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Resenha-Economia-Solidaria

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Singer, P.S, 2002, Introdução à economia solidária, São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo.
1. Introdução 
O princípio deste trabalho é apresentar uma análise crítica ao livro “Introdução à Economia Solidária”, obra do autor Paul Singer publicado no ano de 2002, o livro escolhido traz as bases da economia solidária, apresenta através do conceito uma forma de romper com a economia competitiva, visando desenvolver uma sociedade igualitária, onde cada indivíduo teria mesmas oportunidades, mostrando assim sua importância de ser lido até mesmo nos dias atuais, pela dificuldade de alguns países em desenvolver empregos para a população apresentando um sistema falho e excludente. 
O autor nasceu em Viena na Áustria em 1932 e veio ao Brasil em 1940, viveu no país até o seu falecimento em 2018, tornou-se professor titular da Universidade de São Paulo (USP). No ano de 1968 foi membro fundador e economista sênior do Centro de Análise e Planejamento Cebrap (1969-88), chefe do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (puc-sp), membro do primeiro Conselho Diretor do Instituto de Estudos Avançados – iea-usp (1986-90) e secretário municipal de Planejamento de São Paulo (1989-92). Foi coordenador acadêmico da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da usp. No governo Lula (2003-2006), assumiu o cargo de Secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e do Emprego, permanecendo no governo Dilma.
Além do livro Introdução à Economia Solidaria, outras obras ganha destaque por sua grande importância para o senário econômico como, Economia Política da Urbanização (1998), Para Entender o Mundo Financeiro (2000), e Guia da Inflação Para o Povo (1980).
2. Contextualização do tema 
O autor conta que a origem da Economia solidária desenvolve em resposta ao empobrecimento dos artesãos causado pelo surgimento do uso de maquina e da organização fabril da produção, sua obra foi fundamental para explicar e popularizar esta tese.
O momento vivenciado naquela época era de total preocupação na economia brasileira, onde se tinha uma grande parte da população desempregada e com dívidas enormes. Com a chegada de Lula ao poder sua primeira necessidade era trabalhar na economia do país, com isso ele observou o conceito apresentado por Paul Singer, acreditando ser a melhor solução para tirar o país dessa situação de crise econômica e o convidou para participar do seu governo, no ano de 2003 foi formulado como seria utilizado para de fato ser encaixada de forma eficiente na economia brasileira.
3. Estrutura da obra 
O livro é construído em 128 páginas e dividido em quatro capítulos, o primeiro deles apresenta o fundamento da economia solidária, e ao longo do capítulo desenvolve tópicos importantes para exemplificar a explicação, são eles: Solidariedade x Competição na economia, principais diferenças entre a Empresa solidária e a Empresa capitalista, mostrando como é desenvolvido à repartição dos ganhos em cada empresa, e último tópico fica com a definição de autogestão e heterogestão. No segundo capítulo da obra está o seu contexto histórico, como surgiu, como foi desenvolvida e utilizada de fato pelo governo brasileiro.
Já no terceiro capítulo recebe o titulo de panorâmica, e estrutura os conceitos do cooperativismo de consumo, cooperativismo de crédito, Mudanças estruturais, O Grameen Bank (Banco da Aldeia): a volta às raízes do cooperativismo de crédito, Cooperativas de compras e vendas, Cooperativas de produção, A Corporação Cooperativa de Mondragón, Clubes de troca. No capítulo IV apresenta a reinvenção da economia solidária no século XX e perspectivas da economia solidária no Brasil. 
4. Objeto da obra 
Sua primeira abordagem importante é sobre como o capitalismo ficou comum no meio social, apresenta como problemática o espírito de competividade que ganhou força na sociedade sem ser notado, o autor demonstra até dois pontos positivos nesta competitividade do capitalismo, porém a competividade na economia era bastante criticada por causar efeitos sociais prejudicial, com isso o autor apresenta algumas perguntas, uma delas é “O que acontece com quem não consegue competir no mercado capitalista?” E responde: “Em tese, devem continuar tentando competir, para ver se se saem melhor da próxima vez. Mas, na economia capitalista, os ganhadores acumulam vantagens e os perdedores acumulam desvantagens nas competições futuras.” (Singer, 2002, p.8), isso explica como o capitalismo produz desigualdade social.
Decorrendo desta problemática, surge o conceito do autor sobre ter uma sociedade igualitária onde se predomina igualdade entre todos os membros, para isso acontecer seria necessário que a economia de caráter competitiva converte-se para à solidária, isto é, os agentes da atividade econômica deveriam cooperar entre si. Utiliza o seguinte exemplo para mostrar como deveria funcionar, “O médico só consegue curar o paciente com a ajuda dos remédios fornecidos pelas farmácias e pelos serviços prestados por hospitais, ambulâncias, laboratórios etc. O mesmo vale para quem nos abriga, alimenta, veste, transporta, e assim por diante. Dentro de cada empresa, os trabalhos do operário, do engenheiro, do contador etc., têm de se combinar harmoniosamente para que as necessidades do cliente sejam atendidas” (idem, p.9).
