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Hidrostática PRESSÃO HIDROSTÁTICA PRESSÃO A pressão é definida como a razão entre a componente da força normal aplicada em uma superfície de área A. Se aplicar uma força inclinada na superfície, a força, como qualquer outra grandeza vetorial, pode ser decomposta em componentes. Note que o componente tangencial da força F1 não produz qualquer pressão na superfície do papel e, por isso, não será considerada. 𝑝 = 𝐹 𝐴 ❖ A unidade no Sistema Internacional de Unidades é o pascal 𝑃𝑎 = 𝑁 𝑚² = [𝐹] [𝐴] ❖ É comum a utilização de outras unidades de pressão, tais como: atmosfera (atm) → 1 atm = 1 · 105 Pa; mmHg ou cmHg → 1 atm = 760 mmHg ou 76 cmHg (0°C; nível do mar). PRESSÃO X ÁREA DA FORÇA A pressão é inversamente proporcional à área de aplicação da força. 𝑝 ≈ 1 𝐴 DENSIDADE E MASSA ESPECÍFICA A DENSIDADE VOLUMÉTRICA (d) é definida como a razão entre a massa (m) e o volume (V) ocupado pelo corpo. A MASSA ESPECÍFICA é uma característica da substância e, por isso, é constante, não varia com o volume do objeto. A massa específica e a densidade são calculadas aplicando a mesma fórmula. No entanto, a massa específica é usada para os corpos homogêneos, e seu valor depende da pressão e da temperatura, para garantir que a substância esteja em equilíbrio sem mudança de estado. 𝜇 = 𝑑 = 𝑚 𝑉 ❖ A unidade g/cm³ (grama por centímetro cúbico) é usada em inúmeros exemplos. Em alguns exercícios que envolvem cálculos, é necessário transformar essa unidade em SI. Para isso, basta multiplicar o valor da massa específica por 1.000. ❖ A densidade da água no SI é de 1.000 kg/m³ (1 g/cm³ · 1.000 = 1.000 kg/m³). Outra unidade utilizada é o kg/L (quilograma por litro), em que 1 g/cm3 = 1 kg/L. A água possui massa específica de 1 kg/L, ou seja, um litro de água tem massa de 1 kg. MASSA ESPECÍFICA RELATIVA (D AB) É a razão entre a massa específica do corpo A e a do corpo B. 𝑑𝐴𝐵 = 𝜇𝐴 𝜇𝐵 PESO ESPECÍFICO DE UMA SUBSTÂNCIA PURA É definido pela razão entre o peso da porção considerada (P) e o volume ocupado (V). 𝑝 = 𝑃 𝑉 = 𝑚𝑔 𝑉 = 𝜇𝑔 Pois o peso de um corpo é calculado pelo produto da sua massa (m) e pela aceleração da gravidade (g). PRESSÃO ATMOSFÉRICA A atmosfera terrestre é composta por vários gases, que não escapam devido à atração da força gravitacional da Terra. As moléculas do ar estão em constante agitação e, por isso, o ar exerce pressão em toda a superfície que está em contato. A pressão sobre o corpo humano é de aproximadamente 1 · 105 N/m2 no nível do mar. Com o aumento da altitude, o ar fica mais rarefeito, com uma densidade de moléculas menor em comparação à densidade na superfície terrestre. Esse é o motivo pelo qual a pressão diminui com a altitude. A pressão interna do corpo humano é a mesma que a atmosférica, por isso, o corpo não é esmagado pela pressão externa. E a força resultante é nula quando a pressão entre duas superfícies opostas é a mesma. PRESSÃO DE UM LÍQUIDO Um mergulhador no fundo do mar é submetido à pressão atmosférica e à pressão devido ao peso da coluna de água que está acima dele, chamada de PRESSÃO HIDROSTÁTICA. A figura mostra um recipiente preenchido com um líquido de massa específica μ, altura h e sob a influência da aceleração da gravidade g PRESSÃO MÉDIA DA COLUNA DO LÍQUIDO SOBRE O FUNDO DO RECIPIENTE DE ÁREA A 𝑝 = 𝑃 𝐴 = 𝑚𝑔 𝐴 • P é o peso da coluna do líquido, que é igual ao produto da sua massa (m) pela aceleração da gravidade (g). MASSA DA COLUNA DO LÍQUIDO Pode ser escrita em função da sua massa específica. 