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BIOCOMPATIBILIDADE EM ODONTOLOGIA

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Capacidade de um material de desencadear 
uma resposta biológica apropriada em uma 
dada aplicação no organismo. 
Quando o organismo responde de forma 
adequada ao material. 
Ausência de reações adversas que 
comprometam ou não sejam toleráveis pelo 
organismo. 
A biocompatibilidade do material com o tecido 
ocorre quando, em contato, não há reações de 
caráter: 
− Irritante; 
− Inflamatório; 
− Tóxico; 
− Alérgica; 
− Mutagênico. 
A biocompatibilidade depende das: 
− Condição do meio/tecido (ex.: fio de 
nylon); 
− Propriedades do material; 
− Contexto em que é utilizado; 
− Reações diferentes entre diferentes 
organismos; 
− Idade (Idoso e Jovem); 
− Doenças sistêmicas. 
 
RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS 
Quando ocorre qualquer agressão ao tecido, 
este responde através de uma resposta 
inflamatória, ou seja, ativa o sistema 
imunológico do hospedeiro para defendê-lo de 
ameaças. A inflamação pode resultar de uma 
toxicidade ou de uma alergia, mas em geral, a 
toxicidade é procedida de uma resposta 
inflamatória, e quase nunca de uma alergia. Ex.: 
dente cariado. 
Ao ocorrer um processo carioso, o dente 
acometido pela doença cárie certamente 
estará inflamado em maior ou menor grau. Ao 
removermos o tecido cariado, vários fatores 
podem levar ao aumento dessa inflamação. 
Esses fatores serão descritos adiante no texto 
no item: biocompatibilidade com a dentina e 
com a polpa. 
Ao selecionar um material para ser colocado 
sobre o que remanesceu de estrutura dentária 
poderemos ou não estar contribuindo para o 
aumento dessa inflamação. 
 
RESPOSTA ALÉRGICA 
A resposta inflamatória é muito difícil de ser 
diferenciada de uma resposta alérgica. 
Organismos não reconhece determinada 
substância ou identifica essa com antígeno, 
corpo estranho e dente a promover reação 
imune sobre a substancia. 
Ocorre com frequência com monômeros 
resinoso. 
Reação não dose dependente (2º reação). 
Ex.: Luxa com pó, dermatite por contato. 
 
TOXICIDADE 
A toxicidade é o potencial relacionado à dose 
de um material que pode causar morte de 
células ou tecido. 
Pode estar relacionado com a concentração ou 
dose da substância utilizada. Dose dependente. 
Ex.: Amalgama dentário sobre o tecido pulpar. 
O emprego de um material não biocompatível 
com aquele tecido pode ocasionar o aumento 
da resposta inflamatória, de tal forma que 
poderá haver morte celular seguida de necrose 
de pare do tecido. 
 
MUTAGÊNICO 
Provocam alterações diretas ou indiretas sobre 
os mecanismos que mantem e promovem a 
integridade das sequencias de DNA nas 
células. 
Geralmente relacionadas a alterações nos 
tecidos locais. 
Matérias e substâncias geralmente são 
contraindicadas e removidas do mercado 
quando apresentam evidências do potencial de 
alterações celulares. 
Dependendo das respostas que o material 
causará, elas podem ser consideradas locais 
ou sistêmicas. Felizmente, as respostas 
ocasionadas elos materiais dentários de uso 
direto são, na maioria dos casos, de ordem 
local, sem maiores comprometimentos 
sistêmicos. 
 
Tipos de testes: 
− In vitro; 
− In vivo; 
− Ensaio clínico. 
 
 
 
IN VITRO 
Vantagens: 
− Baixo custo; 
− Fácil execução; 
− Padronização; 
− Larga escala. 
 
Desvantagens: 
− Elevado viés; 
− Resultados questionáveis. 
 
IN VIVO 
Vantagens: 
− Mais relevância; 
− Reprodutibilidade; 
− Imunomodulação. 
 
