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1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Classificação – Introdução CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES FARMACOLOGIA – ANTI-INFLAMATÓRIOS – CLASSIFICAÇÃO – INTRODUÇÃO Obs.: Farmacologia é um tema exigido por qualquer edital para farmacêutico. Há temas muito específicos, tais como: Farmácia Hospitalar e Organização e Gestão de Medi- camentos, para cargos de farmacêutico hospitalar; Fiscalização Sanitária e Normas para a área de Vigilância Sanitária; Imunologia Clínica, Bioquímica Clínica, Hemato, Parasito, para Análises Clínicas etc. Diferentemente, há temas que se encaixam em qualquer edital – a Farmacologia é um desses. � Veremos nesta aula o tema Anti-Inflamatórios: seus 5 principais grupos, pormenores, exceções etc. Esta aula trará subsídios para você responder às questões da sua prova. CLASSIFICAÇÃO Os grupos de Anti-Inflamatórios são: • Inibidores da COX (AINES – Anti-Inflamatórios Não Esteroidais – e Coxibes) – Exem- plos: AAS, Paracetamol, seletivos para COX2. Obs.: os Coxibes formaram um subgrupo devido à especificidade da molécula do medica- mento. • Antirreumáticos (modificadores da doença e imunossupressores) – grupo heterogêneo (trata também doença autoimune e rejeição de transplante). Obs.: o quadro da artrite reumatóide é de exacerbação da resposta imunológica. Por esse motivo, o medicamento também é usado para outros quadros com a mesma etiologia. • Glicocorticoides (para concursos, basicamente o mecanismo de ação e a principal reação adversa – a Síndrome de Cushing) – conhecidos também como Anti-Inflamató- rios Esteroidais, pois são produzidos pelo próprio organismo; 5m 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Classificação – Introdução CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES • Anticitocinas e outros agentes biológicos – “Revolução biofarmacêutica” – as anticito- cinas atuam antagonizando a ação de citocinas (ponto de partida de mediadores da inflamação), e reduzem a resposta inflamatória. Obs.: por essa especificidade, as anticitocinas são produtos da engenharia de biotecno- logia, conhecidos como a "Revolução biofarmacêutica". Os outros grupos de anti- -inflamatórios, ao mesmo tempo em que produzem a resposta esperada, produzem também outros efeitos colaterais, que muitas vezes têm de ser avaliados. Diversa- mente, as anticitocinas vão diretamente no alvo que gera a resposta inflamatória, anulando seu efeito, e gerando pouco efeito colateral. • Outros (Anti-histamínicos e usados contra gota). A resposta inflamatória é uma adaptação, uma ferramenta de defesa do organismo. A resposta inflamatória é de defesa para o organismo, em relação a um agente infeccioso ou um agente estranho. No entanto, muitas vezes, o limiar entre a defesa e os efeitos nocivos da inflamação é muito tênue, estreito. A partir do momento em que se aumenta o fluxo sanguíneo em um local, ou se provoca inchaço, edema, dor ou vermelhidão – esses sinais da inflamação existem justamente para sinalizar o indivíduo de que houve algo errado (invasão de agente infeccioso ou uma lesão provocada por um trauma). Por exemplo: a pessoa que possui distúrbio metabólico, e que não consegue produzir prostaglandinas (mediador inflamatório), possui dificuldades de per- ceber algum desequilíbrio no organismo – essa pessoa não é capaz de sentir dor. Assim como a dor, os outros quatro sinais da inflamação também têm essa função de defesa. Por vezes, a intensidade dos efeitos inflamatórios é exagerada e, nesse momento, a defesa passa a ser nociva, sendo necessário modular a resposta do organismo. Também é possível que a resposta inflamatória venha direcionada não à célula invasora (não própria), mas à célula própria (do organismo). Nesse caso, uma resposta fisiológica de defesa, a res- posta inflamatória, também passa a ser nociva, tendo de ser diminuída. É aí que entram os anti-inflamatórios. 10m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Classificação – Introdução CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES Nosso organismo tem a produção endógena de anti-inflamatórios (hormonais ou esteroi- dais, mais conhecidos como glicocorticoides). Isso ajuda a modular a resposta anti-inflama- tória e a compensar esses exageros – de intensidade ou de direção. Os anti-inflamatórios não esteroidais (que recebem, na Farmacologia, o apelido de AINES) não atuam em nível de material genético, atuam um pouco mais adiante da biossín- tese de mediadores inflamatórios. Portanto, os glicocorticoides atuam no material genético, na supressão ou na superexpres- são de genes que codificam proteínas inflamatórias e anti-inflamatórias; e os AINES atuam em nível de cascata metabólica, sobre enzimas que produzem mediadores anti-inflamatórios. Para entender como a inflamação acontece: ocorrendo a lesão (por agente infeccioso, bactéria ou trauma), a membrana é lesionada, que ativa enzimas dispersas no citoplasma – a enzima, então, a partir do ácido graxo do lipídio, produz mediadores inflamatórios. Essa produção passa por diversas etapas, diversas reações biológicas. Uma delas é através da enzima ciclo-oxigenase – essa enzima produz, a partir do ácido aracdônico, mediadores inflamatórios (prostaglandinas, leucotrieno, tromboxano, que produzem seus efeitos biológi- cos – os 5 sinais da inflamação: dor, calor, rubor, inchaço, perda da função). Os anti-inflamatórios não esteroidais atuam inibindo a enzima ciclo-oxigenase, não per- mitindo ao ácido aracdônico transformar-se em mediadores inflamatórios, diminuindo os sinais da inflamação. As enzimas ciclo-oxigenase possuem 3 isoenzimas muito parecidas, com funções biológicas distintas. Por exemplo: a ciclo-oxigenase 1 tem a função de produzir prostaglandinas com efeito protetor da mucosa gástrica e a função de promover a homeos- tase (função constitutiva, de manter o equilíbrio do organismo); a ciclo-oxigenase 2 também tem função homeostática, mas é responsável também pela produção de mediadores infla- matórios, sendo a enzima que tem ligação direta com a inflamação. Alguns autores citam a ciclo-oxigenase 3, não aprofundando, no entanto, em relação aos seus efeitos biológicos. SELETIVIDADE DOS AINES 15m 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Classificação – Introdução CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES COX 1 • Produz prostaglandinas com função: de proteção gástrica; Autorregulação do fluxo sanguíneo renal; Agregação plaquetária; Início do parto. COX 2 • Produz prostaglandinas inflamatórias; • Produz prostaciclina com papel constitutivo no rim e SNC (função não esclarecida). Se um medicamento atua inibindo, somente, a COX 2, diminui-se a resposta inflamatória e alguma resposta no sistema nervoso central e no rim. Se, entretanto, o medicamento, além de inibir a COX 2, também inibe a COX 1, haverá problemas de lesão no trato gastrointesti- nal (especialmente no estômago, lesão gástrica – isso explica a dor e possível sangramento da pessoa que faz uso crônico de anti-inflamatórios não seletivos). A autorregulação do fluxo sanguíneo renal é um efeito em nível de nefrotoxicidade e de pressão arterial. Quando se inibe a enzima responsável por produzir substâncias que têm a função de regular o fluxo san- guíneo renal, há interferência na pressão arterial. Isso porque o rim tem por função, também, regular a pressão sanguínea. Inibindo a COX 1, outro efeito colateral é a inibição da agrega- ção plaquetária – a pessoa terá algum distúrbio de coagulação. Comparando as funções das duas enzimas, percebemos porque a seletividade delas explica, em grande parte, os efeitos colaterais. 20m 5 www.grancursosonline.com.brViu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Classificação – Introdução CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ATENÇÃO USO CRÔNICO DE AINES (TODOS) GERA CONSEQUÊNCIAS CARDIOVASCULARES! Essa assertiva já foi questão de prova. O AAS (ácido acetil-salicílico) tem uma característica específica: além de produzir lesão gástrica (dor no estômago), em virtude do próprio mecanismo de ação (inibição da COX 1), também produz a lesão gástrica por sua característica físico-química de ácido, atuando dire- tamente na mucosa gástrica. Os outros anti-inflamatórios (por via oral ou parenteral), devido ao mecanismo de ação, produzem lesão gástrica toda a vez em que se fizer uso de medicamento anti-inflamatório não esteroidal, não seletivo. E os seletivos, segundo alguns autores, também provocam a lesão gástrica, porém, em menor intensidade (muitas vezes assintomático). ATENÇÃO PARACETAMOL – ÓTIMO ANALGÉSICO E ANTITÉRMICO, MAS SUA FUNÇÃO ANTI- -INFLAMATÓRIA É DISCRETA. Observe a seguinte tabela, com a classificação dos anti-inflamatórios: Tabela 1 – Classificação dos AINES de acordo com sua estrutura química e mecanismo de ação Classes terapêuticas Nome genérico ou químico Efeitos mais importantes Mecanismo de ação Salicilatos Ácido salicílico Ácido acetilsalicílico (AAS) Diflunisal Aliviam dor de baixa intensidade; são efetivos antipiréticos; apresen- tam efeitos sobre o trato gastroin- testinal (TGI) Inibidores não seleti- vos de COX Derivados do ácido acético Diclofenaco de sódio Indometacina Sulindaco Etodolaco Cetorolaco Potência moderada, superior ao AAS, bem como os efeitos no TGI efeitos anti-inflamatórios compará- veis aos salicilatos Pró-droga; baixa incidência de toxicidade sobre o TGI Menor ação sobre o TGI compara- dos a outros AINES Potente analgésico; moderada ação anti-inflamatória Inibidores não seleti- vos de COX 25m 6 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Classificação – Introdução CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Derivados do ácido fenilantranílico Ácido mefenâmico Ácido flufenâmico Ação central e periférica; efeitos sobre o TGI; antagonizam dire- tamente certos efeitos das PGs Ação anti-inflamatória Inibidores não seleti- vos de COX Derivados do ácido propiônico Ibuprofeno Naproxeno Cetoprofeno Inibidores não seletivos da COX com efeitos terapêuticos e colate- rais comuns aos outros AINES Inibidores não seleti- vos de COX Derivados do ácido enólico Piroxicam Meloxicam Inibidor não seletivo da COX Modesta seletividade para COX-2 Inibidores não seleti- vos de COX Derivados coxibes CelecoxibeRofecoxibe Menores índices de reações adversas gastrointestinais e maior risco cardiovascular Inibidores seletivos de COX-2 Obs.: nossa sugestão é que você elabore sua própria tabela, com os nomes das drogas, seus principais efeitos colaterais e a seletividade (seletivo ou não seletivo). Essas são as informações exigidas em provas. Obs. 2: os salicilatos são os precursores dos anti-inflamatórios, em geral. Obs. 3: o grupo de medicamentos derivados do ácido acético, apesar de ser não seletivos, possui baixa incidência de efeitos no trato gastrointestinal. ATENÇÃO O grupo de derivados do ácido propiônico (Ibuprofeno, Naproxeno e Cetoprofeno) são os mais exigidos em provas. Obs. 4: os anti-inflamatórios não esteroidais seletivos também têm ação, porém menos in- tensa, em relação a efeitos gastrointestinais. Na próxima aula, prosseguiremos no estudo dos anti-inflamatórios. 30m ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra e Oliveira. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Mecanismos de Ação dos Aines CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES FARMACOLOGIA – ANTI-INFLAMATÓRIOS – MECANISMOS DE AÇÃO DOS AINES – SELETIVIDADE – EFEITOS TERAPÊUTICOS RELEMBRANDO Vimos, na aula anterior, uma introdução sobre os grupos, iniciando o estudo dos anti- -inflamatórios não esteroidais. Veremos, agora, o mecanismo de ação, e iremos entender como funciona a inibição da COX na parte molecular. MECANISMO DE AÇÃO A COX possui canal hidrofóbico, onde o ácido araquidônico se ancora e sofre oxidação. Para inibir a enzima, o AINE penetra nesse canal e forma ponte de hidrogênio com o resíduo de arginina na posição 120, impedindo que o substrato (ácidos graxos) entrem no canal cata- lítico. Esse canal hidrofóbico da COX 2 tem uma protuberância produzida graças a alteração de um aminoácido (isoleucina → valina na posição 523) e essa característica. A ciclo-oxigenase é uma enzima com um canal de característica hidrofóbica. Vimos, na aula passada, que o substrato para os mediadores inflamatórios são ácidos graxos (exemplo do ácido aracdônico). Esse canal, portanto, só pode ser hidrofóbico. A reação que produz os mediadores acontece da seguinte forma: um lipídio, encaixado em um canal de característica hidrofóbica que existe na oxigenase, sofre oxidação. Ao sofrer a oxidação, dá origem a outras moléculas, com características mediadoras da