Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anatomia – 03/10/2019 PAREDE TORÁCICA Formada por ossos e cartilagem (cartilagens costais). A medida que os ossos vão se formando, essas cartilagens costas vão diminuindo de tamanho. Isso acontece até aos 70 anos, quanto a costela esta completamente fixada ao esterno. Ossos que foram a parede torácica: - Costelas - Esterno - Vertebras Função • Serve para proteger as vísceras torácicas, sendo • importante na nossa mecânica respiratória, de modo que precisamos contrair ou dilatar essa cavidade para permitir a respiração de forma adequada – expandir a caixa torácica. Isso é tão importante que existe uma forma de asfixia que acontece ao pressionar a parede torácica. Ex: se colocarmos uma pedra grande e pesada no tórax de uma pessoa. • Protege também as vísceras abdomonais, Ex: o baço e o fígado. Temos 12 costelas de cada lado. Classificação das Costelas: ❖ De acordo com a fixação ao externo: ‣ Costelas verdadeiras ou costelas vertebroexternais: Se ligam diretamente ao esterno, através da cartilagem costal. Normalmente da primeira à sétima costelas. ‣ Costelas falsas ou costelas vertebrocondrais: Suas cartilagens costais se ligam às cartilagens costais da costela acima dela. 8ª, 9ª e 10ª costelas. Elas não se fixam no externo. ✴ A margem costal ou rebordo costal: são as cartilagens costas que se fixam nas cartilagens costas de cima. ‣ Costelas flutuantes ou costelas vertebrais ou costelas livres: Elas não se fixam anteriormente, se fixam atrás na coluna vertebral. Representadas pela 11ª e 12ª costelas – terminam na parede ântero-lateral do abdômen. Protegem baço e fígado. ⌘ Retirada das costelas flutuantes – objetivo estético – retirada de estruturas que protegem as vísceras abdominais. ❖ Quanto ao formato: ‣ Costelas típicas: da 3ª à 9ª costelas. São comuns, semelhantes umas as outras, diferindo, apenas, no tamanho, em relação ao tamanho de cada indivíduo. ‣ Costelas atípicas ! costelas diferentes – 1ª e 2ª, 10ª, 11ª e 12ª costelas. A 10ª, a 11ª e a 12ª são diferentes porque elas se articulam de forma diferente com as vértebras. Essas não participam muito do processo de respiração. Já a 1ª e a 2ª possuem diferenças mais gritantes, pois têm acidentes anatômicos que são próprios delas. o A 1ª é mais curta, mais larga e difícil de ser fraturada, pois é protegida pela clavícula. Ela se fixa a clavícula através do ligamento costoclavicular. Além disso, ela tem o tubérculo do músculo escaleno anterior, além dos sulcos para a veia subclávia e para a artéria subclávia. o A 2ª é um pouco maior e possui uma estrutura rugosa (como se tivesse sido lixada). Apresenta uma rugosidade, no qual se fixa o o músculo serrátil anterior. Ela apresenta uma tuberosidade do músculo serrátil anterior. ESTERNO Osso plano de proteção, bastante resistente. Atrás do esterno esta o coração, assim qualquer lesão nesse osso é preocupante. É formado por três partes: • Manúbrio: Originado do latim e significa cabo da espada. Em cima do manúbrio temos uma depressão, chamada de incisura jugular ou incisura supraesternal. Embaixo da incisura julgar existe um abaulamento chamado de ângulo do esterno (na clinica é chamado de ângulo de Louis). Ele é importante para permitir a contagem das costelas de um indivíduo vivo, pois é exatamente nesta região que está a segunda cartilagem costal que equivale a segunda costela. A contagem de costelas ajuda nas auscultas cardíacas (feitas nos espaços intercostais - espaços entre as costelas. Existe um local especifico em que isso é feito, chamado de foco da auscuta). Saber contar as costelas é importante também para identificar qual costela pode ter sido fraturada, para que seja sinalizado no pedido de exame o objetivo, isto é, a costela que o médico desconfia que foi fraturada, bem como para identificá-la para colocar no prontuário. O eletrocardiograma também é posicionado de acordo com os espaços interpostais, reforçando a importante de saber contas as costelas de forma correta. • Corpo: • Processo ou apêndice xifóide: parte final do esterno. Seu formato é variável e se ossifica por volta dos 40 anos de idade. CAVIDADE TORÁCICA Espaço que está dentro do tórax • Cavidades Pulmonares ! 