Aline_Pires_M_Estagio_supervisionado_4_2021

Prévia do material em texto

GRUPO SER EDUCACIONAL
“UNINASSAU”
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV - PEDAGOGIA
ALINE PIRES MACIEL
O PROCESSO DE INSERÇÃO DE COLABORADORES SURDOS NO MERCADO DE TRABALHO 
 
CAMPO VERDE/MT
2021
ALINE PIRES MACIEL
O PROCESSO DE INSERÇÃO DE COLABORADORES SURDOS NO MERCADO DE TRABALHO EM UMA EMPRESA
Projeto apresentado ao Curso de Graduação em Pedagogia da UNINASSAU, como requisito para aprovação na disciplina de Estágio Supervisionado IV.
CAMPO VERDE /MT
2021
1. INTRODUÇÃO 	Comment by camila gallindo: Referenciar:https://www.infoescola.com/profissoes/pedagogia-empresarial/https://www.bage.ideau.com.br/wp-content/files_mf/757ab6bb34e6a09605ee8714c99285b147_1.pdf
O presente projeto tem por finalidade apresentar, proposta de intervenção à empresa “Irmão Nosdam e Varejo”, que ciente do termo acessibilidade está em evidência em vários setores da sociedade, e também é lei. Indo além dos valores de inclusão e diversidade que a acessibilidade traz para as empresas, também contribui para a reputação da empresa e gera mais oportunidades de negócio. A empresa com o intuito em implementar uma nova filosofia na empresa fará a contratação de funcionários surdos. Serão contratados 40 pessoas surdas para o cargo de empacotadores auxiliando os caixas, sendo: 20 do sexo feminino e 20 do sexo masculino, com idades variando de 18 a 45 anos.
Deve-se levar em consideração que os, “surdos” costumam se comunicar usando a língua de sinais, no Brasil Língua Brasileira de Sinais, “LIBRAS”.	Comment by camila gallindo: Há uma diferença entre ambos
A acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é amplamente discutido na sociedade, isto porque é um segmento que já passou por muita discriminação e preconceito. 
De acordo com a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 5°, traz igualdade entre todos cidadãos brasileiros.
Art. 5°- Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...).
Sendo assim, os objetivos deste trabalho é desenvolver estratégias educacionais de curto e longo prazo, que o pedagogo responsável geral do RH da empresa deverá organizar para a missão da contratação destes 40 funcionários surdos, desenvolvendo as modalidades das entrevistas dos candidatos para a seleção e admissão; capacitação para as tarefas a serem desenvolvidas após a contratação; desenvolver estratégias para engajar os colaboradores para o acolhimento dos futuros colegas; desenvolver estratégias para incentivar a todos os colaboradores para o tratamento respeitoso, treinar os colaboradores para se comunicarem de forma efetiva e motivar o relacionamento entre todos. 
Visto tudo isso, o profissional em pedagogia faz necessária nesta empresa, junto com sua equipe do RH, que é composta por 19 pessoas. Dividido em dois subsetores: Coordenação de Recrutamento e Seleção: Admissão, Demissão e Coordenação de treinamentos. O RH tem o responsável geral uma pedagogo, que gerencia os dois subsetores nas suas distintas funções. Cada um desse subsetores é composto igualmente por: 2 psicólogos, 3 pedagogos e 4 estagiários, sendo 2 em pedagogia e 2 em psicologia. 
Compreenda-se que a Pedagogia é a ciência da educação e, o pedagogo é o profissional que encarna a reflexão sobre a educação em todos os contextos em que a mesma se realiza. Acredita que essa área só é relevante para as escolas, já que os profissionais que trabalham com pedagogia costumam ser professores da educação infantil e ensino fundamental. Porém, além do licenciamento, a pedagogia também forma profissionais que lidam com mudanças organizacionais dentro de uma empresa, e há possibilidades de atuação em outros espaços também. Por isso, são fundamentais para ajudar os novos colaboradores a se adaptarem à esta empresa.	Comment by camila gallindo: E há possiblidades de atuação em outros espaços também
Como afirma Libâneo (2002, p. 58), “a extensão do campo de atuação do pedagogo atualmente é muito ampla, ultrapassando as barreiras das ações escolares, podendo ser identificado em dois campos: escolar e extraescolar. Assim, a atuação do pedagogo em espaço escolar define-se pelo trabalho desenvolvido dentro da escola seja em sala de aula, na gestão escolar, na supervisão ou coordenação do trabalho pedagógico, conduzindo ao ensino e aprendizagem nesse ambiente”. 	Comment by camila gallindo: Onde começa e onde acaba a citação?
