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Farmacologia - Anti - Inflamatórios

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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Classificação – Introdução
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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FARMACOLOGIA – ANTI-INFLAMATÓRIOS – CLASSIFICAÇÃO – 
INTRODUÇÃO
Obs.: Farmacologia é um tema exigido por qualquer edital para farmacêutico. Há temas 
muito específicos, tais como: Farmácia Hospitalar e Organização e Gestão de Medi-
camentos, para cargos de farmacêutico hospitalar; Fiscalização Sanitária e Normas 
para a área de Vigilância Sanitária; Imunologia Clínica, Bioquímica Clínica, Hemato, 
Parasito, para Análises Clínicas etc. Diferentemente, há temas que se encaixam em 
qualquer edital – a Farmacologia é um desses.
 � Veremos nesta aula o tema Anti-Inflamatórios: seus 5 principais grupos, pormenores, 
exceções etc. Esta aula trará subsídios para você responder às questões da sua 
prova.
CLASSIFICAÇÃO
Os grupos de Anti-Inflamatórios são:
• Inibidores da COX (AINES – Anti-Inflamatórios Não Esteroidais – e Coxibes) – Exem-
plos: AAS, Paracetamol, seletivos para COX2.
Obs.: os Coxibes formaram um subgrupo devido à especificidade da molécula do medica-
mento.
• Antirreumáticos (modificadores da doença e imunossupressores) – grupo heterogêneo 
(trata também doença autoimune e rejeição de transplante).
Obs.: o quadro da artrite reumatóide é de exacerbação da resposta imunológica. Por esse 
motivo, o medicamento também é usado para outros quadros com a mesma etiologia.
• Glicocorticoides (para concursos, basicamente o mecanismo de ação e a principal 
reação adversa – a Síndrome de Cushing) – conhecidos também como Anti-Inflamató-
rios Esteroidais, pois são produzidos pelo próprio organismo; 
5m
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Classificação – Introdução
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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• Anticitocinas e outros agentes biológicos – “Revolução biofarmacêutica” – as anticito-
cinas atuam antagonizando a ação de citocinas (ponto de partida de mediadores da 
inflamação), e reduzem a resposta inflamatória.
Obs.: por essa especificidade, as anticitocinas são produtos da engenharia de biotecno-
logia, conhecidos como a "Revolução biofarmacêutica". Os outros grupos de anti-
-inflamatórios, ao mesmo tempo em que produzem a resposta esperada, produzem 
também outros efeitos colaterais, que muitas vezes têm de ser avaliados. Diversa-
mente, as anticitocinas vão diretamente no alvo que gera a resposta inflamatória, 
anulando seu efeito, e gerando pouco efeito colateral.
• Outros (Anti-histamínicos e usados contra gota).
A resposta inflamatória é uma adaptação, uma ferramenta de defesa do organismo. A 
resposta inflamatória é de defesa para o organismo, em relação a um agente infeccioso ou 
um agente estranho. No entanto, muitas vezes, o limiar entre a defesa e os efeitos nocivos 
da inflamação é muito tênue, estreito.
A partir do momento em que se aumenta o fluxo sanguíneo em um local, ou se provoca 
inchaço, edema, dor ou vermelhidão – esses sinais da inflamação existem justamente para 
sinalizar o indivíduo de que houve algo errado (invasão de agente infeccioso ou uma lesão 
provocada por um trauma). Por exemplo: a pessoa que possui distúrbio metabólico, e que 
não consegue produzir prostaglandinas (mediador inflamatório), possui dificuldades de per-
ceber algum desequilíbrio no organismo – essa pessoa não é capaz de sentir dor. Assim 
como a dor, os outros quatro sinais da inflamação também têm essa função de defesa. 
Por vezes, a intensidade dos efeitos inflamatórios é exagerada e, nesse momento, a 
defesa passa a ser nociva, sendo necessário modular a resposta do organismo. Também é 
possível que a resposta inflamatória venha direcionada não à célula invasora (não própria), 
mas à célula própria (do organismo). Nesse caso, uma resposta fisiológica de defesa, a res-
posta inflamatória, também passa a ser nociva, tendo de ser diminuída. É aí que entram os 
anti-inflamatórios.
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Classificação – Introdução
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Nosso organismo tem a produção endógena de anti-inflamatórios (hormonais ou esteroi-
dais, mais conhecidos como glicocorticoides). Isso ajuda a modular a resposta anti-inflama-
tória e a compensar esses exageros – de intensidade ou de direção.
Os anti-inflamatórios não esteroidais (que recebem, na Farmacologia, o apelido de 
AINES) não atuam em nível de material genético, atuam um pouco mais adiante da biossín-
tese de mediadores inflamatórios.
Portanto, os glicocorticoides atuam no material genético, na supressão ou na superexpres-
são de genes que codificam proteínas inflamatórias e anti-inflamatórias; e os AINES atuam 
em nível de cascata metabólica, sobre enzimas que produzem mediadores anti-inflamatórios.
Para entender como a inflamação acontece: ocorrendo a lesão (por agente infeccioso, 
bactéria ou trauma), a membrana é lesionada, que ativa enzimas dispersas no citoplasma 
– a enzima, então, a partir do ácido graxo do lipídio, produz mediadores inflamatórios. Essa 
produção passa por diversas etapas, diversas reações biológicas. Uma delas é através da 
enzima ciclo-oxigenase – essa enzima produz, a partir do ácido aracdônico, mediadores 
inflamatórios (prostaglandinas, leucotrieno, tromboxano, que produzem seus efeitos biológi-
cos – os 5 sinais da inflamação: dor, calor, rubor, inchaço, perda da função). 
Os anti-inflamatórios não esteroidais atuam inibindo a enzima ciclo-oxigenase, não per-
mitindo ao ácido aracdônico transformar-se em mediadores inflamatórios, diminuindo os 
sinais da inflamação. As enzimas ciclo-oxigenase possuem 3 isoenzimas muito parecidas, 
com funções biológicas distintas. Por exemplo: a ciclo-oxigenase 1 tem a função de produzir 
prostaglandinas com efeito protetor da mucosa gástrica e a função de promover a homeos-
tase (função constitutiva, de manter o equilíbrio do organismo); a ciclo-oxigenase 2 também 
tem função homeostática, mas é responsável também pela produção de mediadores infla-
matórios, sendo a enzima que tem ligação direta com a inflamação. Alguns autores citam a 
ciclo-oxigenase 3, não aprofundando, no entanto, em relação aos seus efeitos biológicos.
SELETIVIDADE DOS AINES
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Classificação – Introdução
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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COX 1
• Produz prostaglandinas com função: de proteção gástrica; Autorregulação do fluxo 
sanguíneo renal; Agregação plaquetária; Início do parto.
