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Bronquiolite Viral Aguda em Crianças

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Anny Caroline 
 Bronquiolite 
 A bronquiolite viral aguda (BVA) é uma infecção do trato respiratório inferior 
que resulta da obstrução inflamatória de pequenas vias aéreas. Acomete crianças 
menores de 2 anos de idade. 
 É uma infecção sazonal, sendo mais comum no inverno. 
 Epidemiologia: 
Principal agente etiológico → vírus sincicial respiratório. 
Outros: influenza, rinovírus, parainfluenza (tipos 1 e 3), adenovírus, metapneumovírus, 
entre outros. 
A fonte de infecção geralmente é um familiar ou colega de creche, já que a transmissão ocorre por contato direto ou 
por meio de secreções contaminadas. 
 Fatores de risco: 
− Idade menor que 6 meses; 
− Idade menor que 3 meses (maior gravidade); 
− Prematuridade; 
− Baixo peso ao nascer; 
− Desnutrição; 
− Imunodeficiências; 
− Aglomerações; 
− Cardiopatias e doenças pulmonares crônicas (maior risco de morbimortalidade); 
− Doenças neurológicas; 
− População de baixa renda; 
− Ausência de amamentação; 
− Tabagismo passivo (mãe tabagista na gestação principalmente). 
 Quadro clínico/Diagnóstico: 
 O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado nos sinais e sintomas da doença, não havendo indicação rotineira 
do uso de testes específicos de detecção viral. 
- Idade: crianças menores de 2 anos; 
- Sintomas leves de vias aéreas superiores (rinorreia + espirros + congestão nasal); 
- Febre: pode haver ou não o histórico de febre, principalmente na fase prodrômica (inicial). A ausência não exclui o 
diagnóstico. 
- Tosse: seca e associada a sibilância; 
- Taquipnea; 
- Tiragem intercostal; 
 Anny Caroline 
- Presença de crepitantes na ausculta pulmonar. 
Critérios clínicos que indicam gravidade: intolerância ou inapetência alimentar, presença de letargia, história 
pregressa de apneia e sinais de desconforto respiratório, como taquipnea, aleteo sanal, tiragem grave, gemência e 
cianose, desidratação e Hipoxemia (SatO2 < 94%). 
 A avaliação radiológica não deve ser considerada uma medida obrigatória para todos os pacientes portadores 
de BVA. A radiografia de tórax pode ser útil nos casos graves, quando ocorre piora súbita do quadro respiratório ou 
quando existem doenças cardíacas ou pulmonares prévias. 
 Exames laboratoriais não devem ser solicitados de rotina. A identificação do agente etiológico (cultura, sorologia, 
imunofluorescência ou biologia molecular) não deve ser feita de rotina. No entanto, pode ser importante em 
determinadas situações: imunocomprometidos, formas graves de doença, guiar terapêutica específica, etc. 
 Complicações: 
 As complicações geralmente ocorrem em grupos de risco, acontecem no período mais crítico, que compreende as 
primeiras 48-72 horas. As principais complicações são: acidose metabólica, hipoxemia e falência respiratória. As 
complicações da fase aguda compreendem: insuficiência respiratória, pneumotórax, atelectasias, infecção bacteriana 
secundária. 
 Diagnóstico diferencial: asma, coqueluche, fibrose cística e pneumonia bacteriana. 
 Tratamento: 
 É uma infecção geralmente autolimitada, mas trata-se os sintomáticos. 
Os quadros leves e moderados são tratados ambulatorialmente: hidratação, controle da febre e da frequência 
respiratória, lavagem nasal. 
Em quadros graves que é necessário internamento: 
- Oxigenioterapia: preferencialmente administrado por cânula nasal de alto fluxo, cateter nasal, máscara, campânula 
ou oxitenda. Uma vez indicado, é necessário monitorar a saturação de oxigênio por oximetria de pulso, visando mantê-
la acima de 90%. 
- Broncodiladores inalatórios: Não usar de forma rotineira. Entretanto, se doença grave ou falência respiratória 
podem ser beneficiados com esta terapêutica. A droga de escolha é o salbutamol. * Teste de provocação * 
- Solução salina hipertônica por nebulização: tem recomendações para sua utilização em lactentes internados 
apenas, por reduzir o tempo de hospitalização. 
- Antiviral: Indicada em bronquiolite grave por VSR ou pacientes graves. Droga de escolha: Ribavirina. 
- Antibióticos: Não está indicado. Apenas que existe suspeita de coinfecção bacteriana: febre persistente, toxemia, 
ausculta pulmonar compatível com pneumonia (especialmente se assimétrica), leucograma infeccioso com desvio para 
a esquerda e aumento de PCR. 
 Prevenção: 
- Lavagem das mãos, uso de álcool em gel; 
- Evitar exposição passiva ao cigarro; 
- Aleitamento materno até os 6 meses; 
- Evitar aglomerações; 
- Imunização influenza; 
 Anny Caroline 
- Imunoglobulina. 
Imunoglobulina → Palivizumab é uma imunoglobulina hiperiumune para o vírus VSR. Fornecidade pelo SUS se tiver 
indicações: 
- Prematuridade: Até 28 semanas e 6 dias de idade gestacional, menor que 12 meses de idade no início da 
sazonalidade do VSR; 
- Doenças pulmonares: Crianças menores de 12 meses com DPCP (Doença pulmonar crônica da prematuridade) como 
menores que 32 semanas de IG, necessidade de FiO2 maior que 21 % por pelo menos 28 dias. 
- Entre 12 e 24 meses de idade e que continuam necessitando de medicações (oxigênio, diuréticos, broncodilatador ou 
corticoide) durante os 6 meses que antecedem a segunda sazonalidade do VSR. 
- Cardiopatia congênita: Se repercussão hemodinâmica, < 12 meses com cardiopatia acianótica ou < 24 meses em 
plano de transplante cardíaco. 
- Imunocomprometidos: Em <24 meses. 
- Fibrose cística: Em <12 meses. 
É aplicado em cinco doses nos meses de abril a agosto, período de circulação do vírus.

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