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Noções de Relações Humanas e Éticas _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO II 17.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 58 Reprodução proibida conforme Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Registro do Direito Autoral nº 350.785 Livro 646 Folha 445 de 19.08.2005 Todos Direitos de edição reservados à: Laudera Participações S/S Ltda. Praça Marechal Deodoro, 356 - Santa Cecília - São Paulo - SP - CEP: 01150-010 e-mail: institutonacional@institutonacional.com.br Site: www.institutonacional.com.br Registro da Marca INED - INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: 827624697 de 05/08/2005, Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI. mailto:institutonacional@institutonacional.com.br http://www.institutonacional.com.br/ _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO II 17.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 59 Dá-se o nome de Relações Humanas ao conjunto de interações entre os indivíduos de uma sociedade. Dessas interações, surgem fortes vínculos entre os seus integrantes, muitas vezes obedecendo a uma hierarquia, que nem sempre leva a um bom resultado. Podemos dizer que o relacionamento humano, quando bem-sucedido, é uma arte. No ambiente de trabalho, por exemplo, quando se compartilham ideias e serviços que requerem a participação de um grupo, vive-se a dinâmica do bom relacionamento. Desses bons relacionamentos podem surgir práticas cooperativas, visando sempre o bem comum. Daí dizermos que o relacionamento bem-sucedido é uma arte. O estudo das Relações Humanas surgiu durante a grande crise de 1929, na quebra da bolsa de valores de Nova York. A Grande Depressão, também conhecida como Crise de 1929, foi uma grande depressão (crise) econômica que teve início em 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX. Este período de depressão econômica causou altas taxas de desemprego, quedas acentuadas do produto interno bruto de diversos países, bem como quedas drásticas na produção industrial, preços de ações, e em praticamente todo o medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo. Entende-se que neste momento é chegada a hora de humanizar e democratizar a administração, tornando as relações entre os colaboradores mais afetiva. Franklin Delano Roosevelt, Membro do Partido Democrata, dos Estados Unidos da América, foi eleito para quatro mandatos presidenciais, sendo o presidente que ficou mais tempo no cargo. Dominando seu partido desde 1932, tornou-se também uma figura central dos eventos históricos mundiais da metade do século XX, liderando os Estados Unidos durante a grande depressão econômica e a Segunda Guerra Mundial. Ele encabeçou um programa de ajuda de recuperação e reforma econômica-social, conhecido como New Deal (“Novo Acordo”), que expandiu a regulamentação, o tamanho e os poderes do governo federal, especialmente na economia. Como líder dos Democratas, ele construiu a "Coalizão New Deal" que uniu os grandes sindicatos, as cidades industriais, americanos brancos, afro-americanos e fazendeiros sulistas brancos para apoiar suas iniciativas políticas. Esta coalizão dominou a política americana na década de 1930 e 40, redefinindo o liberalismo americano e o movimento progressista do século XX nos Estados Unidos. Aula 01 – Relações Humanas https://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_financeira https://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_financeira https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial https://pt.wikipedia.org/wiki/Desemprego https://pt.wikipedia.org/wiki/Produto_interno_bruto https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_(bolsa_de_valores) https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Democrata_(Estados_Unidos) https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%B5es_presidenciais_nos_Estados_Unidos https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XX https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Depress%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Depress%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial https://pt.wikipedia.org/wiki/New_Deal https://pt.wikipedia.org/wiki/Americanos_brancos https://pt.wikipedia.org/wiki/Afro-americanos https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1930 https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1940 https://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_americano https://pt.wikipedia.org/wiki/Progressivismo _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO II 17.