COX 2
• Produz prostaglandinas inflamatórias;
• Produz prostaciclina com papel constitutivo no rim e SNC (função não esclarecida). 
Se um medicamento atua inibindo, somente, a COX 2, diminui-se a resposta inflamatória 
e alguma resposta no sistema nervoso central e no rim. Se, entretanto, o medicamento, além 
de inibir a COX 2, também inibe a COX 1, haverá problemas de lesão no trato gastrointesti-
nal (especialmente no estômago, lesão gástrica – isso explica a dor e possível sangramento 
da pessoa que faz uso crônico de anti-inflamatórios não seletivos). A autorregulação do fluxo 
sanguíneo renal é um efeito em nível de nefrotoxicidade e de pressão arterial. Quando se 
inibe a enzima responsável por produzir substâncias que têm a função de regular o fluxo san-
guíneo renal, há interferência na pressão arterial. Isso porque o rim tem por função, também, 
regular a pressão sanguínea. Inibindo a COX 1, outro efeito colateral é a inibição da agrega-
ção plaquetária – a pessoa terá algum distúrbio de coagulação. Comparando as funções das 
duas enzimas, percebemos porque a seletividade delas explica, em grande parte, os efeitos 
colaterais.
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Classificação – Introdução
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ATENÇÃO
USO CRÔNICO DE AINES (TODOS) GERA CONSEQUÊNCIAS CARDIOVASCULARES! 
Essa assertiva já foi questão de prova.
O AAS (ácido acetil-salicílico) tem uma característica específica: além de produzir lesão 
gástrica (dor no estômago), em virtude do próprio mecanismo de ação (inibição da COX 1), 
também produz a lesão gástrica por sua característica físico-química de ácido, atuando dire-
tamente na mucosa gástrica.
Os outros anti-inflamatórios (por via oral ou parenteral), devido ao mecanismo de ação, 
produzem lesão gástrica toda a vez em que se fizer uso de medicamento anti-inflamatório 
não esteroidal, não seletivo. E os seletivos, segundo alguns autores, também provocam a 
lesão gástrica, porém, em menor intensidade (muitas vezes assintomático).
ATENÇÃO
PARACETAMOL – ÓTIMO ANALGÉSICO E ANTITÉRMICO, MAS SUA FUNÇÃO ANTI-
-INFLAMATÓRIA É DISCRETA. 
Observe a seguinte tabela, com a classificação dos anti-inflamatórios:
Tabela 1 – Classificação dos AINES de acordo com sua estrutura química e mecanismo de ação
Classes 
terapêuticas
Nome genérico ou 
químico Efeitos mais importantes Mecanismo de ação
Salicilatos
Ácido salicílico
Ácido acetilsalicílico 
(AAS)
Diflunisal
Aliviam dor de baixa intensidade; 
são efetivos antipiréticos; apresen-
tam efeitos sobre o trato gastroin-
testinal (TGI)
Inibidores não seleti-
vos de COX
Derivados do
ácido acético
Diclofenaco de sódio
Indometacina
Sulindaco
Etodolaco
Cetorolaco
Potência moderada, superior ao 
AAS, bem como os efeitos no TGI
efeitos anti-inflamatórios compará-
veis aos salicilatos
Pró-droga; baixa incidência de 
toxicidade sobre o TGI
Menor ação sobre o TGI compara-
dos a outros AINES
Potente analgésico; moderada 
ação anti-inflamatória
Inibidores não seleti-
vos de COX
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Classificação – Introdução
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Derivados do ácido 
fenilantranílico
Ácido mefenâmico
Ácido flufenâmico
Ação central e periférica; efeitos 
sobre o TGI; antagonizam dire-
tamente certos efeitos das PGs 
Ação anti-inflamatória
Inibidores não seleti-
vos de COX
Derivados do ácido 
propiônico
Ibuprofeno
Naproxeno
Cetoprofeno
Inibidores não seletivos da COX 
com efeitos terapêuticos e colate-
rais comuns aos outros AINES
Inibidores não seleti-
vos de COX
Derivados do ácido 
enólico
Piroxicam
Meloxicam
Inibidor não seletivo da COX 
Modesta seletividade para COX-2
Inibidores não seleti-
vos de COX
Derivados coxibes CelecoxibeRofecoxibe
Menores índices de reações 
adversas gastrointestinais e maior 
risco cardiovascular
Inibidores seletivos 
de COX-2
Obs.: nossa sugestão é que você elabore sua própria tabela, com os nomes das drogas, 
seus principais efeitos colaterais e a seletividade (seletivo ou não seletivo). Essas 
são as informações exigidas em provas.
Obs. 2: os salicilatos são os precursores dos anti-inflamatórios, em geral.
Obs. 3: o grupo de medicamentos derivados do ácido acético, apesar de ser não seletivos, 
possui baixa incidência de efeitos no trato gastrointestinal.
ATENÇÃO
O grupo de derivados do ácido propiônico (Ibuprofeno, Naproxeno e Cetoprofeno) são os 
mais exigidos em provas.
Obs. 4: os anti-inflamatórios não esteroidais seletivos também têm ação, porém menos in-
tensa, em relação a efeitos gastrointestinais. 
Na próxima aula, prosseguiremos no estudo dos anti-inflamatórios.
30m
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra e Oliveira. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Mecanismos de Ação dos Aines
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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FARMACOLOGIA – ANTI-INFLAMATÓRIOS – MECANISMOS DE AÇÃO 
DOS AINES – SELETIVIDADE – EFEITOS TERAPÊUTICOS
RELEMBRANDO
Vimos, na aula anterior, uma introdução sobre os grupos, iniciando o estudo dos anti-
-inflamatórios não esteroidais.
Veremos, agora, o mecanismo de ação, e iremos entender como funciona a inibição da 
COX na parte molecular.
MECANISMO DE AÇÃO
A COX possui canal hidrofóbico, onde o ácido araquidônico se ancora e sofre oxidação. 
Para inibir a enzima, o AINE penetra nesse canal e forma ponte de hidrogênio com o resíduo 
de arginina na posição 120, impedindo que o substrato (ácidos graxos) entrem no canal cata-
lítico. Esse canal hidrofóbico da COX 2 tem uma protuberância produzida graças a alteração 
de um aminoácido (isoleucina → valina na posição 523) e essa característica.
A ciclo-oxigenase é uma enzima com um canal de característica hidrofóbica. Vimos, na 
aula passada, que o substrato para os mediadores inflamatórios são ácidos graxos (exemplo 
do ácido aracdônico). Esse canal, portanto, só pode ser hidrofóbico.