𝜇 = 𝑚 𝑉 → 𝑚 = 𝜇𝑉 VOLUME DA COLUNA DO LÍQUIDO Pode ser calculado pelo produto da área da sua base pela altura. 𝑉 = 𝐴 ∙ ℎ 𝑝 = 𝜇𝐴ℎ𝑔 𝐴 PRESSÃO EXERCIDA PELA COLUNA DE UM LÍQUIDO DE ALTURA H Na base do recipiente vale. 𝑝 = 𝜇𝑔ℎ PRESSÃO TOTAL EM UM PONTO DO LÍQUIDO Em um recipiente aberto e exposto à atmosfera é dada pelo somatório da pressão atmosférica (patim) mais a pressão da coluna do líquido (coluna). 𝑝 = 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝑝𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 𝑝 = 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜇𝑔ℎ TEOREMA DE STEVIN A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido homogêneo e em repouso é dada pelo produto da massa específica do líquido, da aceleração da gravidade e entre a distância vertical entre esses dois pontos. A variação da pressão sobre o corpo de um mergulhador é nula quando ele se desloca dentro da água na horizontal. Essa é uma das consequências do teorema de Stevin: “A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido homogêneo e em repouso é dada pelo produto da massa específica do líquido, da aceleração da gravidade e entre a distância vertical entre esses dois pontos.” ∆𝑝 = 𝜇𝑔ℎ PRIMEIRA CONSEQUÊNCIA Uma das consequências do teorema de Stevin é que os pontos localizados na mesma profundidade têm a mesma pressão. recipiente aberto nas duas extremidades e preenchido com um líquido em equilíbrio. A pressão nos pontos A, B, C, D e E são as mesmas, independentemente da quantidade de água sobre eles. SEGUNDA CONSEQUÊNCIA A superfície livre de um líquido em equilíbrio deve ser plana e horizontal. VASOS COMUNICANTES Uma base contém um líquido de massa específica μ e ramificações abertas. De acordo com o teorema de Stevin, a pressão é igual nos pontos 1, 2 e 3, pois estão localizados na mesma profundidade 𝑝1 = 𝑝2 = 𝑝3 . A pressão em cada ponto é calculada por 𝑝 = 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜇𝑔ℎ. 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜇𝑔ℎ1 = 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜇𝑔ℎ2 = 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜇𝑔ℎ3 𝜇𝑔ℎ1 = 𝜇𝑔ℎ2 = 𝜇𝑔ℎ3 O líquido é o mesmo, assim como a aceleração da gravidade: ℎ1 = ℎ2 = ℎ3 . Portanto, a situação da não é possível, e provou-se que a superfície livre de um líquido se encontra na mesma horizontal em um sistema de vasos comunicantes. LÍQUIDOS IMISCÍVEIS São líquidos que não se misturam. A linha de nível é definida na superfície que divide os líquidos. Dois líquidos imiscíveis A e B de massas específicas μA e μB, respectivamente. 