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04_Conhecimentos_Especificos

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1 
 
 
 
 
 
 
 
EsSEx 
Curso Formação de Oficial - Enfermagem 
 
 
 
1. Administração em saúde e administração aplicada à enfermagem a. Qualidade dos 
serviços de saúde: i. Indicadores de qualidade em saúde. ...................................................... 1 
ii. Sistema de Informação em Saúde. .................................................................................. 5 
b. Organização e gerenciamento de serviços de enfermagem no hospital. ....................... 10 
c. Gestão do processo de trabalho: iii.Gestão de pessoas; ............................................... 18 
iv.Cálculo, distribuição e dimensionamento de pessoal de enfermagem nos diferentes 
setores de um hospital; ......................................................................................................... 33 
v. trabalho em equipe; vi.Instrumentos e meios de trabalho; vii. Relações de trabalho; ..... 83 
viii. Comunicação; ............................................................................................................. 90 
ix.Liderança. ..................................................................................................................... 93 
d. Seleção de pessoal, capacitação e supervisão como processo de desenvolvimento 
permanente da equipe. ........................................................................................................ 107 
e. Administração de recursos materiais, planejamento, utilização, requisição, controle e 
avaliação. ............................................................................................................................ 124 
f. Auditoria em enfermagem. ........................................................................................... 141 
g. Saúde do trabalhador de enfermagem. ....................................................................... 144 
2. Fundamentos teóricos e práticos de enfermagem a. Métodos, cálculos, vias e cuidados 
na administração de medicamentos, hemocomponentes, hemoderivados e soluções. ....... 150 
b. Semiologia e Semiotécnica aplicadas em Enfermagem. ............................................. 206 
c. Sistematização da Assistência de Enfermagem. ......................................................... 228 
d. Segurança do paciente. e. Biossegurança. ................................................................. 246 
3. Enfermagem na atenção médico-cirúrgica a. Cuidados de enfermagem ao paciente com 
problemas nos sistemas orgânicos neurológico, respiratório, cardiovascular, digestório, renal, 
urológico, ginecológico, endócrino, hematológico, musculoesquelético e dermatológico. .... 246 
b. Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) para pacientes com alterações 
clínicas e cirúrgicas. ............................................................................................................ 272 
c. Teoria e prática do cuidado de feridas e ostomias. ..................................................... 289 
d. Assistência de Enfermagem perioperatória. ................................................................ 299 
e. Assistência de enfermagem em centro cirúrgico e central de material esterilizado. f. Ações 
de enfermagem na prevenção, controle e combate à infecção hospitalar. g. Processamento de 
artigos médico-hospitalares. ................................................................................................ 314 
4. Enfermagem em emergência e cuidados intensivos a. Assistência de enfermagem em 
situações de urgência e emergência: i. suporte de vida em situações de traumatismos em geral; 
ii. suporte de vida em situações de queimaduras; iii.suporte de vida em situações de dor torácica 
e abdominal; iv.suporte de vida em situações de edema agudo de pulmão; v. suporte de vida 
em situações de crise hipertensiva; vi.suporte de vida em situações de infarto agudo do 
miocárdio; vii. suporte de vida em situações de acidente vascular encefálico; viii. suporte de 
vida em situações de estados de choque; ix. suporte de vida em situações de parada 
cardiorrespiratória; x. suporte de vida em situações de intoxicações exógenas; e xi. suporte de 
vida em situações de acidente ofídico. b. Atuação do Enfermeiro no atendimento pré-hospitalar.
 ............................................................................................................................................. 350 
c. Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva. ................................ 369 
d. Condutas de enfermagem para o paciente grave e em fase terminal. ......................... 379 
e. Atendimento de urgência e emergência em desastres naturais e catástrofes. ............ 384 
f. Acolhimento com avaliação e classificação de risco .................................................... 388 
1667854 E-book gerado especialmente para JEFERSON LUIS COELHO SOARES
 
2 
 
g. Captação, Doação e Transplante de Órgãos e tecidos. .............................................. 399 
5. Enfermagem na saúde do idoso a. Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa b. O 
cuidado em enfermagem a pessoa idosa e sua família no ambiente doméstico e na 
institucionalização. c. Sistematização da assistência de enfermagem ao idoso com alterações 
da saúde em situações clínicas e cirúrgicas. ....................................................................... 403 
6. Enfermagem em saúde mental a. Política Nacional de Saúde Mental. b. A rede de 
cuidados em saúde mental. c. Processos patológicos e contexto psicossocial da doença mental. 
d. Assistência de enfermagem ao paciente com transtorno mental. e. Emergências 
psiquiátricas. ........................................................................................................................ 531 
f. Política de Atenção Integral aos Usuários de Álcool e outras drogas ........................... 540 
7. Enfermagem em saúde coletiva e políticas públicas a. Evolução histórica da saúde pública 
e das políticas de saúde no Brasil. ...................................................................................... 552 
b. Política Nacional de Atenção Básica ........................................................................... 554 
c. Perfil epidemiológico da população brasileira. d. A vigilância sanitária, epidemiológica e 
vigilância à saúde. ............................................................................................................. 1050 
e. Doenças transmissíveis mais prevalentes no Brasil. ................................................. 1084 
f. Programas de Saúde: i. Saúde da Família; ................................................................ 1095 
ii. Hipertensão e Diabetes; ............................................................................................ 1115 
iii. DST/AIDS; ................................................................................................................. 1127 
iv. Programa Nacional de Imunização; .......................................................................... 1133 
v. Controle da tuberculose; ........................................................................................... 1157 
vi. Programa Nacional de Combate à Dengue, Zica e Chikungunya; ............................ 1176 
vii. Saúde do Trabalhador; ............................................................................................ 1207 
viii. Doação de Sangue e Órgãos; ................................................................................. 1227 
ix. Política Nacional de Atenção às Urgências; ............................................................. 1231 
x. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem ....................................... 1238 
xi. Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas .................................... 1244 
xii. Saúde Ambiental ..................................................................................................... 1252 
xiii. PráticasIntegrativas e Complementares em Saúde. ............................................... 1258 
8. Deontologia e ética de enfermagem a. Legislação de enfermagem. b. Ética e a bioética 
na enfermagem. ................................................................................................................. 1274 
 
Olá Concurseiro, tudo bem? 
 
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua 
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do 
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando 
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você 
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação. 
 
Pensando em auxiliar seus estudos e aprimorar nosso material, disponibilizamos o e-mail 
professores@maxieduca.com.br para que possa mandar suas dúvidas, sugestões ou 
questionamentos sobre o conteúdo da apostila. Todos e-mails que chegam até nós, passam 
por uma triagem e são direcionados aos tutores da matéria em questão. Para o maior 
aproveitamento do Sistema de Atendimento ao Concurseiro (SAC) liste os seguintes itens: 
 
01. Apostila (concurso e cargo); 
02. Disciplina (matéria); 
03. Número da página onde se encontra a dúvida; e 
04. Qual a dúvida. 
 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados, 
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até 
cinco dias úteis para respondê-lo (a). 
 
Não esqueça de mandar um feedback e nos contar quando for aprovado! 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
1667854 E-book gerado especialmente para JEFERSON LUIS COELHO SOARES
 
1 
 
 
 
A QUALIDADE E A AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E DE ENFERMAGEM1 
 
As transformações ocorridas no cenário político mundial, a globalização da economia, a crescente 
difusão de novas tecnologias e a socialização dos meios de comunicação são alguns dos eventos que 
contribuíram para a mudança do comportamento dos usuários dos serviços, bem como para o aumento 
da competitividade na maioria das organizações. 
Neste contexto, os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde compreendidos como 
empresas complexas, necessitam adaptar-se a esse novo cenário e tornar-se flexíveis para incorporarem 
estratégias capazes de atender ao usuário, seja interno ou externo, razão de ser da instituição. 
A gestão da qualidade, refere-se ao processo ativo de determinar e orientar o caminho a ser seguido 
para atingirmos os objetivos empregando todos os recursos contidos na produção de um bem ou de um 
serviço (GARAY, 1997). 
Para o alcance dessa meta, é fundamental a implementação de medidas visando à qualidade desses 
serviços. A gestão da qualidade tem sido abordada das mais diferentes formas e situações, destacando-
se na esfera empresarial, nos modelos gerenciais, na política de recursos humanos e na organização do 
processo de trabalho. 
Nos serviços de saúde, a qualidade deve ser enfatizada principalmente por que o produto/serviço é 
consumido durante a sua produção, tornando-se diferente da produção de bens, em que é possível 
separar o produto com defeito, sem maiores consequências, exceto a perda de matéria prima e o trabalho. 
Na trajetória do conceito de qualidade, verifica-se que, em sua fase inicial ressaltava-se: 
 
 
 
Na abordagem fundamentada na nos princípios da Qualidade Total, muitas vezes as organizações 
ignoram a importância do papel dos executores dos processos que levam à qualidade - os trabalhadores, 
no que diz respeito à sua autonomia e à sua satisfação profissional. 
 
Qualidade em Saúde: Retrospectiva histórica 
 
Ao se falar em qualidade em saúde, não se pode deixar de citar a atuação da enfermeira inglesa 
Florence Nightingale, que implantou o primeiro modelo de melhoria contínua da qualidade em saúde, em 
1854, durante a Guerra da Criméia, baseando-se em dados estatísticos. Declínio da taxa de mortalidade 
de 40% para 2%. 
 
