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Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar BALÃO DE FUNDO CHATO ♥ Utilizado em destilações, preparo ou diluição de soluções. ♥ A capacidade de apoio em superfícies planas o deixa propício para aquecimentos tanto em tela de amianto quanto em tripé. BALÃO DE FUNDO REDONDO ♥ Semelhante ao balão de fundo chato. ♥ Propício para destilações, aquecimento de fluidos. ♥ Muito utilizado acoplado a um rotaevaporador. BECKER ♥ Serve para dissolução de substâncias, realização de misturas e preparo de soluções. TUBO DE ENSAIO ♥ Realização de pequenos testes ou pequenas reações. PIPETA ♥ Transfere líquidos entre recipientes. ♥ Pipeta graduada = mede volumes variáveis de líquidos. ♥ Pipeta volumétrica = mede apenas um volume fixo, mas com precisão. PROVETA ♥ Medição de volumes de líquidos com menor precisão. Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar BURETA ♥ Transfere um certo volume de líquido com o controle de saída por válvulas manuais, ou seja, por escoamento. ERLENMEYER ♥ Serve para misturar soluções, evitando a perda por transbordamento durante a agitação, devido ao seu formato. ♥ Muito utilizado com a bureta nas práticas de titulação. VIDRO DE RELÓGIO ♥ Apoio para aquecimento de substâncias e para pesar pequenas quantidades de substâncias. ♥ Também pode ser improvisado como tampa para outra vidraria; BALÃO DE DESTILAÇÃO ♥ Utilizado na montagem da destilação; CONDENSADOR ♥ Condensa os vapores produzidos no processo de destilação. FUNIL DE DECANTAÇÃO OU BROMO ♥ Serve para a separação de líquidos imiscíveis por decantação. Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar FUNIL COMUM ♥ Serve tanto para colocar outros líquidos em recipientes de abertura pequena, quanto para filtragem, usando papel filtro. KITASSATO ♥ Utilizado na filtração à vácuo. PLACA DE PETRI ♥ Utilizada para secar substâncias e para desenvolvimento de meios de cultura bacteriológicos e para realizar reações em escala reduzida. BAQUETA OU BASTÃO DE VIDRO ♥ Utilizado para mexer, misturar, agitar líquidos ou soluções. DESSECADOR ♥ Utilizado para guardar substâncias em um ambiente interno que contém baixa umidade. ALMOFARIZ E PISTILO ♥ Utilizados na trituração de sólidos. ♥ Normalmente constituídos de material cerâmico ou vidro. Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar CADINHO DE PORCELANA ♥ Utilizado para aquecimento e fusão de sólidos à altas temperaturas. BICO DE BUNSEN ♥ Utilizado para aquecimento de substâncias. TELA DE AMIANTO ♥ Deve ser colocada em cima de um tripé e serve de apoio para a vidraria que será aquecida, impedindo que a chama entre em contato direto com ela, espalhando o aquecimento por toda base. CENTRÍFUGA ♥ Importante para separação rápida de elementos líquidos com densidades diferentes, ou elementos líquidos e sólidos. BANHO-MARIA ♥ Aquece amostras de forma lenta e uniforme. HOMOGENEIZADOR DE TUBOS ♥ Serve para rotacionar tubos de coleta, homogeneizando o sangue, por exemplo. Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar LÂMINAS ♥ Serve para identificação e posterior visualização em microscópio de estruturas, podendo ter fundo fosco ou não. MICROSCÓPIO ♥ Utilizado para visualizar estruturas não identificáveis a olho nu. AGITADOR/AQUECEDOR MAGNÉTICO + BARRA MAGNÉTICA PARA AGITADOR ♥ Utilizado para aquecer e agitar soluções com o “peixinho” (Barra magnética para agitador), fazendo movimentos circulares. ANEL OU ARGOLA ♥ Utilizado para sustentação do funil, preso a uma haste do suporte universal. BALANÇA DE PRECISÃO ♥ Utilizado para medir a massa de reagentes e compostos quando há a necessidade de alta precisão. ♥ Possui subtipos: balanças industriais, balanças de uso geral, balanças semi-analíticas e balanças analíticas. PISSETE OU PISSETA ♥ Utilizado para alocar soluções e reagentes. Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar ♥ Exemplos: água destilada ou deionizada, detergentes. APARELHO DE KIPP ♥ Utilizado para preparo de pequenos volumes de gases. Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar INTRODUÇÃO ♥ Biossegurança: afastamento do perigo relacionado à saúde. ♥ Definição da ANVISA: condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes as atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente. BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO Vestimentas apropriadas (calça comprida, sapato fechado) Equipamento de proteção individual (jaleco Guardar materiais pessoais em local separado Manter os cabelos presos Usar pouca maquiagem e joias ♥ Laboratório projetado de modo a permitir fácil limpeza. ♥ Não permitida a entrada de animais ou pessoas não autorizadas. ♥ Manter o laboratório sempre limpo e organizado. ♥ Limpar e desligar corretamente os microscópios. ♥ Manter substâncias inflamáveis longe das chamas. ♥ Verificar sempre o bico de gás, se há vazamentos e fechar o registro sempre após o uso. ♥ Estudantes com feridas ou alergias não devem manipular material biológico. ♥ Lavar as mãos com água e sabonete antes e depois do trabalho. ♥ Fazer a desinfecção das bancadas com álcool 70% antes e depois dos trabalhos. ♥ Proibido comer, beber ou fumar dentro do laboratório, presença de animais, trabalhar sozinho, levar a boca qualquer material, trazer material