A reação que produz os mediadores acontece da seguinte forma: um lipídio, encaixado 
em um canal de característica hidrofóbica que existe na oxigenase, sofre oxidação. Ao sofrer 
a oxidação, dá origem a outras moléculas, com características mediadoras da inflamação. 
Essa reação (produção de mediadores inflamatórios) é "startada" por interleucinas e outras 
citocinas – sinais bioquímicos. Tanto a COX 1 quanto a COX 2 têm esse canal hidrofóbico. 
No entanto, a COX 2 tem uma alteração em nível molecular (posição 120) que faz com que 
o canal hidrofóbico tenha um espacinho a mais. A COX 1 não tem essa alteração molecu-
lar (canal hidrofóbico mais estreito). A protuberância da COX 2 permite que moléculas com 
algum volume lateral encaixem nela. O lipídio (ácido aracdônico) encaixa nesse canal e, 
depois de encaixado, sofre a oxidação, gerando os mediadores inflamatórios.
O anti-inflamatório encaixa-se no ácido aracdônico. Logo, a droga tem de ter a caracte-
rística química perfeita para encaixar-se no canal hidrofóbico e, além dessa característica, é 
necessário saber em qual tipo de canal ela se encaixa. Encaixando no local do ácido graxo 
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Mecanismos de Ação dos Aines
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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(ácido aracdônico, por exemplo), ele impede que a oxidação ocorra no ácido aracdônico e 
que os mediadores inflamatórios sejam produzidos. Dessa forma, o anti-inflamatório não 
esteroidal atua inibindo a ciclo-oxigenase, ocupando o sítio de ligação do ácido aracdônico, 
que é o canal hidrofóbico presente na ciclo-oxigenase. 
Diferença marcante em nível molecular: a COX 2 possui alteração que possibilita a pro-
tuberância e isso permite que algumas drogas se encaixem na COX 2 e não se encaixem na 
COX 1. Essa diferença é que irá promover a seletividade do AINE. Isso porque o anti-infla-
matório não esteroidal tem a molécula com cadeia muito volumosa e presença de grupos 
sulfatados. Esse tipo de molécula não se encaixa na COX 1 (impedimento alostérico). Devido 
à alteração molecular da COX 2 e à possibilidade de encaixe de moléculas com cadeias late-
rais volumosas, há drogas que só se encaixam na COX 2 – medicamentos anti-inflamatórios 
seletivos para a COX 2. O anti-inflamatório tenta se ligar à COX 1, mas não se encaixa, pois 
não há protuberância, resultado de alteração molecular na posição 120.
O anti-inflamatório entra no canal e forma ponte de hidrogênio – no lugar de permitir 
que o ácido aracdônico se encaixe e sofra oxidação,o anti-inflamatório encaixa-se no canal 
e produz pontes de hidrogênio e não deixa que o ácido aracdônico produza mediadores 
inflamatórios.
AÇÃO DOS AINES SOBRE CADA TIPO DE ENZIMA
COX 1 → INIBIÇÃO COMPETITIVA REVERSÍVEL (MAIS RÁPIDA)
COX 2 → IRREVERSÍVEL (MAIS LENTA). Por encaixar substâncias mais volumosas, a 
interação entre a COX 2 e o anti-inflamatório é irreversível e ocorre mais lentamente. 
Os AINES tem também a capacidade de remover radicais de oxigênio produzidos por 
neutrófilos e macrófagos, reduzindo assim a lesão deixada no processo inflamatório. E o AAS 
inibe a NFKB (fator de transcrição de genes de mediadores inflamatórios).
PEGADINHA DA BANCA
Se o examinador afirmar que o único mecanismo de ação de anti-inflamatório não este-
roidal é inibir a ciclo-oxigenase, o item estará incorreto, pois há outros dois mecanismos 
(mais discretos): um deles é a remoção dos radicais de oxigênio produzidos por neutrófilos 
e macrófagos.
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Mecanismos de Ação dos Aines
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Durante a lesão, esses neutrófilos e macrófagos produzem diversas reações bioquími-
cas, que geram radicais oxigenados. Os anti-inflamatórios não esteroidais, além de inibir a 
COX, também removem esses radicais oxigenados presentes na lesão. Como efeito disso, 
diminui-se a lesão. Portanto, há dois efeitos dos AINES, em princípio: a redução dos media-
dores inflamatórios, tendo como reflexo o alívio de determinados sinais da inflamação e, 
também, a redução da lesão propriamente dita, removendo radicais oxigenados deixados por 
neutrófilos e macrófagos. Além disso, o AAS atua também inibindo o NFKB (fator de transcri-
ção de mediadores inflamatórios), outro mecanismo de ação de AINES. O AAS diminui a pro-
dução de mediadores inflamatórios, tanto inibindo a ciclo-oxigenase, como também inibindo 
o fator de transcrição de proteínas e mediadores inflamatórios em geral.
EFEITOS TERAPÊUTICOS DOS AINES
O primeiro efeito, e o principal, é o anti-inflamatório. Basicamente, a ação anti-inflama-
tória acontece em virtude da redução de prostraglandina E2, responsável pela sensação de 
dor, da redução da prostaciclina e da redução da vasodilatação (necessária para melhorar o 
fluxo sanguíneo no local e a disponibilidade de interleucinas, citocinas e outros mediadores 
inflamatórios necessários para a defesa do organismo em relação à lesão). 
Uma forma de combater a resposta inflamatória exagerada é diminuir a vasodilatação. 
Diminuindo o fluxo sanguíneo no local, diminui-se principalmente edema. 
O segundo efeito é a ação analgésica, a partir da redução da produção de prostaglan-
dina. Reduzindo essa produção, reduz-se a sensação de dor. Isso porque a presença de 
prostaglandina no tecido sensibiliza as terminações nervosas que dão a sensação de dor.
Alguns medicamentos têm ação mais destacada como analgésicos e antitérmicos – 
exemplo do paracetamol (efeito anti-inflamatório mais discreto).
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Mecanismos de Ação dos Aines
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ATENÇÃO
O paracetamol representa uma exceção, pois é um AINE com discreto efeito anti-inflama-
tório. Seu uso clínico é mais voltado para dor e febre. Em alguns quadros específicos, é 
utilizado como anti-inflamatório, em doses mais elevadas. Além disso, vale destacar que o 
paracetamol tem ação tóxica importante: muitos casos de acidentes, especialmente com 
crianças, envolvem o uso do paracetamol (em razão do sabor agradável, facilidade de 
acesso). É um dos medicamentos mais envolvidos em óbitos infantis, por intoxicação. O 
gargalo do paracetamol é a necessidade de glutationa para ser metabolizada. Em super-
dose de paracetamol, a quantidade disponível de glutationa é saturada, necessária para 
desfazer o efeito tóxico do metabólico do paracetamol, e preparar esse medicamento para 
ser eliminado.