Desvantagens: 
− Maior tempo; 
− Menor escala; 
− Aprovação Ética; 
− Maior custo; 
− Interpretativo. 
 
ENSAIO CLÍNICO 
 
Vantagens: 
− Maior relevância; 
− Maior reprodutibilidade; 
− Resultados com maior confiança. 
Desvantagens: 
− Limitados questões éticas; 
− Responsabilidades legais; 
− Custo mais elevado; 
− Tempo do teste mais elevado; 
− Necessita cooperação. 
 
BIOCOMPATIBILIDADE DOS MATERIAIS 
ODONTOLÓGICOS 
Mucosa; 
Tecidos periodontais; 
Polpa (direto ou indireta através da dentina). 
Ex.: Restaurações na região cervical dos 
dentes pode apresentar diferentes tipos de 
contatos com os tecidos. 
 
MUCOSA 
A biocompatibilidade com a mucosa depende 
das características de superfície do material, 
na qual a rugosidade e características que 
facilitem a lixiviação de componentes são de 
suma importância. A degradação e/ou corrosão 
com consequente liberação de componentes e 
subprodutos dos materiais na cavidade bucal 
também afetam sua interação com o tecido. 
 
RUGOSIDADE 
Para a maioria dos materiais, a região 
superficial é totalmente diferente da região 
interna. Por exemplo, qualquer material 
resinoso possui uma superfície 
subpolimerizada, devido à inibição da 
polimerização pelo oxigênio. Uma vez que a 
superfície é a parte de um material que o corpo 
"vê", a composição da superfície, sua 
rugosidade, propriedades mecânicas e 
químicas são determinantes também da 
biocompatibilidade do material. As 
características superficiais podem, em geral, 
afetar o potencial de degradação de um 
material. 
Para a maioria dos materiais, uma superfície 
rugosa acelera a degradação. A rugosidade 
pode também promover a aderência de 
bactérias, a inflamação periodontal e/ou 
propiciar um ambiente adequado para dar 
início ao desenvolvimento de lesões de cárie 
recorrentes. 
 
LIXIVIAÇÃO DE COMPONENTES 
A causa de liberação de componentes e/ou 
degradação de um material pode ser diversa. 
No caso dos materiais poliméricos (resinas 
compostas, cimentos de ionômero modificados 
por resina e selantes), parte dos monômeros 
não convertidos em polímeros pode ser 
lixiviado da massa do material. 
Essa lixiviação pode também ser decorrente da 
degradação ou erosão, em que os materiais 
estão sujeitos ao longo do tempo, em função de 
seu contato com substâncias abrasivas e/ou 
erosivas. 
 
DEGRADAÇÃO/CORROSÃO 
A degradação de um polímero pode ser definida 
pelo processo de clivagem das cadeias 
poliméricas em oligômeros e, 
subsequentemente, em monômeros, enquanto 
a erosão é a perda de parte do corpo do 
material e é ocasionada por fatores mecânicos, 
químicos e térmicos. 
A degradação química: por meio da ação de 
enzimas e esterase salivar. 
A corrosão da amálgama, por exemplo, pode 
haver liberação de íons metálicos como 
resultado de reações eletroquímicas, ou 
partículas deslocadas por forças mecânicas, 
tais como as oclusais ou aquelas exercidas 
durante a escovação dos dentes. Nesse 
material, a preocupação com a liberação do 
mercúrio tem levado a uma drástica diminuição 
do seu uso. 
 
BIOCOMPATIBILIDADE COM A DENTINA E A 
POLPA 
 
Promover proteção aos tecidos dentários: 
− Estímulos térmicos; 
− Estímulos químico; 
− Estímulos físicos; 
− Estímulos elétricos; 
− Infiltração marginal. 
 
Não causar injurias aos tecidos dentários; 
Apresentar boas propriedades físicas e 
mecânicas; 
Efeito terapêutico. 
 