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 60 Tipos de relações humanas INTERPESSOAL e INTRAPESSOAL Importante agora apresentar e explicar os tipos de relações humanas, que se dividem em interpessoal e intrapessoal. A relação é interpessoal quando o relacionamento entre pessoas acontece em reunião com outros, exemplo: na escola, numa empresa, em sua casa etc. Neste caso devemos seguir algumas regras para um bom relacionamento: ACEITAÇÃO – pessoas são falhas, precisam de ajuda OUVIR – entender os sentimentos dos outros PACIÊNCIA - suportar uns aos outros ELOGIAR – estreitar laços de simpatia SORRIR – mágica, simpatia, aceitação Uma relação é intrapessoal quando a comunicação que uma pessoa tem consigo mesma corresponde ao diálogo interior onde debatemos as nossas dúvidas, perplexidades, dilemas, orientações e escolhas. Está, de certa forma, relacionada com a reflexão. Esta é um tipo de comunicação em que o emissor e o receptor são a mesma pessoa, e pode ou não existir um meio por onde a mensagem é transmitida. Um exemplo do primeiro tipo é a criação de diários. A qualidade da comunicação na empresa e da empresa sofre grande influência da chamada comunicação intrapessoal. Este é um nível da comunicação que se processa no interior de um mesmo indivíduo. Segundo Pierre Janet, "a própria reflexão é uma discussão interior". Para E. Menezes, "a comunicação ao nível intrapessoal é também social porque representa um diálogo, ainda que num plano subjetivo". “A comunicação intrapessoal reflete e alimenta nossas crenças, cultura, valores, hábitos, virtudes, defeitos e infinitos condicionamentos responsáveis pela nossa dificuldade em mudar muitas coisas que gostaríamos de mudar em nossas vidas; se a comunicação intrapessoal não abre espaço para estas mudanças, elas não ocorrem! Um bom comunicador (cabe lembrar que comunicação é também influência e influência é, em última análise, Liderança) deve possuir discernimento e o maior grau possível de controle sobre a sua comunicação intrapessoal consciente. Caso contrário, pensamentos, ordens e condicionamentos estarão atuando à nossa revelia e nós nem estaremos nos dando conta deles. Tomar consciência dos seus diálogos interiores e intervir neles, quando necessário, eis um grande e estimulante desafio para um verdadeiro comunicador". Aula 02 – Tipos de Relações Humanas https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%BAvida https://pt.wikipedia.org/wiki/Escolha https://pt.wikipedia.org/wiki/Reflex%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1logo _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO II 17.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS EÉTICAS 61 EMPATIA Empatia significa a capacidade de sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na situação igual à que você estaria passando no momento. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo. É o oposto da antipatia. “Quando as pessoas superarem o preconceito, praticarem a empatia e o respeito ao próximo, independentemente de qualquer fator, talvez o mundo seja um lugar melhor, as pessoas mais evoluídas e as relações sociais um pouco mais humanas”. Iedda Carolina CONCEITO DE ÉTICA Define-se ética como moral teórica ou ciência da moral, que procura determinar a finalidade da vida humana e os meios de atingi-la. O termo “Ética” deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. A ética formula julgamentos de apreciação (julgamentos de valor), sobre os atos bons e maus. Princípio ordenador da sociedade. Aristóteles (filósofo grego 384 a 322 a.C.) é o criador da disciplina filosófica da Ética. Seu principal objetivo é o bem humano, a felicidade. A Ética na filosofia procura descobrir o que motiva cada indivíduo de agir de um determinado jeito, diferencia também o que significa o bom e o mau, e o mal e o bem. Os princípios éticos incluem os valores do bem e do moral e, por essa razão, abrangem sempre os costumes, delineando posturas de determinados grupos sociais, que garantam a harmonia baseada na expressão de regra de conduta. Os princípios éticos procuram estabelecer uma convivência para a prática da justiça. A Ética serve à organização de grupos sociais porque estabelece regras e princípios, sem os quais nenhum grupo ou sociedade se mantém. Os atos éticos precisam ser conscientes, o que significa que cada um deve fazer do ato de seguir as regras do grupo, um ato voluntário. Se fizermos algo simplesmente por fazer, ou porque os outros fazem, nossos atos podem ser bons, mas, certamente não são éticos. Nossas ações devem estar orientadas por uma postura de caráter, de acordo com o grupo em que vivemos, e, ao agirmos, temos de estar conscientes de nossas ações, tornando-nos responsáveis por elas. Aula 04 – Visão Filosófica da Ética Aula 03 – Empatia e Conceito de Ética https://www.pensador.com/autor/iedda_carolina/ _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO II 17.