Buscar

Mastocitoma Canino

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Julia Silva
Mastocitoma Canino
Estudos realizados no brasil, apontam as neoplasias como a segunda maior causa de mortes em animais de companhia e como a primeira, em animais idosos, o mastocitoma, neoplasia de mastócito, ocorre frequentemente em cães, representando mais de 20% de todos os tumores de pele nesta espécie. 
Ele possui um comportamento biológico extremamente variável, o sistema de graduação desenvolvido por Parnaik em 1984 define o mastocitoma em grau 1 ate 3. 
Etiologia 
Por se tratar de uma doença neoplásica, a causa pode ser multifatorial, sendo muitas vezes difícil encontrar apenas um fator determinante para o desenvolvimento desta neoplasia. Os tumores podem se encontrado em locais de inflamações crônicas de pele, alguns estudos sugerem a possibilidade de envolvimento viral, enquanto a maior incidência do mastocitoma canino, em certas raças, aponte para uma etiologia genética. 
Sinais Clínicos 
Eles podem se parecer com qualquer lesão primaria ou secundaria de pele, como pápula, nódulo, tumor e crosta. As localizações mais comuns são em tronco, períneo, extremidades, cabeça e pescoço.
Os localizados na região prepucial, inguinal e perineal na maioria das vezes apresentam malignidade maior, podendo varias desde um comportamento menos agressivo até extremamente agressivo, levando a ocorrência de metástase e, eventualmente a morte. 
Diagnostico e Estadiamento 
A avaliação das células coletadas através da punção aspirativa por agulha fina (PAAF) é o método mais simples e menos invasivo para se chegar ao diagnostico. A biopsia excisional é necessária para avaliação do grau histológico do tumor e para avaliar se há presença ou não de margem cirúrgica. 
Após o diagnostico é preciso realizar o estadiamento clinico, que é realizado de acordo com algumas regras internacionais, desenvolvidas pela organização mundial de saúde (OMS). Dentre os exames que podem ser necessários para estadear o paciente, estão: raio x abdominal e torácico, ultrassonografia abdominal e citologia de linfonodos e medula óssea. 
O hemograma, perfil bioquímico e urinalise também são exames importantes para avaliar o estado geral do paciente, apesar de não influenciarem no estadiamento clinico. O estadiamento da doença esta relacionado com sua extensão no momento do diagnóstico. Para esta classificação utiliza-se segundo Fox (1998), estádios de 1 a 4.
Tratamento 
A escolha do tratamento depende muito dos indicadores prognósticos, que são parâmetros possíveis de serem mensurados no momento do diagnóstico. A cirurgia radial é o tratamento de escolha na maioria das vezes, recomendando margem cirúrgica de pelo menos três centímetros em cada direção da massa e apesar das margens se mostrarem limpas, não é garantido que não haja recidiva do tumor. 
A citorredução é uma outra opção para aqueles casos que se apresentam em regiões difíceis de serem operadas, através da utilização de alguns fármacos. 
A radioterapia e quimioterapia se mostraram bastante efetivas para eliminar a doença após a completa excisão cirúrgica dos mastocitomas grau 1 e 2, mas infelizmente animais com mastocitomas grau 3 não respondem tão bem, devido a metástase.
Prognostico 
A determinação do prognostico e da terapêutica dos mastocitomas ainda é baseada no grau histológico deste tumor. Existe uma grande dificuldade em se prever o comportamento biológico, porem recentes descobertas através do uso da biologia molecular, como por exemplo o índice de proliferação celular, a localização de receptor KIT e a identificação da mutação no c-KIT, tem demonstrado resultados promissores na compreensão deste comportamento. 
REFERENCIAS
ALENCAR, G. B. Mastocitoma Canino: Revisão de Literatura. Universidade Federal de Minas Gerais, MG, 2013.
BENTUBO, H.D.L. et al. Expectativa de vida e causas de morte em cães na área metropolitana de São Paulo (Brasil). Ciência Rural, v.37, n.4, p.1021-1036, 2007.
COUTO, C. G., Neoplasias Específicas em Cães e Gatos. In: NELSON, R. W., COUTO, C. G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 4.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. cap.82. p.1201-1205.
DALECK, C. R., ROCHA, N. S., FURLANI, J. M. et al. Mastocitoma. In: DALEK, C. R., DE NARDI, A. B., RODASKI, S. Oncologia em cães e gatos. 1.ed. São Paulo: Roca, 2009. cap.16. p.281-292.

Continue navegando