pessoal para a área de trabalho, levar material do laboratório para casa, deixar material contaminado nas bancadas ou pias. ♥ Descartar os materiais em locais apropriados (resíduos infectantes, resíduos perfurocortante). SIMBOLOS DE BIOSSEGURANÇA LAVAGEM DAS MÃOS ♥ Antes e depois da manipulação de materiais dentro do laboratório. ♥ Utilizar água corrente e sabão. ♥ Uso de luvas de proteção não substitui a lavagem correta das mãos. ♥ Ordem de lavagem: palma, dorso, espaços Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar interdigitais, polegar, articulação dos dedos, unhas e extremidades e punhos. ♥ Após a lavagem, manter a mão elevada para evitar que água contaminada escorra no sentido do cotovelo para a mão. EQUPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) ♥ Jaleco: - Barreira de proteção e reduz a possibilidade de contaminação por microrganismos. - Previne a contaminação de roupas e protege a pele. - Deve ser de manga longa, algodão ou fibra sintética. - Uso constante apenas em ambiente laboratorial. * Nunca sair do laboratório com jaleco, retirar antes de sair e pôr ao entrar. ♥ Luvas: - Utilizadas para manipulação de materiais potencialmente infectantes, produtos químicos ou em condições de temperaturas extremas. - Podem ser de látex, de cloreto de viníla (PVC) e látex nitrílico, de fibra de vidro com polietileno reversível, de fio de kevlar tricotado, térmicas de nylon e de borracha. ♥ Máscara: - Protege ou minimiza a inalação de gases, poeira, névoas e voláteis. - Pode ser de tecido, sintética e com filtro. - Classificação dos filtros: ⤿ PFF1: poeiras e névoas. ⤿ PFF2: poeiras, névoas, fumos e agentes biológicos/voláteis. ⤿ PFF3: poeiras, névoas, fumos, Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar radionuclídeos e preparação de quimioterápicos e citostáticos/voláteis. * PFF = Pecas Faciais Filtrantes. ♥ Touca: - Protege o cabelo do contato com materiais infectantese produtos químicos. ♥ Óculos de proteção e protetor facial (face shield): - Protege os olhos e o rosto contra gotas, impacto, borrifo, salpicos e radiação ultravioleta. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) ♥ Chuveiro de emergência: - Para banhos em casos de acidentes com produtos químicos e fogo. - Instalado em local de fácil acesso sendo acionado por alavancas de mão, cotovelos ou joelhos. ♥ Lava-olhos: - Usado em casos de acidentes na mucosa ocular, promovendo a remoção da substância e diminuindo os danos. ♥ Autoclave: - Para esterilização de materiais ou resíduos produzidos em laboratório, diminuindo os efeitos contaminantes dos resíduos sobre o meio ambiente. ♥ Cabines de segurança biológica: - Protege o profissional e o ambiente laboratorial dos aerossóis potencial infectantes que podem se espalhar durante a manipulação dos materiais biológicos. ♥ Extintores de incêndio: - Para acidentes envolvendo fogo. - Classificados de acordo com o material envolvido no incêndio: Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar ♥ Kit de derramamento: - Luvas, vermiculita e máscara com filtros. - Manter o kit em local visível e de fácil acesso. DESCONTAMINAÇÃO ♥ Eliminação parcial ou total de um microrganismo com o objetivo de tornas o material biológico seguro para descarte ou reutilização. ➥ Esterilização: Remoção/destruição de todas as formas de vida microbiana; ➥ Esterilização comercial: com calor suficiente para matar endoporos de Clostridium botulinum em alimentos enlatados; ➥ Desinfecção: Destruição de patógenos na forma vegetativa de uma superfície ou objeto; ➥ Antissepsia: Destruição de patógenos na forma vegetativa em tecidos vivos; ➥ Degerminação: Remoção (mecânica) de micro-organismos de uma área limitada; ➥ Sanitização: Reduz a quantidade de micro- organismos a níveis seguros de saúde pública; *cida = morte ➥ Biocida ou germicida: mata os micro- organismos; - Fungicida; - Viricida; - Bactericida; *stático/stase = inibe o crescimento e multiplicação; ➥ Bacteriostase: inibe o crescimento e a multiplicação de bactérias; ➥ Sepse: contaminação bacteriana; ➥ Assepsia: ausência de contaminação significativa; FATORES QUE INFLUENCIAM A EFETIVIDADE ♥ Número de micro-organismos; ♥ Influências ambientais; ♥ Tempo de exposição; ♥ Características microbianas. AÇÕES DOS AGENTES DE CONTROLE MICROBIANO ♥ Alteram a permeabilidade da membrana: causando o extravasamento do conteúdo celular; ♥ Danificam as proteínas e os ácidos nucleicos. MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE ♥ Calor: - Ponto de Morte Térmica (PMT) = menor temperatura para matar os micro-organismos de uma amostra em 10 minutos; - Tempo de Morte Térmica (TMT) = tempo mínimo para matar os micro-organismos de uma amostra a certa temperatura; - Tempo de Redução Decimal (TRD): tempo para matar 90% dos micro-organismos de uma amostra a determinada temperatura; 1- Calor úmido: ➥ Fervura, vapor de fluxo livre (passagem de vapor), autoclave (temp. + pressão), pasteurização, tratamentos de temperatura ultraelevada (UHT). *OBS Bactérias termodúricas: resistentes à pasteurização; 2- Calor seco: ♥ Chama direta, esterilização em ar quente, incineração; ♥ Filtração: - Filtros de partículas de ar de alta eficiência (HEPA), filtros de membrana; Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar ♥ Baixas