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Alteraçõe� neurológica� Nível de consciência O melhor método de avaliar o nível de consciência é por meio da Escala de Coma de Glasgow (ECG ou GCS) em todos os pacientes. - Escores de 15 a 3 - 15 = normal - 14 – 13 = coma leve - 12 – 9 = coma moderado/ gravemente intermediário - < 8 = coma profundo Nos pacientes em sedação ou analgesia a melhor escala a ser aplicada é a de Rischmond Agitation Sedation Scale (RASS) ou a Escala de Ramsey. Locais para estimulação física Características da resposta em reflexo Rischmond Agitation-sedation Scale (RASS) Escore Definição Descrição +4 combativo Extremamente combativo/violento. Perigo para a equipe +3 muito agitado Puxa/remove drenos e cateteres. Agressivo. +2 agitado Movimento sem propósito. Assincrônico com o ventilador. +1 inquieto Ansioso, mas sem movimentos agressivos/violento 0 alerto e calmo -1 obnubilado Acordado, faz contato visual (>10 seg) ao chamado. -2 sedação leve Faz contato visual (<10 seg) ao chamado. -3 sedação moderada Faz movimentos quando chamado. Não estabelece contato visual. -4 sedação profunda Não responde ao chamado. Movimenta-se com estimulação física. -5 irresponsível Sem resposta ao chamado ou estimulação física. Exame neurológico ● Inspeção ○ Fáceis ○ Atitude ○ Marcha ● Exame físico ○ motricidade voluntária ○ coordenação ○ tônus ○ reflexo ○ sensibilidade: superficial e profunda ○ trofismo ○ agnosias e apraxias ○ nervos cranianos Sensibilidade ● Sensibilidade subjetiva - Dor - Parestesias – dormências, frio e calor ● Sensibilidade objetiva - Superficial ◼ Protopática (dor, tato e frio e calor extremos) ◼ Epicrítica ( pequenas diferenças térmicas, tato fino e discriminação de 2 pontos) - Profunda – palestesia (vibração), barestesia (pressão), barognosia (peso) e batiestesia (artrocinética). Avaliação da função cerebelar O paciente com disfunção cerebelar poderá apresentar incoordenação motora. Avaliação da pupila ✓ Simetria ✓ Tamanho ✓ Reflexo fotomotor ✓ Reflexo corneano Ação simpática: midríase Ação parassimpática: miose Reação pupilar Avaliação dos reflexos ● Profundo ○ solicitar que fique relaxado e corretamente posicionado antes do exame. percutir o ponto tendinoso firmemente. caso não obtenha resposta peça ao paciente para executar um discreta contração do músculo pesquisado ou realizar a Manobra de Jendrassik (fechar os olhos e executar contração isométrica dos membros não pesquisados). ● Reflexo patelar ○ Pode ser pesquisado com o indivíduo sentado (perna pendente) ou em posição deitada, com a perna semi-fletida com a mão do examinador colocada na fossa poplítea. Resposta: extensão do joelho ● Reflexo aquileu ○ Percute-se diretamente o tensão de Aquiles com o indivíduo sentado ou apoiado sobre os joelhos. Resposta: flexão plantar do pé. ● Reflexo tricipital ○ Percute-se diretamente sobre o tendão do tríceps braquial, com o antebraço do indivíduo fletido num ângulo de 90º em relação ao braço. Resposta: contração do tríceps com extensão do antebraço. ● Reflexo bicipital ○ Percute-se diretamente sobre o tendão do músculo bíceps braquial ou com o dedo indicador do examinador sobre o tendão do bíceps. Resposta: contração do bíceps com flexão do antebraço ou pelo menos uma contração perceptível pelo polegar do examinador. ● Reflexo braquiorradial ○ Percute-se a apófise estilóide do rádio. Resposta: flexão e ligeira pronação do antebraço e contração dos reflexos da mão e dos dedos. Escala de graduação dos Reflexos Grau 0 → Ausência de reflexos Grau I → Diminuição de reflexos Grau II → Resposta Normal Grau III → Reflexo presente e algo aumentado Grau IV → Hiperreflexia franca / Aumento da área reflexógena Reflexo superficial Cutâneo-plantar: esfregar a porção lateral da planta do pé, do tornozelo até a porção anterior, com um objeto rombo. observar a reação dos dedos. Reação indiferente ou normal quando ocorrer a flexão dos dedos e/ou a retirada