No decorrer dos anos 80, a qualidade dos serviços passou a ser assunto prioritário no setor saúde, 
sendo impulsionada por diversos fatores: 
- O elevado custo da assistência à saúde; 
- A consequente necessidade da redução dos gastos; 
- O aumento dos processos judiciais por erros médicos; 
- Maior exigência de qualidade por parte dos usuários. 
 
 
1 https://pt.slideshare.net/gersonsouza2016/a-qualidade-e-a-avaliao-dos-servios-de-sade-e-de-enfermagem 
1. Administração em saúde e administração aplicada à enfermagem a. Qualidade 
dos serviços de saúde: i. Indicadores de qualidade em saúde. 
 
1667854 E-book gerado especialmente para JEFERSON LUIS COELHO SOARES
 
2 
 
Avedis Donabedian a partir da década 1980, passa a publicar diversos trabalhos retratando a sua 
preocupação com o tem qualidade e de como avaliá-lo no setor saúde. No final da mesma década surgem 
os padrões de qualidade estabelecidos pela International Standards Organization (ISO), uma entidade 
criada em 1946 e sediada em Genebra, Suíça. 
Os princípios que norteiam o ISO 9000 foram desenvolvidos em 1987, para padronizar as normas de 
gestão de qualidade nas organizações. O certificado ISO 9000 atesta que a instituição cumpre as normas 
de gestão de qualidade estabelecidas. 
A aplicação das normas ISO garante a uniformização dos métodos usados pelas organizações e 
envolve 5 certificações: ISO 9001, ISO 9002, ISO 9003, ISO 9004 e ISO 1400. 
 
A Qualidade em Saúde e a sua Interface com a Avaliação de Serviços 
 
Na saúde, decorrente da característica do processo de trabalho, a qualidade adquiriu um significado 
particular e diferenciado das demais atividades envolvidas na produção de bens. 
A prestação de assistência à saúde é realizada por grupos heterogêneos de profissionais, com 
formação educacional distinta, dificultando o trabalho em equipe, no que se refere à qualidade dos 
serviços prestados. 
No setor saúde, a qualidade é definida como um conjunto de atributos que inclui um nível de excelência 
profissional, o uso eficiente de recursos, um mínimo de risco ao usuário, um alto grau de satisfação por 
parte dos mesmos, considerando-se essencialmente os valores sociais existentes (DONABEDIAN, 1992). 
A qualidade da assistência pode ser definida como a satisfação das necessidades dos usuários, 
considerando que este deverá ser o objeto central das estratégias em busca da qualidade, bem como 
participar ativamente desse processo, no papel de avaliador das atitudes dos profissionais de saúde e 
dos resultados alcançados com o tratamento recebido. 
Avaliar significa expor um valor assumido a partir do julgamento realizado com base em critérios 
previamente definidos. 
No âmbito dos programas e dos serviços de saúde a avaliação é compreendida como uma estratégia 
técnico-administrativa destinada à tomada de decisão, na qual o exercício dessa capacidade é dado pelo 
contexto e pela organização do processo de trabalho. 
Neste sentido, a qualidade é a obtenção de maiores benefícios em detrimento de menores riscos para 
o usuário, benefícios estes que, por sua vez, se definem em função do alcançável de acordo com os 
recursos disponíveis e os valores sociais existentes (DONABEDIAN, 1992). 
 
Conceitos 
- Eficácia: capacidade de produzir melhorias no setor saúde; significa o melhor que se pode fazer nas 
condições mais favoráveis dado o estado do cliente. 
- Efetividade: é o grau em que o cuidado cuja qualidade está sendo avaliada, alcança o nível de 
melhoria da saúde, cujo estudos de eficácia tenha estabelecido como alcançáveis. 
- Eficiência: é a medida do custo com o qual uma dada melhoria na saúde é alcançada. Se duas 
estratégias de cuidado são igualmente eficazes e efetivas, a mais eficiente é a de menor custo. 
- Otimização: emprego da relação custo-benefício na assistência à saúde. Numa curva ideal, o 
processo de adicionar benefícios pode ser tão desproporcional aos custos acrescidos, que tais adições 
úteisperdem a razão de ser. 
- Aceitabilidade: sinônimo de adaptação do cuidado aos desejos, expectativas e valores dos clientes 
e familiares. Depende da efetividade, da eficiência e da otimização, além da acessibilidade do cuidado e 
das características da relação profissional de saúde-cliente. 
- Legitimidade: aceitabilidade do cuidado da forma como é visto pela sociedade em geral. 
- Equidade: princípio pelo qual se determina o que é justo ou razoável na distribuição do cuidado e de 
seus benefícios entre os membros de uma população. A equidade é parte daquilo que torna o cuidado 
aceitável para os indivíduos e legítimo para a sociedade. 
 
De acordo com Donabedian, um primeiro ponto na definição do que é qualidade da assistência é que 
ela não se constitui num atributo abstrato, e, sim, que é construída pela avaliação da assistência através 
de três dimensões: 
- Estrutura: implica as características relativamente estáveis das instituições, como área física, 
recursos humanos, materiais, financeiros e modelo organizacional. 
- Processo: refere-se ao conjunto de atividades desenvolvidas na produção em geral e no setor saúde, 
nas relações estabelecidas entre os profissionais e os clientes, desde a busca pela assistência até o 
diagnóstico e o tratamento. 
1667854 E-book gerado especialmente para JEFERSON LUIS COELHO SOARES
 
3 
 
- Resultado: é a obtenção das características desejáveis dos produtos e serviços, retratando os efeitos 
da assistência na saúde do cliente e da população. 
 
Avaliação da Qualidade nos Serviços de Saúde: Meios e Instrumentos 
 
O alcance da qualidade da assistência à saúde é uma meta almejada pelas instituições, preocupadas 
em garantir, por meio de suas ações, o exercício profissional e de cidadania ao usuário e ao trabalhador. 
No setor saúde observa-se uma tendência a construir indicadores de eficiência, eficácia e efetividade 
com base em padrões e critérios preestabelecidos para uma dada realidade. 
De acordo com Donabedian (1990), padrão é a medida quantitativa, capaz de definir a qualidade 
almejada, e critério é um atributo de estrutura, de processo ou resultado, capaz de direcionar a 
mensuração da qualidade. 
O indicador é uma unidade de medida de uma atividade com a qual está relacionado, ou, ainda, uma 
medida quantitativa que pode ser usada como guia para monitorar e avaliar a qualidade assistencial e 
gerencial de um serviço. 
Os indicadores de saúde, tradicionalmente, são medidas (taxas, proporções, índices, percentuais, 
números absolutos ou fatos) que procuram sintetizar o efeito de determinantes de natureza variada 
(sociais, econômicos, ambientais e biológicos) acerca do estado de saúde de determinada população. 
Outras ferramentas com a finalidade de definir, mensurar, analisar e propor soluções dos problemas 
que interferem na garantia da qualidade dos processos de trabalho são: técnicas de brainstorming 
(tempestade cerebral) e de grupos operativos, diagramas de causa-efeito e verificação, fluxograma, 
histograma e gráfico de dispersão. 
No Brasil, iniciativas como o Programa de Compromisso coma Qualidade Hospitalar (CQH), mantido 
pela Associação Paulista de Medicina e pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, e 
o Sistema de Indicadores padronizados para a Gestão Hospitalar; apoiado pela Universidade do Vale do 
Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul, buscam monitorar os indicadores de saúde e adaptá-los para projetos 
voltados à nossa realidade. 
Em 1997, visando ao alcance da qualidade, o Ministério da Saúde inicia um programa, denominado 
Acreditação Hospitalar, que é um método de consenso, racionalização e ordenação dos hospitais. 
Esse programa de cunho voluntário, pressupõe uma ação proativa das organizações em apresentar à 
população, autoridades sanitárias e fornecedores/consumidores de serviços de saúde um padrão de 
qualidade compatível com uma referência externa. 
Para a implantação de programas de qualidade, é indispensável a utilização de determinadas 
ferramentas que promovam uma mudança no ambiente físico, nas questões organizacionais, que auxiliem 
na melhoria da autoestima dos profissionais e no relacionamento entre os setores. 
Especificamente com relação á enfermagem, algumas medidas vêm sendo implementadas no sentido 
de estabelecer programas de monitorização aplicando indicadores tais como: cuidado com cateteres, 
transferência de usuários entre unidades, controle da dor, úlcera por pressão, flebite e de vigilância - 
como quedas e administração de medicamentos. 
 
Independentemente dos tipos de programas adotados, os indicadores devem ser capazes de atender 
aos seguintes objetivos: 
• Melhorar a assistência ao usuário; 
• Fortalecer a confiança da clientela; 
• Atender as exigências dos órgãos financiadores; 
• Reduzir custos e atrair e estimular o envolvimento dos profissionais. 
 
Neste contexto, os estabelecimentos de saúde podem ser avaliados de várias maneiras para cumprir 
as exigências legais, as condições de classificação segundo determinado critério ou as condições de 
qualidade. Há pelo menos quatro categorias de avaliação no sistema de saúde brasileiro: 
1- Habilitação ou Alvará: trata-se de uma avaliação executada pela autoridade sanitária jurisdicional, 
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária ou por entidade delegada para este propósito. É uma pré-
condição de acreditação. 
2- Categorização: refere-se à classificação de unidades ambulatoriais ou de internação, de acordo 
com os critérios determinados como: graus de complexidade, de prevenção de riscos, de especialidades 
médicas e de outros serviços. 
3- Programas de auto avaliação: são métodos de monitoração como: reuniões anatomopatológicas, 
discussões de casos clínicos ou revisões de prontuários. Outras maneiras também podem ser utilizadas, 
considerando critérios explícitos e aceitáveis de desempenho, que são comparados com a atenção 
1667854 E-book gerado especialmente para JEFERSON LUIS COELHO SOARES
 
4 
 
oferecida (controle de infecção, morbidade, grau de satisfação individual e da família, a referência e contra 
referência entre uma rede de serviços). 
4- Acreditação: é um procedimento da avaliação dos recursos institucionais, periódico e reservado 
para o reconhecimento da existência de padrões previamente definidos na estrutura, no processo e no 
resultado, com vistas a estimular e manter o desenvolvimento de uma cultura de qualidade. Não é uma 
forma de fiscalização. 
 
