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Semiologia Vascular

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1 Gabriela Amorim Semio III 
Semiologia Vascular 
Dentro da semiologia vascular há então a divisão 
em – sistema arterial, venoso e linfático. 
Sistema arterial 
O exame físico das artérias compreende a 
anamnese e o exame físico com algumas manobras 
especiais. 
Anamnese – atentar-se 
• Sexo (tem algumas patologias vasculares que 
atingem determinados sexos, como 
tromboangeíte obliterante que acomete mais 
mulheres) 
• Idade (doenças aterosclerantes atingem, em 
geral, pessoas mais velhas) 
• Raça (a úlcera de membros está relacionada a 
anemia falciforme sendo mais comum nos 
pacientes negros e a tromboangeíte obliterante 
acomete mais asiáticos) 
• Antecedentes pessoais (diabéticos, hipertensos, 
pessoas portadoras de lúpus eritomatoso) 
• O uso de tabaco (gera um comprometimento da 
vascularização periférica) 
Sintomas e sinais – questionar sobre a presença 
de dor, alterações da cor da pele, alterações da 
temperatura da pele, alterações tróficas e edema. 
Sempre questionar se o início foi agudo ou gradativo 
Fatores de risco – tabagismo, obesidade (altera a 
velocidade do fluxo sanguíneo), HAS, 
sedentarismo, DM e dislipidemia. 
Dor – tipo: formigamento, queimação, constrição ou 
aperto, cãibras, sensações de peso ou de fadiga, 
claudicação intermitente (sensação de cãibra e 
queimação ao fazer algum exercício, ou mesmo 
durante a caminhada, impedindo-a por conta da dor, 
paciente cessa os movimentos para descansar e 
após alguns minutos há remissão da dor, mas ao 
voltar a caminhada sente-a novamente. Com o 
progredir da doença, a distância caminhada até 
começar a dor diminui e o paciente tem que ficar 
mais tempo descansando) é a mais comum, no 
começo sente dor apenas ao realizar alguma 
atividade, ao repouso tem-se o alívio da dor, e com 
a progressão pode ocorrer a dor em repouso, pela 
perda da gravidade. 
Alterações da cor da pele – palidez, cianose, 
eritrocianose (cianose com um pouco de rubor, vai 
aparecer geralmente após algumas manobras 
realizadas), rubor, fenômeno de raynaud, livedo 
reticular (achado semiológico que dá uma aparência 
malhada e rendilhada na pele). 
 
Figura 1- Livedo Reticular 
 
Figura 2 - Fenômeno de Raynaud 
Alterações de temperatura – redução da 
temperatura da pele, se há a piora com o frio. 
Sempre aquecer a região que teve insuficiência 
arterial. 
Alterações tróficas – atrofia da pele, alterações 
ungueais, redução do tecido subcutâneo, lesões 
ulceradas, queda de pelos (pela queda da 
vascularização), úlceras: dolorosas (diferente das 
úlceras venosas), fundo pálido e rasas. 
 
2 Gabriela Amorim Semio III 
 
Artéria carótida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artéria temporal Artéria Subclávia 
 
Artéria axilar Artéria braquial 
 
Artéria ulnar Artéria radial 
 
Artéria femoral Artéria poplítea 
 
 
Artéria tibial posterior Artéria tibial anterior 
 
 
 
 
3 Gabriela Amorim Semio III 
Artéria pediosa 
 
Observar a pequena úlcera no hálux, comum aos 
pacientes que têm insuficiência cardíaca. E nos 
pacientes diabéticos, há a perda de sensibilidade 
nas extremidades, podendo machucar o pé sem 
perceber. 
Manobra de elevação das extremidades (prova 
de buerger) – prova da isquemia forçada 
• Paciente em decúbito dorsal, elevar MMI a 45-
60º (pelo próprio paciente, ou com auxílio) 
• Aguardar 1 minuto 
• Membro com aterosclerose ou obstrução 
crônica, a planta do pé fica mais pálida 
Posição pendente 
Paciente deitado, com elevação de membro inferior 
quase 90º, durante 1 min, e depois fique na posição 
sentado e com as pernas dobradas (pendente) e 
observar: 
Se há retardo para retornar à coloração normal 
(>10s) e se progressivamente apresenta hiperemia 
reativa (membro super ruborizado, com demora 
para voltar a coloração normal) 
Manobra de Adson 
• Diagnóstico de compressão da artéria subclávia 
e do plexo braquial 
• Pulso radial diminui ou desaparece com a 
extensão forçada da cabeça (palpando ou 
auscultando o pulso radial) 
Doenças das artérias 
• Aterosclerose (microangina diabética) 
• Tromboangeíte obliterante 
• Aneurismas – saculação na parede do vaso 
• Fístulas artério-venosas – geralmente, 
ocasionadas por traumas 
Síndrome isquêmica aguda – decorrente de uma 
obstrução abrupta do vaso sanguíneo, ex: AVC. 
Podendo ter dor, palidez, cianose, esfriamento, 
contratura muscular (Volkmann), bolhas (áreas 
cianóticas) e ausência de pulsos. 
Síndrome isquêmica crônica – aparecimento 
insidioso, sinais e sintomas dependem do território 
acometido. Podem ter sinais e sintomas diferentes, 
porque à medida que há a obstrução da luz 
vascular, tem-se o desenvolvimento de uma 
circulação colateral, abrandando o quadro. 
Doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) → é 
possível observar mais claramente a claudicação 
intermitente. 
Exames complementares – USG portátil e 
Doppler, tomografia, arteriografia, angiotomografia. 
 