do pé. reação positiva ou Sinal de Babinski quando ocorrer uma extensão do hálux e dos outros dedos. Resposta normal: Flexão do grande artelho Resposta anormal: Sinal de Babinski Sinal de Babinski: Extensão do 1° Pododáctilo e abertura em leque dos outros dedos. - Presente em crianças até 2 anos de idade e lesões do feixe piramidal. Cutâneo-abdominal: esfregar com um objeto rombo as regiões laterais do abdome (superior, média e inferior), em direção à linha média. Observar a contração da musculatura. comparar com o lado oposto e com as 3 regiões. reação normal quando ocorrer a contratura unilateral ou não ocorrer em nenhuma das regiões (em obesos ou pós cirurgia de abdome). Palmo-mentoniano: esfregar com um objeto rombo a palma da mão em direção ao polegar / indicador. observar a contração do mento homolateral. reação normal quando não ocorrer a contratura. reação anormal ou reflexo presente quando a contratura ocorrer (desfrontalização). Reflexo flexor dos dedos. Naso-labial: percutir com a ponta do indicador o lábio superior abaixo do nariz. Observar a ocorrência de sucção dos lábios. Reação normal quando não ocorrer a contratura. Reação anormal ou reflexo presente (não inibido – significa desfrontalização) quando a contratura ocorrer Glabelar: percutir com a ponta do indicador a gabela. Observar a ocorrência de piscamento. Reação normal quando não ocorrer o piscamento. Reação anormal ou reflexo presente (não inibido – significa desfrontalização) quando o piscamento ocorrer. Coordenação Movimentos rápidos alternados (diadococinesia): Em posição sentada executar alternadamente bater o dorso e a palma das mãos nas coxas. Bater a ponta do indicador na ponta do polegar o mais rápido possível em ambas as mãos. Observar o ritmo e a simetria dos movimentos. Verificada pelas provas: ➔ Dedo – Nariz ➔ Dedo a Dedo ➔ Calcanhar – Joelho ➔ de movimentos Alternantes ➔ para Ataxia de Tronco Prova dedo-nariz -Movimentos rápidos e sucessivos, tentando colocar a ponta do indicador na extremidade do nariz - A prova realiza-se para os dois lados -Paciente com os olhos abertos e fechados Prova dedo-dedo -Paciente tenta fazer coincidir seu indicador com o do examinador -Movimentos rápidos e sucessivos -Realizada somente com os olhos abertos Prova calcanhar-joelho - Paciente em decúbito dorsal -Colocar o calcanhar direito no joelho esquerdo - Repetir com o lado inverso Prova dos movimentos alternados Solicitar que o paciente realize movimentos rápidos e sucessivos de pronação e supinação das mãos. Ataxia do tronco Impossibilidade de caminhar trançando as pernas. Mudança da posição “deitada” para “sentada”, elevação demasiada dos membros inferiores. Ato difícil ou quase impossível. Coordenação estática Manobra de Romberg Paciente em posição vertical. Pés juntos/olhando para frente. Permanecer alguns segundos. Em seguida, fechar as pálpebras. Romberg Negativo – nada acontece ou pequenas oscilações. Romberg Positivo – desequilíbrio e forte tendência a queda. Disidadococinesia: incapacidade de movimentos opostos serem executados sucessivamente de modo rápido. Dismetria: erros de direção, medida ou de disposição temporal na realização de ato motor voluntário. Dissinergia: falta de coordenação dos movimentos do tronco. Sistema sensitivo Dor e Tato: Explicar ao paciente o teste a ser realizado e peça que mantenha os olhos fechados e informe ao examinador quando a sensibilidade for alterada (aumentada, diferente ou reduzida). Comparar áreas simétricas em ambos lados do corpo e segmentos proximais e distais. Caso exista suspeita de lesão medular, radicular, nervosa pesquisar a área sensitiva correspondente bilateralmente e registrar detalhadamente os limites da alteração. Utilizar um palito com ponta para e testar a dor. Senso de posição Segurar lateralmente o hálux e mova lentamente para cima e para baixo, informe ao paciente quando está movendo para cima e para baixo. Solicitar que feche