Além de criar estratégias para integrar as pessoas ao ambiente de trabalho, os educadores empresariais também auxiliam na identificação de competências que podem ser desenvolvidas ou aprimoradas, o que contribui para o crescimento profissional de quem trabalha.
Sendo assim, o presente trabalho tem por finalidade apresentar este projeto de intervenção acerca da pedagogia empresarial como espaços não formais de atuação do pedagogo, para melhor organização do espaço de trabalho, onde estará sendo contratados colaboradores surdos. Deste modo, a pedagogia foi ilustrada como uma área ampla com diferentes espaços não formais de atuação para o pedagogo e, exposto a importância do mesmo na empresa para o processo de desenvolvimento organizacional bem como agente transformador da realidade em contextos distintos.	Comment by camila gallindo: Tem por finalidade o quê?
O pedagogo empresarial, cumpre um importante papel dentro das empresas e organizações articulando as necessidades junto da gestão de conhecimentos. A pedagogia vive a procura de estratégias e metodologias que garantam uma melhor aprendizagem, apropriação de conhecimentos, tendo como alvo principal gerar mudanças no comportamento das pessoas de modo que estas melhorem tanto a qualidade da sua atuação profissional e pessoal, e contribuindo para sua empresa de trabalho. O Pedagogo dentro da empresa tem como objetivo principal auxiliar o desenvolvimento comportamental e psicológico das pessoas, levando o grupo a se relacionar melhor uns com os outros aprendendo a respeitar e valorizar as ideias de cada um.
2. ANÁLISE E DISCUSSÃO DO PROBLEMA	Comment by camila gallindo: Referenciar:https://scielosp.org/article/csc/2015.v20n8/2549-2558/pt/ https://revistas.brazcubas.br/index.php/dialogos/article/download/80/103 
O preconceito e a discriminação representam uma enorme barreira à inclusão, pois promove o estigma e criam estereótipos, o que dificulta a contratação de pessoas com deficiência por empresas privadas. A acessibilidade e inclusão destas pessoas com deficiência auditiva na empresa é um grande desafio, para o contratado e para o contratante, pelo fato dos colaboradores da empresa não estar familiarizado com a língua de sinais, à “Libras”. 
O reconhecimento de que a experiência visual é a principal forma de produção e apropriação de conhecimento pelos surdos traz mudanças positivas de concepções relacionadas ao reconhecimento da língua de sinais como o produto cultural mais representativo das comunidades surdas, além da sua designação como grupo cultural que utiliza uma língua minoritária - a Libras. Afirmar que a Libras é uma língua minoritária se faz apenas em comparação com a língua oficial e majoritária do país, a língua portuguesa. Por isso a grande importância do profissional pedagogo na empresa, faz muita diferença positiva para o ambiente da organização.
Assim, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia (DCNs), implementadas na Resolução do Conselho de Educação n°01 de 15 de Maio de 2006 (Brasil, 2006), definem, em seu Art. 5°, várias possibilidades de atuação do pedagogo, entre elas, a de trabalhar não só em espaços escolares, mas também não escolares, promovendo a aprendizagem e desenvolvimento humano de indivíduos em diferentes etapas do processo educativo.
A empresa Irmão Nosdam e Varejo, é uma grande rede de loja varejista de utensílios em geral. Ela possui um quadro de funcionários com o total de 1.000 colaboradores, que desempenham funçõescomo equipe de compra e venda por atacado, equipe de atendentes, equipe de empacotadores, equipe de caixas, equipe de segurança etc., a mesma irá contratar funcionários com deficiência auditiva e deve se organizar e preparar sua equipe para o acolhimento destes novos colaboradores com deficiência auditiva. Os surdos são pessoas facilmente reconhecidas em espaços públicos pela forma singular de comunicação visual por meio da Língua Brasileira de Sinais “Libras”.
