com tudo, concluímos que em regra, os litisconsortes se consideram litigantes autônomos em seu relacionamento com a parte contrária. O princípio, no entanto, é de maior aplicação ao litisconsórcio simples, que funciona como cumulação de ações de vários litigantes, sendo possível soluções diferentes para cada um dos litisconsortes. Quando se trata, porém de um litisconsórcio unitário, a regra é de escassa aplicação ou menor efeito prático, posto que a decisão final terá de ser proferida de modo uniforme todos os litisconsortes. 
Desse modo, os atos que beneficiarem um litisconsortes também beneficiará os demais. Mas, com no caso contrário isso não prevalece, isto é, os atos e as omissões de um litisconsortes unitário potencialmente lesivos aos interesses dos demais não os prejudicam, porque é evidente que não se pode fazer perecer o direito de outrem.
Por fim, em qualquer uma das partes dos litisconsortes expressa no art.118, do CPC de 2015, cada um deles têm o direito de fazer acontecer o andamento do processo individual, devendo a todos os envolvidos serem intimados dos atos processuais praticados.
Em suma, no litisconsórcio unitário, os atos benéficos alcançam todos os litisconsortes, mas não os atos e omissões prejudiciais.
5. INTERVENÇÃO IUSSU IUDICIS
Sabemos que em caso de litisconsortes necessários, os litisconsortes tende necessariamente participar do processo. Enquanto que o litisconsórcio unitário a decisão deverá ser uniforme. No entanto, não se sabe as consequências jurídicas caso haja a ausência de um litisconsorte necessário ou de um litisconsórcio unitário em qual estão envolvidos. Com essa possível “lacuna" referente ao tema, os doutrinadores por seguinte denominaram intervenção iussu iudicis. 
Trata-se de chamar um terceiro envolvido ao processo, desde que se acredite na conveniência dessa medida, ou seja, é uma intervenção de terceiro determinado pelo Juiz, "ex officio", ou seja, o juiz determina de ofício que o terceiro venha ao processo.
Anteriormente no Código de Defesa Civil de 1939 havia essa intervenção, pois admitia o poder do magistrado de que trouxesse para o processo quem ele achava ser necessário fazer parte do contraditório. Já o CPC de 1973 o revogou, tendo como motivo a dúvida de permanência no sistema. Contudo, houve autores que apoiavam e posicionaram-se para sobrevivência da intervenção, no art.47 parágrafo único do CPC, dizendo somente para este caso:
Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo.
Parágrafo único. O juiz ordenará ao autor que promova a citação de todos os litisconsortes necessários, dentro do prazo que assinar, sob pena de declarar extinto o processo. (BRASIL, 1973, Art.47).
Percebe-se então que a norma contida no art. 47 e no parágrafo único do CPC de 1973, onde o objeto é somente o litisconsorte necessário. Na prática, o magistrado passa a utilizar esta modalidade de intervenção como uma forma de resolver, também, atritos no litisconsorte facultativo unitário que não participa do processo, tendo em vista que nesse caso, impõe-se, em razão da natureza da lide, a formação de uma mesma decisão para todos.
Ainda tratando do litisconsórcio iussu iudicis, a possibilidade em que o magistrado deverá saber a composição do litisconsórcio, sob pena de nulidade do processo ou da ineficácia da decisão decretada. Segundo Cássio Scarpinella Bueno “Trata-se, como enaltece a doutrina, de formação do litisconsórcio por determinação judicial, chamado, por alguns, de iussu iudicis.” (apud OLIVEIRA NETO, 2016, p. 387). 
Está intervenção foi motivo de amplos diálogos dentre os doutrinadores em 1939 (art.91) e no CPC de 1973 (art.47), no entanto houve uma correta atenção no art.115, onde deu-se a regularização do tipo de intervenção e as consequências da sua ausência. No entanto, o CPC passou por diversas alterações, no CPC de 2015 (assim como era no CPC de 1973) para tal instituto, o CPC de 2015 prevê, ao menos, três casos de intervenção de iussu iudicis:
· Intervenção do "amicus curiae", O CPC DE 1973 não previa essa hipótese.
· Integração do litisconsórcio necessário (não citado) (art. 115 parágrafo único do CPC de 2015). Ressalta-se que essa hipótese já existia no CPC de 1973 para a intervenção iussu iudicis, que foi mantido.
· Art. 382, parágrafo §1° do CPC de 2015 - na ação de produção antecipada de prova o juiz pode, de oficio, trazer quem ele pressupõe ser interessante participar ao processo. O CPC de 1973 também não previa essahipótese.