inflamação. Essa reação (produção de mediadores inflamatórios) é "startada" por interleucinas e outras citocinas – sinais bioquímicos. Tanto a COX 1 quanto a COX 2 têm esse canal hidrofóbico. No entanto, a COX 2 tem uma alteração em nível molecular (posição 120) que faz com que o canal hidrofóbico tenha um espacinho a mais. A COX 1 não tem essa alteração molecu- lar (canal hidrofóbico mais estreito). A protuberância da COX 2 permite que moléculas com algum volume lateral encaixem nela. O lipídio (ácido aracdônico) encaixa nesse canal e, depois de encaixado, sofre a oxidação, gerando os mediadores inflamatórios. O anti-inflamatório encaixa-se no ácido aracdônico. Logo, a droga tem de ter a caracte- rística química perfeita para encaixar-se no canal hidrofóbico e, além dessa característica, é necessário saber em qual tipo de canal ela se encaixa. Encaixando no local do ácido graxo 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Mecanismos de Ação dos Aines CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES (ácido aracdônico, por exemplo), ele impede que a oxidação ocorra no ácido aracdônico e que os mediadores inflamatórios sejam produzidos. Dessa forma, o anti-inflamatório não esteroidal atua inibindo a ciclo-oxigenase, ocupando o sítio de ligação do ácido aracdônico, que é o canal hidrofóbico presente na ciclo-oxigenase. Diferença marcante em nível molecular: a COX 2 possui alteração que possibilita a pro- tuberância e isso permite que algumas drogas se encaixem na COX 2 e não se encaixem na COX 1. Essa diferença é que irá promover a seletividade do AINE. Isso porque o anti-infla- matório não esteroidal tem a molécula com cadeia muito volumosa e presença de grupos sulfatados. Esse tipo de molécula não se encaixa na COX 1 (impedimento alostérico). Devido à alteração molecular da COX 2 e à possibilidade de encaixe de moléculas com cadeias late- rais volumosas, há drogas que só se encaixam na COX 2 – medicamentos anti-inflamatórios seletivos para a COX 2. O anti-inflamatório tenta se ligar à COX 1, mas não se encaixa, pois não há protuberância, resultado de alteração molecular na posição 120. O anti-inflamatório entra no canal e forma ponte de hidrogênio – no lugar de permitir que o ácido aracdônico se encaixe e sofra oxidação,o anti-inflamatório encaixa-se no canal e produz pontes de hidrogênio e não deixa que o ácido aracdônico produza mediadores inflamatórios. AÇÃO DOS AINES SOBRE CADA TIPO DE ENZIMA COX 1 → INIBIÇÃO COMPETITIVA REVERSÍVEL (MAIS RÁPIDA) COX 2 → IRREVERSÍVEL (MAIS LENTA). Por encaixar substâncias mais volumosas, a interação entre a COX 2 e o anti-inflamatório é irreversível e ocorre mais lentamente. Os AINES tem também a capacidade de remover radicais de oxigênio produzidos por neutrófilos e macrófagos, reduzindo assim a lesão deixada no processo inflamatório. E o AAS inibe a NFKB (fator de transcrição de genes de mediadores inflamatórios). PEGADINHA DA BANCA Se o examinador afirmar que o único mecanismo de ação de anti-inflamatório não este- roidal é inibir a ciclo-oxigenase, o item estará incorreto, pois há outros dois mecanismos (mais discretos): um deles é a remoção dos radicais de oxigênio produzidos por neutrófilos e macrófagos. 5m 10m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Mecanismos de Ação dos Aines CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES Durante a lesão, esses neutrófilos e macrófagos produzem diversas reações bioquími- cas, que geram radicais oxigenados. Os anti-inflamatórios não esteroidais, além de inibir a COX, também removem esses radicais oxigenados presentes na lesão. Como efeito disso, diminui-se a lesão. Portanto, há dois efeitos dos AINES, em princípio: a redução dos media- dores inflamatórios, tendo como reflexo o alívio de determinados sinais da inflamação e, também, a redução da lesão propriamente dita, removendo radicais oxigenados deixados por neutrófilos e macrófagos. Além disso, o AAS atua também inibindo o NFKB (fator de transcri- ção de mediadores inflamatórios), outro mecanismo de ação de AINES. O AAS diminui a pro- dução de mediadores inflamatórios, tanto inibindo a ciclo-oxigenase, como também inibindo o fator de transcrição de proteínas e mediadores inflamatórios em geral. EFEITOS TERAPÊUTICOS DOS AINES O primeiro efeito, e o principal, é o anti-inflamatório. Basicamente, a ação anti-inflama- tória acontece em virtude da redução de prostraglandina E2, responsável pela sensação de dor, da redução da prostaciclina e da redução da vasodilatação (necessária para melhorar o fluxo sanguíneo no local e a disponibilidade de interleucinas, citocinas e outros mediadores inflamatórios necessários para a defesa do organismo em relação à lesão). Uma forma de combater a resposta inflamatória exagerada é diminuir a vasodilatação. Diminuindo o fluxo sanguíneo no local, diminui-se principalmente edema. O segundo efeito é a ação analgésica, a partir da redução da produção de prostaglan- dina. Reduzindo essa produção, reduz-se a sensação de dor. Isso porque a presença de prostaglandina no tecido sensibiliza as terminações nervosas que dão a sensação de dor. Alguns medicamentos têm ação mais destacada como analgésicos e antitérmicos – exemplo do paracetamol (efeito anti-inflamatório mais discreto). 15m 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Mecanismos de Ação dos Aines CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES ATENÇÃO O paracetamol representa uma exceção, pois é um AINE com discreto efeito anti-inflama- tório. Seu uso clínico é mais voltado para dor e febre. Em alguns quadros específicos, é utilizado como anti-inflamatório, em doses mais elevadas. Além disso, vale destacar que o paracetamol tem ação tóxica importante: muitos casos de acidentes, especialmente com crianças, envolvem o uso do paracetamol (em razão do sabor agradável, facilidade de acesso). É um dos medicamentos mais envolvidos em óbitos infantis, por intoxicação. O gargalo do paracetamol é a necessidade de glutationa para ser metabolizada. Em super- dose de paracetamol, a quantidade disponível de glutationa é saturada, necessária para desfazer o efeito tóxico do metabólico do paracetamol, e preparar esse medicamento para ser eliminado. O terceiro efeito terapêutico dos AINES é o antipirético: inibindo a ciclo-oxigenase, pro- duz-se a queda de prostaglandina, que reduz