2 cavidades mais laterais, onde se localizam os pulmões e as pleuras (1 para cada pulmão). Cavidade pulmonar esquerda e cavidade pulmonar direita. • Mediastino ! cavidade central – no meio. A principal estrutura localizada no mediastino é o coração. O mediastino se subdivide em várias partes para facilitar a localização de estruturas: • Mediastino superior • Mediastino inferior ‣ Anterior ‣ Médio ‣ Posterior A primeira linha imaginaria na figura ao lado corresponde ao Plano Transverso do Tórax. Passa entre a vértebra T4 e T5, na altura do angulo do esterno. Acima dessa linha temos o mediastino superior e abaixo o mediastino inferior. O Mediastino Inferior é dividido em anterior, médio e posterior, a partir do pericárdio (serosa que reveste o coração). Na frente do pericárdio temos o mediastino anterior. O pericárdio e o coração correspondem ao mediastino médio. Atrás do pericárdio temos o mediastino posterior. * O mediastino superior é uma transição, por onde passam a traqueia, o esôfago e diversas outras estruturas, como veias, artérias. Nele, há, ainda, uma estrutura (o timo) que faz parte do sistema imunológico – fator importante. * No mediastino anterior temos uma pequena quantidade de tecido adiposo e veias. Contudo, na primeira infância, é lá que se localiza o timo. A partir dos 7, 8 anos, o processo de maturação normal do sistema imunológico faz com que o timo vá diminuindo até que, em adultos, ele passa a ocupar só a parte do mediastino superior. O timo vai maturar células com linfócitos. * No mediastino posterior se encontra a aorta e o esôfago (ocupa parte do mediastino superior, mas vai descendo e ganha o posterior). ⌘ Leucemias, Linfomas e Miastenia Gravis podem alterar o tamanho do timo – logo, se adultos chegarem no consultório com dilatação do timo, isso não é normal como em crianças até 7 anos. Deste modo, requer maior atenção. ⌘ Mediastinite ! inflamação do mediastino. Em paciente que acabou de operar o coração ou o timo, em decorrência da invasão cirúrgica, pode acontecer esta inflamação. PERICÁRDIO É uma serosa que envolve o coração. Formado por duas partes: • Pericárdio fibroso: Tecido conjuntivo mais rígido, inelástico e mais externo; • Pericárdio seroso: Mais delicado. Composto por duas lâminas: ‣ Lâmina Parietal: Mais próxima da parede. ‣ Lâmina Visceral: Grudada ao coração. Cavidade pericardica: Espaço entre essas duas lâminas. Preenchido por uma pequena quantidade de líquido - liquido pericárdico. É lubrificante, para diminuir o atrito entre elas, de modo a possibilitar um movimento mais suave dos folhetos do pericárdio durante as contrações cardíacas. Camadas do coração: endocárdio, miocárdio e epicárdio. O epicárdio é a parte mais externa do coração e equivale a lâmina visceral do pericárdio seroso. Significam a mesma coisa. Existem dois espaços, ou seja, dois recessos/dois seios no pericárdio, o seio transverso e o seio oblíquo. São espaços onde conseguimos enfiar os dedos. • Seio transverso: É o espaço entre a face posterior da aorta e do o tronco pulmonar e na frente da veia cava superior. Segurando essa região, estanca o sangue da aorta e da pulmonar, em casos, por exemplo, de necessidade de sutura causada por um tiro que acertou um desses vasos. • Seio oblíquo: É o espaço que existe atrás do pericárdio, pois lá existem estruturas venosas entrando, empurrando esse pericárdio pra frente. Essas estruturas são a veia cava inferior e as veias pulmonares. Isso é importante porque existe uma massagem cardíaca (massagem intratorácica) em que fazemos com o coração do paciente na mão. Indicada quando a parede torácica do paciente tiver sido destruída. Isso é uma medida