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1. Graduanda do curso de Engenharia Ambiental da Faculdade Anchieta de Ensino Superior do Paraná – FAESP. 2. Professora Doutora da Faculdade Anchieta de Ensino Superior do Paraná – FAESP. Orientadora. AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DE EFLUENTE HOSPITALAR SOBRE O CRESCIMENTO DE INDICADOR MICROBIANO Carolina Nunes da Silva1, Maria Carolina Vieira da Rocha2 RESUMO Uma grande preocupação da atualidade é a poluição dos corpos hídricos. Os princípios ativos de diversos medicamentos são descartados no meio ambiente, muitas vezes sem o adequado tratamento. Os antibióticos, por exemplo, quando presentes no meio ambiente, podem ocasionar o surgimento das superbactérias. O objetivo deste trabalho foi identificar a interferência dos fármacos presentes no efluente hospitalar sobre o crescimento de um indicador microbiológico. Assim, efluente bruto de um hospital oncológico foi coletado na cidade de Curitiba, Paraná e meios de cultura contendo 5%, 10%, 20%, 30%, 40% e 50% deste efluente foram produzidos. Como microrganismo indicador foi utilizado Saccharomyces cerevisiae. Após o crescimento das colônias, foi realizada as colorações com azul de metileno, e coloração de Gram. Como resultado, foi possível avaliar que o efluente não possui efeito inibitório sobre o micro-organismo indicador, e deve apresentar baixa toxicidade. Todas as placas apresentaram crescimento do micro-organismo indicador enquanto as placas de baixas concentrações apresentaram coloração Gram -, que pode indicar a presença de microrganismos ambientais com potencial patogênico. Uma possível explicação é que, em altas concentrações, o efluente inibiu o crescimento de microrganismos ambientais, já nas baixas concentrações, forneceu nutrientes para o seu crescimento. É importante salientar que os tratamentos convencionais não são capazes de remover os poluentes emergentes, como antibióticos e demais medicamentos, sendo necessário o constante monitoramento dos efluentes hospitalares e caracterização destes poluentes para a aplicação dos tratamentos eficientes. Palavras-chave: Fármacos; efluente hospitalar; microrganismo indicador; leveduras EVALUATION OF HOSPITAL EFFLUENT INFLUENCE ON MICROBIAL INDICATOR GROWTH ABSTRACT A major concern of today's pollution of water bodies. The active ingredients of various medicines are disposed of into the environment, often without proper treatment. Antibiotics, for example, when present in the environment, may lead to the emergence of superbugs. The aim of this study was to identify the interference of pharmaceuticals present in hospital wastewater on the growth of a microbiological indicator. So, raw sewage from a cancer hospital was collected in the city of Curitiba, Paraná and culture media containing 5%, 10%, 20%, 30%, 40% and 50% of this effluent were produced. As indicator micro-organism Saccharomyces cerevisiae was used. After the growth of the colonies, was held the methylene blue staining and Gram stain. As a result, it was possible to assess that the effluent has no inhibitory effect on the indicator microorganism, and must present low toxicity. All the plates presented microorganism growth indicator while the low concentrations showed Gram stain-, which may indicate the presence of environmental microorganisms with pathogenic potential. A possible explanation is that, at higher concentrations, the effluent inhibited the growth of environmental microorganisms, already in low concentrations, provided nutrients to your growth. It is important to note that conventional treatments are not able to remove the emerging pollutants such as antibiotics and other medicines, requiring the constant monitoring of hospital waste and characterization of these pollutants for the purposes of efficient treatments. Key-words: Drugs; hospital effluent; indicator micro-organism; yeasts 1. INTRODUÇÃO Uma grande preocupação da atualidade é a poluição e contaminação de ar, solo e, principalmente, água. A contaminação da água pode ocorrer através de vários meios, como esgoto doméstico não tratado, descarte de resíduos sólidos em rios ou entornos, e o modo mais grave e preocupante, contaminação por fármacos, lançados pelo homem em rios e demais corpos hídricos sem o devido tratamento. Os princípios ativos de diversos medicamentos, como por exemplo, anti- inflamatórios, hormônios e antibióticos são descartados no meio ambiente. Os fármacos podem contaminar os corpos hídricos de três maneiras: excretados pelo organismo humano após o consumo do medicamento; no efluente lançado e encaminhado às Estações de Tratamento; e no descarte incorreto de medicamentos vencidos, muitas vezes devido à falta de conhecimento da população. Há também os efluentes de instalações hospitalares lançados em corpos hídricos que, quando comparados às demais formas de contaminação citadas, podem conter a maior concentração de fármacos. Os fármacos, no