o ponto de ajuste de temperatura no hipo- tálamo. No hipotálamo, há uma espécie de termostato do organismo. Havendo o contato com algum agente infeccioso, o hipotálamo aumenta um pouco a temperatura, para tentar reagir e desnaturar a proteína invasora. Quando a temperatura aumenta muito, há mecanismos alter- nativos para a redução (pois o aumento de temperatura também pode desnaturar proteínas próprias, sendo possível haver degradação neuronal ou de alguma enzima importante para o metabolismo, passando a ser nociva a resposta inflamatória de defesa). Alguns mecanismos alternativos para regular o aumento/diminuição da temperatura controlado pelo hipotálamo são a vasodilatação e a sudorese. O controle do termostato é mediado, também, por prostaglandinas. Há prostaglandinas específicas no sistema nervoso central. A ciclo-oxigenase 2, que tem ligação à inflamação presente no sistema nervoso central, provoca oxidação no ácido ara- cdônico em nível de hipotálamo e produz prostaglandinas no hipotálamo, que dão o sinal para aumentar a proteína em razão da presença de bactérias ou proteínas invasoras. Quando a prostaglandina está presente no hipotálamo e "ordena" o aumento de temperatura, pode acontecer: ou aumento da temperatura, com o fim de eliminar o agente invasor, com pos- terior sudorese para reduzir a temperatura (efeito compensatório normal do organismo); ou 20m 5 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Mecanismos de Ação dos Aines CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES a temperatura aumenta e aumenta, chegando a uma febre muito alta (39ºC ou 40ºC), mas essa febre começa a provocar efeitos nocivos para o organismo – nesse momento, o correto é utilizar antipirético ou antitérmico. É esse o efeito que o AINE tem, porque, inibindo a COX 2 presente no sistema nervoso central, que produz a prostaglandina responsável pelo centro da febre, regula-se o "termostato", para diminuir a temperatura corporal. Os AINES têm EFEITO MÍNIMO SOBRE A DOENÇA DE BASE. Em relação aos seus efeitos anti-inflamatórios, a ação se restringe, basicamente, a reduzir os mediadores infla- matórios (reduzindo a reação do organismo à lesão). Relativamente à doença de base, o anti-inflamatório praticamente não atua. Logo, o AINE não pode ser considerado alternativa terapêutica para a doença de base (aquilo que provoca a lesão). Seriam exemplos de fatores responsáveis pela doença de base, sobre os quais o anti- -inflamatório praticamente não atua: migração de leucócitos, liberação de citocinas, liberação de lisossomas, produção de radicais oxigenados etc. PEGADINHA DA BANCA O AINE não diminui a produção de radicais oxigenados na lesão. O que ele faz é retirar esses radicais. Também é verdadeiro dizer que A TEMPERATURA DO HOMEM SADIO NÃO É AFE- TADA POR AINE. O AINE somente atua quando há prostaglandina no hipotálamo, aumen- tando ou reajustando para mais a temperatura do organismo. Se a temperatura está normal, não há prostaglandina para ser inibida, e a temperatura se mantém normal. Quanto à AÇÃO ANALGÉSICA do anti-inflamatório, é verdadeiro dizer que possui duas frentes: ação periférica e ação central. AÇÃO PERIFÉRICA: em relação à ação periférica, os AINES inibem a COX, reduzindo a PROSTAGLANDINA QUE SENSIBILIZAM NOCIRECEPTORES: isso é útil em casos de Artrite, Bursite, dores musculares e vasculares, odontalgia, dismenorreia, dor pós parto, dor de metástase óssea, dor pós operatória, cefaleia (reduz vasodilatação periférica). AÇÃO CENTRAL: REDUZ LIBERAÇÃO MEDULAR DE PROSTAGLANDINA (prostaglan- dina presente no sistema nervoso central): Efeitos na transmissão aferenteda dor. 25m ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra e Oliveira. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-inflamatórios – Efeitos Adversos e Principais Drogas Aine e Coxibe CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES FARMACOLOGIA – ANTI-INFLAMATÓRIOS – EFEITOS ADVERSOS E PRINCIPAIS DROGAS AINE E COXIBE Efeitos adversos • Gastrointestinais (efeito principal e mais marcante dos anti-inflamatórios. Lesões nas mucosas gástricas; náuseas; efeitos no intestino) • Cutâneos (rash) • Renais (nefrotoxicidade. Muitas vezes, com medicamento, pode ser reversível. Aumento da pressão arteiral.) • Cardiovasculares (risco de infarto do miocárdio) • Outros (fígado, baço, medula óssea) Gastrintestinais São decorrentes da inibição da COX 1, que tem efeitos de proteção gástrica e inibitório na secreção de ácido no estômago. Essas lesões (embora a aspirina possa produzir lesão diretamente na mucosa com seu contato) ocorrem tanto com o uso oral quanto sistêmico. Obs.: � Aspirina pode produzir lesão diretamente na mucosa com seu contato devido às características físico-químicas (ácido). O efeito gastrointestinal ocorre devido ao mecanismo de ação da droga, tanto uso oral quanto sistêmico. O efeito adverso gastrointestinal de anti-inflamatórios não esteroidais é um efeito decor- rente da inibição da ciclooxigenase 1, que tem a função principal constitutiva de homeostase, de produzir prostaglandina protetora da mucosa gástrica e inibir a liberação de ácido clorí- drico para o estômago. Ao tomar um comprimido ou forma farmacêutica oral ou sistêmica parenteral, há chance de lesão na mucosa gástrica em virtude da inibição da ciclooxigenase 1. Há a exceção do ácido acetilsalicílico, que, além de produzir a lesão gástrica, há lesão na mucosa gástrica que acontece de forma direta pela característica físico-química da droga. Existem efeitos adversos para os coxibes? Existe, mas é um efeito mais discreto e, muitas vezes, assintomático; por isso, muitas vezes, o desconforto não é percebido. 