deextremo desespero, quando o indivíduo está morrendo. Desta forma, se a pessoa sobreviver, depois irão ser tratadas as infecções e os demais problemas que esse procedimento certamente poderá causar. Vascularização: Feita pela artéria pericárdico-frênica (ramo da torácica interna), mesma que vasculariza o diafragma. Inervação: Também, a mesma do diafragma, o nervo frênico, o nervo vago e o tronco simpático. Pericardite: inflamação do pericárdio, causada, principalmente, por doenças virais. Ex: tuberculose. Até o vírus que causa o resfriado pode causar pericardite. Dá para ser diagnosticada através da ausculta: Se for auscultado o atrito pericárdio (roçar de seda), indica pericardite – é um sinal característico. Muito difícil de ser diagnosticado. É raro mas pode evoluir para uma miocardite que é grave, podendo levar o paciente a morte. A dor aumenta quando estruturas encostam no pericárdio, como o pulmão no momento da respiração. Derrame Pericárdico: É um acúmulo de líquido na cavidade pericárdica: sangue, pus etc. Deste modo, como a pericardite pode produzir mais líquido, como o pus, ela pode desenvolver para um derrame pericárdico. Para-se de se escutar o atrito porque passa a ter mais líquido. Os sintomas dependem do tempo em que esse líquido vai se armazenando. Se o armazenamento for lento, o pericárdio vai se adaptando ao aumento de volume, se for rápido, o pericárdio não consegue se acomodar e a pessoa apresentará sintomas mais acentuados. O derrame pericárdico pode evoluir para um tamponamento cardíaco. Tamponamento Cardíaco: É um derrame pericárdico, em que o volume de líquido aumenta tanto que o pericárdio começa a comprimir o coração, de modo que a drenagem rápida é extremamente necessária para assegurar a sobrevivência do indivíduo – é uma emergência médica, diagnosticada por hipotensão arterial, abafamento dos sons cardíacos (os sons ficam muito baixos) e veias do pescoço túrgidas, altamente dilatadas, pois o coração está sendo espremido, e o sangue não consegue voltar para o coração. ‣ Nesses casos, não se deve fazer massagem cardíaca antes de se drenar um pouco desse sangue, posto que aumentará ainda mais a compressão e pode levar o a paciente a óbito. CORAÇÃO Localização: 2/3 no lado esquerdo e 1/3 no lado direito Forma: aproximadamente a forma de uma mão fechada Peso: varia de 250g a 400g. Em média o coração do homem é maior do que o da mulher. Ele é proporcional a superfície corporal de cada um. É uma bomba muscular de alto ajuste Parede do coração: Externa ! endocárdio Média ! miocárdio Interna ! epicárdio (lâmina visceral do pericárdio seroso) Configuração Externa: 4 câmaras (átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo esquerdo). Na formação embrionária surgem primeiro as aurículas, depois elas vão diminuindo de tamanho e em compensação os átrios vão aumentando de tamanho, ficando mais importante que as auriculas na fase adulta. Hematose: troca de gases – CO2 ! O2 – acontece nos pulmões. Ciclo cardiáco: É como o sangue passeia dentro do coração. Ele possui 4 cavidades. 2 cavidades são de recepção de sangue (átrios) e 2 cavidades de ejeção de sangue (ventriculos). O átrio direito recebe 2 veias, veia cava superior e veia cava inferior. Essas veias trazem para o coração sangue rico em CO2. Do átrio direito o sangue passa para o ventrículo direito. No ventrículo direito o sangue sai pelo tronco pulmonar, que se divide em duas artérias: artéria pulmonar direita e artéria pulmonar esquerda. Essas artérias levam sangue rico em CO2 para os pulmões. O conceito de artéria e veia não tem nada a ver com o tipo de sangue que transporta (rico em CO2 ou O2), a definição de artéria é uma vaso que sai do coração. Grande parte das artérias levam sangue rico em O2, mas a artéria pulmonar por exemplo leva sangue rico em CO2. Esse sangue rico em CO2 chega no pulmão e ocorre a hematose (troca gasosa), até a cor do sangue muda. O sangue rico em CO2 tem uma