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 62 A Ética estabelece diretrizes para uma definição dos valores, formulando teorias, estabelecendo doutrinas e fixando princípios. Enfim, educando o indivíduo com os hábitos morais. Toda ação do homem deve caminhar no sentido de respeitar a consciência e os valores do seu grupo. Dentro de cada cultura podemos estabelecer os valores que vão definir os atos morais. Dessa maneira podemos dizer que é ético: Agir com consciência, justiça e compreensão; Assumir com dignidade os erros; Antes de agir, distinguir, dentre várias ações, a mais justa e oportuna. Nas relações cotidianas dos indivíduos entre si, surgem continuamente problemas. Os indivíduos se defrontam com a necessidade de pautar o seu comportamento por normas que se julgam mais apropriadas ou mais dignas de serem cumpridas. Essas normas são aceitas intimamente e reconhecidas como obrigatórias. De acordo com elas, os indivíduos compreendem que têm o dever de agir desta ou daquela maneira. Nestes casos, dizemos que o homem age moralmente e que neste seu comportamento, evidenciam-se vários traços característicos que o diferenciam de outras formas de conduta humana. Sobre este compromisso, que é o resultado de uma decisão refletida, e por isso, não puramente espontânea ou natural, os outros julgam de acordo também com normas estabelecidas, e formulam juízos como os seguintes: ‘’João agiu bem mentindo naquelas circunstâncias‘’, “Maria deveria denunciar o seu amigo traidor’’. Temos, pois, de um lado, atos e formas de comportamento dos homens em face de determinados problemas, que chamamos morais, e de outro, juízos que aprovam ou desaprovam moralmente os mesmos atos. Se na vida real, um indivíduo enfrentar uma determinada situação, deverá resolver por si mesmo, com a ajuda de uma norma que reconhece e aceita intimamente. Aula 05 – Objeto de Ética _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO II 17.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 63 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DOS CORRETORES DE IMÓVEIS O Código de Ética do Corretor de Imóveis está regulamentado pela Resolução COFECI (Conselho Federal de Corretores de Imóveis) nº 326/92. RESOLUÇÃO COFECI nº. 326/92 Aprova o Código de Ética Profissional dos Corretores de Imóveis, ‘’Ad-Referendum’’. O Presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis - COFECI, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 10, item VII do Decreto n. º 81.871, de 29 de junho de 1978. RESOLVE: ART. 1º - Aprovar o anexo CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL ART. 2º- A presente resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições contrárias, especialmente as Resoluções- COFECI n. º 14/78 e 145/82. Brasília – DF, 25 de junho de 1992. WALDYR FRANCO LUCIANO Presidente RUBEM RIBAS Diretor 1º Secretário CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL Art. 1º- Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual deve se conduzir o Corretor de Imóveis, quando no exercício profissional. Art. 2º- Os deveres do Corretor de Imóveis compreendem, além da defesa do interesse que lhe é confiado, o zelo do prestígio de sua classe e o aperfeiçoamento da técnica de transações imobiliárias. Art. 3º- Cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação ao exercício da profissão, à classe e aos colegas: I - Considerar a profissão como alto título de honra e não permitir a prática de atos que comprometam sua dignidade; II - Prestigiar as entidades de classe, contribuindo sempre que solicitado, para o sucesso de suas iniciativas em proveito da profissão, dos profissionais e da coletividade; III - Manter constante contato com o Conselho Regional respectivo, procurando aprimorar o trabalho deste órgão; IV - Zelar pela existência, fins e prestígio dos Conselhos Federal e Regionais, aceitando mandatos e encargos que lhes forem confiados e cooperar com os que foram investidos em tais mandatos e encargos, V - Observar os postulados impostos por este Código, exercendo seu mister com dignidade; VI - Exercer a profissão com zelo, discrição, lealdade e probidade, observando as prescrições legais e regulamentares; Aula 06 – Código de Ética _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO II 17.