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Parasitologia animal Introdução à epidemiologia Procedimento lógico e método de investigação e de trabalho aplicável às ciências sanitárias para descrever eventos, explicar-lhes as causas e projetar, atuar e avaliar as intervenções Epi= sobre/demo=população humana/logo=discurso, tratado Zoonose: doenças transmitidas entre animais e seres humanos. Saúde OMS- “Estado de completo bem-estar físico, mental e social.” PIAGET-“O equilíbrio do ser vivo é um pseudo-equilíbrio dinâmico resultante de uma multiplicidade de desequilíbrio naturalmente compensados.” Morbidade: É o número de doentes ou infectados na população, sendo os doentes aqueles que apresentam sintomas Promoção: medidas que não são dirigidas a uma determinada doença, mas servem para aumentar a saúde e o bem-estar Prevenção: Exige ação antecipada, baseia-se no conceito da história natural da doença Promoção de saúde: modificar condições de vida para que sejam favoráveis à qualidade de vida e bem-estar PARASITAS Incluem um conjunto heterogêneo de organismos, sendo eles protozoários, helmintos e artrópodes São especializados em evitar e subverter o sistema imune, precisa vencer os mecanismos de defesa do hospedeiro para sua instalação. Tríade epidemiológica 1. Determinantes relacionados ao hospedeiro Ex: idade, sexo (determinantes hormonais), espécie, raça, etc. Suscetibilidade: uma infecção ode estar limitada a uma única espécie ou a um grupo de espécies Infectividade: refere-se a duração do período quando o animal está infectante e eliminando o agente infeccioso *Infecções associadas ou presença de patógenos, oportunistas 2. Determinantes relacionados ao agente infeccioso Evolução da infecção (estado do portador, infecção latente sem multiplicação do agente) Carga infectante: Virulência: é a capacidade do agente infeccioso de produzir casos graves e fatais Estabilidade: é o período pelo qual o organismo pode permanecer infectante fora do seu hospedeiro 3. Determinantes relacionados ao ambiente Clima e localização geográfica - Condições ecológicas que favorecem a sobrevivência e a transmissão do agente infeccioso Manejo - Instalações, dieta, higiene no manuseio dos animais, estresse e interações, traumas Fatores físicos e químicos Agem em igual intensidade – agente, hospedeiro e respectivos vetores Favorecem ou não a atuação desses no processo da doença Fatores climáticos - São os mais importantes determinantes físicos dos padrões de ocorrência de doenças - Afetam os hospedeiros, as populações de vetores e de agentes biológicos de doenças de parasitas, quando estão em vida livre. - Podem acarretar agravos a saúde de pessoas e animais jovens e recém-nascidos, por serem sensíveis ao frio, ao calor e à desidratação. Vento: pode carrear agentes infecciosos como o vírus da aftosa, vetores com agentes de doença, esporos, ovos de parasitas, ácaros, etc. por longas distâncias Raios solares são eficientes na inativação de agentes infecciosos (EX: vírus da gastroenterite suína) Microclimas dentro de macroclimas · EX: pequenas coleções de água em fendas de rochas ou plantas agrestes, são criadouros de mosquito em ambiente árido · Capacidade de retenção de água, pH e porosidade - Fatores que interferem na sobrevivência do agente na natureza Solo Contribuem para a inanição quando há escassez de vegetação, ou quando elementos nutricionais não se encontram em equilibro adequado EX: carência de fósforo e cobre diminui a fertilidade em ovinos - Capacidade de retenção de água, pH e porosidade – fatores que interferem na sobrevivência do agente na natureza Excelente meio: · Fungos – criptococose e histoplasmose · Formas esporuladas de clostrídios e bacilos · Favorecem a evolução dos ovos e larvas de helmintos ou de oocistos de eimerídeos · Solos podem conter agentes químicos causadores de doenças, sejam através do próprio solo ou da água ou das plantas forrageiras Doenças emergentes e reemergentes Doença emergente: É o surgimento ou a identificação de um novo problema de saúde ou um novo agente infeccioso, como por exemplo a febre hemorrágica, pelo vírus EBOLA, COVID-19, etc. Doenças reemergentes: Indicam mudança no comportamento epidemiológico de doenças já conhecidas, que haviam sido controladas, mas que voltaram a