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Propedêutica de Linfonodos

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1 
Propedêutica de Linfonodos 
 
 
Sistema Linfático 
O sistema linfático é uma extensa rede 
vascular que drena linfa dos tecidos corporais 
e a “devolve” à circulação venosa. As redes de 
capilares linfáticos, os plexos linfáticos 
originam-se nos espaços extracelulares, onde 
os capilares coletam líquido do tecido, 
proteínas do plasma, células e detritos 
celulares através de seu endotélio poroso, que 
não apresenta qualquer membrana basal. Os 
capilares linfáticos continuam centralmente 
tão finos quanto os canais vasculares e, em 
seguida, como ductos coletores e esvaziam-se 
nas veias principais do pescoço. A linfa 
transportada por esses canais é filtrada pelos 
linfonodos interpostos ao longo de seu trajeto. 
 
Linfonodos 
Os linfonodos são estruturas arredondadas, 
ovaladas ou com formato de feijão, cujo 
tamanho varia segundo da localização. Alguns 
linfonodos, como os pré-auriculares, 
costumam ser muito pequenos se chegarem a 
ser palpáveis. 
 
Além das funções vasculares, o sistema 
linfático tem uma participação importante no 
sistema imunológico. As células dos linfonodos 
fagocitam restos celulares e bactérias, e 
também produzem anticorpos. 
 
Os linfonodos superficiais são os únicos 
acessíveis ao exame físico. Estes incluem os 
linfonodos cervicais, os axilares e os dos 
membros superiores e inferiores. 
 
Convém lembrar que os linfonodos axilares 
drenam a maior parte do membro superior. 
 
 
 
Exame Físico 
No exame físico dos linfonodos deve-se 
procurar palpá-los. Utilizando as polpas dos 
dedos indicador e médio, é exercida pressão 
delicada, deslocando a pele sobre os tecidos 
subjacentes em cada área. O paciente deve 
estar relaxado, com o pescoço discretamente 
flexionado para a frente e, se necessário, um 
pouco inclinado para o lado do examinador. 
 
Podem-se examinar, de modo geral, os dois 
lados de modo simultâneo, observando tanto 
a presença de linfonodos, como de assimetria. 
Entretanto, no caso do linfonodo submentual 
vale a pena palpar com uma das mãos, 
enquanto a outra mão segura a parte superior 
da cabeça do paciente. 
 
 2 
 
 
Palpe, em sequência, os seguintes linfonodos: 
1. Pré-auriculares – à frente da orelha 
2. Auriculares posteriores – superficiais, 
sobre o processo mastoide 
3. Occipitais – na base do crânio, 
posteriores 
4. Tonsilares – no ângulo da mandíbula 
5. Submandibulares – localizados no 
ponto médio entre o ângulo e a 
extremidade da mandíbula 
6. Submentuais – na linha média, alguns 
centímetros atrás da extremidade da 
mandíbula 
7. Cervicais superficiais – superficiais ao 
músculo esternocleidomastóideo 
8. Cervicais posteriores – ao longo da 
borda anterior do músculo do trapézio 
9. Cadeia cervical profunda – profundos 
em relação ao músculo 
esternocleidomastóideo e 
frequentemente inacessíveis ao exame 
10. Supraclaviculares – profundos, no 
ângulo formado pela clavícula e o 
músculo esternocleidomastóideo 
 
 
O aumento do linfonodo supraclavicular, 
principalmente no lado esquerdo, sugere 
possíveis metástases de uma neoplasia 
maligna torácica ou abdominal. 
 
 
Observe as dimensões, o formato, a 
delimitação, a mobilidade e a consistência dos 
linfonodos. Os linfonodos pequenos, móveis, 
bem definidos e indolores são encontrados, 
com frequência, em indivíduos normais. 
Linfonodos aumentados de tamanho ou 
dolorosos à palpação, se inexplicáveis, exigem: 
(1) reavaliação das regiões por eles drenadas 
e; (2) avaliação cuidadosa dos linfonodos de 
outras regiões para identificar linfadenopatia 
regional a generalizada. 
 
 
Linfonodos dolorosos à palpação sugerem 
inflamação; linfonodos endurecidos ou fixos 
sugerem processos malignos. 
 
 
O aumento do linfonodo epitroclear sugere 
infecção distal ou local ou pode estar 
associado a Linfadenopatia consequente a 
linfoma ou infecção pelo vírus da 
imunodeficiência humana (HIV). 
 
 
Linfonodos Inguinais 
Palpe os linfonodos inguinais superficiais 
incluindo os grupos horizontal e vertical. 
Observe o tamanho, consistência e 
individualidade dos linfonodos, registrando se 
há dor à palpação. Em pessoas normais 
frequentemente são palpáveis linfonodos 
inguinais bem definidos e indolores à palpação 
com até 1 a 2cm de diâmetro. 
 3 
 
 
 
 
Linfadenopatia significa aumento dos 
linfonodos, com ou sem dor à palpação deles. 
Tente diferenciar linfadenopatia local e 
generalizada pela localização de lesão causal 
na área de drenagem ou linfonodos 
aumentados em pelo menos duas outras 
regiões não contíguas. 
 
 
Alterações Linfonodais 
Os linfonodos, quando apresentam alguma 
alteração anormal, podem ser inflamatórios/ 
infecciosos, neoplásicos, edematoso, etc. 
 
Linfonodo Inflamatório/Infeccioso 
Os linfonodos de origem inflamatória ou 
infecciosa são de crescimento rápido, 
apresentam os sinais inflamatórios (quente, 
edemaciado, eritema, dor) e são dolorosos à 
palpação. Aqueles associados a processos 
inflamatórios regionais possuem uma 
superfície lisa e homogênea. 
Em alguns casos podem evoluir para adenite 
ou formar um abcesso. 
 