Atualmente, no Brasil, três organizações destacam-se por disponibilizarem elementos capazes de 
monitorar a qualidade nos estabelecimentos de saúde: 
• Organização Nacional de Acreditação (ONA); 
• Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organization (Comissão Conjunta de Acreditação 
de Organização de Saúde); 
• Canadian Council on Health Services Accreditation. 
 
No âmbito da enfermagem, sempre existiu uma ação informal para auferir a qualidade da assistência, 
representada pela preocupação dos enfermeiros em seguir rigorosamente os procedimentos executados, 
acreditando-se com isso que seriam assegurados os resultados almejados. 
 
Dentre os instrumentos de que o Serviço de Enfermagem dispõe para a gestão da qualidade são 
considerados os instrumentos internos: 
- Comissão de avaliação Interna da Qualidade, constituída de elementos da equipe multidisciplinar; 
- Comissão de Auditoria em Enfermagem; 
- Comissão de Ética em Pesquisa; 
- Comissão de educação permanente; 
- Comissão de gerenciamento de Riscos. 
 
Outros aspectos a serem considerados para o alcance da qualidade da assistência de enfermagem 
referem-se ao quantitativo de recursos humanos, à qualificação de seus profissionais, à motivação no 
trabalho, à remuneração salarial, entre outros. 
Sem a participação é o envolvimento dos profissionais da instituição, não haverá a efetivação da 
qualidade; portanto, as pessoas necessitam ser motivadas e capacitadas para otimizarem o processo 
produtivo objetivando a qualidade, uma vez que estadepende de esforços em níveis individuais e 
coletivos. 
 
Questões 
 
01. (UFLA - Enfermeiro - UFLA/2018) Os indicadores de qualidade podem ser utilizados na avaliação 
da estrutura, de processos e de resultados obtidos por uma organização de saúde, segundo Leite e Martini 
(2006), pois fornecem informações confiáveis dos processos de trabalho. São indicadores de qualidade, 
EXCETO: 
(A) Absenteísmo da equipe de enfermagem, sem justificativa. 
(B) Taxa de infecção hospitalar associada a procedimentos invasivos. 
(C) Custo com materiais esterilizados desprezados por erro na técnica utilizada. 
(D) Assistência de enfermagem prestada a pacientes em uma unidade de internação. 
 
02. (EBSERH - Engenheiro Clínico - INSTITUTO AOCP) É como um sistema nacional de avaliação 
e certificação da qualidade em serviços de saúde. 
(A) a Qualificação. 
(B) a Certificação. 
(C) a ISO. 
(D) o Aprimoramento. 
(E) a Acreditação. 
 
Gabarito 
 
01.D / 02.E 
 
 
 
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5 
 
Comentários 
01. Resposta: D 
O indicador é uma unidade de medida de uma atividade com a qual está relacionado, ou, ainda, uma 
medida quantitativa que pode ser usada como guia para monitorar e avaliar a qualidade assistencial e 
gerencial de um serviço. 
Os indicadores de saúde, tradicionalmente, são medidas (taxas, proporções, índices, percentuais, 
números absolutos ou fatos) que procuram sintetizar o efeito de determinantes de natureza variada 
(sociais, econômicos, ambientais e biológicos) acerca do estado de saúde de determinada população, a 
assistência de enfermagem prestada a um determinado setor não é considerada um indicador de 
qualidade. 
 
02. Resposta: E 
Acreditação: é um procedimento da avaliação dos recursos institucionais, periódico e reservado para 
o reconhecimento da existência de padrões previamente definidos na estrutura, no processo e no 
resultado, com vistas a estimular e manter o desenvolvimento de uma cultura de qualidade. Não é uma 
forma de fiscalização. 
 
 
 
Sistemas de Informação em Saúde23456 
 
Os sistemas de informação em saúde são instrumentos padronizados de monitoramento e coleta de 
dados, que tem como objetivo o fornecimento de informações para análise e melhor compreensão de 
importantes problemas de saúde da população, subsidiando a tomada de decisões nos níveis municipal, 
estadual e federal. A seguir estão relacionados os sistemas de informação relativos ao tema em questão: 
A Lei Federal 8.080, de 1990, estabelece o papel das informações em saúde e a formação dos 
Sistemas de Informação. 
 
Principais Sistemas de Informação em Saúde de Base Nacional -Atenção Básica: 
1- SIM -Sistema de Informação sobre Mortalidade. 
2- SINASC-Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. 
3- SINAN -Sistema de Informação de Agravos de Notificação. 
4- SISVAN -Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. 
5- SIS API -Sistema de Avaliação de Doses Aplicadas de Vacinas. 
6- SIS AIU -Sistema de Apuração de Imunobiológicos Utilizados. 
7- SIS EAPV -Sistema de Informação sobre Eventos Adversos Pós Vacinais. 
8- SIAB -Sistema de Informação da Atenção Básica. 
9- SisHiperDia-Sistema de Informação do Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial 
e ao Diabetes Mellitus. 
10- SISPRENATAL -Sistema de Informação do Programa de Humanização no Pré-natal e nascimento 
(PHPN). 
11- SIASUS -Sistema de Informação Ambulatorial do SUS. 
12- SCNES/FCES -Sistema de Informação do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. 
13- SI-PNI -Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações. 
14- SIHSUS - Sistema de Informações Hospitalares do SUS. 
15- O sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial - GAL. 
16- Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Malária (SIVEP - Malária). 
 
1- Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM 
Esse sistema foi criado pelo Ministério da Saúde em 1975, para a obtenção regular de dados sobre 
mortalidade no país, possibilitando a captação de dados sobre mortalidade, de forma abrangente e 
 
2 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/svs/inf_sist_informacao.php>. 
3 ftp://201.82.2.141/upload/DATASUS/Documentos/MANUAL_SIA_Maio_2008.pdf 
4 http://datasus.saude.gov.br/sistemas-e-aplicativos/hospitalares/sihsus 
5 http://www.ebah.com.br/content/ABAAABCdIAF/sistema-informacao-saude-sus 
6 http://datasus.saude.gov.br/sistemas-e-aplicativos/cadastros-nacionais/cnes 
ii. Sistema de Informação em Saúde. 
 
1667854 E-book gerado especialmente para JEFERSON LUIS COELHO SOARES
 
6 
 
confiável, para subsidiar as diversas esferas de gestão na saúde pública. Com base nessas informações, 
é possível realizar análises de situação, planejamento e avaliação das ações e programas na área. O SIM 
proporciona a produção de estatísticas de mortalidade e a construção dos principais indicadores de saúde. 
A análise dessas informações permite estudos não apenas do ponto de vista estatístico e epidemiológico, 
mas também sócio demográfico. 
Os casos de óbitos sem assistência médica, em via pública ou por causas acidentais ou violentas 
devem ser encaminhados ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO) ou o Instituto Médico Legal (IML). 
 
2- SINASC-Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos 
O preenchimento é feito nos estabelecimentos de saúde que realizam partos e nos Cartórios de 
Registro Civil para os partos domiciliares. 
Os formulários de Declaração de nascidos vivos (DN), são distribuídos nacionalmente pelo Ministério 
da Saúde. Para cada nascido vivo deve ser preenchido uma DN. A 1ª via da DN é entregue aos familiares 
para que levem ao Cartório de Registro Civil. 
Outra via é recolhida pelo Setor SINASC, para proceder os registros no Sistema. 
Assim como no SIM, após a crítica, o processamento e a alimentação do banco de dados, as 
Secretarias os enviam ao Ministério da Saúde. 
Como fonte de dados para conhecimento da situação de saúde, o SINASC contribui para obter 
informação sobre natalidade, morbidade e mortalidade infantil e materna e sobre as características da 
atenção ao parto e ao recém-nascido. Essas informações são essenciais para a atenção integral a saúde 
da mulher e da criança e possibilitam a adoção de medidas voltadas para o pleno desenvolvimento e 
crescimento infantil. 
 
3- SINAN -Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica foi criado em 1975.O Sinan é alimentado, 
principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam na lista 
nacional de doenças de notificação compulsória, mas é facultado a estados e municípios incluir outros 
problemas de saúde importantes em sua região. Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico 
dinâmico da ocorrência de um evento na população, podendo fornecer subsídios para explicações causais 
dos agravos de notificação compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, 
contribuindo assim, para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica. 
 
4- SISVAN -Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional 
Trata-se de uma ferramenta informatizada, que apresenta a possibilidade de registro de informações 
para monitoramento do estado nutricional da população atendida por demanda espontânea nos 
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde ou por profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) e 
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Por definição, o SISVAN é um sistema que visa o 
acompanhamento do estado nutricional de um certo grupo populacional, interferindo sempre que 
necessário, para evitar os agravos nutricionais. Os grupos populacionais prioritários para o 
acompanhamento, atualmente, são todas as crianças com idade entre 0 a 5 anos que frequentam a rede 
municipal de saúde e todas as gestantes que fazem o pré-natal na rede municipal de saúde. 
 
