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Embriologia do Sistema Genital

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Ginecologia 
 
Introdução 
➤ Nos embriões de ambos os sexos, existe um par 
de gônadas indiferenciadas juntamente a um sistema 
de ductos: os ductos de Muller/paramesonéfricos 
(primórdio da genitália interna feminina) e os ductos 
de Wolff/mesonéfricos (primórdios da genitália interna 
masculina) 
Desenvolvimento Masculino 
➤ Nos indivíduos cromossomo Y, existe um gene 
que não tem analogia com o cromossomo X, 
chamado de SRY. Esse gene transcreve a proteína 
fator de diferenciação testicular (TFD), cuja ação é 
transformar a gônada indiferenciada em testículo. 
➤ Com a diferenciação da gônada em testículo, 
ocorre a formação das células de Sertoli, as quais 
secretam o hormônio antimulleriano no período da 
sétima a oitava semana de desenvolvimento, 
provocando: 
 → Regressão do sistema paramesonéfrico 
(ductos mullerianos) 
 → Controle do desenvolvimento do 
gubernáculo, imprescindível para a descida 
transabdominal dos testículos; 
 → Produção da proteína ligadora de 
androgênios. 
➤ A partir das células mesenquimais, surgem as 
células de Leydig (testiculares), que passam a secretar 
testosterona. Esse andrógeno promove a 
diferenciação do ducto em epidídimo, canal 
deferente, vesícula seminal, parte da próstata e ducto 
ejaculatório; e, juntamente com a diidrotestosterona 
são essenciais para o desenvolvimento do fenótipo 
masculino. 
➤ Na sétima semana, por ação do TFD, ocorre a 
transformação dos cordões sexuais em túbulos 
seminíferos, e, logo a seguir, as células de Sertoli 
passam a secretar o hormônio antimulleriano. 
Paralelamente, inicia-se a produção de testosterona 
no testículo, responsável pelo desenvolvimento dos 
ductos mesonéfricos (ductos de Wolff) e pela 
virilização da genitália externa. 
 
Desenvolvimento Feminino 
➤ Na ausência do gene SRY (cromossomo Y) não há 
transcrição do TFD, assim a gônada bipotencial se 
desenvolve para formar ovários; 
➤ Na ausência de hormônio antimulleriano, os ductos 
de Muller seguem seu desenvolvimento, dando 
origem ao útero, às trompas e aos dois terços 
superiores da vagina. 
➤ Como não há secreção de testosterona, os 
ductos de Wolff involuem. 
➤ O terço distal da vagina provém do tubérculo 
genital, que passa a sofrer diferenciação na genitália 
externa feminina no final do terceiro mês. 
 
Embriologia dos Órgãos Genitais 
 
 
 
Órgãos genitais externos 
➤ Se não houver estímulo hormonal, ocorrerá 
diferenciação na vulva e no terço inferior da vagina. 
➤ Nos embriões XY, com testosterona, ocorre a 
conversão periférica desse hormônio em 
diidrotestosterona. Esta, por sua vez, diferencia o 
tubérculo genital em genitália externa masculina (pênis 
e bolsa escrotal).

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