representar ameaça à saúde humana, inclui-se a introdução de agentes já conhecidos em novas populações de hospedeiros suscetíveis, como por exemplo, o retorno da Dengue no Brasil Fatores contribuintes da emergência e reemergência de doenças transmissíveis: Fases da história natural da doença Refere-se à evolução de uma doença no indivíduo através do tempo, na ausência de intervenção Dividido em: 1- Período pré-patogênico: Período em que ocore a interação preliminar entre agentes potenciais, hospedeiros e fatores ambientes no processo da doença 2- Período patogênico Processo durante a reação desencadeada no organismo no hospedeiro em conseqüência ao estabelecimento de estímulo-doença A= período de incubação Desde o contato até a primeira manifestação clínica B= Período pré-patente Da infecção até a eliminação do agente infeccioso Relacionamentos entre agente e hospedeiro I. Relacionamento harmônico Evolução inaparente ou subclínica II. Relacionamento desarmônico Incompatibilidade entre hospedeiro e o parasita (forma aparente da doença.) Evolução da doenças 1- Convalescença Recuperação total ou parcial do hospedeiro 2- Cronicidade Quase sempre prejudicial ao hospedeiro 3- Morte CADEIA EPIDEMIOLÓGICA Cadeia de transmissão epidemiológica Vias de eliminação- meio através do qual o agente abandona seu hospedeiro para alcançar o meio externo e assim, o novo hospedeiro Vias de transmissão- recurso que o agente utiliza para alcançar o novo hospedeiro; EX: ingestão oral, infecção via pele e mucosas, transmissão aérea, contato, inoculação, transmissão iatrogênica ( transfusão de sangue), etc. Modos de transmissão- Horizontal: transmitida de um indivíduo para o outro - Direta: justaposição de superfícies (beijo, lambeduras, etc.); Indireta: vetor vivo ou inanimado, que a transmite entre os hospedeiros infectados e suscetíveis; Vertical: são transmitidos de uma geração para outra, pela infecção do embrião ou feto in útero; Elementos de epidemiologia Hospedeiros: é uma pessoa ou animal vivo, incluindo artrópodes que, em circunstâncias naturais, permite a subsistência e o alojamento de um agente infeccioso(planta). Tipos de hospedeiros: Hosp. Definitivo: hospedeiro no qual o agente infeccioso adulto desenvolve, reprodução sexuada; Hosp. Intermediário: o agente infeccioso apresenta algum desenvolvimento, reprodução assexuada Hosp. Paratênico: o agente é transferido mecanicamente, o organismo não precisa do hospedeiro para se desenvolver ou multiplicar (Hospedeiro) reservatório: é o hospedeiro no qual o agente infeccioso vive normalmente, se multiplica e, portanto, é uma fonte de infecção para outros animais. Fômites: transportadores inanimados de agentes. EX: agulhas, raspadeiras etc. Vetor mecânico: um animal invertebrado (geralmente artrópode ou molusco) que carreia fisicamente um agente infeccioso. O agente infeccioso não se multiplica e nem se desenvolve no vetor mecânico. Vetor biológico: um animal invertebrado (geralmente artrópode) no qual o agente infeccioso desenvolve parte de seu ciclo de vida ou replicação, antes da transmissão para o hospedeiro natural ou secundário; Medidas de ocorrência de doença Prevalência: é o número de ocorrência de uma doença em uma população conhecida, em um período de tempo determinado, sem distinção de casos novos ou antigos. Incidência: é o número de casos novos que ocorrem em uma população conhecida em um período específico de tempo Objetivos dos estudos epidemiológicos - Promoção a saúde: alimentação, educação(orientação), etc. - Prevenção: imunização, higiene, controle de vetores, etc. - Diagnóstico precoce Exames periódicos, isolamento, tratamentos adequados; Resistência natural ao parasitismo Primeira linha de defesa: pele, pelame, etc. Suco gástrico:destruição de parasitas ingeridos. Após penetração nos tecidos- desencadeia a fagocitose (macrófagos) Reação inflamatória- destruição ou isolamento do agente. Segunda linha de defesa – resistência adquirida (imunidade) – produção de anticorpos imobilização e destruição - Formas de granulomas Segunda linha de defesa – parasitas multicelulares IgE e eosinófilos- liberam mediadores inflamatórios, contração de músculo liso, expulsão de parasitas pelo trato digestório ou pelas vias aéreas.
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