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EXAME DA FUNÇÃO CEREBELAR

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EXAME DA FUNÇÃO 
CEREBELAR 
A avaliação clínica da função 
cerebelar objetiva detectar 
principalmente: 
- Dismetria 
- Decomposição do movimento 
- Disdiadococinesia 
 
PROVA ÍNDEX-NARIZ 
 
É solicitado ao paciente que: 
1°) Estenda o membro superior 
completamente; e depois 
2°) Toque a ponta do nariz com a 
ponta do dedo indicador. 
 
Demonstras a tarefa em vez de 
descrevê-la pode economizar um 
tempo precioso. 
 
São existentes algumas variações, mas 
pode-se começar por um dos membros, 
lenta e depois rapidamente, com os 
olhos abertos e depois fechados. 
 
O membro contralateral é testado na 
sequencia. 
Depois, o examinador pede ao 
paciente que toque o nariz primeiro 
com um membro e depois com o outro 
algumas vezes. 
 
Durante essa manobra, o membro que 
não está tentando tocar o nariz deve 
ser mantido em extensão. 
 
Para concluir, o indicador do 
paciente deve tocar seu nariz e 
retornar a posição inicial 
repetidamente. 
 
Os pacientes com Ataxia Apendicular 
frequentemente erram o alvo e 
acertam outras partes do rosto. 
Muitas vezes, há uma pausa antes do 
indicador atingir o alvo, após a qual 
ele continua lentamente a mover-se 
para completar o ato. 
 
 
 
 
Podem ocorrer muitas paradas e 
acelerações, e o movimento 
desintegrar-se, evidenciando seus 
componentes individuais. 
 
Há um tremor de ação que varia de 
acordo com a gravidade da ataxia, ela 
pode ser caracterizada como: 
 Discreta incoordenação e surgir 
somente quando o paciente se 
aproxima do alvo nos casos leves. 
 Manifestar com amplas oscilações 
desde o início, impedindo a 
realização da tarefa em casos mais 
graves. 
 
PROVA ÍNDEX-ÍNDEX 
 
O paciente abduz os braços e os 
mantém bem afastados, antes de 
trazer a ponta dos seus dedos 
indicadores em direção a linha média 
e tentar tocá-los. 
 
A manobra é realizada lenta e depois 
rapidamente, com os olhos abertos e 
depois fechados. 
 
Na doença cerebelar unilateral, o 
dedo do lado normal pode ter que 
cruzar a linha média para alcançar o 
dedo do lado afetado. 
 
PROVA CALCANHAR-JOELHO 
 
Solicita-se ao paciente que toque o 
joelho com o calcanhar, deslize-o por 
cima da crista tibial até o hálux e, 
então, traga-o de volta em direção ao 
joelho. 
Os achados são análogos aos das 
provas do membro superior. 
 
O paciente pode não acertar o joelho e 
tem dificuldade de manter o 
calcanhar sobre a crista tibial, 
apresentando desvios. 
 
 
 
 
PROVA ARTELHO-DEDO 
O paciente deve tocar o dedo do 
examinado com o hálux. 
O joelho é mantido dobrado nessa 
manobra. Os achados são similares 
aos da prova índex-nariz: 
 
- Os pacientes com Ataxia 
Apendicular frequentemente erram o 
alvo. 
 
MOVIMENTOS RÁPIDOS E 
ALTERNADOS 
 
Movimentos opostos rapidamente 
sucessivos são úteis para flagrar 
Disdiadococinesia. 
 
O paciente com doença cerebelar tem 
dificuldade de alternar a contração de 
agonistas e relaxamento de 
antagonistas com as ações contrárias. 
 
Uma manobra comum é solicitar que 
o paciente bata a palma e o dorso das 
mãos sobre as coxas. Para esse exame: 
 A posição é sentada 
 Os dois membros superiores são 
avaliados simultaneamente. 
 
O paciente deve ser incentivado a 
realizar os movimentos com a maior 
velocidade possível, com os olhos 
abertos e depois fechados. 
 
Outra alternativa é pedir que o 
paciente toque a ponta de cada dedo 
de uma das mãos com o polegar (da 
mesma mão). A sequencia sugerida é 
indicador – dedo mínimo – indicador. 
 
Bater um dos pés no chão 
repetidamente permite avaliar os 
membros inferiores. 
Pode-se ainda pedir que o paciente 
bata a ponta do calcanhar na pele 
logo abaixo do joelho algumas vezes. 
 
 
 
 
Em todas essas manobras o 
examinador deve observar o (a): 
- Ritmo 
- Frequência 
- Precisão 
- Regularidade dos movimentos 
- Além de considerar o pior 
desempenho como o mais 
significativo. 
 
Na disfunção cerebelar, o ritmo é 
perdido, e a frequência torna-se 
variável. Nela pode ser notada 
fatigabilidade: o desempenho no 
início da manobra é normal, mas após 
algumas repetições surge franca 
incoordenação. 
 