Importante área de calcificação, com dilatação da 
luz da aorta. Geralmente, pela calcificação de uma 
placa de ateroma. 
Sistema venoso 
A circulação venosa caminha com base na pressão 
com que o VE faz. O fluxo venoso atinge o átrio 
direito em virtude de vários fatores 
• Vis a Tergo – pressão residual da sístole 
ventricular nos capilares arteriais para os 
venosos 
• Vis a Fronte – pressão do átrio direito, sucção 
cardíaca sobre as veias centrais, pressão 
 
4 Gabriela Amorim Semio III 
negativa intratorácica e pressão positiva intra-
abdominal 
• Bomba muscular 
• Sistema de válvulas 
• Batimentos arteriais 
• Volemia 
• Pressão venosa (periférica e central) 
Anamnese 
• Número de gestações (pressão do útero sobre a 
região ilíaca e da veia cava inferior) 
• Cirurgias prévias 
• Traumatismo 
• Permanência prolongada no leito 
• Imobilização prolongada com gesso ou tração 
• Uso de anticoncepcionais (alteração da 
viscosidade do sangue, com retardamento do 
sangue venoso) 
• Estado de choque 
• Desidratação 
• Antecedentes de neoplasias (compressão do 
tumor ou fenômeno paraneoplásico) 
• Prática de esportes 
• Hereditariedade (varizes em membros 
inferiores) 
• Profissões com longo tempo em pé 
Sinais e sintomas 
• Dor 
• Alterações da cor da pele 
• Alterações tróficas 
• Edema 
• Celulite 
• Hiperpigmentação 
• Eczema 
• Prurido 
• Úlceras 
• Hemorragias (por ex: pelo rompimento de 
varizes, podendo gerar até choque 
hipovolêmico) 
Dor – em peso é a mais comum, mas também pode 
ser: queimação, ardência. Presença de cansaço, 
cãibra, formigamento, pontada ou ferroada, piora no 
calor, piora quando fica em pé. 
A dor intensa associada a edema e cianose, levanta 
suspeita de trombose venosa profunda. 
Exame físico – inspeção, palpação, asculta e 
manobras especiais, olhar o panículo adiposo, 
temperatura, pele, cicatrizes e umidade. 
Realizar preferencialmente com paciente em pé, 
nos casos de varizes e decúbito dorsal em casos de 
suspeita de TVP. 
Manobras 
Brodie-Trendelenbur – para ver a viabilidade do 
óstio da veia safena (válvula) → tem três tempos. 
• Primeiro tempo – elevar os membros até 90º 
graus, para esvaziar as varizes (observar ficar 
bem vazia as veias superficiais, em torno de 2 
min), auxiliando com massagens compressoras.• Segundo tempo – depois fazer um torniquete a 
nível de raiz de coxa 
• Terceiro tempo – com o tempo pedir para o 
paciente ficar em pé. O que pode ocorrer? Três 
situações: 
1) Peça para o paciente ficar em pé ainda com 
torniquete, e ao retirá-lo observe o 
enchimento venoso, se demorar para 
ocorrer, o paciente tem um sistema venoso 
normal 
2) Se tiver um enchimento razoavelmente 
rápido, no sentindo do tornozelo para as 
coxas, caudocranial, é um sinal de que as 
veias perfurantes são insuficientes 
3) Se tirar o torniquete e voltar muito 
rapidamente no sentido craniocaudal tem 
deficiência no óstio da safena, a válvula está 
dilatada. 
Manobra dos torniquetes múltiplos – só se 
adiciona mais dois torniquetes, mas o procedimento 
é o mesmo e as repostas possíveis também. 
Perthes – serve para avaliar o sistema venoso 
profundo, faça um torniquete no terço médio da 
coxa, e peça para que o paciente caminhe, 
observando o comportamento das varizes, se elas 
esvaziarem, o paciente tem um bom sistema venoso 
profundo. Porém se durante a caminhada, as 
varizes continuarem enchendo, e o paciente até 
reclame de que as pernas estão pesadas, o sistema 
venoso profundo também está comprometido, além 
do sistema venoso superficial. 
Homans – serve para diagnóstico de trombose 
venosa profunda (TVP), procedimento: com o 
paciente com a perna esticada, força-se uma 
 