temperaturas: ➥ Congelamento profundo, refrigeração, liofilização; ♥ Alta pressão; ♥ Dessecação: ausência de água; - Liofilização, também chamada de congelamento-dessecação; ♥ Pressão osmótica: alta concentração de sais; ♥ Radiação: - Ionizante = atua destruindo o DNA; - Não-ionizante = atua lesando o DNA; *Radiação ultravioleta; AUTOCLAVE ♥ Calor úmido + alta pressão. ♥ Descontamina utensílios laboratoriais e materiais para descarte. ESTUFA OU FORNO DE PAUSTER ♥ Altas temperaturas. ♥ Efetivos para materiais que não suportam umidade como metais. MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE ♥ Utilizados em materiais que não suportam os processos com altas temperaturas. ♥ Poucos agentes químicos obtêm a esterilidade, a maioria reduz as populações microbianas em níveis seguros ou removem as formas vegetativas dos patógenos em objetos. ♥ A concentração de um desinfetante afeta sua ação, assim ele deve ser utilizado como especifica o fabricante. ♥ Um dos agentes utilizados é o óxido de etileno. ♥ Utilização do álcool a 70% (etanol ou isopropílico): para desinfecção da pele, bancada e equipamentos. ♥ Hipoclorito de sódio a 5%: aplicado para descontaminação de pisos, vidrarias e inativação química de material biológico. DESCARTE DE MATERIAIS PERFUROCORTANTES ♥ Descartados na caixa de perfurocortantes. ♥ A agulha não deve ser retirada da seringa após o uso. ♥ Nunca reencapar uma agulha com a mão mas sim colocando em um balcão, reencapando e por fim fechando com a mão. ORDEM DE PARAMENTAÇÃO - Colocar o jaleco - Colocar a touca/gorro - Higienizar as mãos - Trocar a máscara, se necessário - Colocar o face shield - Caso seja necessário usar luvas, higienize as mãos novamente e depois as coloque ORDEM DE DESPARAMENTAÇÃO - Caso esteja de luvas, remova as luvas e descarte no lixo biológico - Remova o face shield e a touca/gorro Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar - Higienizar as mãos - Troque de máscara - Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool - Remova o jaleco Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar INTRODUÇÃO ♥ Exame laboratorial que estuda os componentes celulares do sangue. ♥ Séries: vermelha, branca e plaquetária. ♥ Análise quantitativa e qualitativa. ♥ Células sanguíneas e componentes celulares estudados: ♥ Envolve 4 etapas: 1. Coleta e processamento da amostra de sangue periférico. 2. Contagem das células, incluindo determinação dos índices da série vermelha e das plaquetas. 3. Determinação diferencial dos leucócitos. 4. Microscopia do esfregaço de sangue periférico para avaliação de potenciais anormalidades morfológicas. INTERFERENTES PRÉ-ANALÍTICOS ♥ Engloba de 40 a 75% dos erros. ♥ Fatores fisiológicos: - Idade, gênero. ♥ Fatores endógenos: - Anticorpos do paciente, medicações de uso contínuo. ♥ Indicação do exame; ♥ Perda da solicitação médica. ♥ Ausência de entrada da solicitação médica no sistema de informática. ♥ Leitura e interpretação da solicitação: - Dificuldade na interpretação por consequência da caligrafia do médico. ♥ Inadequações de coleta e manipulação da amostra: - Coleta inadequada; - Erro na identificação do paciente; - Tubo inadequado ou sequência incorreta; - Em membro com rota de infusão intravenosa. ♥ Acondicionamento: - Amostra sem refrigeração. ♥ Transporte: - Perda do tubo. ANALÍTICA ♥ 5 a 15% das alterações no resultado. ♥ Principal erro é a análise equivocada das células sanguíneas. Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar PÓS-ANALÍTICA ♥ Interpretação errônea dos resultados e identificação inadequada. ♥ 20 – 45% dos interferentes nos resultados. TUBOS DE COLETA ♥ Sequência correta de tubos: 1. Frasco com hemocultura. 2.Tampa azul-claro = com citrato; *Pode ter um preto = para VHS automatizado; 3. Tampa vermelha/amarela = com soro ativador de coágulo ; 4. Tampa verde = com heparina 5. Tampa lilás/roxa = com EDTA; 6. Tampa cinza = com fluoreto; ♥ PARA HEMOGRAMA = TAMPA ROXA COM EDTA = Quelante de cálcio. ♥ Para estudos da série eritrocitária utilizamos o de tapa verde com heparina. - Promove a aglutinação de leucócitos e plaquetas.♥ Para o coagulograma utilizamos o de tampa azul com citrato. COLETA ♥ Deve-se considerar a variação cronobiológica (idade, sexo, posição do corpo, atividade física, dieta, jejum, gestação, medicamentos, tabagismo, etilismo, horário do dia). ♥ Jejum: - Recomendado por 4, 8 ou 12 horas; - Permite-se a ingesta de água e medicamentos de uso contínuo. ♥ Momento da coleta: - Manhã. - Paciente com 15 minutos de repouso; * 30 minutos caso queira dosar prolactina, catecolaminas plasmáticas e testes funcionais. - Colocar data e hora. ♥ Identificação do paciente: - Padrão do Programa Nacional de Segurança do Paciente = Mínimo de 2 informações. ♥ Posição para coleta: - Sentado; Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar - Braço apoiado e cotovelo estendido. ♥ Escolha do local para venopunção: - Mais utilizado = FOSSA ANTECUBITAL. - 1ª escolha: veia cubital mediana e veia cefálica. - 2ª escolha: Veias do dorso da mão. ♥ Visualização e palpação da veia: - Palpação da veia com uma massagem suave no local de escolha. - Caso disponível, um sistema de iluminação transdérmica pode ser utilizado. ♥ Uso de torniquetes/garrotes: - A 7cm do local da punção. - Não utilizar por mais de 1 minuto (recomendado 30 segundos de uso). - Esperar 2 minutos para reutilização no mesmo local. Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar - Podem ser de diversos materiais/formas: ♥ Dispositivos/materiais utilizados: - EPIs como luva de procedimento. - Quando utilizar o cateter agulhado/Scalps (Butterfly), utilizar a numeração adequada + o equipo: ⤿ 19 (maior calibre), 21, 23, 25 e 27. ⤿ Utilizados em terapias de curta duração. - Bandeja ou cuba rim. - Algodão embebido em álcool 70%. - Garrote/torniquete. - Fita, quando necessário. RESUMO DO MATERIAL NECESSÁRIO PARA COLETA À VÁCUO Bandeja ou cuba rim; Luvas de procedimento; Bolas de algodão; Álcool 70%; Face shield; Etiqueta de identificação; Tubos à vácuo; Garrote; Adaptador e tubo para coleta à vácuo; Agulha; TÉCNICA DE COLETA ♥ Pode ser realizada à vácuo ou por agulha e seringa; ♥ Observações: - Após inserir a agulha no local de punção, nunca tire sua mão e deixe a agulha sem apoio; - Para melhor visualização da veia alguns profissionais recomendam pedir para o paciente abrir e fechar a mão, assim como também fazer leves pressões no sentido distal para proximal próximo ao local da veia; PASSO A PASSO PARA A COLETA Higienizar as mãos corretamente; Ler atentamente o pedido ou a etiqueta de solicitação do exame; Reunir e preparar o material necessário para coleta; Localizar o paciente pela identificação no leito, perguntar seu nome completo; Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento; Certificar que o paciente realizou o jejum recomendado, repousou 15 minutos, ingeriu medicamentos; Avaliar e selecionar a veia do paciente; Abrir a embalagem da agulha até expor o canhão e acoplar a agulha ao adaptador até ficar firme; Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar Perguntar ao paciente qual a sua preferência quanto ao braço e posicionar o braço escolhido; Calçar as luvas de procedimento; Colocar o garrote cerca de 7 – 10 cm acima do local a ser puncionado; Fazer antissepsia, deixar secar completamente; Remover o protetor da agulha e fixar a veia esticando levemente a pele com a mão não dominante (sem tocar no local da antissepsia); Fazer a punção numa angulação compatível com a profundidade da veia (10º – 45º), com o bisel da agulha voltado para cima; Introduzir o tubo à vácuo no adaptador e empurrar em direção à agulha até o final (a fim de perfurar o diafragma da tampa); Aguardar o enchimento do tubo à vácuo; Remover o garrote; Retirar o tubo cheio de sangue do adaptador; Homogeneizar a amostra de sangue com movimentos suaves por três vezes; Colocar algodão sem álcool sobre a agulha; Retirar a agulha e comprimir ligeiramente o local com algodão; Solicitar ao paciente que comprima o local da punção por 1 ou 2 minutos, eleve o braço e mantenha-o estendido; Desprezar agulhas e seringas no recipiente de material perfurocortante; Desprezar luvas e algodão no lixo infectante; Realizar a desinfecção do adaptador e guardá-lo; Identificar o tubo; Recompor a unidade; Higienizar as mãos; Encaminhar a amostra de sangue ao laboratório; Registrar o procedimento. ERITROGRAMA ♥ Análise da série vermelha: tecido eritroblástico da medula óssea e as hemácias/eritrócitos. ♥ Identifica e quantifica, auxiliando na investigação diagnóstica de alterações. ♥ Estuda: - Contagem de hemácias; - Hemoglobina; - Índices hematimétricos: ⤿ Volume Corpuscular Médio (VCM); ⤿ Concentração hemoglobínica corpuscular média (HCM); ⤿ Amplitude de distribuição das hemácias (RDW). - Em alguns casos: morfologia eritrocitária ao microscópio. CONTAGEM DE HEMÁCIAS ♥ Varia de acordo com a idade e gênero. ♥ Homens possuem uma maior contagem comparados a mulheres, já que os andrógenos aumentam a sensibilidade do tecido eritroblástico à eritropoetina e os estrógenos desestimulam a eritropoese. ♥ Obtida por contadores automáticos. ♥ Deve ser interpretada considerando o contexto do exame. ♥ Nunca deve ser usada isoladamente para diagnóstico de anemia. ♥ Valores inferiores ao VR = Oligocitemia. ♥ Valores superiores ao VR = Poliglobulia. VALORES DE REFERÊNCIA (VR) Mulheres adultas: 4,1 – 5,4 /mm³ Homens adultos: 4,5 – 6,1 /mm³ Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar ♥ Algumas causas de Poliglobulia: - Neoplasias mieloproliferativas; - Desidratação grave; ♥ Algumas causas de Oligocitemia: - Anemias; DOSAGEM DE HEMOGLOBINA (HB) ♥ Valores variam com o sexo; ♥ Valor médio de 15 g/dL; ♥ Anemias podem diminuir os valores de Hb; ♥ Grandes altitudes, baixa pressão de oxigênio, doença pulmonar ou cardíaca avançadas e neoplasias mieloproliferativas podem elevar os valores de Hb; HEMATÓCRITO (HT) ♥ Concentração de eritrócitos numa certa quantidade de sangue total. ♥ Utilizado par a avaliar alterações volêmicas já que o Ht é associado com a viscosidade do sangue. ♥ O volume do Ht costuma ser 3 vezes maior que a dosagem da Hb. ♥ Erros podem ocorrer em pacientes com policitemia ou altas contagens de leucócitos. VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO (VCM) ♥ Valor médio do volume dos eritrócitos. ♥ Determinado por instrumentos automáticos e calculado dividindo o Ht pelo número de eritrócitos presentes nesse volume ♥ Valores acima = Macrocitose. - Possíveis causas: leucocitose pronunciada, numerosas plaquetas