PROVAS DE PARADA E 
FENÓMENO DE REBOTE 
Um músculo agonista que está se 
contraindo contra a resistência tende 
a mover uma extremidade, se a 
resistência cessar bruscamente. 
 
Em condições normais, isso não 
ocorre porque o relaxamento do 
músculo agonista e a contração de 
músculos antagonistas freiam o 
movimento e proporcionam a parada. 
 
Na disfunção cerebelar, as relações 
entre músculos agonistas e 
antagonistas estão desordenadas, e a 
resposta de freio ou parada pode ser 
anormal. 
 
 Teste de rebote de Sterwart-
Holmes 
 
Presta a avaliar esse aspecto da 
ataxia. Consiste em solicitar ao 
paciente que mantenha seu braço 
abduzido e o antebraço em flexão e 
supinação, com o punho cerrado. 
 
Uma mesa pode ser usada como apoio 
ou membro superior pode ser mantido 
junto ao corpo. 
O examinador traciona o antebraço do 
paciente como que tentando trazê-lo 
 
 
 
para a posição de extensão e 
subitamente remove toda a resistência 
aplicada. 
 
Em circunstâncias normais, uma 
contração vigorosa dos extensores 
evita que o punho atinja o ombro ou a 
boca do paciente. 
Essa sequência de eventos foi batizada 
de fenômenos de rebote. 
 
Em pacientes com doença cerebelar, o 
fenômeno de rebote está diminuído ou 
ausente e não há freio para o 
movimento do antebraço no teste de 
rebote de Holmes. 
 
Nos Membros Inferiores, o fenômeno 
de rebote pode ser pesquisado na 
extensão ou flexão do quadril, joelho 
ou tornozelo contra a resistência do 
examinador, que é retirada de forma 
súbita. 
 
A resposta é anormal, quando a 
extremidade continua a mover-se 
quando a resistência cessa. Os achados 
do teste de rebote devem ser 
interpretados de acordo com o 
contexto clínico. 
PROVAS DA PARADA DOS 
BRAÇOS 
Nesta prova, o examinador mantém 
seus braços em extensão e solicita ao 
paciente que tente manter as pontas 
de seus dedos no mesmo nível 
daqueles que o está avaliando. 
Em seguida, o examinador move seus 
braços para cima e para baixo, 
interrompendo bruscamente o 
movimento em várias posições. 
 
Quando disfunção cerebelar está 
presente, as mãos do paciente 
continuam a mover-se depois que as 
do examinador pararam. 
 
Quando a lesão se encontra no 
hemisfério cerebelar, a mão do mesmo 
lado ultrapassa o alvo, enquanto a 
mão do lado sadio consegue manter-se 
no mesmo nível da do examinador. 
 
 
 
 
 
 
TESTE DA ULTRAPASSAGEM 
DO ALVO 
Este teste se inicia com o examinador 
e o paciente um em frente do outro, 
com os braços estendidos e os dedos 
indicadores apontados um para o 
outro sem encostar. 
 
Em seguida, o paciente deve elevar os 
membros estendidos, acima da cabeça, 
com a ponta do indicador apontando 
para o teto da sala e tenta trazê-los de 
volta á posição horizontal, ao nível 
dos dedos do médico. 
 
Algumas tentativas são realizadas 
com os olhos aberto e depois fechados. 
 
 Paciente normal: não tem 
dificuldade de realizar a tarefa, 
independente do auxílio visual. 
 Disfunção cerebelar: o indicador 
do paciente se desvia lateralmente, 
ultrapassando o alvo. 
 Lesão cerebelar: ocorre o desvio 
ocorre em direção ao lado da lesão, 
e sua amplitude aumento com a 
repetição do teste. 
 
OBS: As anormalidades estão mais 
evidentes com os olhos fechados. 
 
Se o dano cerebelar for leve, o desvio 
só ocorrerá com os olhos fechados, 
enquanto pacientes com lesões graves 
falham mesmo quando estão vendo o 
alvo. 
 
 
PROVA DOS BRAÇOS 
ESTENDIDOS (MINGAZZINI) 
 
Nesta prova, o paciente é solicitado a 
fechar os olhos e tentar manter os 
membros superiores estendidos na 
 
 
 
horizontal, com os braços na 
horizontal. 
 
Tradicionalmente é empregada paraflagrar: 
- Fraqueza muscular discreta: 
resultante de uma disfunção do 
neurônio motor superior. 
 
O teste é positivo quando ocorre um 
desvio para baixo da extremidade par 
ética, acompanhado de pronação. 
 
 Doença cerebelar: restrita a um 
dos hemisférios, o membro 
ipsolateral à lesão desvia-se para 
fora, às vezes para cima, e 
raramente para baixo. 
 
 
 
 
 
(IMAGEM: Lesão cerebelar no 
hemisfério esquerdo). 
 