O terceiro efeito terapêutico dos AINES é o antipirético: inibindo a ciclo-oxigenase, pro-
duz-se a queda de prostaglandina, que reduz o ponto de ajuste de temperatura no hipo-
tálamo. No hipotálamo, há uma espécie de termostato do organismo. Havendo o contato com 
algum agente infeccioso, o hipotálamo aumenta um pouco a temperatura, para tentar reagir e 
desnaturar a proteína invasora. Quando a temperatura aumenta muito, há mecanismos alter-
nativos para a redução (pois o aumento de temperatura também pode desnaturar proteínas 
próprias, sendo possível haver degradação neuronal ou de alguma enzima importante para o 
metabolismo, passando a ser nociva a resposta inflamatória de defesa).
Alguns mecanismos alternativos para regular o aumento/diminuição da temperatura 
controlado pelo hipotálamo são a vasodilatação e a sudorese. O controle do termostato é 
mediado, também, por prostaglandinas. 
Há prostaglandinas específicas no sistema nervoso central. A ciclo-oxigenase 2, que tem 
ligação à inflamação presente no sistema nervoso central, provoca oxidação no ácido ara-
cdônico em nível de hipotálamo e produz prostaglandinas no hipotálamo, que dão o sinal para 
aumentar a proteína em razão da presença de bactérias ou proteínas invasoras. Quando a 
prostaglandina está presente no hipotálamo e "ordena" o aumento de temperatura, pode 
acontecer: ou aumento da temperatura, com o fim de eliminar o agente invasor, com pos-
terior sudorese para reduzir a temperatura (efeito compensatório normal do organismo); ou 
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Mecanismos de Ação dos Aines
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a temperatura aumenta e aumenta, chegando a uma febre muito alta (39ºC ou 40ºC), mas 
essa febre começa a provocar efeitos nocivos para o organismo – nesse momento, o correto 
é utilizar antipirético ou antitérmico. É esse o efeito que o AINE tem, porque, inibindo a COX 
2 presente no sistema nervoso central, que produz a prostaglandina responsável pelo centro 
da febre, regula-se o "termostato", para diminuir a temperatura corporal.
Os AINES têm EFEITO MÍNIMO SOBRE A DOENÇA DE BASE. Em relação aos seus 
efeitos anti-inflamatórios, a ação se restringe, basicamente, a reduzir os mediadores infla-
matórios (reduzindo a reação do organismo à lesão). Relativamente à doença de base, o 
anti-inflamatório praticamente não atua. Logo, o AINE não pode ser considerado alternativa 
terapêutica para a doença de base (aquilo que provoca a lesão). 
Seriam exemplos de fatores responsáveis pela doença de base, sobre os quais o anti-
-inflamatório praticamente não atua: migração de leucócitos, liberação de citocinas, liberação 
de lisossomas, produção de radicais oxigenados etc.
PEGADINHA DA BANCA
O AINE não diminui a produção de radicais oxigenados na lesão. O que ele faz é retirar 
esses radicais.
Também é verdadeiro dizer que A TEMPERATURA DO HOMEM SADIO NÃO É AFE-
TADA POR AINE. O AINE somente atua quando há prostaglandina no hipotálamo, aumen-
tando ou reajustando para mais a temperatura do organismo. Se a temperatura está normal, 
não há prostaglandina para ser inibida, e a temperatura se mantém normal. 
Quanto à AÇÃO ANALGÉSICA do anti-inflamatório, é verdadeiro dizer que possui duas 
frentes: ação periférica e ação central.
AÇÃO PERIFÉRICA: em relação à ação periférica, os AINES inibem a COX, reduzindo 
a PROSTAGLANDINA QUE SENSIBILIZAM NOCIRECEPTORES: isso é útil em casos de 
Artrite, Bursite, dores musculares e vasculares, odontalgia, dismenorreia, dor pós parto, dor 
de metástase óssea, dor pós operatória, cefaleia (reduz vasodilatação periférica).
AÇÃO CENTRAL: REDUZ LIBERAÇÃO MEDULAR DE PROSTAGLANDINA (prostaglan-
dina presente no sistema nervoso central): Efeitos na transmissão aferenteda dor.
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A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
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Farmacologia – Anti-inflamatórios – Efeitos Adversos e Principais Drogas Aine e Coxibe
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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FARMACOLOGIA – ANTI-INFLAMATÓRIOS – EFEITOS ADVERSOS E 
PRINCIPAIS DROGAS AINE E COXIBE
Efeitos adversos
• Gastrointestinais (efeito principal e mais marcante dos anti-inflamatórios. Lesões nas 
mucosas gástricas; náuseas; efeitos no intestino)
• Cutâneos (rash)
• Renais (nefrotoxicidade. Muitas vezes, com medicamento, pode ser reversível. Aumento 
da pressão arteiral.)
• Cardiovasculares (risco de infarto do miocárdio)
• Outros (fígado, baço, medula óssea)
Gastrintestinais
São decorrentes da inibição da COX 1, que tem efeitos de proteção gástrica e inibitório 
na secreção de ácido no estômago. Essas lesões (embora a aspirina possa produzir lesão 
diretamente na mucosa com seu contato) ocorrem tanto com o uso oral quanto sistêmico.
Obs.: � Aspirina pode produzir lesão diretamente na mucosa com seu contato devido às 
características físico-químicas (ácido).
O efeito gastrointestinal ocorre devido ao mecanismo de ação da droga, tanto uso oral 
quanto sistêmico.
O efeito adverso gastrointestinal de anti-inflamatórios não esteroidais é um efeito decor-
rente da inibição da ciclooxigenase 1, que tem a função principal constitutiva de homeostase, 
de produzir prostaglandina protetora da mucosa gástrica e inibir a liberação de ácido clorí-
drico para o estômago.
Ao tomar um comprimido ou forma farmacêutica oral ou sistêmica parenteral, há chance 
de lesão na mucosa gástrica em virtude da inibição da ciclooxigenase 1. Há a exceção do 
ácido acetilsalicílico, que, além de produzir a lesão gástrica, há lesão na mucosa gástrica que 
acontece de forma direta pela característica físico-química da droga. 
Existem efeitos adversos para os coxibes? Existe, mas é um efeito mais discreto e, muitas 
vezes, assintomático; por isso, muitas vezes, o desconforto não é percebido.
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Farmacologia – Anti-inflamatórios – Efeitos Adversos e Principais Drogas Aine e Coxibe
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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→ MISOPROSTOL (prostaglandina de reposição que tem função protetora).