A lei 8.213, de 25 de Julho de 1991, dispõe no artigo 93, sobre a contratação de portadores de necessidades especiais, que toda empresa com cem ou mais funcionários está obrigada a preencher de dois a cinco por cento dos seus cargos com pessoas com deficiência. Dessa maneira, temos um lado empresas à procura de pessoas com alguma limitação interessada em compor a sua equipe, seja por uma iniciativa em cumprir a lei, seja por tomada de decisão desta sem necessariamente estarem presas à lei.
O recrutamento e seleção dos portadores de deficiência deve ser igual ao processo das pessoas que não possui nenhuma condição especial, pois seria uma atitude discriminatória realizar testes diferenciados aos portadores de deficiência. Na realidade, a empresa está contratando funcionários com o perfil profissional e perfil psicológico já definido, e se o portador de deficiência atende a esses quesitos, não terá porque diferenciar o processo de seleção. É necessário que a empresa insira no perfil do cargo a seguinte expressão: “admite-se pessoa com deficiência, desde que qualificado para a função”. (CARVALHO, 2009).	Comment by camila gallindo: Rever essa nomenclatura. Afinal, o que é ser normal?	Comment by camila gallindo: Pessoa com deficiência é o termo adequado
Para a contratação de pessoas com deficiência, a empresa deve fazer uma adequação do ambiente de trabalho, os locais onde as pessoas com deficiência exercerão suas atividades deverão estar adaptadas às suas necessidades, contando as mesmas, com todos os meios e procedimentos que se fizerem necessários ao desempenho de suas funções. (CARVALHO, 2009).	Comment by camila gallindo: Pessoa com deficiência é o termo adequado	Comment by camila gallindo: Pessoa com deficiência é termo adequado
Dessa forma o pedagogo responsável geral do RH, deve humanizar e sensibilizar os colaboradores da empresa para o acolhimento desses novos colaboradores com deficiência auditiva, para serem vistos como seres humanos com direitos, com limitações e habilidades, assim como qualquer outro indivíduo.
3. ARTICULAÇÃO TEÓRICO PRÁTICA 
O papel do pedagogo dentro das organizações é essencial, pois sem esse profissional o processo educacional pode extraviar-se, visto a necessidade de diagnósticos e planejamentos minuciosos das lacunas presentes na empresa. As funções e atribuições do pedagogo dentro da empresa estão relacionadas a quatro campos: atividades pedagógicas, técnicas, organizacionais e sociais. Sendo sintetizadas em: conceber, planejar, desenvolver e administrar atividades relacionadas à educação; diagnosticar a realidade institucional; elaborar e desenvolver projetos, buscando sempre as inovações frente ao mercado para obter profissionais em constante progresso; planejar, controlar o desempenho profissional, respeitando sua individualidade, assessorar as empresas no que se refere ao atendimento dos assuntos pedagógicos (PASCOAL, 2007).
Sendo assim, para que o trabalho do pedagogo seja efetivo, é indispensável que ele atue em conjunto com os outros colegas da equipe, com outras formações, logo outros olhares.	Comment by camila gallindo: 	Comment by aline pires maciel: 	Comment by aline pires maciel: 
Assim, em relação aos surdos, em 2002, é aprovada Lei nº 10.436/02 que reconhece a Língua Brasileira de Sinais, como língua oficial para os surdos. Esta Lei é regulamentada em 2005 pelo Decreto nº 5 .626. Visando à inclusão da Libras como disciplina curricular para os cursos de licenciaturas e fonoaudiologia. 
 Nesse sentido;
O Decreto nº5.626/05, que regulamenta a Lei nº10.436/2002, visando ao acesso à escola dos alunos surdos, dispõe sobre a inclusão da Libras, o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para alunos surdos e a organização da educação bilíngue no ensino regular. (BRASIL, MEC/SEESP, 2008).
 
Sendo assim, o estudo da Língua Brasileira de Sinais - Libras, é de estrema importância para a inclusão e acesso dos surdos em variáveis ambiente que ele conviva, seja no trabalho, escola, lugares públicos etc., para melhor comunicação entre eles. 
Podemos ver que a sociedade mudou muito em relação à contratação de pessoas com deficiências, mesmo assim várias pessoas com deficiência auditiva têm sofrido no mercado de trabalho, visto que muitas empresas não oferecem nenhum tipo de programa onde possibilite um melhor desempenho do surdo dentro da empresa, mas por contra partida várias empresas tem se adequado a normas, onde visam a qualidade de vida do trabalhado com deficiência auditiva. 
