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Intoxicações exógenas: • “Intoxicação é uma condição que segue a administração de uma substância psicoativa e resulta em distúrbios no nível de consciência, cognição, percepção, julgamento, afeto ou comportamento, ou outras funções e respostas psicofisiológicas. Os distúrbios estão relacionados aos efeitos farmacológicos agudos e às respostas aprendidas da substância e desaparecem com o tempo, com recuperação completa, exceto quando surgirem danos nos tecidos ou outras complicações”. • O termo intoxicação refere-se ao desenvolvimento de efeitos adversos dose dependentes após a exposição a substâncias químicas, fármacos ou outros xenobióticos. Parafraseando Paracelso, a dose faz o veneno. Em quantidades excessivas, substâncias que normalmente são inócuas, como o oxigênio e a água, podem causar efeitos tóxicos. Por outro lado, em doses pequenas, substâncias comumente consideradas tóxicas, como o arsênio e o cianeto, podem ser ingeridas sem efeitos deletérios. Embora a maioria dos venenos produza efeitos dose-dependentes previsíveis, pode haver variabilidade individual na resposta a uma dose específica, em consequência de polimorfismos, indução ou inibição enzimática na presença de outros xenobióticos, ou tolerância adquirida. A intoxicação pode ser local (p. ex., pele, olhos ou pulmões) ou sistêmica, dependendo da via de exposição, das propriedades químicas e físicas do tóxico e do seu mecanismo de ação. A gravidade e a reversibilidade da intoxicação também dependem das reservas funcionais do indivíduo ou do órgão-alvo, os quais são influenciadas pela idade e por doenças preexistentes. • Intoxicação aguda ➢ Perturbações biológicas abruptas causadas por substância capaz de causar danos ➢ Danos podem colocar vida em risco ou causar sequelas persistentes. ➢ Perturbações são geralmente proporcionais à quantidade de tóxico. • →A intoxicação é um problema de Saúde Pública de importância global. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2012, foi estimado que 193.460 pessoas morreram em todo mundo devido a intoxicações não intencionais. →Em torno de 1.000.000 pessoas morrem a cada ano devido ao suicídio, sendo significante o número relacionado às substâncias químicas e os pesticidas foram responsáveis por 370.000 destas mortes. →Nos Estados Unidos, em 2014, foram registrados, pelos Centros de Controle de Intoxicação, 2.165.142 atendimentos de casos de exposição humana. →O paracetamol é o fármaco mais implicado nas intoxicações fatais nos EUA. • →A notificação das Intoxicações Exógenas se tornou obrigatória a partir de 2011, com a publicação da Portaria GM/MS nº 104 de 25 de janeiro de 2011. →No Brasil, embora a dimensão ainda não seja conhecida em sua plenitude, foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), entre 2010 a 2014, 376.506 casos suspeitos de intoxicação. Deste total, o estado de São Paulo representou 24,5% (n=92.020). →No Brasil, 695.825 casos de intoxicação exógena foram notificados no período 2007- 2016 • -A intoxicação aguda é uma emergência médica comum. -Medidas prioritárias perante o doente intoxicado: ✓ Manter a via aérea permeável ✓ Assegurar ventilação e oxigenação eficaz ✓ Manter circulação adequada ✓ Administração de antídoto ✓ Descontaminação gastrintestinal ✓ Remoção ativa do tóxico • →História clínica e exame físico: ✓ Identificação do tóxico →Exames laboratoriais: ✓ Sangue: Glicemia, ureia, creatinina; íons principais ( Na, K, Mg e Ca) e gap aniónico; osmolaridade e gap osmolar; testes de função hepática ✓ Urina: cristalúria, hemoglobinúria e mioglobinúria ✓ ECG ✓ (Exames toxicológicos) – pouco usados no Brasil • →A história deve incluir ✓ a hora, a via, a duração e as circunstâncias (localização, eventos simultâneos e intenção) da