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 64 VII - Defender os direitos e a reputação mesmo fora do exercício profissional. VIII - Zelar pela própria reputação mesmo fora do exercício profissional. IX - Auxiliar a fiscalização do exercício profissional, cuidando do cumprimento deste Código, comunicando, com discrição e fundamentalmente, aos órgãos competentes, as infrações de que tiver ciência; X - Não se referir desairosamente sobre seus colegas; XI - Relacionar-se com os colegas, dentro dos princípios de consideração, respeito e solidariedade, em consonância com os preceitos de harmonia da classe; XII - Colocar-se a par da legislação vigente e procurardifundi-la a fim de que seja prestigiado e definido o legítimo exercício da profissão; Art. 4º- Cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação aos clientes; I - Inteirar-se de todas as circunstâncias do negócio, antes de oferecê-lo. II - Apresentar, ao oferecer um negócio, dados rigorosamente certos, nunca omitindo detalhes que o depreciem, informando o cliente dos riscos e demais circunstâncias que possam comprometer os negócios. III - Recusar a transação que saiba ilegal, injusta ou imoral; IV - Comunicar, imediatamente, ao cliente o recebimento de valores ou documentos a ele destinados; V - Prestar ao cliente, quando este as solicite ou logo que concluído o negócio, contas pormenorizadas; VI - Zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica do negócio, reservando ao cliente a decisão do que lhe interessar pessoalmente. VII - Restituir ao cliente os papéis de que não mais necessite; VIII - Dar recibo das quantias que o cliente lhe pague ou entregue a qualquer título; IX - Contratar, por escrito, e previamente, a prestação dos serviços profissionais; X - Receber, somente de uma única parte, comissões ou compensações pelo mesmo serviço prestado, salvo se, para proceder de modo diverso, tiver havido consentimento de todos os interessados, ou for praxe usual na jurisdição; Art. 5º- O Corretor de Imóveis responde civil e penalmente por atos profissionais danosos ao cliente, a que tenha dado causa por imperícia, imprudência, negligência ou infrações éticas. Art. 6º- É vedado ao Corretor de Imóveis: I - Aceitar tarefas para as quais não esteja preparado ou que não se ajustem às disposições vigentes, ou ainda que possam prestar-se à fraude; II - Manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos em lei e em resoluções; III - Promover a intermediação com cobrança de ‘’over-price’’; _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO II 17.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 65 IV - Locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente; V - Receber comissões em desacordo com a Tabela aprovada ou vantagens que não correspondam a serviços efetiva e licitamente prestados; VI - Angariar, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral ou material, ou desprestígio para outro profissional ou para a classe; VII - Desviar, por qualquer modo, cliente de outro Corretor de Imóveis; VIII - Deixar de atender às notificações para esclarecimento à fiscalização ou intimações para instrução de processos; IX - Aplicar-se por qualquer forma com os que exercem ilegalmente atividades de transações imobiliárias; X - Praticar atos de concorrência desleal aos colegas; XI - Promover transações imobiliárias contra literal da lei; XII - Abandonar os negócios confiados a seus cuidados, sem motivo justo e prévia ciência do cliente; XIII - Solicitar ou receber do cliente favor em troca de concessões ilícitas; XIV - Deixar de cumprir prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou autoridade dos Conselhos, em matéria destes; XV - Aceitar incumbência de transação que esteja a outro Corretor de Imóveis, sem dar-lhe prévio conhecimento, por escrito; XVI - Aceitar incumbência de transação sem contratar com o Corretor de Imóveis com quem tenha de colaborar ou substituir; XVII - Anunciar capciosamente; XVIII - Reter em suas mãos negócio, quando não tiver a probabilidade de realizá-lo; XIX - Utilizar sua posição para obtenção de vantagens pessoais, quando no exercício do cargo ou função em órgão ou entidades de classe; XX - Receber sinal nos negócios que lhe forem confiados caso não esteja expressamente autorizado. Art. 7º - Compete ao CRECI, em cuja jurisdição se encontrar inscrito o Corretor de Imóveis, a apuração das faltas que cometer contra este Código, e a aplicação das penalidades previstas na legislação em vigor. Art. 8º - Comete grave transgressão ética o Corretor de Imóveis que desatender na legislação dos artigos 3º I, V, VI e IX; 4º II, III, IV, V, VII, VIII, IX, X; 6º itens I, III, IV, V, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIX e XX, e transgressão de natureza leve ou que desatender preceitos deste Código. Art. 9º - Às regras deste Código obrigam-se os profissionais inscritos nos Conselhos Regionais; _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO II 17.