Tendo em vista a empregabilidade dos mesmos dentro das empresas, hoje se tem departamentos específicos que trabalha juntamente com a segurança do trabalho, onde visa o bem estar dos mesmos. Assim a implementação de aulas de libras com os demais colaboradores da empresa junto com os deficientes auditivos irá contribuir para melhor comunicação entre eles, e interação dos mesmos.
O treinamento com o setor que cada um dos surdos irá atuar requer participação de todos os colaboradores que ali participa. Uma grande importância no treinamento para a inclusão da libras nesta empresa é o uso do lúdico, jogos e brincadeiras em vários momentos do treinamento, onde irá promover melhor aprendizado com os colaboradores e interação entre eles. Sendo assim podemos compreender que, “O Lúdico pode promover atividades voluntarias dos participantes, leva ao envolvimento de todos de forma a desenvolver a sociabilidade, a autonomia e estímulo à cognição, pelas tarefas, desafios ou obstáculos a serem vencidos no seu desenvolvimento (FORTUNA, 2000)”.	Comment by camila gallindo: Estabeleça melhor essa relação	Comment by camila gallindo: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/17/13/o-ldico-como-facilitador-no-ensino-da-libras-na-educao-infantil#:~:text=O%20l%C3%BAdico%20e%20a%20forma%C3%A7%C3%A3o,desenvolvimento%20(Fortuna%2C%202000). 	Comment by aline pires maciel: Já está nas referencias.
É de grande importância que o responsável pelo treinamento estimulem a todos os colaboradores tanto ouvintes e não ouvinte que cada um tem suas qualidades e talentos dentro de si. De acordo com Chiavenato (1999, p. 334):
Todo modelo de formação, capacitação, educação, treinamento ou desenvolvimento deve assegurar ao ser humano a oportunidade de ser aquilo que pode ser a partir de suas próprias potencialidades, sejam elas inatos ou adquiridas 
Como se vê até aqui, sobre os deficientes auditivos são pessoas como qualquer uma outra de direito, com suas qualidades e diferenças que devem ser respeitadas.
4. METODOLOGIA 
Para que a inclusão dos surdos seja possível, é necessário que os colaboradores do setor onde os surdos iram atuar, passem por um treinamento juntos com os novos colaboradores não ouvintes, sendo possível uma grande interação entre eles e seu desenvolvimento, tendo também o interesse de aprender e se qualificar no trabalho. 
Ressaltando que é importante que todos os colaboradores aprendam Libras para que haja uma real comunicação com os surdos, e assim, aconteça uma inclusão realmente efetiva com os colaboradores ouvintes e não ouvintes. Sendo assim, começando com a entrevista, deve ser com o apoio de um interprete de Libras, que essas pessoas com deficiência auditivas poderá interpretar da maneira que se fala, a conversa deve ser realizada com a profissional no seu local de trabalho. Realizar aulas de Libras com os surdos e todos os colaboradores do setor que os deficientes auditivos irá compartilhar o local de trabalho, assim esperando que os mesmo se familiarize uns com os outros, esperando assim a interação com eles.
O treinamento deatuação no cargo deve ser nós horários que tenha menos movimentos pelos clientes, e o treinamento de longo prazo, que é as aulas de Libras deve ser aos finais de semana de preferência aos sábados, para tornar o trabalho mais eficaz e tranquilo pelos colaboradores da empresa. Sendo assim para o treinamento deve ser realizado em:
· Sala multimídia: Contendo na mesma aparelho de Data-show, Carteiras organizadas em círculo, Apostilas de Libras, onde na mesma sala poderá ser realizado jogos interativos com o tema proposto de cada aula.
· Área de refeição: Onde todos poderão descansar e lanchar, 15 min. De intervalo.
· A avaliação: Será realizada por observação, se os colaboradores estão participando das aulas e jogos interativos contando com o desempenho de todos.
Terá nos treinamentos a sensibilização dos participantes, e igualdade de oportunidades em relação ao acesso. 
A avaliação não irá acarretar perdas ou demissões caso o resultado não seja o esperado.
5. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Além de conscientizar os colaboradores, a empresa também deve fazer adaptações no ambiente de trabalho. Os projetos de intervenção como forma de organizar, adaptar, inserir, estruturar educacionalmente é uma das formas de humanização dentro das empresas, e o papel do pedagogo neste aspecto é fundamental. É verdade, as pessoas dizem que já houve várias ocasiões em que perderam a oportunidade de entrar no mercado de trabalho, ou mudaram-se para outra empresa porque seu ambiente de trabalho não era receptivo e não lhes oferecia condições de trabalho adequadas. 
A falta de adaptação ao local de trabalho apenas tornará mais difícil para alguém desenvolver suas habilidades. Ter uma deficiência restringe o desenvolvimento de certas habilidades, o que gera desvantagens para quem deseja ingressar no mercado de trabalho, visto que geralmente se trata de uma área altamente competitiva, que demanda níveis de escolaridade mais elevados, busca maiores ganhos de produtividade e não está bem ajustada às necessidades dos pessoas com deficiência.
Neste sentido, a contratação dos 40 funcionários surdos para o cargo de empacotadores, que irão auxiliar os caixas, sendo 20 do sexo masculino e 20 do sexo feminino, com idades variando entre 18 a 45 anos, assim, se faz necessário a compreensão do modo de ser dessas pessoas e aceitá-las e respeitá-las, garantindo um espaço que é de direito. 
O projeto de intervenção de curto prazo será realizado em 30 dias: 
· Realizar as entrevistas com os deficientes auditivos, com o setor RH, juntamente com um profissional de Libras, com todos os protocolos contra o COVID - 19, bem como, uso de álcool, mascará e um espaço de 1,5 de distância respeitando a Lei municipal em vigência.
· Na segunda semana realização de integração entre os contratados (deficientes auditivos), com os colaboradores não deficientes, cada um em seu turno que será matutino e vespertino, com uma realização de palestra para a conscientização e conhecimento dos direitos das pessoas com deficiência auditiva, prevenção ao COVID - 19. Na palestra será apresentado, que a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho não é apenas para que a empresa tenha uma boa imagem com seus clientes, mas porque, essas pessoas podem ser tão competentes e profissionais como qualquer outra e de direito. 
· Após, realizar a capacitação dos novos colaboradores contratados, (deficientes auditivos), no mesmo setor onde irá atuar, será dividido o grupo em turnos, matutino com 20 e vespertino 20, a carga horária terá duração de 6 horas corrido, com intervalo de 15 minutos para fazerem um lanche e descanso. 
A estratégia educacional a longo prazo será a realização da oferta do curso de Libras para todos os colaboradores ouvintes e não ouvintes, que terá duas turmas, com aulas aos sábados, com duração de 02 horas, o curso irá contar com:
· Sala multimídia: onde acontecerá aulas com profissional em “Libras”.
· Entrega de materiais didáticos (apostila de Língua Brasileira de Sinais- Libras) aos colaboradores.
· Refeitório: para descanso de 15 min. O lanche será entregue a todos com suco ou chá.
· Ao final do curso entregar uma lembrança, (caneca com o nome escrito LIBRAS) para todos os colaboradores, como forma de agradecimento pela participação deste projeto.
Ao garantir o pleno acesso ao ambiente de trabalho, o empregador removerá todas as barreiras físicas, atitudinais, de informação, comunicação ou locomoção que poderia impediam as pessoas com deficiência de procurar, obter e manter um emprego. 
Quando essas pessoas se sentem acolhidas a trabalhar em um ambiente agradável e funcional, pesquisa retratam que as mesma buscam permanecer na empresa. Portanto, fica claro que a acessibilidade é um fator decisivo para garantir um processo de inclusão satisfatório. Sem as adaptações que garantam a acessibilidade, esses indivíduos não conseguem se relacionar com outros colaboradores e não se sentem aceitos e respeitados dentro de seus limites.
6. CONCLUSÃO 
Existem muitos passos que podem ser dados para garantir uma inclusão efetiva. Inicialmente, uma relação de parceria deve ser estabelecida entre empresas, governos e sociedade. O papel do governo é fornecer informações relacionadas à deficiência, ao potencial dessas pessoas, como fazer mudanças no ambiente de trabalho, além de implementar políticas educacionais inclusivas e políticas urbanas que promovam a acessibilidade.