exposição; ✓ o nome e a quantidade de cada fármaco ou droga, substância química ou ingrediente envolvido; ✓ A hora de início, o tipo e a gravidade dos sintomas; ✓ a hora e o tipo das primeiras intervenções terapêuticas realizadas; ✓ histórias clínica e psiquiátrica. • →Exame físico • Odores característicos: ex.: hálito etílico (uso de álcool), odor de alho (organofosforados)*muito comum na nossa região; • Achados cutâneos: sudorese, secura de mucosas, vermelhidão, palidez, cianose, desidratação, edema; • Temperatura: hipo ou hipertermia; • Alterações de pupilas: miose, midríase, anisocoria, alterações de reflexo pupilar; • Alterações da consciência: agitação, sedação, confusão mental, alucinação, delírio, desorientação; • Anormalidades neurológicas: convulsão, síncope, alteração de reflexos, alteração de tônus muscular, fasciculações, movimentos anormais; • Alterações cardiovasculares: bradicardia, taquicardia, hipertensão, hipotensão, arritmias; • Anormalidades respiratórias: bradipneia ou taquipneia, presença de ruídos adventícios pulmonares *organofosforados; • Achados do aparelho digestório: sialorreia, vômitos, hematêmese, diarreia, rigidez abdominal, aumento ou diminuição de ruídos hidroaéreos; →Estes sinais e sintomas descritos, quando agrupados, podem caracterizar uma determinada síndrome tóxica. As principais síndromes tóxicas utilizadas para o diagnóstico da intoxicação aguda, são: síndrome sedativo- hipnótica, opioide, colinérgica, anticolinérgica, adrenérgica, serotoninérgica e extrapiramidal. *A acetilcolina é o NT pré-ganglionar tanto do simpático quanto do parassimpático *É o NT pós-ganglionar do parassimpático *É o NT da placa motora -O receptor pré-ganglionar é nicotínico e o pós- ganglionar é muscarínico; o da placa motora é nicotínico • →Sinais e sintomas: decorrentes do aumento da atividade parassimpática – efeitos muscarínicos. Bradicardia, diaforese, miose, sialorreia, lacrimejamento, vômitos, incontinência urinária e fecal, depressão do SNC, convulsões, hipersecreção brônquica, rinorreia, broncoespasmo, dispneia, cianose. Efeitos nicotínicos: fasciculações e fraqueza muscular, cãibras, paralisia, tremores →Causas mais comuns: Inibidores das colinesterases: Organosfosforados (inseticidas) Ex.: Malathion, Diazinon, Nuvacrom, Parathion (Folidol, Rhodiatox), Diclorvós (DDVP), Metamidofós (Tamaron), Monocrotophós (Azodrin), Fentrothion, Coumaphós. Carbamatos (inseticidas): Ex.: Aldicarb, Carbaril, Carbofuram, Metomil, Propoxur e outros. -Agonistas dos receptores colinérgicos: cogumelos (muscarínicos), betanecol • ✓ Descontaminação: lavagem gástrica e carvão ativado → não são tratamentos específicos, são gerais ✓ Sintomático e suporte ✓ Antagonista: Atropina (OF e carbamatos) – anticolinérgico ✓ Antídoto: Pralidoxima – Contrathion (OF) – no Brasil não tem -Bloqueia a ação da AC no receptor muscarínico, não tendo os efeitos parassimpáticos exacerbados da intoxicação • -Buscopan →Sinais e sintomas: mídriase, taquicardia, vasodilatação, hipertermia, secura da pele e mucosas, retenção urinária; confusão, agitação, psicose, mioclonias, tremor, alucinações, convulsões, coma. *Sintomas de liberação simpática; semelhante à síndrome simpatomimética, com diferença na retenção urinária →Causas mais comuns: MEDICAMENTOS: ➔Alcalóides Beladonados: Atropina; ➔Antiespasmódicos: Hioscina, Escopolamina; ➔Cicloplégicos: Ciclopentolato, Tropicamida; ➔Antihistamínicos: Dimenidrinato, Prometazina; ➔Antiparksonianos: Biperideno, Amantidina, Triexifenidil; ➔Antipsicóticos: Clorpromazina, Quetiapina; ➔Tricíclicos: Amitriptilina, Nortriptilina; ➔Miorrelaxantes: Ciclobenzaprina. PLANTAS: Atropa belladonna; Brugmansia spp, Cestrum spp, Datura spp, Hyoscyamus niger, Solanum spp, derivados tropânicos (alcalóides de solanáceas) • ✓ Descontaminação: lavagem gástrica e Carvão ativado ✓ Sintomáticos e suporte ✓ Medidas físicas: hipertermia ✓ Sedação: agitação – benzodiazepínicos ✓ Sondagem vesical: bexigoma ✓ Antídoto:Fisostigmina (não disponível no Brasil) – atravessa a barreira hematoencefálica – neostigmina (que tem no Brasil) não, não sendo útil. ✓ S. Anticolinérgica ✓ Adultos: 1-2mg, podendo repetir em 40 min. ✓ Crianças: 0,5mg, podendo repetir em 40 min. • →É determinada por agentes que promovem estimulação da atividade simpática através de: 1. aumento de liberação de catecolaminas (anfetaminas) 2. bloqueio da recaptação (cocaína) 3. interferência no metabolismo (inibidores da MAO) 4. estimulação direta de receptor (adrenalina) →Sinais e sintomas: hiperreflexia, delírio, paranóia, convulsões, coma; midríase, rubor, piloerecção, sudorese, febre; taquicardia, hipertensão, arritmias, enfarte do miocárdio, hemorragia cerebral, colapso circulatório; náuseas, vómitos, diarreia, rabdomiólise, coagulopatia. →Causas mais comuns: Anfetaminas* e derivados, cocaína, metilenodioxianfetamina (MDA), derivados da MDA (ecstasy), MDA de inalação (crack, ice), teofilina, efedrina, pseudoefedrina, fenilpropanolamina… • -Descontaminação gastrintestinal: LG + CA; suporte respiratório e hemodinâmico; monitorização cardíaca → PROVA →Tratamento sintomático: -Agitação ou convulsão – benzodiazepínicos -Hipertensão: evitar betabloqueadores pois provocam hipertensão paradoxal e aumentam a vasoconstrição coronariana*** - bloqueia beta mas o alfa fica ativo – liberação alfa faz vasoconstrição coronariana, podendo levar à um IAM ***LABETALOL poderia ser utilizado -Taquicardia: lidocaína, bicarbonato de sódio (causa um meio alcalótico; em meio básico a droga vai estar na forma aniônica e não consegue penetrar na célula para fazer o seu efeito no receptor adrenérgico *depende do PKA da droga) -Angina: nitratos, bloqueador canais cálcio – monitorização prolongada de sinais vitais • -Drogas que causam potencialização da inibição neuronal mediada GABA *GABA é o NT inibitório mais importante do SNC -Benzodiazepínicos, anticonvulsivantes e álcool • →Principais agentes: ➢ Benzodiazepínicos ➢ Barbitúricos ➢ Álcool etílico →Sintomas (de inibição do SNC): disartria, sonolência, torpor, coma, depressão respiratória, miose, hipotensão, bradicardia, hipotermia e convulsões. Benzodiazepínicos: →Ligam-se a componentes moleculares do receptor GABA no SNC, que atua como canal de cloreto, aumentando a ligação do NT GABA ao seu sítio de ação pré e pós- sináptico. →Elevado índice terapêutico →Uso: Ansiolítico, sedativo, hipnótico, relaxante muscular e anticonvulsivante. →Exemplos: Diazepam, midazolam, clonazepam (Rivotril)... →Depressão respiratória e cardiovascular só ocorrem em situações especiais como injeção IV muito rápida ou disfunção hepática →Morte por overdose isolada é rara, geralmente envolve associação com outros depressores do SNC ➔ associação com barbitúrico/etanol é a mais severa pois têm efeito aditivo →Tolerância e dependência no uso prolongado – síndrome de abstinência. →Tratamento: suporte clínico e antídoto – Flumazenil. Barbitúricos: *Gardenal →Facilitam a ação inibitória do GABA no SNC, aumentam a duração da abertura dos canais cloreto e bloqueio aos receptores AMPA. Em altas concentrações podem ser GABAmiméticos, ativando diretamente os canais cloreto →Possuem menor janela terapêutica que os BZD ***a intoxicação é mais grave →Anticonvulsivantes →Liberam metabólitos ativos promovendo coma cíclico. Coma é o principal sinal de intoxicação aguda. São profundos depressores do SNC, inclusive do centro respiratório – prolongamento do efeito de intoxicação →Para os barbitúricos uma dose 10 vezes maior que a terapêutica pode ser fatal se não tratar a tempo →Tratamento: ***não existe