5m 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-inflamatórios – Efeitos Adversos e Principais Drogas Aine e Coxibe CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES → MISOPROSTOL (prostaglandina de reposição que tem função protetora). Obs.: � O efeito de lesão gástrica ocorre em virtude do mecanismo de ação, independente- mente da dose oral ou parenteral. A exceção é o ácido acetilsalicílico. Além disso, os coxibes também têm interação e efeito colateral, mas é mais discreto e assinto- mático. O misoprostol é associado à ação protetora, faz recompensa à depleção de prostaglandina protetora na mucosa gástrica. Reações Cutâneas São reações idiossincráticas e podem ser muito graves! Por exemplo, existem os rashes cutâneos, que são ligados particularmente ao ácido mefenâmico e o sulindaco. Síndrome de Stevens-Johnson. Obs.: � Idiossincrasia é uma resposta particular, singular, que não obedece a uma frequência esperada. Não se pode dizer que é um efeito colateral, o qual está atrelado ao meca- nismo de ação do medicamento. Muitas vezes, o efeito colateral é o efeito desejado. � A Síndrome de Stevens-Johnson é um tipo de rash cutâneo, mas que se espalha e pode atingir até o intestino. É uma síndrome bastante grave. ATENÇÃO As questões de prova costumam afirmar que glicocorticoide produz de Síndrome de Ste- vens-Johnson. Isso pode confundir. Geralmente, o efeito colateral ligado às glicocorti- coides é a Síndrome de Cushing. Renais Em pessoas suscetíveis, causa insuficiência aguda reversível com a suspensão do medi- camento. Isso acontece porque existem prostaglandinas que interferem na regulação do fluxo sanguíneo do rim (mecanismos de vasodilatação compensatória à ação da norepinefrina e angiotensina) e sua redução compromete essa regulação e consequentemente o funciona- mento normal do rim. Obs.: � As prostaglandinas interferem na regulação do fluxo sanguíneo. 10m 15m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-inflamatórios – Efeitos Adversos e Principais Drogas Aine e Coxibe CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES A norepinefrina e a angiotensina aumentam a pressão, as prostaglandinas diminuem a vasoconstrição. Quando se diminui a prostaglandina, regula-se o fluxo sanguíneo, pois diminui-se a vasodilatação, compensatória a ação da norepinefrina e angiotensina. Ou seja: diminui-se a vasodilatação e aumenta-se a pressão. O anti-inflamatório terá o mesmo efeito da norepinefrina e angiotensina, que seria vasoconstrição e aumento da pressão. A Fenacetina é a droga que produziu o maior efeito nefrotóxico, mas foi retirada do mer- cado e substituída pelo PARACETAMOL, seu metabólito menos tóxico. Cardiovasculares Os aines normalmente não são inibidores da agregação plaquetária como a aspirina. Pelo contrário, eles têm o efeito de aumentar a pressão arterial em pacientes que não usam antihipertensivos! Ou seja, colaboram para efeitos indesejáveis como AVC e Infarto. O meca- nismo disso é controverso, mas parece ter ligação com a regulação do fluxo sanguíneo renal também, dependente de algumas prostaglandinas que são inibidas pela COX. Esse controle influencia na liberação de hormônios que controlam a pressão sanguínea. Obs.: � As prostaglandinas, que são mediadores inflamatórios, têm efeito de regulação de fluxo sanguíneo renal. Esse efeito acontece da seguinte forma: a angiotensina e a norepinefrina atuam no rim, promovem vasoconstrição e, consequentemente, aumen- to da pressão. Essa vasoconstrição é compensada pela vasodilatação provocada pela prostaglandina. Isso reflete em produção de hormônios, também reguladores da pressão. Esses hormônios, as substâncias e os outros mecanismos promovem aumento da pressão arterial. � Para a pessoa que não usa anti-hipertensivo, haverá o efeito de hipertensão arterial do paciente que faz uso desse medicamento. Isso apresenta risco de problemas car- diovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral. Outros efeitos Asma relacionada a aspirina; prolongamento do tempo de sangramento (para os não seletivos), efeitos no SNC, na medula óssea e no fígado. 20m 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-inflamatórios – Efeitos Adversos e Principais Drogas Aine e Coxibe CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES Principais aines e coxibes Droga Características gerais Cinética Efeito adverso AAS Droga é insolúvel em água, mas seus sais são solúveis! Clinicamente usado como cardiovas- cular (inibição plaquetá- ria). Ela inibe irreversivel- mente COX 1 e COX 2. Maior absorção → íleo Hidrólise no plasma → salicilato Excreção → alcalinizar acelera Baixa dose → sangramento gás- trico Grandes doses → Tontura, surdez e tinido (Salicismo), alcalose com- pensada Doses tóxicas → acidose não compensada. *vinculada a encefalite pós viral em crianças (Reye). PARACETAMOL (acetaminofeno) Droga é insolúvel em água, mas seus sais são solúveis! Clinicamente usado como cardiovas- cular (inibição plaquetá- ria). Ela inibe irreversivel- mente COX 1 e COX 2. Boa absorção oral. Não possui efeito adverso no TGI e antiplaquetário. Efeitos adver- sos são raros. Intoxicação provoca necrose renal devido ao acúmulo do n-acetil-benzoquinona imina devido à saturação de glutationa queprovoca essa lesão renal. Para isso, administra-se acetilcis- teína (iv) ou metionina (oral) que fornecem glutationa. COXIBES Celecoxibe e Etoricoxibe (são vendidos). Pareco- xibe (pro fármaco, ven- dido) valdecoxibe (reti- rado do mercado Altamente ligado a proteína plasmática (90%) Rashes cutâneos. Por mais que sejam seletivos, também podem ter efeitos TGI devido ao fato de reduzir a ação da COX 2 que medeia a resposta inflamatória contra úlceras. OBS.: Em relação ao AAS: por ser um ácido, a alcalinização da urina acelera a eliminação. A proporção de droga polar e apolar muda à medida que a droga estiver disponível. Quando se coloca um ácido em meio alcalino, ele fica mais dissociado. Essa disso- ciação promove maior hidrossolubilidade que acelera a eliminação do medicamento. Salicismo é o nome dos efeitos adversos reunidos do ácido acetilsalicílico. 25m 5 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-inflamatórios – Efeitos Adversos e Principais Drogas Aine e Coxibe CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES O ácido acetilsalicílico está vinculado à encefalite pós-viral em crianças, que é chamada de Síndrome de Reye. Essa síndrome faz com que o ácido acetilsalicílico, hoje em dia, não seja indicado para crianças. O que justifica o anti-inflamatório seletivo ainda ter efeito de trato gastrointestinal? Não é porque ele inibe a COX 1, mas sim porque ele impede a resposta inflamatória para resolver aquele problema de lesão na úlcera, ele impede a resposta de defesa do organismo. 