5- SIS API -Sistema de Avaliação de Doses Aplicadas de Vacinas 
O Sistema de Avaliação de Doses Aplicadas de Vacinas foi implantadoe iniciado em 1993. Registra 
dados sobre doses de vacina aplicadas em serviços de rotina e em Campanhas de Vacinação. 
Este Sistema permite realizar o acompanhamento e a avaliação da cobertura vacinal, tanto do 
município, como no Estado e no País. 
 
6- SIS AIU -Sistema de Apuração de Imunobiológicos Utilizados 
O SI-AIU (Sistema de Apuração dos Imunobiológicos Utilizados), é um sistema que tem por objetivo 
permitir o controle da movimentação de imunobiológicos a partir da sala de vacina, apurando a utilização, 
perdas técnicas e físicas, com consolidação municipal, estadual e nacional. Este produto dispõe de 
instrumentos de controles (gráficos e relatórios) que possibilitarão ao Gestor um entendimento do 
aproveitamento das vacinas e soros do Programa Nacional de Imunizações. 
 
7- SIS EAPV -Sistema de Informação sobre Eventos Adversos Pós Vacinais 
A partir do ano 2000, foi implantado em âmbito nacional o SI-EAPV - Sistema Informatizado de Eventos 
Adversos Pós-Vacinais, que tem permitido análise mais rápida e contemplando maior número de variáveis 
1667854 E-book gerado especialmente para JEFERSON LUIS COELHO SOARES
 
7 
 
provenientes do formulário de notificação/investigação de EAPV. O sistema é flexível, possibilitando 
contínuas atualizações para atender às necessidades dos profissionais de saúde. A tarefa da vigilância 
epidemiológica dos eventos adversos pós-vacinação é realizar o monitoramento destes eventos de forma 
a permitir que os benefícios alcançados com a utilização das vacinas sejam sempre superiores aos seus 
possíveis riscos. 
 
8- SIAB -Sistema de Informação da Atenção Básica 
Foi desenvolvido em 1998, para coletar dados de produção, realizado pela equipe das Unidades de 
Saúde, e sistematizar dados coletados nas visitas às comunidades, realizadas pelos agentes 
comunitários de saúde, a pedido da equipe do COSAC -Coordenação de Saúde da Comunidade / 
Secretaria de Assistência à Saúde - Ministério da Saúde. 
A digitação da produção, para a alimentação do SIAB, é realizada no Setor de Informação. A 
transferência de Recursos Financeiros do Ministério da Saúde, que depende da apresentação produção 
do SIAB, refere-se ao PACS -Programa de Agentes 
Comunitários de Saúde e PSF -Programa de Saúde da Família, inclusive o Programa de Saúde Bucal 
do PSF. 
Os instrumentos de coleta de dados do SIAB são: relatório PMA2, relatório SSA2, ficha B-GES, ficha 
B-HA, ficha B-DIA, ficha B-TB, ficha B-HAN, ficha C, ficha D. 
O RELATÓRIO SSA2 é o Relatório da Situação de Saúde e Acompanhamento das famílias da área. 
É preenchido pelos agentes comunitários de saúde. O relatório SSA2 é utilizado para sistematizar os 
dados coletados nas fichas B, C e D. 
Fichas B: ficha B-GES (gestante), ficha B-HA (hipertenso), ficha B-DIA (diabético), ficha B-TB (pessoas 
com tuberculose), ficha B-HAN (pessoas com hanseníase). São fichas de cadastramento e 
acompanhamento mensal, do estado de saúde de pessoas com as seguintes situações: gestante, 
hipertenso, diabético, pessoa com tuberculose e pessoa com hanseníase. As fichas B são utilizadas 
somente pelos agentes comunitários de saúde. 
Ficha C: é utilizada para registrar o acompanhamento da criança. É a cópia do Cartão da Criança 
padronizado pelo Ministério da Saúde. É utilizada somente pelo agente comunitário de saúde. 
Ficha D: é utilizada para o registro diário dos procedimentos e atividades realizadas por todos por todos 
os profissionais da equipe de saúde. São registradas as visitas domiciliares e as reuniões na comunidade 
realizadas pelo agente comunitário de saúde. 
A Ficha D apresenta campos, para registrar a produção individual dos demais integrantes da equipe 
de saúde. Quanto ao registro das atividades de saúde bucal, atualmente, a ficha D, registra, somente, os 
procedimentos coletivos de odontologia e a visita domiciliar realizada pelo odontólogo. 
As fichas do SIAB que devem ser enviadas ao Setor de Informação, para digitação de dados da 
produção mensal, são: relatório PMA2 e relatório SSA2. 
 
9- SisHiperDia-Sistema de Informação do Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão 
Arterial e ao Diabetes Mellitus 
No ano de 2000 foi implantado o Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao 
Diabetes Mellitus no Brasil, pelo Ministério da Saúde, em parceria com as sociedades brasileiras de 
Cardiologia, Nefrologia, Hipertensão e Diabetes, secretarias estaduais e municipais de Saúde, conselhos 
nacionais de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS) e de Secretários Municipais de Saúde 
(CONASEMS), Federação Nacional de Portadores de Hipertensão e de Diabetes, em uma ação conjunta 
da União, estados e municípios. O plano teve por objetivo estabelecer diretrizes e metas para a 
reorganização no Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo a garantia do diagnóstico do diabetes e da 
hipertensão, proporcionando a vinculação dos pacientes diagnosticados às unidades de saúde para 
tratamento e acompanhamento, e promovendo a reestruturação e a ampliação do atendimento resolutivo 
e de qualidade para os portadores dessas condições. 
 
10- SISPRENATAL -Sistema de Informação do Programa de Humanização no Pré-natal 
O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento, foi instituído pelo Ministério da Saúde 
através da Portaria/GM n° 569, de 1/6/2000, subsidiado nas análises das necessidades de atenção 
específica à gestante, ao recém-nascido e à mãe no período pós-parto, considerando como prioridades: 
concentrar esforços no sentido de reduzir as altas taxas de morbimortalidade materna, peri e neonatal 
registradas no país. 
O objetivo primordial do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) é assegurar a 
melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto 
e puerpério às gestantes e ao recém-nascido, na perspectiva dos direitos de cidadania. O Programa de 
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8 
 
Humanização no Pré-natal e Nascimento fundamenta-se nos preceitos de que a humanização da 
Assistência Obstétrica e Neonatal é condição primeira para o adequado acompanhamento do parto e do 
puerpério. A humanização compreende pelo menos dois aspectos fundamentais. O primeiro diz respeito 
à convicção de que é dever das unidades de saúde receber com dignidade a mulher, seus familiares e o 
recém-nascido. Isto requer atitude ética e solidária por parte dos profissionais de saúde e a organização 
da instituição de modo a criar um ambiente acolhedor e a instituir rotinas hospitalares que rompam com 
o tradicional isolamento imposto à mulher. O outro se refere à adoção de medidas e procedimentos 
sabidamente benéficos para o acompanhamento do parto e do nascimento. 
 
11- SIASUS -Sistema de Informação Ambulatorial do SUS 
O Sistema de Informação Ambulatorial - SIA foi implantado nacionalmente na década de noventa, 
visando o registro dos atendimentos realizados no âmbito ambulatorial, por meio do boletim de produção 
ambulatorial - BPA. Ao longo dos anos, o SIA vem sendo aprimorado para ser efetivamente um sistema 
que gere informações referentes ao atendimento ambulatorial e que possa subsidiar os gestores 
estaduais e municipais no monitoramento dos processos de planejamento, programação, regulação, 
avaliação e controle dos serviços de saúde, na área ambulatorial. 
 
12- SCNES/FCES -Sistema de Informação do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde 
O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES visa ser a base para operacionalizar os 
Sistemas de Informações em Saúde, sendo estes imprescindíveis a um gerenciamento eficaz e eficiente 
do SUS. Tem por base, automatizar todo o processo de coleta de dados feita nos estados e municípios 
sobre a capacidade física instalada, os serviços disponíveis e profissionais vinculados aos 
estabelecimentos de saúde, equipes de saúde da família, subsidiando os gestores (MS, SES, SMS, etc.) 
com dados de abrangência nacional para efeito de planejamento de açõesem saúde. 
Dar transparência a sociedade, pelo site, de toda a infraestrutura de serviços de saúde bem como a 
capacidade instalada existente e disponível no país. Ser, junto com o CNS, o principal elo entre todos os 
sistemas do SUS. 
 
13- Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações - SI-PNI 
O objetivo fundamental do SI-PNI é possibilitar aos gestores envolvidos no programa, uma avaliação 
dinâmica do risco quanto à ocorrência de surtos ou epidemias, a partir do registro dos imunos aplicados 
e do quantitativo populacional vacinado, que são agregados por faixa etária, em determinado período de 
tempo, em uma área geográfica. Por outro lado, possibilita também o controle do estoque de imunos 
necessário aos administradores que tem a incumbência de programar sua aquisição e distribuição. 
 
14- SIHSUS - Sistema de Informações Hospitalares do SUS 
A finalidade do AIH (Sistema SIHSUS) é registrar todos os atendimentos provenientes de internações 
hospitalares que foram financiadas pelo SUS, e a partir deste processamento, gerar relatórios para que 
os gestores possam fazer os pagamentos dos estabelecimentos de saúde. Além disso, o nível Federal 
recebe mensalmente uma base de dados de todas as internações autorizadas (aprovadas ou não para 
pagamento) para que possam ser repassados às Secretarias de Saúde os valores de Produção de Média 
e Alta complexidade, além dos valores de CNRAC, FAEC e de Hospitais Universitários - em suas variadas 
formas de contrato de gestão. 
 