5 Gabriela Amorim Semio III 
dorsiflexão do pé, caso haja uma dor muito grande 
na região da panturrilha é um forte indicativo de 
TVP. 
Olow – realiza-se uma compressão da panturrilha, 
caso gere uma dor brutal, é indicativo da presença 
de trombose profunda. 
Denecke-payr – paciente com as pernas apoiadas 
no leito, aperta-se a planta do pé com o polegar, se 
doer a panturrilha, indica trombose venosa 
profunda. 
Principais doenças 
• Varizes – graus 
0 – ausência de varizes 
1 – telangiectasias 
2 – veias varicosas 
3 – edema 
4 – eczema, dermatite ocre 
5 – úlcera venosa cicatrizada 
6 – úlcera venosa aberta 
• Úlcera varicosa – a nível de maléolo medial ou 
lateral, pouco dolorosa, superficiais, bordas 
irregulares, fundo liso e avermelhado, pode 
associar-se a hiperpigmentação ou dermatite 
ocre 
• Trombose venosa profunda – TVP 
Os fatores mais importantes para o 
desenvolvimento de uma trombose venosa são 
aumento da coagulabilidade sanguínea, diminuição 
do fluxo sanguíneo (estase) e lesão do endotélio 
vascular – TRÍADE DE VIRCHOW 
Sinais e sintomas – febrícula (ou até uma febre mais 
alta), taquicardia, mal-estar geral, dor de 
intensidade variável, edema, empastamento da 
musculatura a nível de panturrilha. 
É a maior causa de óbitos intra-hospitalares no 
mundo e, paradoxalmente, a mais evitável. Embora 
os roteiros de profilaxia de TVP existem há mais de 
15 anos, ainda continuam sendo cumpridos em 
menos de 55%. 
Entre as complicações para as quais existem 
medidas profiláticas, a tromboembolia venosa é a 
mais frequente causa de morte em pacientes 
cirúrgicos. 
A aplicação das medidas farmacológicas de 
anticoagulacao reduz em 75%o risco de TEP entre 
pacientes cirúrgicos e 57% entre pacientes clínicos. 
A embolia pulmonar (EP) ocorre como 
consequência de um trombo, formado no sistema 
venoso profundo, que se desprende e, 
atravessando as cavidades direitas do coração, 
obstrui a artéria pulmonar ou um dos seus ramos. 
Fatores de risco 
• Imobilidade maior que 3 dias 
• Idade – após 50 anos o risco de TEP dobra a 
cada década 
• História prévia de TEP 
• Varizes de MMII 
• Obesidade 
• Distúrbios hematológicos 
• Gravidez e pós-parto 
• Terapia de reposição hormonal e contracepção 
hormonal 
• Tabagismo 
• Lúpus eritematoso sistêmico 
• Neoplasia 
• Uso de cateter venoso central 
Sistema linfático 
Os principais sinais e sintomas das afecções dos 
linfáticos são edema, linfangite e adenomegalias. 
O edema linfático pode ser ocasionado por bloqueio 
ganglionar ou dos coletores linfáticos como 
consequência de processo neoplásico, inflamatório 
(linfangite), parasitário (filariose) e após cirurgia de 
esvaziamento ganglionar. 
O edema resultante do comprometimento de 
coletores linfáticos é de instalação insidiosa, 
iniciando-se pela extremidade do membro afetado 
indo em direção à sua raiz, ascendendo lentamente 
com o passar dos meses ou dos anos. É duro, não 
depressível, frio, leva à deformidade do membro e 
não diminui substancialmente com o repouso, 
mesmo com a elevação do membro. 
Principais doenças 
Erisipela – é uma doença infecciosa produzida por 
estreptococo (Streptococcus pyogenes) do grupo A 
e raramente do grupo C. Caracteriza-se 
 
6 Gabriela Amorim Semio III 
clinicamente por febre elevada, cefaleia, náusea e 
vômito, concomitantemente, com sinais 
inflamatórios na área afetada (calor, rubor, edema e 
dor). 
Pode comprometer a pele e o tecido celular 
subcutâneo de qualquer parte do corpo, porém é 
mais frequente nos membros inferiores. 
Quase sempre se observa comprometimento de 
vasos linfáticos (linfangite) e de linfonodos 
(adenites). 
Na linfagite, observam-se faixa avermelhada e 
dolorosa no trajeto linfático, adenomegalia inguinal 
dolorosa, acompanhada quase sempre de febre 
elevada. 
 
Linfedema – é o edema resultante do 
comprometimento do sistema linfático. Suas 
características dependem da etiologia, do tempo de 
evolução e das complicações. 
Em sua fase inicial, o linfedema é mole, depressível, 
frio, indolor e regride com o repouso. Mas o de longa 
duração costuma ser duro, não depressível, frio, 
indolor e não regride com o repouso.

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