30m ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-inflamatórios – Antirreumáticos CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES FARMACOLOGIA – ANTI-INFLAMATÓRIOS – ANTIRREUMÁTICOS RELEMBRANDO A COX-2 tem uma alteração na posição 120, que produz uma protuberância no canal hidrofóbico da enzima, que possibilita o acoplamento de moléculas que possuem grupos volumosos na cadeia lateral. • Exemplo: grupos sulfatados. Isso justifica, quimicamente, a especificidade de alguns medicamentos para a COX2. Medi- camento que não se encaixam na COX-1 para inibi-la se encaixam na COX-2, justamente pela presença de grupos volumosos que encaixam perfeitamente no canal hidrofóbico da enzima COX-2. Vale lembrar também das diferenças das isoenzimas, da função constitutiva, de homeos- tase, de proteção da mucosa gástrica, produção de prostaglandinas que protegem a mu- cosa e regulam a liberação de fluxos de ácido no estômago. Essas são características da ciclooxigenase 1. As características da ciclooxigenase 2 estão mais ligadas às reações inflamatórias. Sabe- -se da presença dela no sistema nervoso central e no rim, a nível de regulação de fluxo sanguíneo do local, têm-se consequências em nível sistêmico na pressão arterial, que justificam os efeitos adversos de riscos cardiovasculares existentes no uso de anti-inflama- tórios não esteroidais. A ciclooxigenase 3 tem a função não muito esclarecida, mas está presente no sistema ner- voso central e é alvo de ação de medicamentos como paracetamol. Em relação ao paracetamol, pode-se destacar as ações específicas de analgesia e antipi- rética, muita discreta a nível de anti-inflamatórios. Antirreumáticos Artrite reumatoide é uma doença crônica autoimune que envolve as citocinas inflamató- rias primárias (IL-1 e TNF alfa). Provoca dores e edemas nas articulações, além de enrijeci- mento e deformação. Portadores de artrite reumatoide tem manifestações cardiovasculares e aumento na mortalidade. Fármacos mais usados → ARMD (antirreumáticos modificadores da doença) em espe- cial o metrotexato... e os AINES. 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-inflamatórios – Antirreumáticos CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES Obs.: � A doença crônica autoimune se caracteriza pela produção de anticorpos contra célu- las próprias. Vale lembrar que a inflamação é uma resposta benéfica, uma resposta de defesa do organismo. Quando serão usados os anti-inflamatórios? São dois principais casos: • quando a intensidade da inflamação é exagerada. • quando se fala de artrite reumatoide, fala-se de doença crônica em que a pessoa produz anticorpos contra células próprias. A direção e o alvo estão errados. Grupos usados na artrite reumatoide Obs.: � Os anti-inflamatórios não esteroidais atuam na diminuição da produção de mediado- res inflamatórios, mas não atuam na resolução da doença base. Apesar de ele ter uma ação de reduzir os radicais oxigenados, ele não resolve o problema base. Ele resolve a redução dos mediadores e o alívio dos sintomas. Isso que o aine faz, prin- cipalmente na artrite reumatoide. Os antirreumáticos modificadores da doença tentam paralisar ou reverter a doença. Outros usados para artrite reumatoide → imunossupressores, glicocorticoides. Obs.: � Vale lembrar que é um caso de doença autoimune. O objetivo é reduzir a resposta imunológica. 5m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-inflamatórios – Antirreumáticos CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES Os glicocorticoides são anti-inflamatórios naturais, hormonais ou também chamados de esteroidais. Os antirreumáticos modificadores da doença são de segunda linha (após falha dos AINES) e demoram a surtir efeito. ARMD METROTEXATO Antagonista do ácido fólico (citotóxico e imunossupressor). Primeira escolha. SULFASSALAZINA Remove radicais tóxicos do oxigênio (doença inflamatória intestinal crônica) PENICILAMINA Reduz geração de Il-1; impede a maturação do colágeno (como é quelante não pode associar a compostos de ouro) COMPOSTOS DE OURO Mecanismo não esclarecido ANTIMALARICOS Cloroquina, hidroxicloroquina e mepacrina (toxicidade ocular) IMUNOSSUPRESSORES CICLOSPORINA Inibe IL-2. Isso faz reduzir atividade de lin- fócitos T e consequentemente de Linfócitos B que dependem de linfócitos T. Importante também em transplantes! Provoca nefroto- xicidade, hipertensão e hepatoxicidade. TACROLIMO Inibe IL-2, é um macrolídeo com meca- nismo semelhante a ciclosporina, mas maior potência. AZATIOPRINA Inibe síntese de purina e pirimidina (inibe a proliferação clonal da resposta imunoló- gica). Provoca depressão da medula óssea. CICLOFOSFAMIDA Usada em casos graves MICOFENOLATO DE MOFETILA Inibe síntese de purina e pirimidina. Redu-zindo a proliferação de linfócitos T e B LEFLUNOMIDA Inibe seletivamente os linfócitos T ativados. Hepatotóxico. GLICOCORTICÓIDES Reduz a expressão gênica geradora de Il-2, muitos outros genes e citocinas. Aumenta a expressão de genes geradores de proteí- nas anti-inflamatórias 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-inflamatórios – Antirreumáticos CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES Obs.: � Os antirreumáticos modificadores da doença fazem parte de um grupo bastante hete- rogêneo pois não são drogas feitas para a artrite reumatoide. São drogas que são usadas na artrite reumatoide como forma de reflexo de ação. O principal é o metrotexato, que antagoniza o ácido fólico. O ácido fólico é essencial para as funções metabólicas celulares. Ao antagonizar o ácido fólico, haverá um efeito citotóxico. A célula não conseguirá um metabolismo normale sofrerá toxicidade, ou seja, destruição. Além disso, há o efeito imunodepressor de reduzir resposta inflamatória. A sulfassalazina remove radicais tóxicos do oxigênio. Esses radicais tóxicos são produ- zidos pela ação normal de defesa de neutrófilos e macrófagos, os quais geram radicais de oxigênio (deixando rastro na lesão). É a mesma coisa que os aines fazem. Um mecanismo secundário dos anti-inflamatórios não esteroidais é a remoção desses radicais de oxigênio presentes na lesão. A diferença é que a sulfassalazina é específica para doença inflamatória intestinal crônica. A penicilamina reduz a geração de Il-1, que é um mediador primário da inflamação. Haverá um reflexo acentuado na resposta inflamatória. Como a penicilamina é um agente quelante, não pode associar a compostos de ouro. Os compostos de ouro têm importância como modificador da doença artrite reumatoide, mas eles não têm mecanismo esclarecido. Vale a pena citar porque eles não podem ser associados com a penicilamina. Em relação aos antimaláricos, é preciso um acompanhamento a nível de toxicidade ocular. Outro grupo de medicamentos usados como indicação terapêutica para artrite reuma- toide são os imunossupressores.