Como citado no texto acima, em relação ao caput do preceito, referente a sentença de mérito “...proferida sem a integração do contraditório...”, ficou claro o intuito de possibilitar ao magistrado determinar a integração do ativo do feito. Ao que se diz a respeito disso, Jose Manoel de Arruda Alvim ressaltava alertando:
O art. 91, que tratava da intervenção iussu iudicis, era algo impreciso, portanto referia-se a que: “juiz, quando necessário, ordenará a citação de terceiros, para integrarem a contestação...”, o que levou a se discutir – discussão ulteriormente superada – se a integração seria somente passiva (“para integrarem a contestação”, sic), ou, na verdade, referia-se também à possibilidade de integração subjetiva da lide, quando fosse a hipótese de litisconsórcio necessário ativo. Está última posição era a correta. Aliás, o art. 91 era tradução, errônea, do Projeto Solmi, que usava a palavra contraditório, abrangente, portanto, das posições ativa e passiva.” (ARRUDA ALVIM, 2009 apud OLIVEIRA NETO, 2016, p. 387)
O que torna evidente o poder do magistrado em determinar a integração tanto do polo passivo, quando do ativo. Nota-se que há consequências da ausência das partes litisconsortes em feito do dever de participar. Houve diversas discussões na doutrina, ocasionando três pontos distintos:
· Ausência de um litisconsorte resultava na ausência de decisão judicial;
· Ausência de um litisconsorte resultava na ineficácia da decisão judicial;
· Ausência de um litisconsorte resultava a nulidade de decisão judicial;
Surge então o bom cabimento do art. 115, do CPC de 2015 ao formalizar de modo detalhado os resultados gerados pela ausência de litisconsortes em demanda que tinham por dever participar .
De acordo com art. 115, inciso I, do CPC de 2015 ao que se diz respeito a essa ausência de um litisconsorte em um litisconsórcio necessário-unitário, a sentença decretada tende ser nula, por se tratar do feito ab initio. Se tratando do litisconsórcio necessário-simples, expresso no inciso II do mesmo artigo, a sentença decretada não será nula, somente ineficaz em relação aos litisconsortes ao qual não foram apresentados.
Para concluir, em relação a constante inovação ao antigo projeto que ocasionou o início ao CPC, não houve a permanência, pois já havia ao magistrado a permissão ao determinar a convocação de terceiros no processo, quando na certeza havia existente a possibilidade de que a sentença o atingisse de algum modo em meio aos seus direitos. 
Com isso, ao introduzir um terceiro ao meio do processo, poderia ele testemunhar a defesa ou pretensão a respeito do réu, do autor ou de ambos, no prazo estipulado de 15 dias, o que faria com se tornassem parte no processo. Sendo assim, poderiam considera-se na posição de litisconsortes ulterior das certas partes originais.
Por fim, verifica-se que este modo atualmente é existente no ordenamento jurídico brasileiro, mas, foi reformulado e alterado pela legislação vigente, não contemplando a hipótese de ser qualquer litisconsórcio, mas, sim um litisconsorte necessário ou, a contento da jurisprudência, o litisconsorte facultativo unitário que possivelmente não foi citado.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O que foi possível perceber com a leitura e estudo acerca do litisconsórcio é a importância do conhecimento deste instituto processual para os profissionais da área jurídica, e que a marca deste fenômeno é a existência de pluralidade de pessoas, num mesmo polo do processo – ou em ambos os polos do processo – no papel de parte ativa ou passiva, portanto, o cúmulo subjetivo.
Assim, é possível compreender acerca das longas classificações do litisconsórcio: quanto à posição ocupada no processo, ou seja, quando há vários autores ou vários réus – ativo, passivo e misto; quanto ao momento de sua formação – inicial ou ulterior; quanto à obrigatoriedade de participação no feito – necessário ou facultativo; e quanto ao conteúdo da sentença – unitário ou simples. Tais classificações são fundamentais para o operador do direito conhecê-las e entendê-las, de modo a utilizá-las na técnica e no dia a dia.
Diante disso, nota-se a relevância do princípio da autonomia dos litisconsortes, que é previsto pelo CPC de 2015, em seu Art. 117. Tal disciplina aplica-se, por disposição legal, apenas ao litisconsórcio simples, e não ao unitário. Assim, os litisconsortes serão considerados em suas relações com os litigantes distintos, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.
Em relação à intervenção iussu iudicis, embora não haja previsão expressa no CPC de 2015 para tal instituto, se trata de uma intervenção de terceiro determinado pelo Juiz, ou seja, o juiz determina de ofício que o terceiro venha ao processo. Sendo prevista em apenas três casos pelo Código Processual Civil.
Contudo, é perceptível a grande contribuição e enriquecimento intelectual proporcionado pelo estudo deste instituto processual, que é de suma importância para os futuros operadores do direito. Tal fenômeno processual desempenha um importante papel no processo civil brasileiro, pois, através dele a relação processual deixa de ser composta por apenas três agentes.
7. REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUENO, Cassio Scarpinella. Manual de direito processual civil. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2019. Volume Único.
OLIVEIRA NETO, Olavo de. Curso de direito processual civil. São Paulo: Verbatim, 2016. Volume I.
THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 60ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. Volume I.
LEITE, Gisele. Esclarecimentos sobre litisconsórcio e intervenção de terceiros; Âmbito Jurídico. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-processual-civil/esclarecimentos-sobre-litisconsorcio-e-intervencao-de-terceiros/. Acesso em: 24 de maio de 2020.
RESSEL, Sandra. O litisconsórcio; Âmbito Jurídico. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-processual-civil/o-litisconsorcio/. Acesso em: 15 de maio de 2020.

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