os olhos e informe a direção que está movendo o dedo. Se alterado, realizar o procedimento no polegar. Avaliação do sistema motor Reflexo oculovestibular:instilação de água gelada contra a membrana timpânica, com cabeceira elevada 30º. Observar presença de assimetrias, atrofias e movimentos involuntários. Movimentos involuntários (espontâneos) ➔ Anormais – tremores, clono, convulsões, coréia, atetose, torção e balismo ➔ Provocados – reflexos superficiais e profundos ➔ Outros movimentos provocados: Babinski, Sincinesias, Clono, Trepidação, Automatismos, etc. Tônus muscular Solicitar que fique relaxado e sem opor resistência a mobilização dos membros; com uma das mão apoiar o braço e com a outra mão segurar a mão do paciente, efetuando movimentos de flexão, extensão e rotação dos membros superiores. ➔ Outra manobra é segurar ambas as mãos do paciente sentado, efetuando simultaneamente movimentos de flexão/extensão e rotação dos membros superiores; com o paciente deitado colocar uma das mãos na panturrilha e a outra mão segurar o pé efetuando movimentos de flexão, extensão e rotação dos membros inferiores; observar a simetria do tônus muscular e a presença de redução (hipotonia) ou de aumento (hipertonia plástica ou espástica). Força muscular Testar a força fazendo o paciente manter uma posição, enquanto o examinador tenta vencer a resistência. Sempre comparar a força de um músculo com o seu oposto. Registrar a força encontrada conforme a escala de força desvio em pronação: - solicitar que mantenha os membros superiores estendidos para frente, com as palmas das mãos viradas para cima e os olhos fechados por 20 a 30 segundos. - o examinador executa breves movimentos forçando os braços para baixo. - verificar se o paciente não é capaz de manter a extensão e a supinação. - Caso evolua lentamente para pronação e queda do membro superior, sugere paresia do membro. Escala de força muscular Grau Descrição Zero nenhuma contração muscular visível 1 vê-se ou palpa-se uma contração muscular, mas não há movimento através de uma articulação 2 capacidade de mover um membro, sem conseguir um movimento anti gravitacional. 3 movimento ativo contra gravidade, porém não contra a resistência 4 movimento ativo contra a gravidade e vence uma pequena resistência 5 força muscular normal Marcha e equilíbrio Observar em pé e sentado durante a entrevista e o exame, verificar se mantém a posição sem oscilações ou quedas para os lados e para trás. Pedir para caminhar em linha reta alguns metros e voltar. Observar o padrão de marcha. Caso não seja característico (por exemplo hemiplégica ou parkinsoniana) descrever detalhadamente. Caminhar na ponta dos pés e nos calcanhares. Provas de avaliação do sistema motor Prova de Brudzinski: paciente em posição dorsal, fazer flexão da cabeça. O mesmo deverá manter os MMII relaxados. Fletir os MMII é sinal de lesão meníngea. Prova de Lewinson: ao encostar o queixo no tórax com a boca aberta, o paciente não deve apresentar rigidez de nuca. A rigidez de nuca é indicativo de meningite ou hemorragia meníngea. Prova de Losègue: posição dorsal ao fletir (30° de elevação) a coxa sobre o quadril o paciente não deve apresentar dor. Dor na face posterior da coxa indica comprometimento da raiz nervosa. Prova de Kernig: decúbito dorsal, flexionar uma das coxas (ângulo de 90°) sobre o quadril e após a perna sobre o joelho, o paciente não deve apresentar dor ou resistência ao longo do trajeto do nervo ciático. Se presente sinal de meningite ou hemorragia subaracnóide. Avaliação do sistema motor Realizado em pacientes com alterações de nível de consciência. Gira-se a cabeça para o lado esquerdo e os olhos giram para o lado direito. É indicativo de tronco cerebral intacto. Movimentos assimétricos, desconjugados ou ausentes é sinal de disfunção de tronco cerebral. Não realizar este exame em pacientes com fratura de coluna.
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