É preciso diminuir a resposta, mas, diminuindo a resposta imunológica, há brechas para infecções oportunistas. Por isso, a utilização de imunossupres- sores ocorre somente em casos de falência de outras opções terapêuticas. A ciclosporina inibe IL-2. É um sinal químico que ativa o linfócito T e faz com que não haja a ativação do linfócito T. Com isso, não haverá a defesa dos linfócitos citotóxicos nem dos linfócitos auxiliares e, ao mesmo tempo, não haverá dos linfócitos sinalizadores ou apresen- tadores de antígenos para linfócitos B. A ciclosporina tem uma ação imunossupressora muito importante, é até mesmo utilizada em pacientes transplantados para inibir a ocorrência de rejeição pós-transplante. Vale lembrar que os linfócitos B produzem anticorpos. Os efeitos de nefrotoxicidade, hipertensão e hepatoxicidade são decorrentes da redução de prostaglandina no rim. Haverá impacto na pressão sanguínea. 10m 15m 20m 5 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-inflamatórios – Antirreumáticos CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES O tacrolimo é um macrolídeo, ou seja, um antibiótico. É semelhante à ciclosporina, mas maior potência. Essa maior potência significa que é preciso uma dose menor para alcançar o mesmo efeito. A potência e a eficácia são conceitos distintos. A eficácia tem a ver com a amplitude do efeito. ATENÇÃO A potência está ligada à dose necessária para atingir o efeito máximo. A eficácia está ligada à amplitude da resposta. A amplitude da resposta da ciclosporina e do tacrolimo é a mes- ma. A diferença é a potência, ou seja, a dose necessária para atingir a amplitude de efeito. Essa diferença de potência tem impacto muito grande nos efeitos adversos e colaterais. A azatioprina inibe síntese de purina e pirimidina, ou seja, inibe a proliferação clonal da resposta imunológica. Provoca depressão da medula óssea. Vale lembrar que a proliferação de linfócitos B obedece à hipótese de seleção clonal. Existe um linfócito B imaturo e se é apresentado a um antígeno. Esse linfócito B sofre uma seleção e expansão clonal. Esses clones produzem anticorpos específicos contra o antígeno. A expansão clonal depende de síntese protética. Os mecanismos citados são medicamentos que atuam inibindo a síntese de pirimidina e purina necessárias na expansão clonal. 25m ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Fármacos Usados na Gota CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES FARMACOLOGIA – ANTI-INFLAMATÓRIOS – FÁRMACOS USADOS NA GOTA – ANTAGONISTAS DA HISTAMINA RELEMBRANDO Existe diferença molecular do canal hidrofóbico da cicloxigenase, que justifica a seletivida- de do anti-inflamatório não esteroidal. Há efeitos adversos dos anti-inflamatórios não esteroidais. Esses efeitos podem ocorrer no trato gastrointestinal, tanto no caso dos seletivos quanto não seletivos. Os não seletivos possuem esse efeito porque reduzem a proteção na mucosa gástrica, que depende da prostaglandina protetora da mucosa. A aspirina também tem efeito direto na mucosa gás- trica, provocando essa lesão no estômago. Os AINEs seletivos têm esse efeito porque, pela sua natureza anti-inflamatória, eles atrapalham um pouco a resposta imunológica às úlceras e gastrites, por exemplo. Eles impedem a defesa imunológica. Existe ainda o risco cardiovascular. Eles são hipertensivos, principalmente para pesso- as que não tomam medicação anti-hipertensiva. Essa hipertensão está ligada à inibição da prostaglandina presente no rim, responsável pela regulação do fluxo sanguíneo renal. Esse risco pode provocar o acidente vascular cerebral e o infarto do miocárdio. Há ainda os efeitos na pele (rash cutâneo, síndrome de Stevens-Johnson). Existem os anti-inflamatórios usados na artrite reumatoide, que é uma doença crônica autoimune. Essa doença provoca crises intermitentes de dores, inchaço nas articulações e acúmulo de cristais. A primeira tentativa para reverter o quadro é com anti-inflamatórios não esteroidais. Caso essa tentativa falhe, entram os antirreumáticos modificadores da do- ença, que são um grupo bastante heterogêneo que tem como função principal suspender ou reverter a ação autoimune do organismo. Caso eles também falhem, parte-se para os imunossupressores. Basicamente, as moléculas dos imunossupressores inibem a forma- ção de IL-2, impedindo a formação do linfócito T e, consequentemente, apresentação de antígenos do linfócito B e expansão clonal. Caso também falhem, existem ainda os glico- corticoides, que atuam a nível de expressão gênica, suprimindo a expressão de genes que produzem a IL-2 e outras citocinas mediadoras da resposta inflamatória e “superexpres- sam” genes que produzem proteínas anti-inflamatórias. 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Fármacos Usados na Gota CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES ANTICITOCINAS E OUTROS BIOFÁRMACOS Obs.: para se ter uma reação anti-inflamatória, é preciso existir um sinal químico, o qual é geralmente “startado” pelo próprio agente que provocou a lesão. A anticitocina inibe a produção das citocinas, a nível de sinal químico e não necessariamente a nível de expressão gênica (como é o caso de glicocorticoides). Quando se usa glicocorticoide para suprimir um efeito inflamatório, há, junto com essa supressão, a supressão tam- bém de outros genes que são importantes. Por outro lado, paralelamente à “superex- pressão” de proteínas anti-inflamatórias promovida pelos glicocorticoides, acontece também a “superexpressão” de outros genes. Essa “superexpressão” de genes que expressam proteínas anti-inflamatórias também provoca um efeito colateral impor- tante, que seria a “superexpressão” de genes que promovem a produção de glicose. A ideia da anticitocina é ser uma molécula bastante específica para o sinal químico. Proteínas e anticorpos fruto de engenharia genética (caros e de uso restrito), possuem especificidade na ação. Tem como alvo: TNF-alfa, IL-1, IL-6, células T e células B. Por atacar diretamente fatores desencadeantes de resposta imunológica, podem ter como efeito colate- ral o desenvolvimentode quadros oportunistas latentes. Obs.: as anticitocinas, por terem como alvo as células B, reduzem os anticorpos produ- zidos na resposta autoimune, ou seja, reduzem anticorpos contra células próprias. Como algumas são proteínas e outras são anticorpos, esse grupo é “anti anticorpo”. � São medicamentos que vem ser usados sob supervisão médica. Fármacos usados na gota Doença metabólica que ocorre quando depósitos de cristais de uratos são formados nos tecidos (cerveja, alto consumo de vísceras de animais, aumento da renovação celular, defici- ência no metabolismo de ácido úrico). Obs.: por aumento da renovação celular, entende-se que se está muito ligado às doenças sanguíneas malígnas, as quais possuem muita renovação celular. 