grandes, crioaglutininas, intoxicação por metanol, hiperglicemia acentuada e reticulocitose pronunciada. ♥ Valores abaixo = Microcitose. - Possíveis causas: hemólise in vitro ou fragmentação dos eritrócitos. ♥ Valor de referência igual para homens e mulheres. HISTOGRAMA E RDW ♥ Subprodutos do VCM individual. ♥ Avaliam a heterogeneidade volumétrica dos eritrócitos. ♥ Histograma = curva formada a partir dos valores do VCM de cada eritrócito; - Normal: similar a gaussiana e de abertura estreita. VALORES DE REFERÊNCIA (VR) Mulheres adultas: 11,5 – 15,5 g/dL Homens adultos: 12,5 – 16,5 g/dL VALORES DE REFERÊNCIA (VR) Mulheres adultas: 36 – 48% Homens adultos: 40 – 54% VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 80 – 98 fL VCM = Ht x 10 / Hm Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar - O VCM pode ser obtido da média aritmética dos valores contidos nessa curva.- RDW normal / RDW aumentado. ♥ RDW = Red Blood Cell Distribution Width; - Amplitude de distribuição dos eritrócitos. ♥ Valores mais baixos = homogeneidade; ♥ Valores mais altos = heterogeneidade excessiva (Anisocitose). ♥ Utilizado em diagnósticos diferenciais das anemias por deficiência na síntese de hemoglobina. HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (HCM) ♥ Quantidade média de hemoglobina em uma hemácia. (“peso da hemoglobina”) CONCENTRAÇÃO HEMOGLOBÍNICA CORPUSCULAR MÉDIA (CHCM) ♥ Concentração média de hemoglobina por hemácia. ♥ Sua medida gera uma curva, ou seja, um histograma do CHCM. VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 11 -15% Na anemia ferropriva há prejuízo na formação da hemoglobina devido à deficiência de ferro, mas podem haver períodos de maior absorção, então encontramos eritrócitos microcíticos e macrocíticos, caracterizando uma anisocitose precoce. Na anemia sideroblástica há um defeito na síntese do heme que varia de eritrócito a eritrócito, o RDW é extremamente elevado, configurando uma anisocitose acentuada. HCM = Hb x 10 / Hm VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 27 – 33 pg / eritrócito CHCM = Hb x 100 / HT VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 32 – 36 g/dL Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar ESTIRAÇO HEMATOLÓGICO ♥ Também chamado de extensão sanguínea. Materiais necessários para a extensão Lâmina de vidro; Lâmina extensora; Sangue; Coloração panótica; Cubas de coloração; Microscópio óptico. MÉTODO/ PROCEDIMENTO ♥ Apoiar a lâmina de microscopia, já com identificação do paciente, sobre uma superfície limpa. ♥ Certificar-se de que a lâmina têm boa qualidade e não está suja ou com vestígios de gordura. ♥ Colocar uma pequena gota de sangue próxima a uma das extremidades da lâmina. ♥ Com o auxílio de outra lâmina, colocar a gota de sangue em contato com sua borda. - Para isso a lâmina extensora deve fazer um movimento para trás tocando a gota com o dorso em um ângulo de 45º. ♥ O sangue da gota irá se espalhar pela borda da lâmina por capilaridade. ♥ A lâmina então deve deslizar suave e uniformemente sobre a outra, em direção oposta a extremidade em que está a gota de sangue. O sangue será “puxado” pela lâmina. ♥ Depois de completamente estendido o sangue forma uma película sobre a lâmina de vidro. Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar ♥ Deve se deixar o esfregaço secar sem nenhuma interferência. ♥ Seguir para o passo de coloração. ♥ Preparar as extensões sanguíneas e deixar secar em temperatura ambiente. ♥ Submergir as lâminas na solução n, 5 imersões de 1 segundo cada e deixar escorrer bem. ♥ Submergir as lâminas na solução 2, 5 imersões de 1 segundo cada e deixar escorrer. ♥ Submergir as lâminas na solução 3, 5 imersões de 1 segundo cada e deixar escorrer bem. ♥ Lavar e secar na posição vertical e com o final da extensão voltado para cima. ♥ Após pronto o estiraço é dividido em cabeça (região grossa), corpo (região adequada para leitura) e cauda (região muito fina). IDENTIFICAÇÃO DE CÉLULAS DA SÉRIE VERMELHA ♥ Alterações morfológicas dos eritrócitos: 1. ACANTÓCITOS: - Hemácias com pontas de diversos tamanhos - Hepatomegalias, hipofunção esplênica, esplenectomizados. CORPO/MEDIAL CABEÇA/ESPESSA CAUDA/FINA ERITRÓCITOS Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 2. ANISOCITOSE: - Hemácias maiores que o normal. 3. CODÓCITOS: - Hemácias em alvo. - Hemoglobinopatias C, E ou S, síndromes talassêmicas e em pacientes com doença hepática. Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 4. DACRIÓCITOS: - Forma de lágrima. - Mielofibrose, quando em grande quantidade, e anemia, quando em pequena. 5. DREPANÓCITOS: - Forma de foice. - Síndromes falciformes. 6. ELIPTÓCITOS: - Forma de charuto. - Comum na eliptocitose em grandes quantidades e em anemia em poucas quantidades. 7. ESTOMATÓCITOS: - Semelhante a boca de peixe. - Hepatopatias, sangue de recém-nascidos e na estomatocitose hereditária, uma anemia congênita muito rara. Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 8. ESQUIZÓCITOS: - Hemácias fragmentadas. - Quando há lesão mecânica, em casos de hemólise, ou em casos de pacientes que sofreram queimaduras. 