cor de vinho e o sangue rico em O2 é um vermelho vivo. Esse sangue que estava no pulmão volta para o coração pelo átrio esquerdo através de 4 veias, chamadas de veias pulmonares. Essas veias pulmonares trazem sangue rico em oxigênio. Do atrio esquerdo o sangue passa para o ventrículo esquerdo, que manda o sangue para todo o corpo através da artéria aorta. O sangue então começa a perder O2 para os tecidos e vai ficando pobre em O2 e rico em CO2. Assim esse sangue rico em CO2 volta para o coração através das veias cavas superiores e inferiores. O ciclo se repete. Existe o conceito de grande circulação (circulação sistêmica) e pequena circulação (circulação pulmonar). Quando falamos em grande circulação estamos falando do sangue que sai do ventrículo esquerdo e vai para o corpo todo. Em seguida, do corpo o sangue volta para o átrio direito. Ventrículo esquerdo - corpo - átrio direito. A circulação pulmonar corresponde ao sangue saindo do ventrículo direito, indo para o pulmão e retornando para o átrio esquerdo. Ventrículo direito - pulmão - átrio esquerdo. Valvas cardíacas: • Bicúspide ou mitral: entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo • Tricúspide: entre o átrio direito e o ventrículo direito Elas possibilitam a passagem de sangue dos atritos para os ventrículos, porém apenas nesse sentido. Elas impede o retorno do sangue do ventrículo para o átrio. • Átrio Direito Possui uma estrutura lisa e uma rugosa. A parte rugosa existe por causa da presença dos músculos pectínios ou pectinados. Esses músculos existem apenas no átrio direito e nas aurículas direita e esquerda (“orelhinhas na parte de cima dos átrios”). Isso é um remanescente da embriologia, não tem função especifica. Crista terminal é a junção da parte rugosa coma parte lisa. Existe o septo interatrial (entre os dois átrios). Nesse septo existe uma depressão, chamada de fossa oval (remanescente do forame oval). O forame oval esta presente na nossa vida embrionária, sendo um buraco que comunica o átrio direito com o átrio esquerdo. Nessa fase a gente não respirava, nosso pulmão estava colabado, mas a Mae manda para o feto todo o sangue rico em nutrientes e em O2. Esse sangue chega no átrio direito e não precisa passar para o ventrículo direito para ir para o pulmão, até porque o pulmão esta fechado. Assim, o sangue chegava no átrio direito e passava direto para o átrio esquerdo, indo em seguida para o ventrículo esquerdo e para o corpo do feto. Isso é a vida fetal. Porem quando nascemos as coisas mudam, por isso que choramos ao nascer. O forame oval (buraco) precisa se fechar, restando a fossa oval (depressão - remanescente do forame oval). Na realidade esse buraco não se fechou antes por diferença de pressão, relacionado com a fisica. Quando o pulmão esta fechado (antes do nascimento), a pressão no átrio direito esta muito alta, empurrando o sangue para o átrio esquerdo. Porem quando nascemos o pulmão expande e o sangue começa a ir para o pulmão, aumentando a pressão no átrio esquerdo, o que resulta no fechamento do forame oval. Se o forame oval não se fechar de forma adequada – CIA – Comunicação Interatrial. É uma má formação congênita. Chamada também de defeito no septo interatrial. O diagnostico é feito por ausculta cardíaca, com a existência de sopro cardiáco. Valva Tricúspide ou Valva Interventricular Direita ! está no ósteo atrioventricular direito. É uma valva com três cúspides. Permite a passagem do sangue em uma determinada fase do ciclo e impede o retorno de sangue em outra parte do ciclo. Valva = conjunto Válvula = cada cúspide A válvula mitral se fecha em linha e a válvula tricúspide fecha em y. Assim, a válvula mitral é mais resistente a pressão. O lado direito do coração não funciona sobre pressão e sim sobre volume, então a valva tricúspide vai fechando de acordo com o enchimento do ventrículo direito, pois o sangue vai encostando na valva. Em razão disso essa valvatricúspide