antídoto para os barbitúricos – medidas de suporte, carvão ativado e nos casos graves hemodiálise. Etanol: →Uma das substâncias psicoativas mais consumidas pela sociedade. →Aumenta a inibição sináptica mediada pelo GABA e aumento do fluxo de íons cloreto na membrana dos neurônios. Doses elevadas de álcool aumentam diretamente a permeabilidade ao cloreto. →Efeito ansiolítico e sedativo →Sinergismo com outros depressores SNC →Inibe gliconeogênese – hipoglicemia *No etilista crônico não pode ser adm. glicose sem tiamina, pois pode levar à síndrome de Wernicke-Korsakoff →Teste diagnóstico – “bafômetro” →Síndrome de abstinência →Tratamento: -Lavagem gástrica -Tiamina 100mg (uma ampola de complexo B tem 10mg de tiamina) -Glicose EV • →Agem ligando-se a receptores opioides que são acloplados a proteínas G inibitórias; as ações terapêuticas e tóxicas estão relacionadas ao tipo de receptor: *depressão respiratória -Inibem motilidade gástrica – tem que dar algum laxativo • →Depressão respiratória – causada por hipoventilação, podendo levar à apneia; →Depressão neurológica: sonolência, torpor e coma; →Convulsões: intoxicação por morfina, meperidina e propoxifeno; →Distúrbios psíquicos e sensoriais – euforia, disforia; →Miose puntiforme bilateral; →Calor, rubor facial ou prurido (liberação histamina); →Náusea, vômito, retardo do esvaziamento gástrico, constipação; →Hipotensão arterial, taqui (no início) ou bradicardia, arritmia; →Rabdomiólise, IRA -Exemplos: morfina, meperidina ou dolantina, fentanil, heroína, codeína, tramadol.... →Tratamento: ➢ Suporte clínico ➢ Antídoto – Naloxona* – meia vida curta, menor que a maioria dos opioides. Risco de efeito rebote*** mantém o paciente em observação 12h no mínimo • *Inibidores seletivos da recaptação de serotonina • Serotonina – neurotransmissor que regula humor, sono, atividade sexual, apetite, função neuroendócrina, temperatura corporal. Atua na hemostasia, excitação musculatura lisa, controle cardíaco, respiratória e motor. ➔Síndrome clínica resultante da estimulação excessiva de receptores serotoninérgicos centrais e periféricos. ➔Causas: iatrogenia *interações; interação medicamentosa, intoxicação e reação adversa; Sinais Clínicos: -A síndrome serotoninérgica apresenta-se como uma tríade de sintomas: mudança do status mental, anormalidades neuromusculares e hiperatividade autonômica. Como não existem testes laboratoriais que diagnostiquem a síndrome, os sinais e sintomas são a principal fonte de diagnóstico. -Os sinais e sintomas associados a SS são: confusão, desorientação, agitação, irritabilidade, coma, ansiedade, hipomania, letargia, convulsões, insônia, alucinações, tontura, mioclonus, hiperreflexia, rigidez muscular, tremor, ataxia, descoordenação, arrepio, nistagmo, sinal de Babinski (bilateral), hipertermia, diaforese, taquicardia sinusal, hipertensão, taquipneia, dilatação de pupilas, pupilas não reativas, rubor facial, hipotensão, diarreia, câimbra abdominal, salivação. • →Suspensão imediata do agente causal →Descontaminação gastrintestinal: LG + CA + SM →Suporte respiratório e hemodinâmico, monitorização cardíaca →Bloqueadores inespecíficos dos receptores 5-HT – ciproheptadina; clorpromazina; propranolol; metisergide →Tratamento sintomático: ➢ Convulsão ou rigidez muscular: Diazepam ➢ Hipertermia: medidas físicas ➢ HÁ/Taquicardia: nitroprussiato, esmolol • -Benefício duvidoso se ingestão tiver ocorrido há mais de uma hora*. -Carvão ativado – melhor método -Lavagem gástrica -Emetogênicos – xarope de ipeca -Irrigação intestinal total -Catárticos (laxativos) • →Alcalinização urinária – bicarbonato de sódio →Remoção extracorpórea – hemodiálise, plasmaferese... • →Mecanismo de ação: adsorve as toxinas para que o veneno seja eliminado nas fezes. Compostos químicos ionizados são melhor adsorvidos. →Dose: 1g/kg de peso, diluído em água, via oral ou via SNG. Pode ser repetido a cada 2-4h. →Efeitos adversos: náuseas, vômitos, diarreia, constipação, prejuízo a absorção de fármacos VO. →Não é recomendado a administração após ingestão de substância corrosiva. Dificulta a endoscopia. ***Não fazer induçãoà vômito • →Procedimento: 1. Paciente em DLE (decúbito lateral esquerdo) e posição de Trendelemburg (cabeceira rebaixada) – evitar broncoaspiração. 