15- O sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial - GAL 
- Informatizar o Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública das Redes Nacionais de 
Laboratórios de Vigilância Epidemiológica e Vigilância em Saúde Ambiental, proporcionando o 
gerenciamento das rotinas, o acompanhamento das etapas para realização dos exames/ensaios e a 
obtenção de relatórios produção / epidemiológicos / analíticos nas redes estaduais de laboratórios de 
saúde pública. 
- Enviar os resultados dos exames laboratoriais de casos suspeitos ou confirmados (positivos/ 
negativos) das Doenças de Notificação Compulsórias (DNC) ao Sistema de Informação de Agravos de 
Notificação - SINAN. 
- Auxiliar nas tomadas de decisões epidemiológicas e gerenciais dos laboratórios de saúde. 
 
16- Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Malária (SIVEP - Malária) 
O SIVEP – Malária foi implantado pela Secretária de Vigilância em Saúde (SVS/MS) na Região 
Amazônica, visando melhorar o fluxo, a qualidade e a oportunidade de informações entre os municípios, 
estados e o nível nacional. Este sistema permite a entrada e análise de dados por meio da internet, o 
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9 
 
que possibilita agilidade na análise das informações epidemiológicas para a adoção de medidas de 
controle adequadas e oportunas. 
O sistema fornece dados sobre os casos detectados, assim como os resultados dos exames 
realizados. Permite a emissão de relatórios contendo a distribuição dos dados por faixa etária e sexo. 
 
Questões 
 
01. (Prefeitura de Aracruz/ES - Terapeuta Ocupacional - IBADE/2019) Os sistemas de informação 
em saúde são instrumentos padronizados de monitoramento e coleta de dados, que têm como objetivo o 
fornecimento de informações para análise e melhor compreensão de importantes problemas de saúde da 
população, subsidiando a tomada de decisões nos níveis municipal, estadual e federal. Podemos citar 
como exemplo de sistemas de informação de saúde, EXCETO: 
(A) Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM. 
(B) Sistema de Informações de Nascidos Vivos – SINASC. 
(C) Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan. 
(D) Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações - SI-PNI. 
(E) Sistema de Informações de Doenças Infecciosas e Parasitárias – SIDIP. 
 
02. (Prefeitura de Itapevi/SP - Fiscal Municipal de Vigilância Sanitária - VUNESP/2019) O Sistema 
de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA-SUS) 
(A) O Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA-SUS) 
(B) permite aos gestores de saúde, pesquisadores e entidades da sociedade obter informações sobre 
capacidade operacional dos prestadores de serviço. 
(C) oferece informações para o gerenciamento de capacidade instalada e produzida, bem como dos 
recursos financeiros orçados e repassados aos prestadores de serviços. 
(D) permite ao gestor da Unidade de Saúde controlar o processo de internação de pacientes, desde 
sua entrada até sua saída. 
(E) fornece, aos gestores, trabalhadores e usuários, informações sobre endemias e morbidade dos 
pacientes internados pelo SUS. 
 
03. (UFPEL - Assistente Administrativo - INSTITUTO AOCP) Qual dos itens a seguir NÃO faz 
parte do Sistema de Informação em Saúde de Base Nacional? 
(A) SINASC - Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. 
(B) SISVA - Sistema de Vigilância Ambiental. 
(C) SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica. 
(D) SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação. 
(E) SIS EAPV - Sistema de Informação sobre Eventos Adversos Pós-vacinais. 
 
Gabarito 
 
01.E / 02.C / 03.B 
 
Comentários 
 
01. Resposta: E 
Principais Sistemas de Informação em Saúde de Base Nacional -Atenção Básica: 
1- SIM -Sistema de Informação sobre Mortalidade. 
2- SINASC-Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. 
3- SINAN -Sistema de Informação de Agravos de Notificação. 
4- SISVAN -Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. 
5- SIS API -Sistema de Avaliação de Doses Aplicadas de Vacinas. 
6- SIS AIU -Sistema de Apuração de Imunobiológicos Utilizados. 
7- SIS EAPV -Sistema de Informação sobre Eventos Adversos Pós Vacinais. 
8- SIAB -Sistema de Informação da Atenção Básica. 
9- SisHiperDia-Sistema de Informação do Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial 
e ao Diabetes Mellitus. 
10- SISPRENATAL -Sistema de Informação do Programa de Humanização no Pré-natal e nascimento 
(PHPN). 
11- SIASUS -Sistema de Informação Ambulatorial do SUS. 
1667854 E-book gerado especialmente para JEFERSON LUIS COELHO SOARES
 
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12- SCNES/FCES -Sistema de Informação do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. 
13- SI-PNI -Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações. 
14- SIHSUS - Sistema de Informações Hospitalares do SUS. 
15- O sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial - GAL. 
16- Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Malária (SIVEP - Malária). 
 
02. Resposta: C 
11- SIASUS -Sistema de Informação Ambulatorial do SUS 
O Sistema de Informação Ambulatorial - SIA foi implantado nacionalmente na década de noventa, 
visando o registro dos atendimentos realizados no âmbito ambulatorial, por meio do boletim de produção 
ambulatorial - BPA. Ao longo dos anos, o SIA vem sendo aprimorado para ser efetivamente um sistema 
que gere informações referentes ao atendimento ambulatorial e que possa subsidiar os gestores 
estaduais e municipais no monitoramento dos processos de planejamento, programação, regulação, 
avaliação e controle dos serviços de saúde, na área ambulatorial. 
 
03. Resposta: B 
Principais Sistemas de Informação em Saúde de Base Nacional -Atenção Básica: 
1- SIM -Sistema de Informação sobre Mortalidade. 
2- SINASC-Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. 
3- SINAN -Sistema de Informação de Agravos de Notificação. 
4- SISVAN -Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. 
5- SIS API -Sistema de Avaliação de Doses Aplicadas de Vacinas. 
6- SIS AIU -Sistema de Apuração de Imunobiológicos Utilizados. 
7- SIS EAPV -Sistema de Informação sobre Eventos Adversos Pós Vacinais. 
8- SIAB -Sistema de Informação da Atenção Básica. 
9- SisHiperDia-Sistema de Informação do Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial 
e ao Diabetes Mellitus. 
10- SISPRENATAL -Sistema de Informação do Programa de Humanização no Pré-natal e nascimento 
(PHPN). 
11- SIASUS -Sistema de Informação Ambulatorial do SUS. 
12- SCNES/FCES -Sistema de Informação do Cadastro Nacionalde Estabelecimentos de Saúde. 
13- SI-PNI -Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações. 
14- SIHSUS - Sistema de Informações Hospitalares do SUS. 
Portanto o SISVA - Sistema de Vigilância Ambiental não faz parte do Sistema de Informação em 
Saúde de Base Nacional. 
15- O sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial - GAL. 
16- Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Malária (SIVEP - Malária). 
 
 
 
GERENCIAMENTO EM ENFERMAGEM7 
 
Processo de Trabalho em Enfermagem 
 
O Que é o Serviço de Enfermagem? 
É o órgão responsável pelo desenvolvimento dos cuidados de enfermagem; profissionais com 
formação e competência legalmente estabelecidos; consonância com os padrões de qualidade almejados 
pela profissão e sintonia com os objetivos organizacionais. 
 
Outras Denominações 
- Supervisão de enfermagem; 
- Gerência de enfermagem; 
- Superintendência de enfermagem; 
- Setor de enfermagem; 
 
7 https://www.ebah.com.br/content/ABAAAe0d0AE/aulas-gerenciamento-dos-servicos-enfermagem 
b. Organização e gerenciamento de serviços de enfermagem no hospital 
 
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11 
 
- Departamento de enfermagem. 
 
Antecedentes: O surgimento da Enfermagem 
Florence Nightingale: Precursora da enfermagem e do processo de trabalho em enfermagem 
- Conhecimentos de epidemiologia, estatística e administração; 
- Redução índice mortalidade entre os feridos (guerra da Criméia); 
- Organização do trabalho da enfermagem no hospital; 
- Fundação de escolas de enfermagem; 
- Divisão social do trabalho: Relações de hierarquia e subordinação; 
- Evolução da organização do serviço de enfermagem: c/ base na ciência administrativa. 
 
As Principais Funções Administrativas 
- Analisar: conhecer os problemas; 
- Fixar objetivos (planejar); 
- Solucionar problemas; 
- Organizar e alocar recursos (financeiros, tecnológicos e humanos); 
- Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar); 
- Negociar, tomar as decisões; 
- Mensurar e avaliar (controlar). 
 
“Decidir é a mais específica das atividades de liderança e o cerne da administração. Tomar decisões 
é um processo cognitivo complexo, frequentemente definido como a escolha de determinada linha de 
ação. Solucionar problemas é parte da tomada de decisão. Por ser um processo sistemático que tem o 
foco na análise de uma situação difícil, solucionar problemas sempre inclui uma etapa de tomada de 
decisão. Raciocinar criticamente, às vezes chamado pensamento reflexivo, está relacionado à avaliação, 
tendo um alcance mais amplo do que a tomada de decisão e a resolução de problemas. Os componentes 
do raciocínio crítico incluem o raciocínio e a análise criativa. ” 
 
Influências Teóricas 
 
Administração cientifica: divisão do trabalho e especialização (ênfase nas tarefas ao nível do 
operário). 
Teoria Clássica: princípios de ordem, disciplina, hierarquia (ênfase nas tarefas e estrutura 
organizacional). 
Modelo Burocrático: manuais de normas e rotinas, regimentos, regulamentos (ênfase na estrutura 
organizacional. 
Teoria das Relações Humanas: ressalta o papel das pessoas nas organizações. 
Teoria Estruturalista: estruturalismo é um método analítico e comparativo que estuda os elementos 
ou fenômenos com relação a uma totalidade, salientando o seu valor de posição, assim sendo, esta teoria 
preocupa- se com o todo e com o relacionamento das partes na constituição, desse mesmo todo. A teoria 
estruturalista aplica-se a enfermagem na medida em que dentro das instituições hospitalares existe uma 
hierarquia organizacional. 
 