meio ambiente, podem ocasionar problemas nos seres humanos e em todos os organismos eucariontes. No caso dos antibióticos, podem ocasionar o surgimento das superbactérias, ou seja, bactérias existentes no meio ambiente que fizeram modificações em seu material genético, criando assim, resistência a esses fármacos. Nos seres humanos, faz com que o corpo humano crie resistência aos princípios ativos dos medicamentos em questão, sendo ineficaz no combate de doenças. O objetivo deste trabalho foi identificar o potencial de inibição dos fármacos presentes no efluente hospitalar sobre o crescimento de um micro-organismo indicador. Para isso, foi realizada a coleta do efluente hospitalar bruto e elaborado um meio de cultura contendo diferentes concentrações do efluente, para avaliar o crescimento do microrganismo indicador selecionado, Saccharomyces cerevisiae. 2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1. Os fármacos De acordo com a Portaria n° 3.916/GM do Ministério da Saúde, de 30 de outubro de 1998, fármaco é a substância química que é o princípio ativo do medicamento A palavra fármaco origina-se do grego e significa “aquilo que tem o poder de transladar as impurezas” (KAWANO, 2006). Na Antiguidade já se utilizava preparos de origem animal, mineral ou vegetal para tratar doenças. Na Idade Média, Paracelsus (1493 – 1541) disse que “a diferença entre o medicamento e o veneno é a dose” mostrando, com isso, o início do entendimento dos efeitos dos fármacos. Com a descoberta da química orgânica, no século XIX, os primeiros medicamentos puderam ser identificados, iniciando, em 1805, pela morfina isolada por Sertuner extraída do ópio. Nos anos seguintes, muitos ouros fármacos foram descobertos, como a penicilina em 1928 por Fleming, o prontosil por Domagk em 1935, as tiazidas em1950 por Beyer e o propranolol e os barbitúricos. 2.2. Efluente hospitalar Muitos estudos já demostraram preocupação com a contaminação de águas superficiais e efluentes por fármacos, os chamados poluentes emergentes. Neste tipo de efluente podem ser encontrados antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos, hormônios e antineoplásicos (utilizados no tratamento de câncer) em concentração na faixa de micro a nano gramas por litro. Michelini (2013) cita fármacos utilizados para tratar pacientes com câncer em concentrações de 50 a 170 pg/L na Suíça. Fármacos citostáticos são utilizados na quimioterapia de pacientes com câncer, estes impedem a multiplicação e crescimento das células (SOMENSI,2013). Desta forma, este tipo de fármaco possui potencial cancerígeno e podem afetar todos os organismos eucariontes. 2.3. Microrganismos indicadores Microrganismos indicadores são grupos ou espécies de microrganismos que, quando presentes em água ou alimentos, podem fornecer informações sobre a ocorrência de contaminação, sobre a provável presença de patógenos além de indicar condições sanitárias inadequadas nomanuseio e tratamento. Para ser um microrganismo ser utilizado com indicador é necessário que o mesmo atenda a alguns critérios, como: ser fácil e rápido de detectar no meio, facilmente distinguível, não deve estar presente como contaminante natural, e deve apresentar necessidades de crescimento e velocidade de crescimento semelhante às do patógeno (PORTAL EDUCAÇÃO). As leveduras são organismos pertencentes ao grupo dos fungos, unicelulares e que se reproduzem de modo assexuado. A levedura Saccharomyces cerevisiae é um microrganismo aeróbio facultativo, que tem a habilidade de se ajustar metabolicamente, tanto em condições de aerobiose como de anaerobiose (ENGQUIMICASANTOSSP). A Saccharomyces cerevisiae possui formato oval ou esférica e suas colônias tem aspecto semelhante a das bactérias, e podem se reproduzir sexuada ou assexuadamente. A reprodução assexuada acontece por meio de divisão da célula gerando indivíduos iguais, enquanto a reprodução sexuada requer a fusão de dois gametas. 2.4. Meio de cultura Os meios de cultura são composições de substâncias que fornecem os nutrientes necessários para o desenvolvimento de microrganismos (PORTAL EDUCAÇÃO). Os meios de cultura podem ser classificados de acordo com seu estado físico, como sólido, quando é adicionado um agente solidificante como o ágar, semissólido, que possui uma quantidade reduzida de agente solidificante, e líquido, que é caracterizado como caldo, pois não possui agente solidificante. De acordo com a finalidade, os meios especiais podem ser classificados em meios de pré-enriquecimento, para amostras que sofreram algum processo físico ou químico; de enriquecimento, desenvolvimento de bactérias gerais; seletivo, inibem o crescimento de alguns microrganismos e favorecem o desenvolvimento de outros; diferencial, permite a diferenciação de microrganismos parecidos; triagem, permite a identificação de vários microrganismos; identificação, para realização de provas bioquímicas e funções fisiológicas do organismo a ser identificado; dosagem, determinações de aminoácidos, vitaminas e antibióticos, contagem, determinação quantitativa da população microbiana; manutenção, conserva os microrganismos. O Ágar Sabouraud Dextrose é um meio utilizado para isolamento de leveduras e fungos. A alta concentração de dextrose, pH ácido, da fórmula deste ágar permite a seletividade dos fungos. Este meio é composto por 5,0 g/L de Digestão Pancreática de Caseína, 5,0 g/L de Digestão Péptica de Tecido Animal, 15,0 g/L de Ágar e 40,0 g/L de Dextrose. 