9. ESFERÓCITOS: - Com biconcavidade reduzida. - Defeitos genéticos nas proteínas de membrana ou pode ser adquirida, aparecendo em casos de anemia hemolítica autoimune. LEUCOGRAMA ♥ Seção que avalia os glóbulos brancos. ♥ Valores diferem para lactentes e crianças. ♥ Representam as células sanguíneas de defesa. ♥ Maioria concentrada na medula óssea (90%); ♥ Compostos por leucócitos: - Granulócitos: ⤿ Neutrófilos; ⤿ Basófilos; ⤿ Eosinófilos. - Agranulócitos; ⤿ Linfócitos; ⤿ Monócitos. NEUTRÓFILOS ♥ Também chamados de leucócitos polimorfo- nucleares; ♥ 60 - 70% dos leucócitos; ♥ Primeiros presentes em infecções bacterianas agudas; VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 4.000 a 11.000 /mm³ Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar ♥ Célula jovem = Neutrófilo com núcleo em bastonete = Bastonetes; * Quando estão em excesso no sangue = ↑ da demanda para a medula óssea na produção de células de defesa: resposta a infecções e a inflamações; *Clinicamente: “desvio à esquerda” + de 10% de bastões ♥ Célula adulta/madura = multilobulada, com lóbulos ligados por finas pontes de cromatina; *Também chamado de segmentado; EOSINÓFILOS ♥ 2 – 4% dos leucócitos; ♥ Associam-se com parasitas, liberando toxinas;. ♥ Envolvidos com reações alérgicas e verminoses; ♥ Núcleo bilobulado; ♥ Granulações ovoides (específicos) maiores que as dos neutrófilos + Grânulos azurófilos. BASÓFILOS ♥ 0,5 – 1% dos leucócitos; ♥ Responsáveis pelo inchaço (edema) e vermelhidão (eritema); * Iniciadores do processo inflamatório. ♥ Núcleo volumoso, escurecido e irregular (“s”); ♥ Grânulos maiores; MONÓCITOS ♥ 3 – 8% dos leucócitos; ♥ Diferenciam-se em macrófagos que atuam como células apresentadoras de antígeno e no sistema imune; ♥ Mononuclear; ♥ Núcleo ovoide, em forma de rim ou ferradura, pouco mais claro que o dos linfócitos; *2 ou 3 nucléolos; ♥ Monocitose = aumento de monócitos; ♥ Monocitopenia = diminuição de monócitos; LINFÓCITOS ♥ 20 – 50 % dos leucócitos; ♥ Defesa imunológica do organismo; * Resposta humoral (imunoglobulinas) e citotóxica; ♥ Núcleo esférico, escuro; ♥ Citoplasma escasso; ♥ Tipos: - B = Imunidade humoral e diferenciação em VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 2.000 a 75.000 /mm³ VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 100 a 400 /mm³ Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar plasmócitos (secretores de IG); - T = Imunidade celular, reconhecimento de tumores e rejeição de órgãos; - Atípicos = Forma variada normalmente associados a infecções virais; ♥ Linfocitose = aumento de linfócitos = infecções virais; ♥ Linfopenia ou linfocitopenia = diminuição de linfócitos = imunodeficiência; PLAQUETOGRAMA ♥ Plaquetas são resultado da fragmentação do citoplasma dos megacariócitos. ♥ Forma de pequenos discos corpusculares pequenos. ♥ Promovem a coagulação do sangue + reparação da parede dos vasos; ♥ Aparecem aglutinadas no esfregaço; ♥ Vida média de 10 dias; ♥ Valor similar para ambos os sexos e independentes de idade. ♥ Trombocitopenia ou plaquetopenia =baixa de plaquetas. ♥ Trombocitose = alta de plaquetas. REFERÊNCIAS - Xavier, Dora e Barros – Laboratório na prática clínica (consulta rápida); - Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial (SBPC/ML) = Fatores pré-analíticos e interferentes em ensaios laboratoriais. - Atlas de hematologia da UFG (Universidade Federal de Goiás). - Sanar flix. - Guia de boas práticas laboratoriais do hospital das clínicas FMUSP. - Slides de aula da Profa Evelyne. - Biomedicina padrão site. - Mary A. Williamson; L. Michael Snyder. Wallach: interpretação de exames laboratoriais. - Renato Failace; Flavo Fernandes. Hemograma: manual de interpretação. - NAOUM, P. C.; NAOUM, F. L. Interpretação laboratorial do hemograma. - LORENZI, F. T. Manual de hematologia: propedêutica e clínica. VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 150.000 a 450.000 /mm³ Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar INTRODUÇÃO/ CULTIVO DE MICRORGANISMOS TIPOS DE MEIOS DE CULTURA TIPO FINALIDADE QUIMICAMENTE DEFINIDO Crescimento de quimioautotróficos e fotoautotróficos COMPLEXO Cresce a maioria dos organismos quimioautotróficos REDUTOR Cresce anaeróbicos obrigatórios SELETIVO Seleciona as espécies que se deseja isolar DIFERENCIAL Há distinção entre as espécies na coloração ou morfologia das colônias ENRIQUECIMENTO Similar ao meio seletivo, possibilita o crescimento de uma determinada espécie mesmo com níveis pequenos ESTADO EXEMPLOS LÍQUIDO/CALDO Acondicionados em tubos de ensaio SEMI-SÓLIDO Ágar em coluna SÓLIDO Ágar inclinado, ágar em placas EXAME DE URINA ♥ Urina tipo I / Sumário de urina / EAS (Elementos anormais e sedimentoscopia) / QUE (Exame químico da urina) / ECU (Exame comum da urina) / PEAS (Pesquisa de elementos anormais e sedimentos); ♥ Traduz vários órgãos e sistemas; ♥ Coleta + análise física + análise química + sedimentoscopia; ♥ Indicações: ⤿ Doença ou condição frequentemente associada à doença renal (Ex. lúpus eritematoso sistêmico, vasculite de pequenos vasos, HAS, DM); ⤿ Sintomas de infecção urinária (disúria, dor lombar/suprapúbica); ⤿ Litíase renal (ou suspeita); ⤿ Suspeita de doença renal (edema, oligúria, hematúria); ⤿ Evidência de doença renal; COLETA ♥ Contaminação mínima: ⤿ Desprezo do primeiro jato e coleta do jato médio; ⤿ Cateterismo de alívio se necessário; ⤿ Recipiente limpo; ⤿ Boa higiene do meato uretral e da genitália antes da coleta; ♥ Primeira urina do dia: ⤿ Recomendação: retenção urinária mínima de 2 horas; ♥ Evitar exercícios físicos intensos nas 24 últimas horas; ♥ Sem uso de contraste (oral ou venoso) nos últimos 7 dias; ♥ ARMAZENAMENTO: 2h – 24h em local refrigerado; ♥ Coleta no homem: - Retrair o prepúcio e limpar o meato uretral e a glande com água e sabão. - Utilizar recipientes seguramente estéreis. Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar ♥ Coleta na mulher: - Assepsia da região perineal, da uretra para o ânus, com água e sabão. - Utilizar recipientes seguramente estéreis. CRITÉRIOS DE REJEIÇÃO ♥ Urina coletada em recipientes não estéreis. ♥ Urina sem refrigeração com período superior a 2h após a coleta. ♥ Urina coletada da bolsa de pacientes com sondagem vesical de demora. ♥ Urina em recipientes com vazamento, quebrado e/ou sem identificação. ♥ Pontas de sonda vesical (cateter de Foley). UROCULTURA ♥ Análise quantitativa. 🗨 Só abra um meio de cultura próximo a um bico de Bunsen. ♥ Passo a passo para o semeio e cultivo para posterior análise – Método/meio CLED (quantitativo ou com alça calibrada/ meio não seletivo): - Separe uma quantidade de urina e um meio de semeio bacteriano (ex. meio ágar nutritivo em placa de petri); - Embeba o swab/alça calibrada na urina antes homogeneizada; - Faça uma linha reta no centro da placa e complete o espalhamento com uma série de passagem em forma de estrias o mais próximo possível umas das outras. ♥ Passo a passo para o semeio e cultivo para posterior análise – Método/meio MacConkey (semi-quantitativo ou de esgotamento/ meio Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar seletivo – apenas gram negativas): - Separe uma quantidade de urina e um meio de semeio bacteriano (ex. meio ágar nutritivo em placa de petri); - Embeba o swab/alça calibrada na urina antes homogeneizada; - Estrie a parte superior até 1/3 do meio, depois estrie a parte lateral, parte inferior e uma mais espaçada no centro; ** Pode sofrer algumas alterações dependendo do analista. ♥ Análise do crescimento bacteriano: - Em coleta de jato médio e em pacientes imunocompetentes; - Alça de 1 microlitro: conto e multiplico por 1000 = a partir de 100 ‘bolinhas” = 100x1000 = 100.000 UFC; ♥ Critérios de avaliação de bacteriúria segundo Kass (1956): QUANTIDADE RESULTADO < 10.000 UFC/mL Contaminação 10.000 – 90.000 UFC/mL Suspeita de infecção > 100.000 UFC/mL Indício de infecção ♥ ITU: - Mulher sintomática com > 10² UFC/mL - Homem sintomático com > 10³ UFC/mL - Assintomáticos com > 105 UFC/mL em mais de 1 amostra - Coleta por cateter com > 10² UFC/mL - Coleta por punção suprapúbica com qualquer crescimento BACTERIOSCOPIA DE URINA ♥ Com a urina não centrifugada e apenas homogeneizada, pegar uma alça com 10 µl de urina e depositar sobre uma lâmina de vidro; ♥ Deixar secar, fixar na chama e corar pelo gram. ♥ Com a objetiva de imersão (1000x) fazer contagem; ♥ Se encontrar 1 ou mais bactérias por campo sugere maior ou igual a 105 UFC; ♥ A presença de células epiteliais e vários tipos morfológicos de bactérias sugerem contaminação; COLORAÇÃO GRAM ♥ Gram em uma gota de urina não centrifugada. ♥ Identificar a espécie causadora da ITU. ♥ Limites de detecção: - Maior ou igual a 1 bactéria em campo de imersão; - Maior ou igual a 105 UFC/mL. PASSO A PASSO Separar os materiais para a coloração: amostra, lâmina e caneta; Identificar o paciente na lâmina com as informações da placa e da urina Colocar uma gota de solução salina, ou solução fisiológica Colocar uma amostra da bactéria nesta solução (melhor escolha do meio de cultura seletivo) Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar Abrir sua bactéria sempre próximo ao bico de Bunsen para evitar contaminação; Quantidade o suficiente para que seu esfregaço fique turvo Após o espalhamento, flambar de 3 a 5 vezes no bico de bunsen Deixar secar: ar livre ou estufa; Coras com cristal violeta após seco e deixar por 1 minuto; Após 1 min. escorrer o cristal violeta e cobrir com lugol, deixando também por 1 minuto Escorrer o lugol e retirar o excesso com água corrente passado o 1 minuto Descorar com álcool acetona até a lâmina ficar incolor Lavar com água Corar com fluxina para gram por 30 segundos Após isto, lavar em água corrente Esperar secar ♥ Estrutura das paredes celulares: - Gram + parede espessa de Peptidoglicanos - Gram – camada de peptidoglicano mais delgada. - Cocos gram positivos. - Bacilos gram negativos TESTE DA CATALASE ♥ Para confirmar se a bactéria é streptococus ou staphylococcus; - Colocar uma pequena porção da bactéria em uma lâmina e acrescenta o peróxido de hidrogênio (água oxigenada); - Se houver formação de bolhas é indicativo que a bactéria possui a enzima catalase; Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar - Catalase positiva é a confirmação para o gênero staphylococcus. * Dentro deste gênero temos o aureus, o epidermidis e o saprophyticus.