 
 Vestibulopatias: ocorre desvio dos 
dois membros para o lado do 
ouvido acometido. 
 
 
 
(IMAGEM: Vestibulopatia esquerda) 
 
MANUTENÇÃO DE POSIÇÃO 
NOS MEMBROS INFERIORES 
Pede-se ao paciente, na posição 
deitada, que eleve, gradualmente e de 
forma alternada, as extremidades 
inferiores. 
 
Pode haver: 
- Oscilações 
- Abdução 
- Adução 
- Rotação 
- Espasmos durante o movimento. 
- Desvio lateral do membro (que se 
encontra do mesmo lado da lesão 
cerebelar). 
 OBS: Manter os olhos do paciente 
fechados sensibiliza as manobras. 
 
 
 
MARCHA 
Quando a lesão responsável se 
encontra no vérmis cerebelar, os 
pacientes tem arranques explosivos, 
cambaleiam e o desvio lateral não tem 
direção preferencial. 
 
É uma marcha que remete a marcha 
vista na intoxicação alcoólica aguda. 
Disfunção de um dos hemisférios 
produz uma marcha com tendência de 
desvio e queda para o lado do doente. 
 
É solicitar que o paciente caminhe em 
torno de uma cadeira no sentido 
horário e depois no anti-horário. 
 
Sendo que: 
 Quando a cadeira está do lado da 
lesão  O paciente tende a cair em 
direção a ela. 
 Quando a cadeira está no lado 
contralesional  Ele se afasta, 
descrevendo uma aspiral. 
 
DISSINERGIA TRONCO-
MEMBROS 
 
Também chamada de Prova de 
Babinski, ela evidencia ataxia axial 
nos paciente cerebelopatas. 
 
O paciente em decúbito dorsal 
horizontal com os braços cruzados 
sobre o tórax e solicita-se que o 
mesmo assuma a posição sentada sem 
o auxílio das mãos. 
 
Pacientes com lesões cerebelares 
vermianas, apresentam dificuldade e 
incapacidade de assumir tal posição 
evidenciada pela elevação dos 
membros inferiores  Nestas 
situações elas deveriam possuir 
contanto constante com a maca. 
 
 
 
 
ESCRITA 
O paciente atáxico geralmente 
apresenta hipermetria (aumento da 
letra + assimetria delas). 
 
 
SÍNDROMES CEREBELARES 
As manifestações de uma doença 
cerebelar variam de acordo com a 
localização das lesões. Duas delas são 
as principais: 
 Síndrome hemisférica 
 Síndrome do vérmis 
 
SÍNDROME DO VÉRMIS OU 
DA LINHA MÉDIA 
As lesões do vérmis e sua síndrome 
são caracterizadas por: 
- Ataxia da marcha, sem alteridade 
nos desvios; 
- Tendência a queda. 
 
 
O termo titubeação é empregado para 
descrever movimentos 
anteroposteriores da cabeça e do 
tronco, tipicamente observados na 
posição sentada e com frequência de 3 
a 4 Hz. 
 
Disartria é vista frequentemente e 
pode ocorrer nistagmo. 
 
O nistagmo não costuma ter direção 
preferencial, mas se acompanha de 
fenômeno de rebote. 
 
 
 
 
 
 
Há pouca ou nenhuma anormalidade 
envolvendo os membros, em 
particular os segmentos mais distais e 
as extremidades superiores. 
O exemplo mais representativo de 
síndrome do vérmis é a degeneração 
cerebelar alcoólica. 
 
OBS: 
- Abasia: dificuldade de marcha 
- Astasia: dificuldade de manter-se 
em pé 
São situações que podem ocorrer a 
depender da gravidade. 
 
SÍNDROME HEMISFÉRICA 
As manifestações da síndrome 
hemisférica são apendiculares e 
unilaterais. 
 A lesão é ipsolateral aos sinais de 
ataxia. 
 
No lado da lesão há: 
- Dismetria 
- Decomposição 
- Disdiadococinesia 
- Tremor 
A postura e marcha são relativamente 
poupadas, mas não normais. 
 
Pode ocorrer tendência à queda ou 
desvio da marcha para o lado da 
lesão. Nistagmo pode ser encontrado. 
 
Disartria é muito menos comum que 
na síndrome do vérmis. 
 
A principal causa é o acidente 
vascular cerebral. 
 
SÍNDROME PANCEREBELAR 
Doenças afetam difusamente o 
cerebelo produzindo uma síndrome 
que combina os achados da: 
- Síndrome vermiana 
- Síndrome hemisférica 
 
Os seus sinais são: 
- Ataxia apendicular que ocorre de 
forma bilateral e relativamente 
simétrico. 
- Disartria 
- Ataxia da marcha 
- Anormalidades da movimentação 
ocular. 
 
 
 
Um exemplo de sua causa são as 
intoxicações exógenas.

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