2.5. Legislação A Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, classifica como resíduos dos serviços de saúde aqueles gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS. Desta forma, o efluente lançado por hospitais em corpos receptores se enquadra nesta classificação. A Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 358/2005, que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde, define em seu art. 1º: “Esta Resolução aplica-se a todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana e animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais e controle para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares.” Portanto, todo e qualquer resíduo hospitalar deve passar por tratamento e ter a disposição final adequada. Ainda, as unidades geradoras devem elaborar e implementar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), abordando o manejo, a identificação, o transporte interno, o armazenamento, o tratamento e a disposição final. Sendo assim, a Resolução RDC nº 306 de 7 de dezembro de 2004, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, define em seu Capítulo III: “O gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhados, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.” Assim, devido à alta carga poluidora que um efluente hospitalar pode lançar no meio ambiente, o mesmo deve estar incluso no PGRSS e necessita de prévio tratamento para ser lançado no corpo receptor, assim como descreve a Resolução RDC nº 306: “Os resíduos líquidos provenientes de esgoto e de águas servidas de estabelecimento de saúde devem ser tratados antes do lançamento no corpo receptor ou na rede coletora de esgoto, sempre que não houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo a área onde está localizado o serviço, conforme definido na RDC nº 50/2002.” A Resolução CONAMA nº 430/2011, que dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, em seu art. 16, reforça a resolução nº 306/2004 da ANVISA, pois trata das condições necessárias para o lançamento do efluente no corpo receptor e que o mesmo deve atender aos padrões exigidos por este artigo, conforme transcrito abaixo: “Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados diretamente no corpo receptor desde que obedeçam as condições e padrões previstos neste artigo, resguardadas outras exigências cabíveis.” A Resolução estabelece ainda, em seu art. 18 que: “O efluente não deve causar ou possuir potencial para causar efeitos tóxicos aos organismos aquáticos no corpo receptor, de acordo com os critérios de ecotoxicidade estabelecidos pelo órgão competente.” 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. Pontos de coleta O efluente foi coletado em um hospital que trata pacientes oncológicos localizado na cidade de Curitiba – PR, na rede de esgoto do mesmo, próximo ao estacionamento do hospital, de 80 a 100 metros antes da fossa séptica. 3.2. Análises microbiológicas De acordo com os critérios apresentados na Seção 2.3, o microrganismo indicador utilizado foi a levedura Saccharomyces cerevisiae. O meio de cultura Ágar Sabouraud Dextrose foi utilizado como meio de cultura base e o efluente hospitalar foi incorporado ao meio de cultura, nas seguintes concentrações: 5%, 10%, 20%, 30%, 40% e 50% em um volume final de 50 mL, conforme apresentado na Tabela 1. Diluição Quantidade de meio de efluente Quantidade de meio de cultura 5% 2,5 ml 47,5 ml 10% 5 ml 45 ml 20% 10 ml 40 ml 30% 15 ml 35 ml 40% 20 ml 30 ml 50% 25 ml 25 ml Controle - 50 ml Tabela 1: Tratamentos testados com efluente hospitalar no meio de cultura. As placas com os meios ficaram em estufa microbiológica, sob temperatura de 25 ºC por 48 horas para solidificação dos mesmos. Após este período, foi semeado 1 ml do microrganismo indicador, pela técnica de esgotamento de alça. Os meios foram mantidos em estufa por 7 dias para crescimento e proliferação dos microrganismos. 3.3. Coloração com azul de metileno Após o crescimento das colônias, foi realizada a coloração com azul de metileno para identificação dos microrganismos existentes, em especial as leveduras Saccharomyces cerevisiae. Foi preparada uma lâmina para cada placa, e selecionadas as colônias mais representativas. Com lâminas esterilizadas, foi adicionada uma gota de água destilada para fixação do esfregaçoe seco em temperatura ambiente. Depois de seco, a alça de níquel-cromo foi flambada e então coletada a colônia desejada e espalhando em circulo na lâmina. Depois de seco e fixo, foi adicionada uma gota de azul de metileno sobre o esfregaço e aguardado 3 minutos. Depois desse tempo, a lâmina foi enxaguada com água destilada corrente até não haver mais remoção do corante. Depois de secas, as lâminas foram observadas em microscópio óptico, marca Opton. 