precisa de uma superfície de contato maior, quanto mais cúspide mais facilmente vai fechar e melhor a valva vai funcionar. • Ventrículo Direito Bombeia sangue para o pulmão Olhando pelo ventrículo direito, a gente vê a valva tricúspide por baixo. O aparelho que forma as valvas (aparelho valvar) é formado pelas cúspides (válvulas), as cordas tendíneas e os músculos papilares (músculo papilar anterior, músculo papilar posterior e músculo papilar septal). Cada cúspide é fixada a um músculo papilar, não necessariamente aos mesmos músculos papilares. Esse músculo serve para segurar a válvula no momento da contração, evitando que a valva tricúspide volte para dentro do átrio, impedindo o refluxo sanguíneo do ventrículo para o átrio. A parede do ventrículo direito (bem como a do esquerdo) é rugosa em decorrência das trabéculas cárneas (aparência de carne). O músculo cardíaco (miocárdio) não é um músculo longitudinal como o bíceps, por exemplo – as fibras musculares são em espiral, de modo que ela termina como se fosse um nó (uma fibra se entrelaçando na outra). Isso causa o aspecto rugoso no interior dos ventrículos. Existe, ainda, uma trabécula que só aparece no ventrículo direito, chamada de trabécula septo-marginal, que sai do septo em direção à margem do coração. Essa trabécula é onde passa o ramo direito do coração. Possui o septointerventricular, que separa o ventrículo direito do ventrículo esquerdo. Dele sai a valva semilunar pulmonar. • Átrio Esquerdo Ele é liso, diferente do átrio direito que tinha uma parte rugosa Já a aurícula esquerda tem músculos pectíneos. Possui o ósteo atrioventricular esquerdo, na conexão do átrio esquerdo com o ventrículo esquerdo. Neste ósteo, tem uma valva: atrioventricular esquerda ou bicúspide ou mitral – 2 cúspides e 2 músculos papilares, que são maiores. As cordas tendineas são mais grossas também. • Ventrículo Esquerdo Mais forte/espesso que o direito, porque é dele que sai a artéria aorta que tem que levar sangue para todo o organismo Miocárdio 3 a 4 x mais espesso que do ventrículo direito As cordas tendíneas e os músculos papilares da mitral são vistos pelo ventrículo esquerdo – esses músculos fixam-se lá e as cordas conectam cada um desses músculos a uma cúspide da valva Músculos papilares maiores que no direito Dele sai a valva semilunar aórtica Válvulas semilunares: Corresponde à artéria aorta que sai do ventrículo esquerdo e o tronco pulmonar que sai do ventrículo direito. Composta por 3 “bolsinhas” que se enchem de sangue quando o coração relaxa (diástole) impedindo que o sangue retorne para os ventrículos após a sístole. Sístole: Quando o coração contrai. As duas valvas atrioventriculares (bicúspide e tricúspide) se fecham e as valvas semilunares (aorta e tronco pulmonar) se abrem. Diástole: Quando o coração relaxa. As duas atrioventriculares (bicúspide e tricúspide) se abrem e as valvas semilunares (aorta e tronco pulmonar) se fecham. Sons Cardíacos: O “Tum” é o barulho do sangue batendo para promover o fechamento das duas valvas atrioventricualres (mitral e tricúspide) – ocorre na sístole. O “Tá” – quando o coração relaxa na diástole e o sangue tende a voltar, promovendo o fechamento das valvas semilunares aórtica e pulmonar. As bulhas (B1 e B2) da ausculta cardíaca ! a primeira bulha representa a sístole e a segunda a diástole. Quando uma das valvas é danificada pela pericardite, ouvem-se sopros na ausculta, da pra saber pela bulha se são atrioventriculares ou semilunares, em razão dos focos da ausculta. Se a gente coloca o estetoscópio onde a gente escuta a mitral e escuto o sopro, é na mitral. Se a gente coloca o estetoscópio onde escutamos a tricúspide e há sopro, o sopro é na tricúspide. O sopro de regurgitação acontece na sístole, onde as valvas semilunares não se fecham adequadamente. Se a valva aórtica for destruida, o som vai ser tum tchaaaaaaa. Isso porque o problema é na diástole. Um dos sintomas é a dor