𝑝1 = 𝑝2 A pressão em cada ponto é calculada por 𝑝 = 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜇𝑔ℎ 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜇𝐴𝑔ℎ𝐴 = 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜇𝐵𝑔ℎ𝐵 ℎ𝐴 ℎ𝐵 = 𝜇𝐴 𝜇𝐵 TEOREMA DE PASCAL Os mecanismos hidráulicos funcionam por meio do teorema de Pascal, pois são objetos que utilizam um fluido que funciona como um multiplicador de força. É um incremento de pressão aplicado sobre um líquido incompressível é transmitido integralmente a todos os pontos do líquido. Uma prensa hidráulica, que é um tubo em forma de U com dois êmbolos de áreas diferentes (A1 e A2). Uma força F1 é aplicada no êmbolo de área menor (A1) e gera um incremento de pressão (Δp1) no líquido em volta. 𝛥𝑝1 = 𝐹1 𝐴1 Pelo teorema de Pascal, o incremento de pressão é transmitido integralmente a todos os pontos do líquido. Esses pontos em torno do êmbolo 2, de área maior (A2), recebem o acréscimo de pressão ∆p, que se transforma em uma força de intensidade F2. 𝛥𝑝1 = 𝛥𝑝2 → 𝐹1 𝐴1 = 𝐹2 𝐴2 Os êmbolos 1 e 2 têm bases circulares de raios R1 e R2. A área da base do cilindro é calculada por 𝐴 = 𝜋𝑅². 𝐹1 𝜋𝑅²1 = 𝐹2 𝜋𝑅²2 → 𝐹1 𝑅²1 = 𝐹2 𝑅²2 𝐹1 = 𝐹2 ∙ ( 𝑅1 𝑅2 ) 2 Portanto, se R1 < R2, a força aplicada F1 será menor, facilitando o trabalho. PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES EMPUXO Um corpo em um fluido em equilíbrio recebe uma força na vertical para cima denominada EMPUXO de intensidade igual ao peso do volume do fluido deslocado. Para provar o teorema, deve-se considerar um corpo em equilíbrio em um líquido homogêneo de massa específica μ. As forças laterais se cancelam e a força no ponto 2 é maior que no ponto 1 (a pressão é diretamente proporcional à profundidade). Portanto, a resultante entre as forças F1 e F2 é o EMPUXO, na verticalpara cima, que equilibra o peso do corpo submerso. 𝐹2 − 𝐹1 = 𝑃 (1) Aplica-se o teorema de Stevin entre os pontos 1 e 2. 𝑝2 − 𝑝1 = 𝜇𝑔ℎ 𝐹2 − 𝐹1 = 𝜇𝑉𝑔 Considere Vsub o volume do corpo submerso no fluido. 𝐹2 − 𝐹1 = 𝜇𝑉𝑠𝑢𝑏𝑔 (2) O lado direito da equação é o empuxo (E). 𝐸 = 𝜇𝑉𝑠𝑢𝑏𝑔 Substitui-se (2) em (1): 𝜇𝑉𝑠𝑢𝑏𝑔 = 𝑃 → 𝐸 = 𝑃 FATORES QUE DETERMINAM A SUBMERSÃO DE UM CORPO Um corpo encontra-se em equilíbrio hidrostático. CORPO BOIANDO NA ÁGUA COM UMA PARTE SUBMERSA 𝜇𝑙í𝑞 𝑑𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑉𝑠𝑢𝑏 O volume submerso é menor que o volume do corpo. O lado direito da equação anterior é maior do que 1 e, portanto, a densidade do corpo é menor que a massa específica do líquido. 𝑑𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 < 𝜇𝑙í𝑞 CORPO COMPLETAMENTE SUBMERSO (SEM TOCAR O FUNDO DO RECIPIENTE) A análise é semelhante à situação anterior, porém o volume submerso é o próprio volume total do corpo, e o lado direito da equação é igual a 1. Desse modo, a densidade do corpo é igual à massa específica do líquido. 𝑑𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 𝜇𝑙í𝑞 CORPO SUBMERSO NO FUNDO DO RECIPIENTE Além do peso e do empuxo, a força normal atua sobre o corpo que se encontra completamente submerso, portanto, o volume submerso é o próprio volume do corpo (Vsub = Vcorpo). Logo, a densidade do corpo deve ser maior que a massa específica do líquido. 𝑑𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 > 𝜇𝑙í𝑞
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