3.4. Coloração de Gram Foi realizada a coloração de Gram que tem por objetivo diferenciar os microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos. Com as lâminas esterilizadas, foi adicionada uma gota de água destilada, e, com a alça de níquel-cromo flambada, foi transferida para a lâmina uma alçada da colônia mais significativa da placa com movimentos circulares. A seguir, a lâmina foi seca sob temperatura ambiente. A seguir, foi adicionada uma gota do corante violeta cristal sobre o esfregaço e aguardado 1 minuto. Após esse tempo, a lâmina foi enxaguada em água destilada corrente. Em seguida, foi adicionada uma gota de lugol e, após 30 a lâmina novamente foi enxaguada em água corrente. Posteriormente, foi gotejado álcool absoluto sobre o esfregaço até não haver mais remoção do corante. Após este passo, novo enxágue em água corrente. Em seguida, foi adicionada uma gota de fucsina sobre o esfregaço e aguardado 5 minutos. Depois de decorrido esse tempo, a lâmina foi enxaguada em água destilada corrente e, depois de secas, as lâminas foram observadas em microscópio óptico. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foi possível a realização de apenas uma repetição, o que impossibilitou a análise estatística. Porém, com os resultados apresentados, foi possível verificar que houve crescimento do microrganismo indicador em todas as placas e, diante disso, percebe-se que o efluente hospitalar em questão não possui efeito inibitório para o crescimento das leveduras, portanto o efluente apresenta baixa toxicidade. Dentre os 7 tratamentos, aqueles de menores concentrações, figuras 1, 2 e 3, apresentaram grande quantidade de micro-organismos Gram negativos indicando a presença de bactérias que podem apresentar algum grau de patogenicidade. Figura 1. 5% Figura 2. 10% Figura 3. 20% Três Dos quatro tratamentos restantes, figuras 4, 5, e 6, aquelas com maiores concentrações de efluente, apresentaram coloração Gram positivos em grande parte. Isso pode ser explicado pela afirmação do químico Paracelsus, isto é, “a diferença entre o remédio e o veneno é a dose”. Figura 4. 30% Figura 5. 40% Figura 6. 50% A figura 7 abaixo, identificada como controle, foi elaborado para confirmar o crescimento do microrganismo indicador nas condições em que as placas foram expostas. Pode-se notar que as leveduras cresceram e apresentaram coloração roxa, que indica que são Gram positivas, devido a não presença de efluente hospitalar. Desta forma, nas baixas concentrações, há disponível a quantidade necessária e suficiente para o crescimento dos micro-organismos ambientais, enquanto nas altas concentrações, esses nutrientes passaram a apresentar-se em excesso, podendo inibir o crescimento de microrganismos ambientais. Figura 7. Controle É importante salientar que a baixa toxicidade do efluente hospitalar pode ser preocupante a longo prazo, pois os microrganismos nativos podem estar adaptados e assim estar sofrendo mutagênese. Essa baixa toxicidade também pode fazer com que o microrganismo indicador apresente tolerância ao efluente e também sofra mutação com o tempo. 5. CONCLUSÕES O efluente hospitalar não apresenta toxicidade para a levedura testada, pois em todas as doses houve crescimento do microrganismo indicador. A baixa toxicidade do efluente a curto prazo, não apresenta problemas aos microrganismos, pois em pequenas concentrações fornece os nutrientes para o crescimento de bactérias patogênicas. Porém, a longo prazo, podem causar mutagênese nos microrganismos nativos. Diante disso, faz-se necessário o aprofundamento dos estudos dos efluentes hospitalares de forma a realizar a caracterização físico-química e a caracterização dos poluentes emergentes existentes no efluente. Também será de grande valia, em futuros estudos, acompanhar o potencial de mutagenicidade das cepas utilizadas como indicadores. REFERÊNCIAS Portal Educação. Microorganismos Indicadores. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/microorganismos- indicadores/22482>. Acesso em 07 de setembro de 2017. Brasil. Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=636>. Acesso em 17 de agosto de 2017. https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/microorganismos-indicadores/22482 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/microorganismos-indicadores/22482 http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=636 Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 358, de 20 de abril de 2005. <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35805.pdf>. Acesso em 17de agosto de 2017. Ministério da Saúde. 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