Invariavelmente, quando ocorre perda de parte 
do tecido dentário, é fundamental restaurá-lo 
mantendo a sua vitalidade e função. Mesmo 
sem a exposição direta da polpa, há interação 
do material colocado sobre a dentina com a 
polpa, devido à permeabilidade do tecido 
dentinário. 
Em função disso, alguns materiais são 
empregados para diminuir ou impedir danos 
aos tecidos pulpares. 
Esses materiais são conhecidos como agentes 
de proteção do complexo dentinho-pulpar. 
Injúrias ao tecido pulpar podem ser causadas 
por materiais restauradores e procedimentos 
operatórios, por agentes físicos como 
correntes elétricas, e agentes químicos, por 
contato direto de materiais tóxicos e biológicos 
com a polpa, por meio da infiltração bacteriana. 
Vale ressaltar que, de maneira geral, tudo que 
se realiza durante tratamento odontológico, 
desde a anestesia até o ajuste oclusal, é 
agressivo; em maior ou menor grau à polpa. 
 
 
Do lodo esquerdo, uma restauração sofrendo 
micro infiltração. Observe que o desenho 
mostro, intencionalmente, um espaço entre a 
restauraçãoe o preparo (dente), espaço esse 
que é virtualmente invisível o olho nu numa 
situação clínica. Mesmo sendo microscópico, 
tal espaço pode ser grande o suficiente poro 
permitir a passagem de fluidos e bactérias. Em 
consequência, se formo nessa interface um 
meio propício ao desenvolvimento de uma lesão 
de cárie secundário. Observe que, devido à 
permeabilidade da dentina, pode haver 
infiltração bacteriano até a polpa dentária, 
acarretando infiltração pulpar, sensibilidade 
dentário e até mesmo necrose pulpar. No lodo 
direito do figuro, está esquematicamente 
ilustrado uma interface selada pelo material 
restaurador que impede a infiltração 
bacteriano. Esse selamento pode ocorrer pelos 
produtos de corrosão do amálgama ou pelo uso 
de sistemas adesivos. Note que o uso de um 
agente poro base pode diminuir a infiltração na 
interface. A formação de dentina terciário ou 
esclerótica e reacional é uma resposta 
fisiológica do dente aos estímulos externos, 
mas a polpa geralmente permanece saudável 
quando a restauração mantém o selamento 
marginal. 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM NA RESPOSTA 
DO COMPLEXO DENTINHO-PULPAR 
 
PROFUNDIDADE CAVITÁRIA 
 
Em cavidades rasas, a própria dentina 
remanescente, após a remoção do tecido 
cariado, é considerada o agente protetor mais 
seguro para a polpa. 
Não existe nenhum material restaurador que, 
ao ser colocado sobre o dente, promova melhor 
proteção à polpa que a própria dentina. 
A dentina, apesar de ser um tecido altamente 
poroso, é um excelente isolante térmico e 
físico-químico contra a penetração de agentes 
agressores à polpa. Isso é de tal forma 
verdadeiro que, quando ocorre a exposição da 
polpa, materiais específicos que visam a 
formatação de tecido duro semelhantes a 
dentina devem ser empregados. 
Com o aumento da profundidade há aumento no 
número e diâmetro dos túbulos dentinários, o 
que gera aumento da permeabilidade. Assim, 
quanto mais profunda a cavidade, menor a 
capacidade da dentina remanescente de 
proteger a polpa. 
 
 
IDADE DO PACIENTE 
Quanto mais velho um dente maior é a 
espessura de dentina entre o fundo da cavidade 
e o teto da câmara pulpar, e menor sua 
permeabilidade. 
 
CONDIÇÃO PULPAR 
Infelizmente, o diagnóstico correto da condição 
pulpar é um dos calcanhares de Aquiles do 
tratamento odontológico atual. Isto significa 
dizer que, invariavelmente, não há como 
diagnosticar de forma definitiva a condição 
pulpar de um determinado elemento pulpar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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