* Teste da coagulase https://www.youtube.com/watch?v=LTJHPK6UvGY BACTÉRIAS FREQUENTEMENTE ISOLADAS EM URINA (AMBULATÓRIO) ANTIBIOGRAMA ♥ Passo 1: suspender a bactéria em salina estéril; - 3 – 5 mL de solução; - Com a alça bacteriológica estéril pegar uma amostra de bactéria, mexer dentro do tubo com a solução, fechar e homogeneizar. - Comparar com a escala 0,5 de Mac Farling; - Esperar aproximadamente 15 minutos; ♥ Pegar uma placa de petri grande, identificar nas bordas ♥ Mergulhar um swab estéril na solução, deixar alguns segundos, retirar o excesso; ♥ Semear o meio: Circulo na borda e estriamentos próximos de ponta a ponta, repetindo o processo 5 vezes girando 90º ♥ Esperar 15 minutos; ♥ Escolha dos antibióticos de acordo com as tabelas; ♥ Manter um espaço entre um disco e outro e assim que colocar um disco, flambar, colocar o próximo, sempre evitando tocar com a pinça no meio; ♥ Levar para estufa e esperar 24h; ♥ Após 24h fazer a leitura do antibiograma, dimensionando o halo e verificando na tabela; ANÁLISE FÍSICA ♥ Macroscopia + pH e densidade; ODOR ♥ Característico pela presença de ácidos voláteis; ♥ O odor amoniacal pode ser resultado do metabolismo bacteriano no tempo após a coleta; ♥ O odor adocicado é comum em pacientes com cetoacidose; Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar COLORAÇÃO COR SITUAÇÕES Amarelo claro ou amarelo citrino Urina normal Verde Uso de propofol, amitriptilina ou bactérias pseudomonas Azul Azul de metileno Roxa Porfiria aguda intermitente ou bacteriúria Vermelha Hematúria macroscópica Castanha Mioglobinúria, rabdomiólise, colúria Laranja Uso de rifampsina ou fenazopiridina Vermelha brilhante Porfiria na lâmpada de Wood Preta Alcaptonúria (ocronose) ♥ Normal varia de amarelo citrino pálido a escuro (âmbar); ASPECTO ♥ Límpido/claro/transparente = normal; ♥ Turva: - Patológico: Cilindros, neutrófilos, bactérias, fungos; - Não patológico: talco, células epiteliais, contraste radiológico; DENSIDADE ♥ 1015/1010 – 1025 = normal; ♥ Valores também variam de acordo com o laboratório; ♥ Hipoestenúria: doenças tubulares, necrose tubular aguda e polidispsia psicogênica; ♥ Hiperestenúria: insuficiência renal pré- renal. ♥ OBS ♥ - Dezena e unidade da densidade x 35 = osmolaridade mOm/Kg; PH ♥ 4,5/5 – 8 = Normal; ⤿ Os valores de referência podem variar de acordo com o laboratório; ♥ A urina da manhã é mais ácida; ♥ Quando ácido: - Patológico: acidúria paradoxal ou acidoses tubulares; - Não patológico: alimentação rica em proteínas; ♥ Quando básico: - Patológico: ITU por bactérias produtoras de uréase (Proteus sp, Staphylococcus sp); - Não patológico: Alimentação rica em vegetais; Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar ANÁLISE QUÍMICA ♥ Fita reagente = método colo ♥ Glicose urinária / glicosúria = acima de 180 mg/dL - Em situações normais não há glicose na urina; - Ocorre quando a concentração sérica satura (normalmente por hiperglicemia) e excede a capacidade de reabsorção tubular proximal; - Outras causas = uso de inibidores do SGLT2 (glifozinas) ou doença tubular proximal; ♥ Corpos cetônicos - Acetona, acetoacetato e beta-hidroxibutirato = principais; - Resultado da utilização da gordura para obtenção de energia; ♥ Proteínas - Avalia a presença de macroalbuminúrias; - Proteinúria normal = 180 mg/24h ♥ Nitrito - Enzima nitrato redutase, presente na maioria das enterobactérias; - Pouco sensível para bactérias gram positivas; - Não significa sozinho presença ou ausência de ITU; PREPARAÇÃO DA AMOSTRA PARA ANÁLISE MICROSCÓPICA ♥ A amostra é centrifugada para se obter os sedimentos (hemácias, cilindros, bactérias...); ♥ A amostra deve ser fresca, de 10 – 15 mL de urina ➜ centrifugada a 1500-2000 rpm durante 10 minutos; ♥ Colocar uma gota da amostra pós- centrifugada sobre a lâmina, lâmina K-cell ou câmara de contagem; ANÁLISE DO SEDIMENTO URINÁRIO ♥ Análise quantitativa e qualitativa; ELEMENTOS CELULARES ♥ Células epiteliais: - Três tipos: 1. Escamosas 2. Transacionais 3. Dos túbulos renais (ETR = epiteliais tubulares renais) - Maioria sem significado clínico, representando apenas uma descamação do TU; ♥ Eritrócitos: - Hematúria = sangue na urina; - Pode ser microscópica ou macroscópica; - Transitória = inflamação, infecção ou traumas; Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar ♥ Leucócitos: - Piúria = quantidade elevada de leucócitos na urina; - Neutrófilos são mais comuns, mas eosinófilos e linfócitos podem ser vistos também; - Aumento = lesões inflamatórias, infecciosas ou traumáticas; CRISTAIS ♥ Precipitação de sais por pH ou concentração; ♥ Dependendo da quantidade, forma e condições do meio urinário pode ter significados diferentes; - Cristal de oxalato de cálcio di-hidratado; CILINDROS ♥ Exclusivamente renais; ♥ Moldados pelos túbulos e compostos por proteínas, restos de degradação celular, gordura, sangue, produtos de excreção e secreção real, entre outros; ♥ Cilindros hialinos: - Produtos da secreção tubular de proteínas; - Comuns na desidratação e após exercícios; - Em grande quantidade indicam congestão renal ou glomerulonefrite; ♥ Cilindros granulosos: - Produtos da degradação celular em estados de necrose tubular aguda; ♥ Cilindros céreos - Evolução dos cilindros hialinos patológicos; - Pode corresponder a doenças renais crônicas; - Formam-se na estase do fluxo urinário; ♥ Cilindros adiposos - Lipidúria; - Síndrome nefrótica; ♥ Cilindros hemáticos - Hemácias, hemoglobulinas emaranhadas; - Lesão glomerular ou glomerulonefrite; Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar ♥ Cilindros leucocitários - Glomerulonefrite ou pielonefrite;
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