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 66 Art. 10 - As Diretorias dos Conselhos Federais e Regionais promoverão a ampla divulgação deste Código de Ética. Brasília – DF, 25 de junho de 1992 WALDYR FRANCISCO LUCIANO Presidente RUBEM RIBAS Diretor 1º Secretário Conceito: Conjunto de normas e regras destinadas a regular as relações dos indivíduos numa comunidade social dada. O significado da moral, sua função e validade variam historicamente nas diferentes sociedades. Origens da Moral A moral só pode surgir, e efetivamente surge, quando o homem supera a sua natureza puramente natural, instintiva, e possui já uma natureza social, ou seja, quando já é membro de uma coletividade. A relação de homem para homem, ou entre o indivíduo e a comunidade, é inseparável da outra vinculação que se manifesta, antes de tudo, no uso e fabrico de instrumentos, ou seja, no trabalho humano. O trabalho do Corretor de Imóveis adquire, necessariamente, um caráter coletivo; fortalecimento da coletividade se transforma numa necessidade vital. ‘’Segundo a ética, um negócio só será considerado bom se satisfizer as duas partes, pois só será bom para você se for bom para outrem’’. Uma ética profissional é baseada na responsabilidade pessoal. Somente quando um sujeito conhece uma norma, a interioriza e dispõe da possibilidade de cumpri-la, optando livremente entre várias alternativas, pode-se afirmar que está moralmente obrigado. O fator pessoal é essencial na obrigação moral, mas este fator não pode ser separado das relações sociais que se agrupam em cada indivíduo e, portanto, esta obrigação não se pode explicar como algo estritamente individual, pois também possui caráter social. Consciência Moral (Consciência ética) O termo pode ser utilizado em dois sentidos: Sentido geral, ou de consciência propriamente dita; Sentido específico, que é a consciência moral. Aula 07 – Moral _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO II 17.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 67 Obrigação Moral e a Liberdade A obrigação moral supõe necessariamente uma escolha. Quando esta não pode verificar-se, como acontece nos casos de rígida determinação causal, externa ou interna, não é admissível exigir do agente uma obrigação moral, já que não pode cumpri-la. A obrigação moral de um Corretor de Imóveis deve ser assumida livre e internamente pelo sujeito e não imposta de fora. Se acontecer no último caso, estaremos diante de uma obrigação jurídica ou diante de outra pertencente ao trato social e não de uma ética profissional. Quando o indivíduo conhece as normas e tem possibilidade de cumpri-las está moralmente obrigado, porque pode fazer a escolha e não há uma rígida determinação causal. A escolha é do indivíduo, é a isto que chamamos ética. A essência da moral Partindo da definição de que ’’a moral é um conjunto de normas, aceito livre e conscientemente, que regula o comportamento individual e social dos homens, “encontramos na moral dois planos”: Normativo: constituído pelas normas ou regras de ação e pelos imperativos que anunciam algo que deve ser. Factual: ou plano dos fatos morais, constituído por certosatos humanos que se realizam e se efetivam, isto é, que são independentes de como pensamos que deveriam ser. O normativo e o factual no terreno moral (a norma e o fato) são dois planos que podem ser distinguidos, mas não são completamente separados. Significação Moral do trabalho do Corretor de Imóveis O trabalho implica o espírito de cooperação e nunca de competição ou concorrência. No trabalho, o indivíduo vive do valor e seriedade de sua palavra, a qual desenvolve sua capacidade criadora fazendo surgir um mundo de objetivos, nos quais concretizam seus fins e seus projetos, imprime seu vestígio ou marca como ser humano. Uma sociedade vale moralmente o que vale o trabalho como atividade propriamente humana. O corretor deve colocar os preceitos de ética profissional acima de seus interesses materiais, respeitando- os incondicionalmente. Moral