Obs.: cada enfermeiro tem funções bem definidas na estrutura organizacional em que se insere 
(hierarquia); o sucesso da instituição depende da coesão funcional dos seus membros - teoria 
estruturalista. 
 
Características do Gerenciamento em Enfermagem 
 
- Congrega grande contingente de pessoal (% dentro do setor hospitalar); 
- Tem seu pessoal alocado em diferentes setores do hospital (departamento); 
- Processo de trabalho em enfermagem; 
- É um subsistema de um sistema maior que é o hospital; 
- Como subsistema interage e se inter-relaciona com os demais subsistemas; 
- É hierarquizado e obedece a uma cadeia de comando; 
- Congrega profissionais com diferentes níveis de formação - enfermeiro, técnico e auxiliar de 
enfermagem; 
- Desenvolve atividades de diferentes níveis de complexidade; 
- Lida com a imprevisibilidade e interrupções; 
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12 
 
- Confrontação com o sofrimento. 
 
Organograma do Serviço de Enfermagem - Hospital Z 
 
Atualmente foi incorporada a teoria dos sistemas com ênfase no ambiente sendo completada pela 
teoria da contingência com ênfase na tecnologia. 
 
Processo de Trabalho Assistencial em Enfermagem 
 
Objeto: necessidades de cuidado de enfermagem 
 
Instrumentos: recursos humanos / força de trabalho equipamentos, materiais, saberes técnicos (as 
técnicas, os princípios científicos das técnicas, a SAE e outras metodologias do cuidado, as teorias de 
enfermagem). 
 
Finalidade: atenção integral de enfermagem. 
1-Gerenciar: Administrar recursos de várias naturezas para garantir condições de realização dos 
demais “trabalhos”. 
2-Cuidar: Assistir direta ou indiretamente o indivíduo, família, comunidade e coletividade. 
3-Ensinar: Trocar, compartilhar conhecimento, habilidades e valores. Processo de trabalho em 
enfermagem. 
4-Pesquisar: Questionar o mundo e buscar novas explicações para fenômenos que envolvem a 
enfermagem, orientando a intervenção. 
Estes 4 processos têm aproximações, interagem e, porém, são distintos. 
 
Coordenação do Cuidado do Enfermeiro 
 
- Responsabilidade de articular diferentes atores cuidando de forma integral o cliente e um cidadão, 
com desejos, emoções, objetividade e subjetividade e carregado de valor (ético); 
- Desenvolver competências; 
- Liderança; 
- Cuidado como essência; 
- Gerenciar e ensinar o cuidado - cuidando. 
- Liderar a equipe para um cuidado terapêutico e com compromisso de todos. 
- Papel do enfermeiro: coordenação do cuidado; 
- Assumir coordenação do cuidado, com competência, ética, responsabilidade, reconhecimento e 
valorização da nossa função. 
 
Gerenciamento dos Serviços de Enfermagem 
 
- O que é gerenciar?; 
Coordenação de 
Enfermagem
Chefia de 
Enfermagem 
Materno-Infantil
Chefia 
Unidade 
Pediátrica 
Chefia 
unidade 
Obstétrica
Chefia 
Unidade 
Neonatal
Chefia de 
Enfermagem 
Clínico-Cirúrgica 
Chefia 
Unidade 
Clínica
Chefia 
Unidade 
Cirúrgica
Chefia 
Unidade 
Centro 
Cirúrgico
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13 
 
- O que é serviços?; 
- O que é saúde?. 
 
Gerenciamento: ato ou efeito de manter integridade física e funcional (dos empregados e 
equipamentos) proposta pela empresa para se ter maior produtividade e harmonia em seu ambiente de 
trabalho. 
Serviços: são atividades desenvolvidas nos variados campos em função da produção, execução ou 
complementação de algo (cumprir deveres ou funções, prestar serviços, desempenhar e exercer função). 
 
Processo de Trabalho em Saúde 
 
- O que é processo?; 
- O que é trabalho?. 
 
Processo: conjunto de tarefas distintas, interligadas, visando cumprir uma missão. Conjunto de causas 
que produzem um ou mais efeitos (produto). Define-se um processo agrupando em sequência todas as 
tarefas dirigidas à obtenção de um resultado, bem ou serviço. 
Trabalho: é a necessidade social e histórica de transformar um objeto de qualquer natureza em um 
produto através da utilização de capacidades físicas e mentais. 
Processo de Trabalho: conjunto de ações que envolvem planejamento - organização - 
implementação e controle do processo de cuidar. O processo de trabalho envolve energia e transformação 
e é movido pela necessidade humana. As necessidades psicológicas ou naturais do ser humano são 
características que confere movimento ao processo de trabalho.Nota: a presença da necessidade humana leva o homem a um objetivo. A persistência produtiva de 
uma atividade resulta no objeto transformado. 
 
Componentes do Processo de Trabalho 
- Objetos: onde incide a ação do nosso trabalho; 
- Meios e/ou instrumentos: forma pela qual a energia se incorpora ao processo de trabalho; 
- Finalidade: objetivo da ação (produto); 
- Força de trabalho: pessoas envolvidas diretamente no trabalho (formação e utilização). 
 
 
 
Necessidades 
- Necessidade social; 
- Necessidade individual; 
- Necessidades de classes; 
- Reais, imaginárias, justas, supérfluas, básicas e ostentação. 
 
Trabalho em Saúde 
Articulação de vários saberes (conhecimento) e fazeres (técnicas) que resultam na prestação de 
serviços resultantes de vários processos de trabalho, que organizados, resultam no processo de trabalho 
em saúde. 
O processo de trabalho em saúde se dá mediante a prevenção, promoção, reabilitação e/ou cura de 
doenças. A concepção de curar, prevenir, promover, reabilitar está determinada pelas relações sociais 
concretas que os homens travam entre si para sobreviverem. 
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14 
 
Componentes do Processo de Trabalho em Saúde 
- Necessidades sociais: doença como fenômeno coletivo; 
- Objeto: doença (necessidade de saúde); 
- Instrumentos: saneamento e educação em saúde; 
- Finalidade: controle das doenças em escala social. 
 
Componentes do Processo do Trabalho em Saúde em Ação 
 
Sujeito: equipe de saúde e a comunidade; 
Objeto: riscos, necessidades, danos (doenças e acidentes); 
Meios de trabalho: Tecnologia médico-sanitária saber popular; 
Trabalho: tecnologia da comunicação social. Planejamento e a programação local. 
 
O “Paciente” como Objeto de Trabalho 
- Perder a identidade; 
- Aceitar regras impostas; 
- Paciente x cliente; 
- Interfere na autonomia; 
- Interferência na assistência oriunda da satisfação da clientela: consumidor. 
 
Planejamento Estratégico Organizacional 
 
O que é planejar? 
É a arte de elaborar o plano, trata-se de um processo de mudança adotando processos sistemáticos, 
lógicos e criativos. 
 
Planejamento 
- Processo de analisar e entender um sistema e avaliar suas capacidades; 
- Formular suas metas e objetivos; 
- Formular cursos alternativos de ação para atingir essas metas e objetivos; 
- Avaliar a efetividade dessas ações ou planos (monitoramento contínuo do sistema, a fim de atingir 
um nível ótimo de relacionamento entre o plano e o sistema). 
 
Nota: sem planejamento os acontecimentos ficam sujeitos ao acaso, não há rendimento do trabalho, 
há perda de tempo, esforço, energia e recursos materiais e financeiros. 
 
Quando Realizar o Planejamento? 
- Não é possível conviver com determinadas questões; 
- Necessidade de respostas efetivas; 
- Não há recursos suficientes; 
- Necessidade de desencadear o processo de trabalho. 
 
Vantagens do Planejamento: 
- Estabelece limites e indicadores; 
- Pressupõe responsabilidade e autoconhecimento; 
- Requer abordagem integrada; 
- Nunca é impessoal (equipe); 
- Gera vontade e compromisso. 
 
Planejamento Estratégico 
 
Estratégia: métodos utilizados para se estabelecer a direção a ser seguida. Porque todo planejamento 
envolve (rota, caminho, estratégia). 
 
Planejamento Estratégico: é o estabelecimento da direção a ser seguida visando maior grau de 
interação com o ambiente, de outra forma, é saber “o quê”, “quando” e “como fazer”. É um planejamento 
global a curto, médio e longo prazo. 
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O planejamento processa-se através da organização. Organização é o ato de colocar algo em ordem 
ou em condição de funcionar; estado de alguma coisa que está apta para desempenhar determinadas 
funções. O conceito de organização é fundamental para a execução de qualquer trabalho. 
 
Questões Básicas 
- Por que a organização existe?; 
- O que é como ela faz?; 
- Onde ela quer chegar?. 
 
O planejamento faz parte da ciência da administração. Administração é o conjunto de princípios, 
normas e funções que tem por fim organizar os fatores de produção e controlar a sua produtividade. A 
ideia principal é a de fazer com que cada ação ou decisão contribua para alcançar-se um alvo. 
 