Obs.: � O efeito de lesão gástrica ocorre em virtude do mecanismo de ação, independente-
mente da dose oral ou parenteral. A exceção é o ácido acetilsalicílico. Além disso, 
os coxibes também têm interação e efeito colateral, mas é mais discreto e assinto-
mático. O misoprostol é associado à ação protetora, faz recompensa à depleção de 
prostaglandina protetora na mucosa gástrica.
Reações Cutâneas
São reações idiossincráticas e podem ser muito graves! Por exemplo, existem os rashes 
cutâneos, que são ligados particularmente ao ácido mefenâmico e o sulindaco. Síndrome 
de Stevens-Johnson.
Obs.: � Idiossincrasia é uma resposta particular, singular, que não obedece a uma frequência 
esperada. Não se pode dizer que é um efeito colateral, o qual está atrelado ao meca-
nismo de ação do medicamento. Muitas vezes, o efeito colateral é o efeito desejado. 
 � A Síndrome de Stevens-Johnson é um tipo de rash cutâneo, mas que se espalha e 
pode atingir até o intestino. É uma síndrome bastante grave.
ATENÇÃO
As questões de prova costumam afirmar que glicocorticoide produz de Síndrome de Ste-
vens-Johnson. Isso pode confundir. Geralmente, o efeito colateral ligado às glicocorti-
coides é a Síndrome de Cushing.
Renais
Em pessoas suscetíveis, causa insuficiência aguda reversível com a suspensão do medi-
camento. Isso acontece porque existem prostaglandinas que interferem na regulação do fluxo 
sanguíneo do rim (mecanismos de vasodilatação compensatória à ação da norepinefrina e 
angiotensina) e sua redução compromete essa regulação e consequentemente o funciona-
mento normal do rim. 
Obs.: � As prostaglandinas interferem na regulação do fluxo sanguíneo.
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A norepinefrina e a angiotensina aumentam a pressão, as prostaglandinas diminuem 
a vasoconstrição. Quando se diminui a prostaglandina, regula-se o fluxo sanguíneo, pois 
diminui-se a vasodilatação, compensatória a ação da norepinefrina e angiotensina. Ou seja: 
diminui-se a vasodilatação e aumenta-se a pressão. O anti-inflamatório terá o mesmo efeito 
da norepinefrina e angiotensina, que seria vasoconstrição e aumento da pressão.
A Fenacetina é a droga que produziu o maior efeito nefrotóxico, mas foi retirada do mer-
cado e substituída pelo PARACETAMOL, seu metabólito menos tóxico.
Cardiovasculares
Os aines normalmente não são inibidores da agregação plaquetária como a aspirina. 
Pelo contrário, eles têm o efeito de aumentar a pressão arterial em pacientes que não usam 
antihipertensivos! Ou seja, colaboram para efeitos indesejáveis como AVC e Infarto. O meca-
nismo disso é controverso, mas parece ter ligação com a regulação do fluxo sanguíneo renal 
também, dependente de algumas prostaglandinas que são inibidas pela COX. Esse controle 
influencia na liberação de hormônios que controlam a pressão sanguínea.
Obs.: � As prostaglandinas, que são mediadores inflamatórios, têm efeito de regulação de 
fluxo sanguíneo renal. Esse efeito acontece da seguinte forma: a angiotensina e a 
norepinefrina atuam no rim, promovem vasoconstrição e, consequentemente, aumen-
to da pressão. Essa vasoconstrição é compensada pela vasodilatação provocada 
pela prostaglandina. Isso reflete em produção de hormônios, também reguladores 
da pressão. Esses hormônios, as substâncias e os outros mecanismos promovem 
aumento da pressão arterial.
 � Para a pessoa que não usa anti-hipertensivo, haverá o efeito de hipertensão arterial 
do paciente que faz uso desse medicamento. Isso apresenta risco de problemas car-
diovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral.
Outros efeitos
Asma relacionada a aspirina; prolongamento do tempo de sangramento (para os não 
seletivos), efeitos no SNC, na medula óssea e no fígado.
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Farmacologia – Anti-inflamatórios – Efeitos Adversos e Principais Drogas Aine e Coxibe
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Principais aines e coxibes
Droga Características gerais Cinética Efeito adverso
AAS
Droga é insolúvel em 
água, mas seus sais são 
solúveis! Clinicamente 
usado como cardiovas-
cular (inibição plaquetá-
ria). Ela inibe irreversivel-
mente COX 1 e COX 2.
Maior absorção
→ íleo
Hidrólise no plasma
→ salicilato
Excreção
→ alcalinizar acelera
Baixa dose → sangramento gás-
trico
Grandes doses → Tontura, surdez 
e tinido (Salicismo), alcalose com-
pensada
Doses tóxicas → acidose não 
compensada.
*vinculada a encefalite pós viral 
em crianças (Reye).
PARACETAMOL 
(acetaminofeno)
Droga é insolúvel em 
água, mas seus sais são 
solúveis! Clinicamente 
usado como cardiovas-
cular (inibição plaquetá-
ria). Ela inibe irreversivel-
mente COX 1 e COX 2.
Boa absorção oral.
Não possui efeito adverso no TGI 
e antiplaquetário. Efeitos adver-
sos são raros. Intoxicação provoca 
necrose renal devido ao acúmulo 
do n-acetil-benzoquinona imina 
devido à saturação de glutationa 
queprovoca essa lesão renal. 
Para isso, administra-se acetilcis-
teína (iv) ou metionina (oral) que 
fornecem glutationa.
COXIBES
Celecoxibe e Etoricoxibe 
(são vendidos). Pareco-
xibe (pro fármaco, ven-
dido) valdecoxibe (reti-
rado do mercado
Altamente ligado a 
proteína plasmática 
(90%)
Rashes cutâneos. Por mais que 
sejam seletivos, também podem 
ter efeitos TGI devido ao fato 
de reduzir a ação da COX 2 que 
medeia a resposta inflamatória 
contra úlceras.
OBS.: Em relação ao AAS: por ser um ácido, a alcalinização da urina acelera a eliminação. 
A proporção de droga polar e apolar muda à medida que a droga estiver disponível. 
Quando se coloca um ácido em meio alcalino, ele fica mais dissociado. Essa disso-
ciação promove maior hidrossolubilidade que acelera a eliminação do medicamento. 
Salicismo é o nome dos efeitos adversos reunidos do ácido acetilsalicílico.
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Farmacologia – Anti-inflamatórios – Efeitos Adversos e Principais Drogas Aine e Coxibe
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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O ácido acetilsalicílico está vinculado à encefalite pós-viral em crianças, que é chamada 
de Síndrome de Reye. Essa síndrome faz com que o ácido acetilsalicílico, hoje em dia, não 
seja indicado para crianças.
O que justifica o anti-inflamatório seletivo ainda ter efeito de trato gastrointestinal? Não é 
porque ele inibe a COX 1, mas sim porque ele impede a resposta inflamatória para resolver 
aquele problema de lesão na úlcera, ele impede a resposta de defesa do organismo. 
