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Direito Tributário II

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UNISUAM- CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA 
MYLENA VILELA- 17101043
ATIVIDADE DE A1- DIREITO TRIBUTÁRIO II
GUILHERME DE LUCA 
RIO DE JANEIRO/ RJ
2020
Direito Tributário II- A1
1- Quais são os principais motivos que ensejam o aumento de demandas tributárias? Elas possuem relação com a crise ocasionada pela pandemia? Fundamente.
Sim. Devido a situação crítica mundia l em que a economia vem sofrendo um grande abalo, pois pequenos comércios e até as grandes empresas tiveram que fechar as portas, durante um período de tempo considerável e suficiente para reduzir significativamente a renda dos que continuaram suas atividades, tendo em vista que para muitos a solução foi a demissão em massa ou, infelizmente, declaração de falência. 
Diante de toda situação exposta, é fácil de perceber que os impostos e tributos ficariam para último plano, pois, em situação de calamidade, as prioridades passam a ser outras. Com isso, a demanda de processos de matéria tributária, tende a aumentar. Pessoas jurídicas e físicas tentam por meios legais adiar o máximo possível o pagamento dessas dívidas, multas, taxas... sem acréscimo de juros, e por outro lado tenta o Estado receber via judicial, ignorando totalmente o abalo financeiro de seus contribuintes.
2- A judicialização é o melhor instrumento de proteção ao orçamento público por parte do fisco? Justifique.
Não. Devido aos fatos narrados acima, o momento claramente não é para um processo de execução, onde o fim é a penhora, se torna incoerente frente ao período de pandemia em que estamos vivendo. Tendo em vista que a população já está fragilizada tanto economicamente, quando psicologicamente, sendo, portanto, inoportuno por conta do Estado a constrição judicial.
Além do mencionado no parágrafo anterior, vale lembra que a via judicial não é a única que pode ser utilizada na matéria de direito tributário. De acordo com o Art. 5º do CTN o procedimento de ação fiscal pode ser utilizado para regular a prática dos atos da Administração Pública e do contribuinte, onde busca um pronunciamento da autoridade competente e não uma sentença. 
Sendo a obrigação tributária onerosa não satisfeita, poderá o Fisco buscar a satisfação da mesma através de uma ação fiscal (procedimento administrativo). 
3- Num cenário de crise, o Fisco demandar a cobrança de impostos se apresenta como uma afronta ao princípio da dignidade da pessoa humana? Analise.
Sim. Visto que os impactos provocados a ordem econômica por conta da COVD-19, tais como: suspensão de atividades, majoração dos preços dos produtos, desemprego em massa, fechamento de muitas entidades empresárias que não suportaram o período de isolamento, são fatores que contribuíram e muito para o empobrecimento do cidadão comum. Logo, diante desse cenário qualquer ato de constrição judicial praticado pelo fisco afetará em cheio a dignidade humana do cidadão. 
Portanto seria muita incoerência por parte do credor (fisco) ignorar todos os fatores supramencionados e manter a execução em fase do cidadão comum. Inclusive a função do Estado é praticar todos os atos necessários visando minimizar os impactos da pandemia em fase da população. 
Por exemplo, não seria coerente o Estado cobrar sua dívida do devedor, tento em vista, que o mesmo já está sofrendo com a supervalorização dos alimentos no supermercado, tais como: Arroz, no valor de R$ 38,00, carne no valor de R$ 29,00, óleo R$ 8,99, entre outros. Vejamos aí que apenas esses mínimos exemplos já ferem e constrangem o devedor, sendo desnecessária a execução do fisco nesse momento. 
4- Enquanto profissional do Direito, qual a melhor medida a sugerir que um possível cliente adote em face da proteção dos direitos do contribuinte, que sofre os efeitos da crise financeira, sem possuir condições de arcar com as obrigações fiscais? Reflita.
Imaginando uma situação hipotética em que o contribuinte não pretende anular a dívida, pois, a cobrança é devida, mas deseja pleitear a suspenção ou parcelamento do débito, tendo em vista, o abalo financeiro sofrido devido ao momento atual da humanidade, aconselharia a dar entrada com uma Ação Declaratória, para que seja reconhecido que o momento em que está sendo efetuada a cobrança é inoportuno, que fere a dignidade da pessoa humana, como foi citada acima e declarar que o contribuinte não tem condições de arcar com suas obrigações fiscais no momento.
Fundamentando a ação no Princípio do Direito à Proteção Jurisdicional, evitando que o contribuinte seja lesado por ato do fisco, sofrer os efeitos de um processo de execução, uma possível penhora. 
“Art. 991. É assegurado ao sujeito passivo (CF, art. 5º, inciso XXXIV):
I – O direito de petição, em defesa de direitos ou contra a ilegalidade ou abuso de poder;
II – A obtenção de certidões, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. ”
 (O grifo é nosso).
Com a citação deste artigo acima, fecho meu raciocínio demonstrando o direito do contribuinte de buscar reconhecimento e melhores condições para quitação de um débito cobrado de forma incoerente e inadequada.

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