torácica, porque se tiver algum furo presente na valva aórtica as coronárias não conseguem receber sangue suficiente. O grau de intensidade do sopro depende da lesão. Sopros de estenose ! por calcificação, as valvas não se abrem direito – diminuição de diâmetro funcional. A valva bicúspide é muito mais eficaz sob pressão, por isso o artista lá de cima a colocou no lado esquerdo. No lado direito, como este trabalha com diferenças de volume, a tricúspide é mais apropriada, realmente, pois aumenta a superfície de contato com o sangue, fazendo com que ela se feche melhor, adapte-se melhor ao volume sanguíneo. Tamanho do coração pode ser analisado, por uma radiografia por exemplo, que teve der aproximadamente o tamanho da metade do tórax. Hoje existe exames mais modernos para isso. A cavidade mais anterior do coração é o ventrículo direito. Já a cavidade mais posterior do coração é o átrio esquerdo. A cavidade mais a esquerda do coração é o ventrículo esquerdo. A cavidade mais a direita do coração é o átrio direito. A cavidade do coração mais próxima do esterno é o ventrículo direito e a cavidade mais próxima da coluna vertebral é o átrio esquerdo. O átrio esquerdo quando aumentado empurra o esôfago para trás. Essas informações são importantes para analisarmos possíveis problemas nos exames e correlacioná-los com as cavidades corretas. O nosso coração não é sensível a dor, não possui receptor de dor, porém a dor do esôfago pode ser confundida com dor no coração, pois esse último é uma dor referida. Patologias: CIA - COMUNICAÇÃO INTERATRIAL: Comunicação entre os átrios. Ducto arterioso ou canal arterial: Existe apenas na vida fetal. É uma comunicação entre o tronco pulmonar (artéria pulmonar esquerda) e a aorta. Se fecha no nascimento e se transforma em um ligamento chamado ligamento arterial. Se essa comunicação não se fechar, gera uma doença chamada de PCA – Persistência do Canal Arterial: Causa um sopro característico – sopro em maquinaria locomotiva (parece uma locomotiva de trem). Esse sopro em PCA tem uma outra característica – causa uma sobrecarga no pulmão e na artéria pulmonar, fazendo com que a pressão na artéria pulmonar aumente cada vez mais, até que se torna maior que na aorta, quando o fluxo se inverte ! parte do sangue começa a se direcionar para a aorta. Mas, como o sangue da pulmonar é rico em CO2 e o da aorta rico em O2, vai haver uma mistura, e o paciente vai apresentar cianose. Uma cianose diferencial, que só acontece nos membros inferiores, pois a mistura só ocorre depois dos ramos da aorta que levam sangue aos membros superiores. Massagem cardiaca ou compressão toraxica: É para ser feita em ultimo caso. Vascularização do coração As artérias que vascularizam e nutrem o coração são as coronárias – formam uma coroa em volta do coração. Existe a artéria coronária direita e a esquerda. Elas se originam das saculações da aorta – seio aórtico. As coronárias se enchem de sangue na diástole, o que é importante, pois, se o coração não relaxa por excesso de contrações rápidas (elevada frequência cardíaca), as coronárias não se enchem e causa dor no tórax. Quando há essa dor, não necessariamente há uma obstrução nas coronárias, o problema pode ser solucionado através de uma manobra vagal, que faz com que o coração bata mais devagar, diminuindo a frequência cardíaca, tendo mais tempo de diástole e com isso as coronárias conseguem se encher de sangue adequadamente. Se uma valva do seio aórtico estiver furada (insuficiência aórtica, o sangue vai passar direto e não vai encher as coronárias ! um dos sintomas: dor torácica. Cone arterial é a transição entre o ventrículo direito e o tronco pulmonar. Artérias Coronárias • Coronária Direita o Ramos: 1. Artéria para o Nó Sinoatrial 2. Artéria Marginal Direita 3. Artéria para o Nó Atrioventricular 4. Artéria Interventricular Posterior • Coronária Esquerda: apenas 2 ramos. o Ramos: 1.Artéria Interventricular Anterior, passa