5m 10m 15m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Fármacos Usados na Gota CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES O excesso de urato produz o quadro de gota. A gota é uma artrite aguda. Característica: crises intermitentes de dor (artrite aguda) que desencadeiam resposta inflamatória. Fármaco Mecanismo ALOPURINOL Inibição competitiva da xantina oxidase, reduzindo a formação de ácido úrico (de escolha). Tratamento inicia com associação com AINE (porque ele inicial- mente provoca uma crise de gota). AGENTES URICOSÚRICOS Aumentam a eliminação por ação direta no túbulo renal (AAS e salicilatos antagonizam uricosúricos). COLCHICINA Alcalóide do açafrão-do-prado. Usado para prevenir e aliviar crises. Impede a migração de neutrófilos para a articulação. Em doses altas, pode inibir mitose pro- vocando depressão da medula óssea. Obs.: � percebe-se que existe uma associação do alopurinol com o anti-inflamatório não este- roidal. Quando se inicia o tratamento com o alopurinol, a primeira sensação é de piora, pois o alopurinol provoca, inicialmente, crise de gota. Para reduzir os efeitos colaterais e indesejados, a prescrição do alopurinol é associada aos AINEs, inicialmente. � Os agentes uricosúricos são agentes que metabolizam o ácido úrico. Cuidado: é cor- reto associar o alopuriniol com AINE, mas não é correto associar os agentes uricosú- ricos com o ácido acetilssalisilico, que é um AINE. Não se pode fazer isso porque os AINEs antagonizam os efeitos dos uricosúricos. Antagonistas da histamina Convenção → Antagonistas H1. Ação anti-inflamatória e antialérgica. De primeira geração: atravessam BHE (ação sedativa). De segunda geração: não atravessam. De terceira geração: segurança cardíaca. DIRETO DO CONCURSO 1. (2018/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/FARMACÊUTICO) A utilização de AINEs (anti-inflamatórios não asteroidais) pode levar a danos na mucosa estomacal por: 20m 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Fármacos Usados na Gota CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES a. Aumentar a produção de leucotrienos. b. Diminuir a motilidade do trato digestório. c. Aumentar a atividade da cicloxigenase d. Diminuir a produção de prostaglandinas. COMENTÁRIO a) Anti-inflamatório, em geral, não aumenta a produção de leucotrienos. De toda forma, a produção de leucotrienos não interfere na proteção da mucosa gástrica. b) O problema é o excesso de acidez estomacal e a falta de proteção na mucosa gástrica. c) O AINE é inibidor da cicloxigenase. d) A prostaglandina tem duas funções principais: diminuir a acidez no estômago e aumen- tar a proteção da mucosa. 2. (2018/COPEVE/UFAL/FARMACÊUTICO) Entre os fármacos usados para tratamento da dor e processos inflamatórios estão os anti-inflamatórios não esteroidais (AINE), uma das classes mais consumidas no mundo. Os AINE agem por ação inibitória da síntese das prostaglandinas. Dadas as afirmativas a respeito desses fármacos, I – Fármacos como a nimesulida, o cetoprofeno e o meloxicam exibem seletividade para inibição de COX-2, embora também tenham ação sobre a COX-1. II – O paracetamol não exerce efeito sobre as plaquetas em virtude de sua pequena capacidade de inibir a COX na presença de altas concentrações de peróxidos. III – Os derivados do ácido propiônico, tais como ibuprofeno e cetoprofeno, são inibido- res não seletivos da ciclooxigenase, o que lhes atribui efeitos colaterais como irritação gástrica e inibição de ativação das plaquetas. verifica-se que está(ão) correta(s) a. II, apenas. b. III, apenas. c. I e II, apenas. d. I e III, apenas. e. I, II e III. 25m 5 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Fármacos Usados na Gota CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES COMENTÁRIO I – Fármacos seletivos atuam na COX-2 e não interagem com a COX-1, pois possuem vo- lume na cadeia lateral e não permitem acoplamento no canal hidrofóbico da cicloxigenase 1 e permitem na cicloxigenase 2 porque esta tem uma alteração na posição 120, que pro- duz uma protuberância no canal e consegue acoplar esse tipo de droga. II – A pequena capacidade de inibir a COX do paracetamol não é virtude das concentrações de peróxidos. O paracetamol tem como característica específica uma pequena atividade anti-inflamatória e uma excelente atividade antitérmica e analgésica. III – Os derivados do ácido propiônico, tais como ibuprofeno e cetoprofeno, são inibidores não seletivos da ciclooxigenase, o que lhes atribui efeitos colaterais como irritação gástrica e inibição de ativação das plaquetas. 3. (2018/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/FARMACÊUTICO) Os glicocorticoides, quando utilizados de forma crônica, podem levar à síndrome de a. Ward-Romano. b. Stevens-Johnson. c. Cushing. d. Bartter. COMENTÁRIO Quando aparecer efeito colateral ligado à pele, deve-se lembrar da síndrome de Cushing. PEGADINHA DA BANCA As bancas costumam misturar a síndrome de Cushing e a Síndrome de Stevens-Johnson. A Síndrome de Stevens-Johnson é uma síndrome de erupções cutâneas bolhosas, atingin- do até o intestino. É muito específica para anti-inflamatórios não esteroidais. Vale lembrar que glicocorticoide é um fármaco esteroidal. 30m 6 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Farmacologia – Anti-Inflamatórios – Fármacos Usados na Gota CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A N O TA ÇÕ ES GABARITO 1. d 2. b 3. c ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra e Oliveira. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material.
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