 
Linfonodo Neoplásico 
Os linfonodos de origem neoplásica possuem 
uma evolução subaguda ou lenta, não sendo 
perceptíveis (achado ao acaso), indolores em 
sua maioria, de consistência fibrosa (rígidos), 
sem sinais flogísticos, podendo ter superfície 
lisa ou irregular com micronodulações à 
palpação. 
 
Edema Linfático 
O edema de origem linfático é duro, frio, 
indolor, possui uma consistência rígida fibrosa, 
por vezes pode apresentar paquiderme e 
distrofias da pele se for um edema crônico, 
podendo ter sinal de cacifo em alguns casos. 
Ele é um edema fixo, ou seja, não melhora ao 
elevar o membro como outros tipos de edema. 
Não aumentando ou diminuindo dependendo 
da mudança postural. 
 
Edema Venoso 
O edema de origem venosa é agudo, subagudo 
ou crônico, tem consistência mole, é indolor, 
tem temperatura de morna a fria, e é 
facilmente depressível, apresentando sinal de 
cacifo nitidamente. 
Ele diminui com a elevação do membro 
edemaciado e aumentando ao deixa-lo para 
baixo. 
 
Edema Inflamatório 
O edema de origem inflamatória pode ser 
agudo ou subagudo. Acomete somente parte 
do membro, é dolorido, quente, eritematoso, 
podendo melhorar com a elevação do membro 
e não possui sinal de cacifo evidente. 
Nele podem surgir bolhas e ele pode se 
relacionar com erisipela, celulite e flebite. 
 
 
 
 4 
Adenite Mesentérica 
É uma inflamação e infecção de linfonodos da 
cadeia linfática íleo-cecal. Nesses casos o 
linfonodo acaba por filtrar e conter 
microorganismos patogênicos. O linfonodo 
fica com todos os sinais flogísticos (quente, 
edemaciado, eritematoso, dolorido). Os sinais 
e sintomas da doença são idênticos a 
apendicite. 
 
Etiologias de Linfadenopatias 
 
Local: Cervical 
Þ Infecções: faringite, infecções de 
cabeça e pescoço, mononucleose, 
toxoplasmose, tuberculose 
Þ Neoplasias: Cânceres de cabeça e 
pescoço, câncer de tireoide, linfoma 
 
Local: Supraclavicular 
Þ Neoplasias: câncer intra-abdominal, 
câncer de pulmão, linfoma 
 
Local: Axilar 
Þ Infecções: doença da arranhadura de 
gato, infecções distais, peste 
Þ Neoplasias: câncer de mama, 
melanoma, linfoma 
Þ Outros: implante de silicone 
 
Local: Mediastinal 
Þ Infecções: tuberculose, infecção 
fúngica, antraz 
Þ Neoplasias: linfoma, câncer de pulmão, 
tumores das células germinativas 
Þ Outros: sarcoidose 
 
 
 
 
 
Local: Retroperitoneal 
Þ Infecções: tuberculose 
Þ Neoplasias: linfoma, câncer testicular, 
câncer de rim, neoplasias do trato 
gastrointestinal superior 
Þ Outros: sarcoidose 
 
Local: Mesentérica 
Þ Infecções: apendicite, colecistite, 
diverticulite, doença de Whipple 
Þ Neoplasias: linfoma, câncer do trato 
gastrointestinal 
Þ Outros: doença inflamatória intestinal, 
paniculite 
 
Local: Inguinais 
Þ Infecções: infecção distal ou genital, 
peste, DSTs 
Þ Neoplasias: linfoma, melanoma, câncer 
vulvar 
 
Etiologias de Linfadenomegalia 
As linfadenomegalias podem ter diversas 
causas, dentreelas estão: 
o Infecções bacterianas: estreptocócicas, 
estafilocócias, sífilis, tuberculose 
o Infecções virais: rubéola, 
mononucleose 
o Neoplasia dos linfonodos: doença de 
Hodgkin 
o Invasão de linfonodo por metástases 
de neoplasias de outros órgãos do 
sistema digestório, rins, próstata, 
útero, ovários, pele e/ou ossos 
o Invasão por fungos: blastomicose, 
cromomicose 
o Invasão por parasitas: estrongiloidíase 
 
 
 
 
 5 
Diagnóstico Diferencial 
Muitas vezes aquilo que aparenta ser uma 
linfadenopatia acaba sendo um nódulo, ou 
uma nodosidade ou uma goma. 
 
Esses três diagnósticos diferenciais são 
formações sólidas localizadas na hipoderme, 
mais perceptíveis pela palpação do que pela 
inspeção. Quando de tamanho pequeno são 
denominadas nódulos. Se mais volumosas são 
nodosidades. E gomas são nodosidades que 
tendem ao amolecimento e ulceração com 
eliminação de substância semissólida. 
 
Os limites dessas lesões em geral são 
imprecisos, e a consistência pode ser firme, 
elástica ou mole. Ora estão isoladas, ora 
agrupadas ou mesmo coalescentes. Podem ser 
dolorosas ou não. A pele circundante pode ser 
normal, eritematosa ou arroxeada. 
 
Exemplos destes diagnósticos são: furúnculo, 
eritema nodoso, hanseníase, cistos, 
epiteliomas, lipoma, sífilis, cisticercose, 
abscesso, granulomas cicatriciais. Sendo que 
as gomas aparecem na sífilis, na tuberculose e 
nas micoses profundas.

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