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A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
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Farmacologia – Anti-inflamatórios – Antirreumáticos
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FARMACOLOGIA – ANTI-INFLAMATÓRIOS – ANTIRREUMÁTICOS
RELEMBRANDO
A COX-2 tem uma alteração na posição 120, que produz uma protuberância no canal 
hidrofóbico da enzima, que possibilita o acoplamento de moléculas que possuem grupos 
volumosos na cadeia lateral.
• Exemplo: grupos sulfatados.
Isso justifica, quimicamente, a especificidade de alguns medicamentos para a COX2. Medi-
camento que não se encaixam na COX-1 para inibi-la se encaixam na COX-2, justamente 
pela presença de grupos volumosos que encaixam perfeitamente no canal hidrofóbico da 
enzima COX-2.
Vale lembrar também das diferenças das isoenzimas, da função constitutiva, de homeos-
tase, de proteção da mucosa gástrica, produção de prostaglandinas que protegem a mu-
cosa e regulam a liberação de fluxos de ácido no estômago. Essas são características da 
ciclooxigenase 1.
As características da ciclooxigenase 2 estão mais ligadas às reações inflamatórias. Sabe-
-se da presença dela no sistema nervoso central e no rim, a nível de regulação de fluxo 
sanguíneo do local, têm-se consequências em nível sistêmico na pressão arterial, que 
justificam os efeitos adversos de riscos cardiovasculares existentes no uso de anti-inflama-
tórios não esteroidais.
A ciclooxigenase 3 tem a função não muito esclarecida, mas está presente no sistema ner-
voso central e é alvo de ação de medicamentos como paracetamol.
Em relação ao paracetamol, pode-se destacar as ações específicas de analgesia e antipi-
rética, muita discreta a nível de anti-inflamatórios.
Antirreumáticos
Artrite reumatoide é uma doença crônica autoimune que envolve as citocinas inflamató-
rias primárias (IL-1 e TNF alfa). Provoca dores e edemas nas articulações, além de enrijeci-
mento e deformação. Portadores de artrite reumatoide tem manifestações cardiovasculares 
e aumento na mortalidade.
Fármacos mais usados → ARMD (antirreumáticos modificadores da doença) em espe-
cial o metrotexato... e os AINES.
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Farmacologia – Anti-inflamatórios – Antirreumáticos
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Obs.: � A doença crônica autoimune se caracteriza pela produção de anticorpos contra célu-
las próprias.
Vale lembrar que a inflamação é uma resposta benéfica, uma resposta de defesa do 
organismo.
Quando serão usados os anti-inflamatórios?
São dois principais casos:
• quando a intensidade da inflamação é exagerada.
• quando se fala de artrite reumatoide, fala-se de doença crônica em que a pessoa 
produz anticorpos contra células próprias. A direção e o alvo estão errados. 
Grupos usados na artrite reumatoide
Obs.: � Os anti-inflamatórios não esteroidais atuam na diminuição da produção de mediado-
res inflamatórios, mas não atuam na resolução da doença base. Apesar de ele ter 
uma ação de reduzir os radicais oxigenados, ele não resolve o problema base. Ele 
resolve a redução dos mediadores e o alívio dos sintomas. Isso que o aine faz, prin-
cipalmente na artrite reumatoide.
Os antirreumáticos modificadores da doença tentam paralisar ou reverter a doença.
Outros usados para artrite reumatoide → imunossupressores, glicocorticoides.
Obs.: � Vale lembrar que é um caso de doença autoimune. O objetivo é reduzir a resposta 
imunológica.
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Farmacologia – Anti-inflamatórios – Antirreumáticos
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Os glicocorticoides são anti-inflamatórios naturais, hormonais ou também chamados de 
esteroidais.
Os antirreumáticos modificadores da doença são de segunda linha (após falha dos 
AINES) e demoram a surtir efeito.
ARMD
METROTEXATO
Antagonista do ácido fólico (citotóxico e 
imunossupressor). Primeira escolha.
SULFASSALAZINA Remove radicais tóxicos do oxigênio (doença inflamatória intestinal crônica)
PENICILAMINA
Reduz geração de Il-1; impede a maturação 
do colágeno (como é quelante não pode 
associar a compostos de ouro)
COMPOSTOS DE OURO Mecanismo não esclarecido
ANTIMALARICOS Cloroquina, hidroxicloroquina e mepacrina (toxicidade ocular)
IMUNOSSUPRESSORES
CICLOSPORINA
Inibe IL-2. Isso faz reduzir atividade de lin-
fócitos T e consequentemente de Linfócitos 
B que dependem de linfócitos T. Importante 
também em transplantes! Provoca nefroto-
xicidade, hipertensão e hepatoxicidade.
TACROLIMO
Inibe IL-2, é um macrolídeo com meca-
nismo semelhante a ciclosporina, mas 
maior potência.
AZATIOPRINA
Inibe síntese de purina e pirimidina (inibe 
a proliferação clonal da resposta imunoló-
gica). Provoca depressão da medula óssea.
CICLOFOSFAMIDA Usada em casos graves
MICOFENOLATO DE MOFETILA Inibe síntese de purina e pirimidina. Redu-zindo a proliferação de linfócitos T e B
LEFLUNOMIDA Inibe seletivamente os linfócitos T ativados. Hepatotóxico.
GLICOCORTICÓIDES
Reduz a expressão gênica geradora de Il-2, 
muitos outros genes e citocinas. Aumenta 
a expressão de genes geradores de proteí-
nas anti-inflamatórias
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Farmacologia – Anti-inflamatórios – Antirreumáticos
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Obs.: � Os antirreumáticos modificadores da doença fazem parte de um grupo bastante hete-
rogêneo pois não são drogas feitas para a artrite reumatoide. São drogas que são 
usadas na artrite reumatoide como forma de reflexo de ação. 
O principal é o metrotexato, que antagoniza o ácido fólico. O ácido fólico é essencial para 
as funções metabólicas celulares. Ao antagonizar o ácido fólico, haverá um efeito citotóxico. 
A célula não conseguirá um metabolismo normale sofrerá toxicidade, ou seja, destruição. 
Além disso, há o efeito imunodepressor de reduzir resposta inflamatória.
A sulfassalazina remove radicais tóxicos do oxigênio. Esses radicais tóxicos são produ-
zidos pela ação normal de defesa de neutrófilos e macrófagos, os quais geram radicais de 
oxigênio (deixando rastro na lesão). É a mesma coisa que os aines fazem. Um mecanismo 
secundário dos anti-inflamatórios não esteroidais é a remoção desses radicais de oxigênio 
presentes na lesão. A diferença é que a sulfassalazina é específica para doença inflamatória 
intestinal crônica.