2. Instalação de Sonda nasogástrica 3. 200 a 300ml de líquido. Administrar e aspirar até fazer uso de 5 litros*** →Efeitos adversos: 1. Broncoaspiração – não faz lavagem gástrica em paciente inconsciente ou com vias aéreas comprometidas 2. perfuração gástrica ou esofágica. →Contraindicações: 1. corrosivos ou derivados do petróleo – risco alto de perfuração e aspiração seria catastrófica. 2. vias aéreas desprotegidas e comprometidas 3. Hemorragia, perfuração e cirurgia gastresofágica recente. 4. Agitação e recusa do paciente. • 1. Emético 2. Não deve mais ser considerado. • →Metabolismo: 1. 90% - É conjugado no fígado e excretado na urina 2. 5% eliminado inalterado na urina. 3. 5% - É metabolizado pelo citocromo P450 (CYP2E1) formando NADPQI (N- Acetil-P-Benzo-Quinona-Imina) ***hepatotóxico; que é conjugada com glutation (quantidade limite no organismo; é saturado) hepático e transformado em cisteína e mercaptato, eliminados na urina. →Intoxicação: 1. Dose terapêutica máxima: 80mg/kg/dia em crianças e 4g/dia em adultos. 2. Consumo abusivo (acima de 250mg/kg/dia em crianças e 12g/dia em adultos) – depletam os estoques de glutation 3. O NADPQI – lesão hepática – transaminases > 1000 UI/L → TGO, TGP 4. Uso crônico de álcool e alguns medicamentos como anticonvulsivantes e antituberculosos aumentam ação do CYP2E1 – produzem mais NADPQI 5. Desnutrição e uso crônico de álcool depletam estoques de glutation – maior intoxicação*. 6. Seguro em hepatopatas crônicos. Provas de função hepática – bilirrubina, proteínas e coagulograma *Intervir na fase 1 →O antídoto age aumentando a disponibilidade de Glutation • 1. Medidas de suporte, lavagem gástrica, carvão ativado ou colestiramina (até 30 min). 2. Antídoto específico: N-acetilcisteína EV ou VO. -Ação: reposição de grupos sulfidrilas, que promovem a síntese de glutation hepático ou se unem a metabólitos tóxicos, substituindo o glutation. • • →Tricíclicos: →Amitriptilina, Nortriptilina e Imipramina. →Inibição da recaptação de noradrenalina e serotonina, bloqueio dos canais de sódio e potássio miocárdicos (altas doses – arritmias fatais), bloqueio dos receptores alfa adrenérgicos e colinérgicos muscarínicos (síndrome anticolinérgica). →Clínica – redução do nível de consciência, convulsões, coma, sintomas anticolinérgicos variados, taquicardia sinusal, retardos da condução ventricular, arritimias ventriculares, assistolia e hipotensão. →Diagnóstico – história e exame físico. Taxas séricas não tem correlação com gravidade. →Tratamento: 1. carvão ativado. 2. bicarbonato - acidemia agrava arritmias e alcalose aumenta ligação de droga à albumina – antidoto para paciente com distúrbio de condução ou arritmia. 3. Controle de crise convulsiva, hipotensão e arritmias. →Alterações ECG: 1. Prolongamento de QRS com atraso na ativação de VD e na condução intraventricular – onda S profunda em D1 e AVL e onda R em AVR. 2. Tratamento com bicarbonato normaliza o ECG. 3. Ver artigo • →Exemplos: propranolol, atenolol, caverdilol, metoprolol. *Glucagon é o antídoto dos betabloqueadores • →Exemplos: digoxina – inotrópico positivo utilizado no tratamento sintomático da insuficiência cardíaca -índice terapêutico pequeno -Tratamento: suspensão da utilização, avaliação clínica e anticorpo antidigoxina
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