Conceituando este novo modo de produção, apresenta como uma empresa solidária funciona e quais são seus objetivos. Os sócios dessa empresa visa promover a economia solidária através da auto gestão, oferecendo trabalho e renda para os necessitados, introduzindo uma forma igualitária e democrática de organizar atividades econômicas, diferente da capitalista, pois utiliza a heterogestão, formada por níveis sucessivos de autoridade.
Outra abordagem importante é o cooperativismo, recebeu inspiração fundamental dos mecanismos de redistribuição. O cooperativismo de consumo desempenhou um papel fundamental na difusão do cooperativismo na Europa, no século XIX expandiu por consequência da urbanização e da indústria, dominando assim a atividade distributiva com superioridade em ralação ao comercio pré-existente, sofreu um declínio após a segunda guerra mundial, por cada vez mais novos produtos avançados era desenvolvido e com isso seu publico foi diminuindo.
A criação do cooperativismo de crédito acontece em dois tipos, urbana criada por Hermann Schulze-Delitzsch e a rural por Friedrich Wilhelm Raiffeisen. Ambos alemão, foram quase contemporâneos e políticos, “homens públicos sensibilizados pela mesma tragédia – em 1846 perderam-se safras de cereais e em seguida veio um inverno excepcionalmente duro. A fome atingiu os pobres e este evento levou a ambos – cada um sem saber do outro – a procurar remédios institucionais para a vulnerabilidade dos que vivem do próprio trabalho.”( idem p.59). A cooperativa de crédito rural teve o objetivo de atender as necessidades dos agricultores da região de Flammersfeld, Alemanha, já o cooperativismo urbano que desenvolveu os bancos populares para artesãos. A união destes dois tipos de cooperativas de crédito difundiu o princípio cooperativista pelo mundo, através disto, criaram bancos cooperativos a fim de que, o excedente arrecadado por esses bancos pudesse ser repassado para aquelas que precisassem deste recurso quando o balanço financeiro desta estivesse frágil.
Outra cooperativa que surge é a de produção, o autor define do seguinte modo: “Cooperativas de produção são associações de trabalhadores, inclusive administradores, planejadores, técnicos etc., que visam produzir bens ou serviços a serem vendidos em mercados.” (Idem, p.89). É considerada como um molde da empresa solidária, tendo o diferencial das outras cooperativas, porque associa os produtores e não aos fornecedores ou clientes, ou seja, ela não possui o caráter híbrido como na cooperativa de consumo, créditos, compras e venda, que apresenta igualdade e democracia no setor externo da empresa, mas no interno apresenta desigualdade e heterogestão.
Como resposta ao desemprego e à quedada atividade econômica ergue-se os clubes de troca, virando inovação da economia solidária, formado no Canadá, na Ilha de Vancouver, e na Argentina, em Bernal. Os clubes de troca reúnem pessoas desocupadas que têm possibilidade de oferecer bens ou serviços à venda e precisariam comprar outros bens e serviços, por falta de dinheiro, os clubes de troca cria uma moeda própria utilizada pelos membros para comprar os serviços e bens um dos outros.
 
5. Sustentação do tema
Paul Singer desenvolve a obra baseado no estudo ao longo do tempo sobre a economia do século XX, observando como ela está sendo de forma eficiente para evolução do país ou não, observando também os pontos negativos e positivos da renda populacional. Com isso viu a necessidade de uma nova ferramenta, que visa um sistema produtivo mais solidário e tendo um caráter coletivo, ao contrário do antigo onde era articulada à ideia do individualismo competitivo.
Por meio da Economia Solidária era visto essa solução, com sua obra “Introdução à economia solidária” fez o papel de introduzir este conceito à sociedade, mostrando como ela surge, como os atores da economia solidária se comporta, seus objetivos, conceitos e por fim nas ultimas páginas aborda sobre a reinvenção da economia solidária, que veio por causa do movimento operário estar conquistando cada vez mais seus direitos trabalhistas.
6. Conclusões
 O autor traz a problemática do desemprego, da falta de solidariedade no meio econômico, falta de oportunidades para o povo, economia brasileira precisando de um novo formato, com toda essa articulação desenvolvida, no texto entende-se o conceito da Economia Solidária como melhor caminho para sair de todos estes problemas citados, uma crise econômica, ajudar empresas com a falência, ajudar sociedades excluídas, oferecer trabalho à população e por apresentar um caráter igualitário seria mais eficaz. A economia solidária de fato promove mudanças na produção, no consumo e na distribuição de riquezas focando na valorização do ser humano a partir dos empreendimentos coletivos.
7. Opinião
 O livro “Introdução à economia solidária” do Paul Singer é uma obra desenvolvida para apresentar a economia solidária ao mundo, com vários argumentos interessantes e bem articulados com palavras de fácil entendimento para o leitor, apresenta soluções para melhorar as relações humanas através da solidariedade e como deve ser utilizada por empresas, cooperativas, governo e sociedade.
Com algumas abordagens apresentadas no livro faz o leitor refletir sobre determinadas atitudes, não apenas no senário político e econômico, mas também no pessoal, rever suas atitudes perante a sociedade, se estamos atingindo um caráter competitivo ou solidário.
Referências: 
Singer, P. S. (2002). INTRODUÇÃO À ECONOMIA SOLIDÁRIA.
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