Definição dos Valores: são ideias fundamentais em torno das quais a organização foi construída. 
Representam as convicções dominantes, as crenças básicas, aquilo em que a maioria das pessoas da 
organização acredita. São elementos motivadores de toda a equipe na busca da excelência. 
 
Definição a Missão/Visão: a missão é uma declaração sobre o que a organização é, sobre sua razão 
de ser. Serve de critério geral para orientar a tomada de decisões, para definir objetivos e auxiliar na 
escolha das decisões estratégicas. Visão da empresa é uma espécie de declaração dos rumos, da direção 
que a empresa pretende tomar, deve comprometer todos os níveis da organização, (começando pelos 
mais baixos) 
Formar ideias, relatos e sugestões; analisando e acrescentado pelas gerências (alta administração); 
até que tome forma. 
 
Modelo de Planejamento Estratégico 
 
 
 
Análise Ambiental 
“Se conhecemos o inimigo (ambiente externo) e a nós mesmos (ambiente interno) não precisamos 
temer o resultado de uma centena de combates. Se nos conhecemos, mas não ao inimigo, para cada 
vitória sofreremos uma derrota. Se não nos conhecemos e nem ao inimigo, sucumbiremos em todas as 
batalhas” (Sun Tzu). 
 
Análise do Ambiente 
- Onde estamos?; 
- Quem são os melhores?; 
- Por quê?; 
- O que eles estão fazendo?; 
- O que nós estamos fazendo?. 
 
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Implementação 
É o processo de identificação de oportunidades, ameaças, forças e fraquezas que afetam a 
organização no cumprimento da sua missão. 
 
Planejamento Estratégico 
 
- Nível global; 
- Plano de longo alcance; 
- Grau de incerteza é maior devido ao grande período de tempo, permitindo maior oportunidade para 
a ocorrência de eventos não previstos, assim, deve ser mais flexível; 
- Mais amplo e abrange os demais; 
- Decisões tomadas por enfermeiras que atuam ao nível administrativo na determinação do método de 
assistência de enfermagem a ser implementado pelo serviço. 
 
Planejamento Tático 
 
- Médio alcance; 
- Intermediário dentro dos níveis de organização; 
- Possui detalhamento maior que o anterior; 
- Corresponde a decisões relativas a adaptação do método de assistência escolhido para cada unidade 
de serviço, de acordo com suas características próprias. 
 
Planejamento Operacional 
 
- Curto alcance; 
- Diz respeitos às operações atuais; 
- O grau de incerteza das decisões é menor porque este é o que tem menor abrangência em 
comparação com os demais; 
- Corresponde ao planejamento da assistência de enfermagem individualizado. 
 
Métodos Teóricos de Resolução de Problemas e de Tomada de Decisão 
 
De que forma as pessoas se tornam bem-sucedidas em solucionar problemas e tomar decisões? Ainda 
que ter sucesso ao decidir possa ser aprendido com as experiências da vida, nem todos aprendem a 
solucionar problemas e a fazer julgamentos sábios por meio desse método de tentativa e erro. 
Um método estruturado para solucionar problemas e tomar decisões aumenta o raciocínio crítico, além 
de ser a melhor forma de aprender a tomar decisões de qualidade, uma vez que elimina a prática de 
tentativa e erro e aborda a aprendizagem mediante um processo comprovado. 
Para aperfeiçoar a capacidade de decidir, é importante utilizar um modelo apropriado de processo 
como base teórica para o entendimento a aplicação de habilidades de raciocínio crítico. 
 
O Processo Tradicional de Resolução de Problemas 
1-Identificar o problema; 
2-Reunir dados para análise das causas e das consequências do problema; 
3-Investigar soluções alternativas; 
4-Avaliar as alternativas; 
5-Selecionar a solução apropriada (tomada de decisão); 
6-Implementara solução; 
7-Avaliar os resultados. 
 
Embora o processo tradicional de solucionar problemas seja um modelo eficaz, sua franqueza reside 
na quantidade de tempo necessária à implementação adequada. Assim, esse processo é menos eficiente 
quando limites de tempo precisam ser considerados. Outro elemento contrário é à falta de uma etapa 
inicial para o estabelecimento de objetivos. Fixar uma meta decisória ajuda a evitar que quem decide se 
desvie do rumo pretendido. 
 
O Processo Administrativo de Tomada de Decisão 
1-Estabelecer objetivos; 
2-Buscar alternativas; 
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3-Avaliar alternativas; 
4-Escolher; 
5-Implementar; 
6-Acompanhar e controlar. 
 
Tal modelo é uma modificação do modelo tradicional, em que elimina os pontos fracos deste mediante 
o acréscimo de uma etapa de estabelecimento de metas. 
 
O Processo de Enfermagem 
1-Levantamento de dados; 
2-Diagnóstico; 
3-Planejamento; 
4-Implementação; 
5-Avaliação. 
 
Como um modelo de tomada de decisão, o processo de enfermagem tem um elemento positivo de que 
carecem os dois modelos anteriores, a saber, seu mecanismo de retroalimentação. Ao se identificar o 
momento de decidir, ocorre a tomada da primeira decisão, que continua ao longo do processo mediante 
um mecanismo de retroalimentação. 
Embora o processo tenha sido criado para a prática da enfermagem, em relação ao cuidado do 
paciente e à responsabilidade dos enfermeiros, pode ser facilmente adaptado como um modelo teórico 
para a resolução de problemas de liderança e administração. 
 
Questões 
 
01. (TRT/8ª Região/PA/AP - Analista Judiciário - Enfermagem - CESPE) Tendo em vista que no 
processo de trabalho de gerenciamento e de assistência de enfermagem decidir é uma das principais 
ações de um líder, assinale a opção correta. 
(A) A decisão tomada com base em evidências é um processo ainda pouco adotado pelos enfermeiros 
devido à baixa produção científica na área. 
(B) Pensar criticamente é um processo mais complexo do que apenas resolver problemas ou tomar 
decisões, pois envolve raciocínio e avaliação em nível superior e apresenta um componente cognitivo e 
afetivo. 
(C) Na tomada de decisões, uma das etapas do processo de solução de problemas, devem ser 
desprezadas habilidades como intuição, insight e empatia, por serem desnecessárias a esse processo. 
(D) A solução de problemas e o raciocínio crítico são requisitos secundários na atividade de liderança, 
que tem como principal requisito a tomada de decisão. 
(E) Os atos de decidir, resolver problemas e pensar de forma crítica são habilidades inatas, razão pela 
qual nem todos os enfermeiros conseguem desenvolvê-las. 
 
Gabarito 
 
01. Resposta: B 
 
Comentários 
 
01. Resposta: B 
Decidir é a mais específica das atividades de liderança e o cerne da administração. Tomar decisões é 
um processo cognitivo complexo, frequentemente definido como a escolha de determinada linha de ação. 
Solucionar problemas é parte da tomada de decisão. Por ser um processo sistemático que tem o foco na 
análise de uma situação difícil, solucionar problemas sempre inclui uma etapa de tomada de decisão. 
Raciocinar criticamente, às vezes chamado pensamento reflexivo, está relacionado à avaliação, tendo 
um alcance mais amplo do que a tomada de decisão e a resolução de problemas. Os componentes do 
raciocínio crítico incluem o raciocínio e a análise criativa. 
 
 
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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 
 
Evolução da Administração de Recursos Humanos (ARH) 
 
A área de Administração de Recursos Humanos (ARH), atualmente conhecida como Gestão de 
Pessoas, surgiu a partir de uma necessidade global das organizações de evoluírem no sentido de 
desenvolver seus colaboradores e tornar-se mais competitivo no mercado. 
Essa área dentro das empresas surgiu após a Era Industrial, com o surgimento das tecnologias 
injetadas nas máquinas e equipamentos para aceleração da produtividade nas grandes indústrias. Assim, 
o empresário notou que os investimentos de uma organização não poderiam ser voltados somente à 
produção e ao lucro. 
De modo gradativo, percebeu-se que aquele antigo sistema das organizações, com ênfase nos 
recursos tecnológicos, materiais e patrimoniais foi sendo tomado pela grande necessidade de investir nas 
pessoas. Tais recursos são considerados hoje como primordiais para a engrenagem dos negócios em 
qualquer área ou setor de atuação. 
A Revolução Industrial desencadeou muitas transformações nas relações sociais, rurais, econômicas 
e financeiras, tanto para os empresários ou também chamados de proprietários que estavam no comando 
das indústrias como para os trabalhadores que estavam por trás das máquinas e equipamentos. Houve 
a substituição da manufatura pela “maquinofatura”, o trabalho rural foi trocado pelas máquinas, fazendo 
com que a população deixasse o campo com uma proposta de uma condição de vida mais rentável na 
cidade. Porém, o que aconteceu foi o abandono das áreas rurais e a revolta dos trabalhadores, pois as 
indústrias prometiam demasiadamente e pouco conseguia cumprir, os salários eram baixos, as cargas 
horárias eram excessivas, acidentes de trabalhos eram constantes, crianças e mulheres eram submetidas 
a trabalhos pesados, não havia direito dos operários para gozarem de férias ou qualquer descanso. 
Durante a Revolução Industrial, as organizações eram vistas puramente como indústrias de lucro, pois 
almejavam grande escala de produção, redução dos custos e maximização dos recursos materiais, a fim 
de alcançar seus objetivos contábeis e financeiros. 
 
Onde pretende-se chegar com esse breve resumo da Revolução Industrial? O ponto-chave é a 
evolução das organizações passando de foco do negócio para foco nas pessoas. 
 
