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PP SA RA IV A AP RO VA É UM P RO DU TO ED ITO RA S AR AI VA . T OD OS O S DI RE ITO S RE SE RV AD OS . 1 01 8- V1 DI RE ITO P RO CE SS UA L P EN AL DIREITO PROCESSUAL PENAL Competência por prerrogativa de função no processo penal * De OLHO na PROVA O Exame de Ordem exige que se saiba qual é a jurisdição competente nas hipóteses de prerrogativa de foro. § REVISA A Constituição atribui a órgãos jurisdicionais de grau superior a competência para julgar determinadas pessoas em razão do cargo ou função. Por exemplo, a Constituição atribui ao Supremo Tribunal Federal a competência para processar e julgar, originaria- mente, o Presidente da República, os senadores e deputados federais pelas infrações penais. Importante ressaltar a decisão tomada pelo STF na questão de ordem na Ação Penal 937, em 03/05/2018, no qual firmou-se o entendimento de que o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. JURISDIÇÃO COMPETÊNCIA RATIONE PERSONAE STF Presidente da República e vice, membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros, Procurador-Geral da República, Ministros de Estado, Comandantes das Forças Armadas, Advogado-Geral da União, membros dos Tribunais Superiores e do TCU, chefes de mis- são diplomática de caráter permanente (art. 102, I, b e c, CR). STJ Governadores, desembargadores dos TJ e TJDF, membros dos TRF, TRE e TRT, membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do DF, membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e membros do MPU que oficiem perante os tribunais (art. 105, I, a, CR). STM Nos crimes militares, os oficiais-generais das Forças Armadas (art. 6o, I, a, Lei n. 8.457/92). TRF Juízes federais, do Trabalho e da Justiça Militar, membros do MPF que oficiem na primeira instância (art. 108, I, CR), ressalvada a com- petência da Justiça Eleitoral. Nos crimes de competência federal, deputados estaduais e prefeitos. TRE Nos crimes eleitorais e conexos, juízes, promotores, deputados estaduais e prefeitos (art. 29, I, Lei n. 4.737/65). TJ E TJDF Juízes de direito e promotores estaduais e do DF (arts. 29, X, 96, III, CR), ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. Nos crimes de competência estadual, deputados estaduais e prefeitos. PP 27 SA RA IV A AP RO VA É UM P RO DU TO ED ITO RA S AR AI VA . T OD OS O S DI RE ITO S RE SE RV AD OS . 01 8- V1 (OAB–FGV – VI Exame de Ordem) A Constituição do Estado X estabeleceu foro por prer- rogativa de função aos prefeitos de todos os seus Municípios, estabelecendo que “os pre- feitos serão julgados pelo Tribunal de Justiça”. José, Prefeito do Município Y, pertencente ao Estado X, está sendo acusado da prática de corrupção ativa em face de um policial rodoviário federal. Com base na situação acima, o órgão competente para o julgamento de José é A) a Justiça Estadual de 1a Instância. B) o Tribunal de Justiça. C) o Tribunal Regional Federal. D) a Justiça Federal de 1a Instância. Gabarito: C O art. 29, inciso X, da Constituição da República prevê o julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça. Nos termos da Súmula 702 do STF, “A competência do Tribunal de Justiça para julgar Prefeitos restringe-se aos crimes de competência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau”. Nos termos do art. 109, IV, da CR, compete à Justiça Federal o julgamento de crimes praticados contra bens, serviços ou interesse da União. Nessa li- nha, a Súmula 147 do STJ afirma que “Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função”. Portanto, como o crime de cor- rupção ativa foi praticado em face de policial rodoviário federal, a com- petência é da Justiça Federal. Como o acusado é Prefeito e possui foro de prerrogativa de função, o órgão competente para julgamento é o Tribunal Regional Federal. Questão comentada » Cai na PROVA A prerrogativa de foro prevista na CR prevalece sobre a competência do Tribunal do Júri. A prerrogativa é adquirida e subsiste durante a investidura do réu no cargo ou função (ex.: o juiz aposentado não tem prerrogativa de foro). /Referências BIBLIOGRÁFICAS LENZA, Pedro [et al.].OAB Esquematizado: primeira fase. 3.ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. (coleção Esquematizado ®). Vol. único. CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 25. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal. Volume único. 6. ed. Salvador: JusPodivm, 2018. LOPES JR., Aury. Direito processual penal. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal comentado. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. PACELLI, Eugênio; FISCHER, Douglas. Comentários ao Código de Processo Penal e sua jurisprudência. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
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