A penicilamina reduz a geração de Il-1, que é um mediador primário da inflamação. Haverá 
um reflexo acentuado na resposta inflamatória. Como a penicilamina é um agente quelante, 
não pode associar a compostos de ouro.
Os compostos de ouro têm importância como modificador da doença artrite reumatoide, 
mas eles não têm mecanismo esclarecido. Vale a pena citar porque eles não podem ser 
associados com a penicilamina.
Em relação aos antimaláricos, é preciso um acompanhamento a nível de toxicidade ocular.
Outro grupo de medicamentos usados como indicação terapêutica para artrite reuma-
toide são os imunossupressores.É preciso diminuir a resposta, mas, diminuindo a resposta 
imunológica, há brechas para infecções oportunistas. Por isso, a utilização de imunossupres-
sores ocorre somente em casos de falência de outras opções terapêuticas.
A ciclosporina inibe IL-2. É um sinal químico que ativa o linfócito T e faz com que não haja 
a ativação do linfócito T. Com isso, não haverá a defesa dos linfócitos citotóxicos nem dos 
linfócitos auxiliares e, ao mesmo tempo, não haverá dos linfócitos sinalizadores ou apresen-
tadores de antígenos para linfócitos B. A ciclosporina tem uma ação imunossupressora muito 
importante, é até mesmo utilizada em pacientes transplantados para inibir a ocorrência de 
rejeição pós-transplante. Vale lembrar que os linfócitos B produzem anticorpos. Os efeitos de 
nefrotoxicidade, hipertensão e hepatoxicidade são decorrentes da redução de prostaglandina 
no rim. Haverá impacto na pressão sanguínea. 
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Farmacologia – Anti-inflamatórios – Antirreumáticos
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O tacrolimo é um macrolídeo, ou seja, um antibiótico. É semelhante à ciclosporina, mas 
maior potência. Essa maior potência significa que é preciso uma dose menor para alcançar 
o mesmo efeito. A potência e a eficácia são conceitos distintos. A eficácia tem a ver com a 
amplitude do efeito.
ATENÇÃO
A potência está ligada à dose necessária para atingir o efeito máximo. A eficácia está ligada 
à amplitude da resposta. A amplitude da resposta da ciclosporina e do tacrolimo é a mes-
ma. A diferença é a potência, ou seja, a dose necessária para atingir a amplitude de efeito. 
Essa diferença de potência tem impacto muito grande nos efeitos adversos e colaterais.
A azatioprina inibe síntese de purina e pirimidina, ou seja, inibe a proliferação clonal da 
resposta imunológica. Provoca depressão da medula óssea. 
Vale lembrar que a proliferação de linfócitos B obedece à hipótese de seleção clonal. 
Existe um linfócito B imaturo e se é apresentado a um antígeno. Esse linfócito B sofre uma 
seleção e expansão clonal. Esses clones produzem anticorpos específicos contra o antígeno. 
A expansão clonal depende de síntese protética. Os mecanismos citados são medicamentos 
que atuam inibindo a síntese de pirimidina e purina necessárias na expansão clonal.
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Fármacos Usados na Gota
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FARMACOLOGIA – ANTI-INFLAMATÓRIOS – FÁRMACOS USADOS NA 
GOTA – ANTAGONISTAS DA HISTAMINA
RELEMBRANDO
Existe diferença molecular do canal hidrofóbico da cicloxigenase, que justifica a seletivida-
de do anti-inflamatório não esteroidal.
Há efeitos adversos dos anti-inflamatórios não esteroidais. Esses efeitos podem ocorrer no 
trato gastrointestinal, tanto no caso dos seletivos quanto não seletivos. Os não seletivos 
possuem esse efeito porque reduzem a proteção na mucosa gástrica, que depende da 
prostaglandina protetora da mucosa. A aspirina também tem efeito direto na mucosa gás-
trica, provocando essa lesão no estômago. Os AINEs seletivos têm esse efeito porque, 
pela sua natureza anti-inflamatória, eles atrapalham um pouco a resposta imunológica às 
úlceras e gastrites, por exemplo. Eles impedem a defesa imunológica.
Existe ainda o risco cardiovascular. Eles são hipertensivos, principalmente para pesso-
as que não tomam medicação anti-hipertensiva. Essa hipertensão está ligada à inibição 
da prostaglandina presente no rim, responsável pela regulação do fluxo sanguíneo renal. 
Esse risco pode provocar o acidente vascular cerebral e o infarto do miocárdio.
Há ainda os efeitos na pele (rash cutâneo, síndrome de Stevens-Johnson).
Existem os anti-inflamatórios usados na artrite reumatoide, que é uma doença crônica 
autoimune. Essa doença provoca crises intermitentes de dores, inchaço nas articulações 
e acúmulo de cristais. A primeira tentativa para reverter o quadro é com anti-inflamatórios 
não esteroidais. Caso essa tentativa falhe, entram os antirreumáticos modificadores da do-
ença, que são um grupo bastante heterogêneo que tem como função principal suspender 
ou reverter a ação autoimune do organismo. Caso eles também falhem, parte-se para os 
imunossupressores. Basicamente, as moléculas dos imunossupressores inibem a forma-
ção de IL-2, impedindo a formação do linfócito T e, consequentemente, apresentação de 
antígenos do linfócito B e expansão clonal. Caso também falhem, existem ainda os glico-
corticoides, que atuam a nível de expressão gênica, suprimindo a expressão de genes que 
produzem a IL-2 e outras citocinas mediadoras da resposta inflamatória e “superexpres-
sam” genes que produzem proteínas anti-inflamatórias.
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Fármacos Usados na Gota
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ANTICITOCINAS E OUTROS BIOFÁRMACOS 
Obs.: para se ter uma reação anti-inflamatória, é preciso existir um sinal químico, o qual é 
geralmente “startado” pelo próprio agente que provocou a lesão. A anticitocina inibe 
a produção das citocinas, a nível de sinal químico e não necessariamente a nível de 
expressão gênica (como é o caso de glicocorticoides). Quando se usa glicocorticoide 
para suprimir um efeito inflamatório, há, junto com essa supressão, a supressão tam-
bém de outros genes que são importantes. Por outro lado, paralelamente à “superex-
pressão” de proteínas anti-inflamatórias promovida pelos glicocorticoides, acontece 
também a “superexpressão” de outros genes. Essa “superexpressão” de genes que 
expressam proteínas anti-inflamatórias também provoca um efeito colateral impor-
tante, que seria a “superexpressão” de genes que promovem a produção de glicose.
A ideia da anticitocina é ser uma molécula bastante específica para o sinal químico.