Com os deveres abusivos impostos pelos proprietários das indústrias, houve uma grande revolta dos 
operários ou trabalhadores, surgiram os direitos trabalhistas, de forma a resguardar as condições de 
trabalho assegurando assim, maior qualidade de vida. 
As novas exigências da legislação fizeram com que os empresários fossem obrigados a se 
enquadrarem conforme o determinado pelos direitos trabalhistas. Esse processo de enquadramento 
não foi facilmente aceito, porém as greves foram cada vez mais frequentes e fizeram com que os 
empresários aceitassem mesmo a contragosto. Sem trabalhadores a indústria ou fábrica não produziria, 
assim sendo o empresário teria mais prejuízo sem os trabalhadores do que pagando-lhes o que era de 
direito. 
 
A mudança no foco foi gradativa, deixando de lado as características incisivas de 
produtividade e lucratividade. Ou seja, nessa fase da Revolução o foco da organização ainda 
estava voltado aos recursos materiais, instalações, prédios, maquinários, equipamentos, e 
outros bens materiais. As pessoas ainda não eram vistas como um bem necessário ao 
desenvolvimento do negócio. Ainda não se tinha a percepção da significância que as pessoas 
representavam, pois estas são formadas de habilidades e competências. 
 
Habilidades são as capacidades técnicas que um indivíduo possui para realizar determinadas tarefas 
ou atividades. Como por exemplo, a profissão de mecânico exige tanto conhecimento quanto experiência. 
O mecânico precisa entender sobre o assunto para conseguir colocar na prática. 
 
Já a competência seria a soma de talento com a habilidade, como um profissional que gosta do que 
faz e, portanto colocar em prática da melhor forma possível. Como por exemplo, um piloto de Fórmula 1, 
c. Gestão do processo de trabalho: iii.Gestão de pessoas; 
 
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o profissional precisa ter a habilidade para pilotar (ser treinado = ser habilitado) como também necessita 
a competência que no caso é o talento para disputar competições e desenvolver a vocação pelo que faz, 
só assim o sucesso é mais garantido.Sendo assim, as pessoas dotadas com as habilidades e competências podem contribuir para o 
futuro de uma organização. As pessoas não são apenas fonte de mão de obra, são muito além 
disso, são agentes transformadores que contribuem com melhores ideias e novas práticas. 
 
Como diz Chiavenato8, e onde estão as competências? Em que lugar? Quase sempre na cabeça – e 
não nos músculos – das pessoas. 
 
O que ele quer dizer com isso é que, as pessoas ou os trabalhadores neste caso, deixaram de 
ocupar um papel mecanicista dentro da gestão de uma empresa, para passarem a ocupar uma 
posição mais estratégica. As pessoas evoluíram do simples executar para o pensar, melhorar, 
modificar. E na Revolução Industrial esse fato fica muito evidente, pois as pessoas além de exigirem por 
melhores condições de trabalho passaram a perceber que eram valiosas pelo que podiam oferecer ao 
negócio, não só pela força física, mas pela força mental e estratégica. Até então, as pessoas não tinham 
consciência nem de seus direitos nem do que podiam contribuir. 
É importante enfatizar que o fenômeno da Revolução Industrial apenas foi um marco inicial para 
esse olhar mais analítico dos empresários frente aos seus colaboradores. Pois esse processo de 
constituição da Administração de Recursos Humanos custou muito ser realidade e até nos dias atuais 
ainda há muitas transformações e melhorias a serem conquistadas nessa área. 
Após introduzir esse breve marco das relações humanas, é fato de que as mudanças estão cada vez 
mais constantes. Muitos fatores têm contribuído para essas mudanças como os fatores econômicos, 
tecnológicos, sociais, ambientais, culturais, demográficos, legais, etc. 
Essas mudanças, tais como a Revolução Industrial, contribuíram para a transformação com relação à 
nomenclatura adotada do que chamamos de Área de Recursos Humanos, ora conhecida por Gestão 
de Pessoas, ora conhecida por Recursos Humanos somente, ora tratada como Gestão de Talentos, 
Gestão de Parceiros ou de Colaboradores, Gestão do Capital Humano, Administração do Capital 
Intelectual e enfim Gestão de Pessoas. 
Embora cada empresa conforme sua gestão trate este departamento voltado às pessoas de uma 
forma, adotando um nome distinto, os objetivos são os mesmos, fazer com que as pessoas sejam 
parceiras da organização. Isso significa parceria com todos os envolvidos no negócio, desde o 
acionista até o porteiro, desde o fornecedor até o concorrente, pois são as pessoas que dão vida 
e dinamismo ao negócio, que fazem o crescimento e o desenvolvimento acontecer. 
Dessa forma, para Chiavenato9, a Administração de Recursos Humanos (ARH) trata especificamente 
de um conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir, os aspectos da posição gerencial 
relacionados com as “pessoas” ou recursos humanos, incluindo recrutamento, seleção, treinamento, 
recompensas e avaliação do desempenho. 
 
Conjunto de Políticas e Práticas 
 
A ARH é a função administrativa devotada à aquisição, treinamento, avaliação, e remuneração dos 
empregos. Todos os gerentes são, em um certo sentido, gerentes de pessoas, porque todos eles estão 
envolvidos com atividades como recrutamento, entrevistas, seleção e treinamento. 
Assim, eles podem: conduzir análise de cargo (determinar a natureza do trabalho de cada funcionário), 
prever a necessidade de trabalho e recrutar candidatos, selecionar candidatos, orientar novos 
funcionários, gerenciar recompensas e salários, oferecer incentivos e benefícios (remunerar funcionários), 
avaliar o desempenho, comunicar-se (entrevistando, aconselhando, disciplinando), treinar, desenvolver e 
construir o comprometimento do funcionário. 
De modo que é inerente à Gestão de Pessoas a prática de lidar com o comportamento humano e 
administrar a justiça nos relacionamentos. Sendo está uma tarefa árdua e difícil (desafio), pois é passível 
de erros ou de práticas injustas e/ou de situações desgastantes. Contudo faz-se necessário o 
investimento para com aqueles que fazem a organização, que contribuem diretamente para o sucesso e 
o desenvolvimento interno. 
 
 
8 CHIAVENATO, Idalberto. Princípios da Administração - o essencial em Teoria Geral da Administração - 2ª Ed. 2012 
9 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas - 3ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 
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A Gestão de Pessoas é a área que constrói talentos por meio de um conjunto integrado de 
processos e cuida do capital humano das organizações, o elemento fundamental do seu capital 
intelectual e a base do seu sucesso. 
 
Administração Estratégica de Pessoas 
 
A área de Gestão de Pessoas tem passado por uma grande transformação nos últimos anos, a 
principal mudança notável nesse modelo de gestão é sua atuação, que vem deixando de ter papel 
somente operacional para atuar em campo mais estratégico dentro das organizações. 
A administração dos recursos humanos era concebida como uma área operacional, pois atuava 
principalmente como departamento de pessoal. Conhecida como o departamento da empresa que se 
restringia apenas na execução de contratações, realização da folha de pagamento e demissões. 
Trazendo para outras palavras, uma área que apenas executava decisões tomadas por outros 
departamentos e ainda levava “fama” de departamento burocrático por ter que fazer cumprir muitas leis, 
normas e regras que envolvem o trabalhador. 
Essa área foi considerada por muito tempo como uma fonte de despesa, por ser vista por muitos 
gestores como um “mal necessário”. Esse ponto de vista mal explorado pela administração das empresas 
foi mudando consideravelmente, ao ponto de nos dias atuais, ser considerada a área de maior importância 
em uma organização. 
Houve alguns marcos históricos que contribuíram para que as empresas passassem a enxergar as 
pessoas como recursos-chaves e não apenas despesas. No Brasil, entre 1930 e 1950, Getúlio Vargas 
passa a criar a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), abrangendo os direitos e deveres dos 
empregados bem como do empregador. As organizações passam a ter uma maior preocupação com as 
leis estabelecidas, e assim paulatinamente começam um processo de restauração nos direitos 
trabalhistas e garantia de uma melhor qualidade de vida e consequentemente maior produtividade para 
as empresas. Um processo ganha-ganha, onde as duas partes são beneficiadas. 
 
A partir desse contexto, surge o conceito de gestão de pessoas, sendo uma área vulnerável e 
sujeita a instabilidade frente à cultura que se aplica às organizações. O funcionário deixou de ser 
uma mera engrenagem de máquina e passou a ser o sujeito colaborador, contribuindo com o seu 
recurso intelectual ao desempenhar sua parte no processo de transformação da empresa. 
 
Assim, o colaborador passa a ser visto como o principal patrimônio das organizações. E como o próprio 
termo utilizado, se passa a enfatizar a importância e o papel que cada trabalhador desempenha dentro 
de uma organização, no qual este passa a ser um parceiro, um colaborador no negócio e um recurso 
intelectual que contribui unicamente para o crescimento da empresa. 
Mas revelando também ser um grande desafio para as organizações, uma vez que elas reconhecendo 
o real papel dos colaboradores dentro da administração de uma empresa passaram a exigir muito mais 
de seus profissionais. 
 
Todavia, com as transformações no mercado global, nos deparamos com um gap10, bastante 
preocupante que é a escassez de profissionais, principalmente no que tange profissionais que 
possuam habilidades comportamentais que se ajustem aos valores e filosofia das empresas. 
 
Esse gap é o que chamamos de “gargalo” do mercado, é onde existe uma extrema necessidade de 
profissionais para suprir a demanda do mercado de trabalho, mas em contrapartida as empresas não 
conseguem selecionar um perfil de profissional que se enquadre dentro de suas expectativas. Isso ocorre 
porque os profissionais estão sempre em busca de algo a mais, algo

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