No que diz respeito à empresa, espera-se que adaptem os seus sistemas de organização, procedimentos e ambientes de trabalho, para que as pessoas com deficiência possam ser integradas de forma eficaz, respeitosa e segura. Essa relação entre governo, empresas e sociedade ainda não está harmonizada de forma a facilitar a inclusão no ambiente de trabalho.
Pode-se dizer que enquanto a empresa não estiver disposta a mudar seus sistemas de gestão, a contratação de pessoas com deficiência continuará sendo vista como algo que está sendo imposto à força, o que só dificulta o processo de inclusão. Por outro lado, quando as empresas aceitam de bom grado a inclusão, elas descobrirão que não é tão difícil, e as pessoas com deficiência se sentirão bem-vindas e respeitadas.
A inserção do curso de Libras para os colaboradores ouvintes e não ouvintes, irá proporcionar maior aprendizado, interação, proporcionar a convivência e o tratamento respeitoso entre eles, e assim podendo se comunicar entre eles de forma efetiva, e motivando um relacionamento harmonioso com todos,
Sendo assim, ao elaborar o presente projeto de intervenção para a minha aprovação no estágio supervisionado IV, remoto, refleti o quanto o pedagogo é importante na empresa, pois é o profissional mais adequado para organizar e trabalhar com projeto de treinamento, capacitação e motivação de pessoal, melhor dizendo, o pedagogo é um dos profissionais mais adequados para trabalhar com pessoas.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Luciana Inez S.; COSTA, Gisele Maria T. Pedagogia Empresarial: A Importância da Valorização Humana na Empresa. Disponível em: https://www.bage.ideau.com.br/wp-content/files_mf/757ab6bb34e6a09605ee8714c99285b147_1.pdf. Acessado em: Março de 2021. 
BRASIL. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988. ART.5°. PLANALTO. Disponível em: Constituição (planalto.gov.br). Acessado em Março de 2021. 
BRASIL. LEI N° 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991. PLANALTO. Disponível em: <L8213consol (planalto.gov.br)>. Acessado em Março de 2021. 
CARVALHO-FREITAS, Maria Nivalda de. Inserção e Gestão do Trabalho de Pessoas com Deficiência: Um Estudo de Caso. 2009. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/periódicos/arq_pdf/a_871.pd>. Acessado Março de 2021.
CASSIMIRO, Patrícia Rocha. Pedagogia Empresarial. Disponível em: https://www.infoescola.com/profissoes/pedagogia-empresarial/. Acessado em: Março de 2021.
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
GOMES, Izabela D.S. Concepções Acerca das Contribuições do Pedagogo Empresarial: Estudo de Caso em uma Instituição Financeira.Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/17954/1/IDSG26082020.pdf. Acessado em Março de 2021.
GOMES, Izabela D.S. Concepções Acerca das Contribuições do Pedagogo Empresarial: Estudo de caso em uma Instituição Financeira. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/17954/1/IDSG26082020.pdf. Acessado em: Março de 2021.
NETA, Gertrudes Erundina Dantas; CÓRDULA, Eduardo Beltrão de Lucena. O Lúdico Como Facilitador no Ensino da Libras na Educação Infantil. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/17/13/o-ldico-como-facilitador-no-ensino-da-libras-na-educao- infantil#:~:text=O%20l%C3%BAdico%20e%20a%20forma%C3%A7%C3%A3o,desenvolvimento%20(Fortuna%2C%202000). Acessado Março de 2021.
NETA, Gertrudes Erundina Dantas; CÓRDULA, Eduardo Beltrão de Lucena. O Lúdico como Facilitador na Ensino da Libras na Educação Infantil. Disponível em < Revista Educação Pública - O lúdico como facilitador no ensino da Libras na Educação Infantil (cecierj.edu.br)>. Acessado em Março de 2021.
PASCOAL, Mirian. O pedagogo e a responsabilidade social. Educação: Teoria e Prática. Campinas, n. 29, p. 87-102, 2007. Disponível em: Vista do O Pedagogo na Empresa e a Responsabilidade Social Empresarial (unesp.br). Acessado Março de 2021.
SILVA, Priscila Neves. Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho em Belo Horizonte, Brasil: Cenário e Perspectiva. Disponível em: https://scielosp.org/article/csc/2015.v20n8/2549-2558/pt/. Acessado Março de 2021.