Proteínas e anticorpos fruto de engenharia genética (caros e de uso restrito), possuem 
especificidade na ação. Tem como alvo: TNF-alfa, IL-1, IL-6, células T e células B. Por atacar 
diretamente fatores desencadeantes de resposta imunológica, podem ter como efeito colate-
ral o desenvolvimentode quadros oportunistas latentes. 
Obs.: as anticitocinas, por terem como alvo as células B, reduzem os anticorpos produ-
zidos na resposta autoimune, ou seja, reduzem anticorpos contra células próprias. 
Como algumas são proteínas e outras são anticorpos, esse grupo é “anti anticorpo”.
 � São medicamentos que vem ser usados sob supervisão médica.
Fármacos usados na gota
Doença metabólica que ocorre quando depósitos de cristais de uratos são formados nos 
tecidos (cerveja, alto consumo de vísceras de animais, aumento da renovação celular, defici-
ência no metabolismo de ácido úrico). 
Obs.: por aumento da renovação celular, entende-se que se está muito ligado às doenças 
sanguíneas malígnas, as quais possuem muita renovação celular.
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Fármacos Usados na Gota
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O excesso de urato produz o quadro de gota. A gota é uma artrite aguda.
Característica: crises intermitentes de dor (artrite aguda) que desencadeiam resposta 
inflamatória.
Fármaco Mecanismo
ALOPURINOL
Inibição competitiva da xantina oxidase, reduzindo 
a formação de ácido úrico (de escolha). Tratamento 
inicia com associação com AINE (porque ele inicial-
mente provoca uma crise de gota).
AGENTES URICOSÚRICOS Aumentam a eliminação por ação direta no túbulo renal (AAS e salicilatos antagonizam uricosúricos).
COLCHICINA
Alcalóide do açafrão-do-prado. Usado para prevenir e 
aliviar crises. Impede a migração de neutrófilos para 
a articulação. Em doses altas, pode inibir mitose pro-
vocando depressão da medula óssea.
Obs.: � percebe-se que existe uma associação do alopurinol com o anti-inflamatório não este-
roidal. Quando se inicia o tratamento com o alopurinol, a primeira sensação é de piora, 
pois o alopurinol provoca, inicialmente, crise de gota. Para reduzir os efeitos colaterais 
e indesejados, a prescrição do alopurinol é associada aos AINEs, inicialmente.
 � Os agentes uricosúricos são agentes que metabolizam o ácido úrico. Cuidado: é cor-
reto associar o alopuriniol com AINE, mas não é correto associar os agentes uricosú-
ricos com o ácido acetilssalisilico, que é um AINE. Não se pode fazer isso porque os 
AINEs antagonizam os efeitos dos uricosúricos.
Antagonistas da histamina
Convenção → Antagonistas H1. Ação anti-inflamatória e antialérgica.
De primeira geração: atravessam BHE (ação sedativa).
De segunda geração: não atravessam.
De terceira geração: segurança cardíaca.
DIRETO DO CONCURSO
1. (2018/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/FARMACÊUTICO) A utilização de AINEs 
(anti-inflamatórios não asteroidais) pode levar a danos na mucosa estomacal por:
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Fármacos Usados na Gota
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a. Aumentar a produção de leucotrienos.
b. Diminuir a motilidade do trato digestório.
c. Aumentar a atividade da cicloxigenase
d. Diminuir a produção de prostaglandinas.
COMENTÁRIO
a) Anti-inflamatório, em geral, não aumenta a produção de leucotrienos. De toda forma, a 
produção de leucotrienos não interfere na proteção da mucosa gástrica.
b) O problema é o excesso de acidez estomacal e a falta de proteção na mucosa gástrica.
c) O AINE é inibidor da cicloxigenase.
d) A prostaglandina tem duas funções principais: diminuir a acidez no estômago e aumen-
tar a proteção da mucosa.
2. (2018/COPEVE/UFAL/FARMACÊUTICO) Entre os fármacos usados para tratamento 
da dor e processos inflamatórios estão os anti-inflamatórios não esteroidais (AINE), 
uma das classes mais consumidas no mundo. Os AINE agem por ação inibitória da 
síntese das prostaglandinas. Dadas as afirmativas a respeito desses fármacos, 
I – Fármacos como a nimesulida, o cetoprofeno e o meloxicam exibem seletividade para 
inibição de COX-2, embora também tenham ação sobre a COX-1.
II – O paracetamol não exerce efeito sobre as plaquetas em virtude de sua pequena 
capacidade de inibir a COX na presença de altas concentrações de peróxidos.
III – Os derivados do ácido propiônico, tais como ibuprofeno e cetoprofeno, são inibido-
res não seletivos da ciclooxigenase, o que lhes atribui efeitos colaterais como irritação 
gástrica e inibição de ativação das plaquetas.
verifica-se que está(ão) correta(s)
a. II, apenas.
b. III, apenas.
c. I e II, apenas.
d. I e III, apenas.
e. I, II e III.
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Fármacos Usados na Gota
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
COMENTÁRIO
I – Fármacos seletivos atuam na COX-2 e não interagem com a COX-1, pois possuem vo-
lume na cadeia lateral e não permitem acoplamento no canal hidrofóbico da cicloxigenase 
1 e permitem na cicloxigenase 2 porque esta tem uma alteração na posição 120, que pro-
duz uma protuberância no canal e consegue acoplar esse tipo de droga.
II – A pequena capacidade de inibir a COX do paracetamol não é virtude das concentrações 
de peróxidos. O paracetamol tem como característica específica uma pequena atividade 
anti-inflamatória e uma excelente atividade antitérmica e analgésica.
III – Os derivados do ácido propiônico, tais como ibuprofeno e cetoprofeno, são inibidores 
não seletivos da ciclooxigenase, o que lhes atribui efeitos colaterais como irritação gástrica 
e inibição de ativação das plaquetas.
3. (2018/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/FARMACÊUTICO) Os glicocorticoides, 
quando utilizados de forma crônica, podem levar à síndrome de
a. Ward-Romano.
b. Stevens-Johnson.
c. Cushing.
d. Bartter.
COMENTÁRIO
Quando aparecer efeito colateral ligado à pele, deve-se lembrar da síndrome de Cushing.
PEGADINHA DA BANCA 
As bancas costumam misturar a síndrome de Cushing e a Síndrome de Stevens-Johnson. 
A Síndrome de Stevens-Johnson é uma síndrome de erupções cutâneas bolhosas, atingin-
do até o intestino. É muito específica para anti-inflamatórios não esteroidais. Vale lembrar 
que glicocorticoide é um fármaco esteroidal.
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Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Fármacos Usados na Gota
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
GABARITO
 1. d
 2. b
 3. c
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra e Oliveira. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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