e o Trato Social Com o direito e a moral, o trato social cumpre a função de regulamentar as relações dos indivíduos. As regras do trato social, como as normas morais, apresentam-se como obrigatórias e o seu cumprimento é consideravelmente influenciado pelas opiniões dos demais. Como acontece na moral, o trato social não conta com dispositivo coercitivo que possa obrigar a cumprir as regras ou normas, inclusive contra a vontade do sujeito. As regras do trato social, como as do direito, não exigem o reconhecimento, a adesão íntima ou seu sincero cumprimento por parte do sujeito. Ainda que se possa dar à regra uma íntima adesão, o trato social constitui essencialmente um tipo de comportamento humano formal e exterior. Resumindo: o trato social constitui um comportamento normativo que procura regular, formal e exteriormente, a convivência dos indivíduos na sociedade, mas sem o apoio da convicção e adesão íntima do sujeito (características da moral) e sem a imposição do cumprimento das regras (inerentes no direito). _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO II 17.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 68 SIGNIFICAÇÃO MORAL DO TRABALHO DO CORRETOR DE IMÓVEIS Ética Profissional Síntese dos princípios morais que regem o exercício de qualquer profissão liberal. Seu objetivo é conduzir à observância de uma série de normas de caráter ético, promulgadas pelas respectivas associações de classes, visando a pautar a conduta moral humana, relacionada com o exercício da profissão escolhida. De um modo geral o código de ética de cada profissão enumera o que pode e não pode ser feito. O exercício profissional deve estar também respaldado por uma série de normas baseadas em princípios éticos universais. Deveres do Profissional - Atuar sempre à luz da verdade. - Possuir vocação e preparação adequadas para o exercício de atividade profissional e trabalhar por seu enaltecimento. - Desenvolver ao máximo seu sentido de responsabilidade. - Guardar absoluta lealdade, correção e seriedade nas relações com seus superiores, colegas e demais colaboradores. - Procurar o culto de suas atividades e conhecimentos, a fim de que seu trabalho seja executado no mais alto nível de rendimento. - Atender com esmero, pontualidade, discrição e zelosa diligência as funções de seu cargo. - Demonstrar uma conduta inatacável em todos os seus atos públicos e privados, para gozar da confiança da sociedade e dar o necessário prestígio à sua profissão. - Nunca preterir seu julgamento pessoal aparente à boa marcha da empresa. - Impedir que, por parte de seus superiores, criem-se favoritismo. - Ter consciência de que sua responsabilidade é de caráter rigorosamente individual. - Não descuidar nem abandonar o cargo por obrigação moral, informar-se, quanto lhe seja possível, de todos os assuntos relativos à sua profissão. - Praticar a amizade como um fim e não como um meio. - Ter sempre suas obrigações de cidadão para com a nação. Em suma, o profissional deve cimentar sua reputação com honradez, trabalho e capacidade profissional, observando as regras da ética. Aula 08 – Significação Moral para Corretores de Imóveis _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO II 17.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 69 Constituem faltas contra a dignidade do trabalho: - Utilizar-se de informações e influências ganhas na posição; - Realizar diretamente ou por outra pessoa em qualquer forma, questões encaminhadas a desfazer ou substituir a um colega ou oferecer seus serviços ou prestá-los a menor preço, para impedir que se encarregue dele outra pessoa; - Negar-se a prestar colaboração nas distintas dependências da entidade para a qual trabalha; - Prestar serviço de forma deficiente, demorar injustamente sua execução ou abandonar sem causa alguma o trabalho que lhe foi solicitado; - Delegar a outras pessoas a execução de trabalhos estritamente confidenciais que lhe tenham sido solicitados; - Fomentar a discórdia; - Usar tráfico de influência; - Rechaçar a colaboração na execução de determinado trabalho, quando se fizer necessário; - Não prestar ajuda aos companheiros; - Observar com os companheiros a conduta egoísta na transmissão de conhecimentos; - Fazer publicações indecorosas e inexatas, insinuações malévolas com tendência a infundir dúvidas sobre e a realização de questões para desfazer ou substituir um colega. _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO II 17.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 70
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