anteriormente entre ventriculos – dela sai a artéria diagonal (outro ramo) 2. Artéria Cincunflexa, circula o coração - dela sai a artéria marginal esquerda (outro ramo) OBS: Os dois primeiros ramos da aorta são as duas coronárias (direita e esquerda). Não falamos que a artéria diagonal e a artéria circunflexa são ramos da coronária esquerda. Elas são ramos de outros ramos. • Obstrução em qualquer uma dessas artérias ! infarto agudo do miocárdio. Pode ser causada por uma placa ateroma (gordura). Quando obstrui pode haver a necessidade de fazer um cateterismo. A placa de ateroma pode arrebentar, o que pode causar a formação de um coagulo em questões de segundo, causando um infarto. Existe um remédio para esses coágulos, o trombolítico. ‣ Sintomas: dor do lado esquerdo do peito que se irradia para o braço. Mas pode ser uma dor referente, variada, em lugares diferentes em relação à região que está infartando. Paciente sente que está em iminência de morte, como se um trator passasse sobre seu peito. ‣ Substâncias trombolíticas quebram os trombos e liberam o caminho para o sangue, ainda que a placa de ateroma ainda esteja lá na coronária, obstruindo-a (Estreptococo beta-embolítico ! faz hemólise). • Aneurisma de ventrículo ! Se romper, o ventrículo esquerdo está rompendo, então o paciente morre em questão de minutos. Usa-se, muitas vezes, anticoagulantes, a fim de não permitir que se formem trombos naquele sangue parado. É consequência do infarto do miocárdio. A cirurgia tem péssimo prognóstico, pois a chance do paciente fibrilar é imensa. A forma mais eficaz é tratar com remédios e não deixar a pressão arterial subir, porque se não rompe. Seio Coronário • É a veia que drena o coração, desemboca no átrio direito, isso porque todas as veias do coração terminam no átrio direito. Formado pela confluência de três veias: veia cardíaca magna, veia cardíaca parva e veia interventricular posterior. O sangue que esta dentro do átrio direito passa por um dilema, para que ele vai passar pela veia cardíaca parva para ir para o seio coronário e voltar pro átrio direito, se ele já esta no átrio direito? Existe minúsculas veias em todas as cavidades cardíacas em que o sangue vai direto pra lá. Isso não é muito frequente, porque a maioria do sangue vai para o seio coronário pra drenar o coração. Essas veias são chamadas de veias cardíacas mínimas. Complexo Estimulante – Sistema de Condução • Ele não apenas conduz o impulso elétrico, ele induz também. • Tem a propriedade do automatismo, ele que manda o coração bater a uma determinada frequência. • O coração é insensível ao calor e ao corte. Porém, o coração dói quando acontece uma isquemia, quando começa a faltar sangue no coração. • A dor no coração é uma dor visceral, não é localizada em um ponto específico, é uma dor referida. • O coração bate automaticamente a partir de estruturas de estímulos automáticas – complexo estimulante. • Formado por: nó sinoatrial ! nó atrioventricular ! Feixe de Hiss (Fascículo Atrioventricular - nome mais usado hoje) – divide-se em ramos direito e esquerdo ! desses ramos saem as Fibras de Purkinje (Ramos Subendocárdicos - nome mais correto hoje). • Todo o sistema é automatico. O nó sinoatrial é automático, mas o nó atrioventricular também é. Se o nó sinoatrial parar de funcionar, o nó atrioventricular assume, porem com uma freqüência cardíaca menor. • O nó sinoatrial comanda porque manda o coração bater em uma frequência maior. • Se falhar ! marca-passo. O nó sinoatrial é nosso marcapasso natural. EXPLIQUE A DIFERENÇA ENTRA O COMPLEXO ESTIMULANTE E A INVERVAÇÃO DO CORAÇÃO: O complexo estimulante faz o nosso coração bater automaticamente, ele gera o impulso elétrico que faz o coração bater. A inervação do coração é feita por estruturas simpáticas e parasimpaticas, pode fazer com o que o nosso coração bata mais rápido ou mais devagar. Alem disso, ela leva a informação de dor do tecido cardíaco.
Compartilhar