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Neuro Avaliação Neurológica · Anamnese: (...) Observar condições do meio ambiente, emocional, físico e cognitivo, (ênfase em situação de moradia, cuidados pessoais, estado de alerta, marcha e fala). Exame Neurológico · Função Cerebral: - Estado mental, Função cognitiva, Orientação no tempo e espaço. (Aspecto e comportamento do indivíduo, Modo de vestir, Higiene, Postura, Gestos, Expressão facial, Atividade motora, Fala coerente, Alerta, Sonolento). · TESTES para função cerebral: - repetição de números para frente e para trás. - Subtração de sete em sete a partir de 100. - Lembrar endereço ou objeto após 3 minutos. - Capacidade de ler. · Escala de coma de Glasgow: Mede o nível de consciência - Ocular 4 espontânea: abre os olhos sem estímulo 3 ao som: abre os olhos quando chamado 2 a pressão: abre os olhos após pressão nos dedos 1 ausente: não abre os olhos - Verbal 5 orientada: responde adequadamente 4 confusa: responde em frases 3 palavras: não formula frases 2 sons: produz apenas gemidos 1 ausente: não produz sons - Motora 6 a ordem: cumpre ordens 5 localizadora: eleva a mão acima do nível da clavícula 4 flexão normal: mão não alcança o estimulo mas há flexão rápida 3 flexão anormal: mão não alcança o estimulo mas há flexão lenta 2 extensão: há uma extensão do braço 1 ausente: não há resposta motora - Pacientes com escore de 8 ou menos são consideradas comatosos (quanto menor o escore mais grave o coma) Exame Funcional · Sistema motor: - Tônus muscular: tensão muscular, Hipertônica ou Hipotônica. - Hipertonia: espástica: resistência ao movi passivo que depende da velocidade. Rígida: resistência que permanece constante (independente da velocidade). - Espasticidade: resistência ao movimento passivo brusco. - Roda denteada: frouxidão e resistência ao movi passivo. - Rigidez de cano de chumbo: não cede ao movi passivo. - Clonus: alt espasmódicas do músculo. - Espasmos: contrações involuntárias do musc. · Escala Modificada de Ashworth: Mede a resistência muscular ao movi passivo (tônus) 0. Nenhum aumento de tônus 1. Leve aumento com tensão momentânea 1+ Leve aumento de tônus com tensão abrupta 2. Aumento marcante de tônus 3. Considerável aumento de tônus, o movimento passivo é difícil 4. Parte afetada rígida em padrão postural - Lesão de neurônio motor superior causa aumento do tônus - Lesão de neurônio motor inferior causa hipotonia · ADM: Observar velocidade, habilidade e energia. Medido através do goniômetro. · Força Muscular: quantificado pela escala de força muscular. Classificar em flácida, normal, rígida. · Escala de força muscular: 0 Nenhuma contração (plegia) 1 Contração sem movimento 2 Contração com movimento vencendo a gravidade sem ADM completa 3 Contração com movimento contra a gravidade, ADM completa e sem resistência 4 Contração com movimento vencendo resistência moderada e ADM completa 5 Normal, vence grande resistência e ADM completa · Coordenação Motora: - MMSS: - Índex-nariz: dedos até o nariz - Índex-índex: dedos com dedos - Índex-dedo do fisio - Prova gráfica (ligar 2 pontos) - Bate e vira mão na coxa - MMII: - Calcanhar/joelho calcanhar/ponta do pé: Paciente decúbito dorsal, leve flexão de joelho, pede ao paciente que toque alternadamente o joelho e o dedão do pé com o calcanhar do membro oposto. - Desenhando um círculo: o paciente, na posição supino, tem que desenhar um círculo imaginário no ar com o membro superior ou com o membro inferior. · Marchas patológicas - 1º motoneurônio (espasmos) CEIFANTE – pé equino com mmii em extensão e hipertônico aparentando ser maior que o oposto. ESPASTICA – ceifante associado ao mmss = AVE (braço em flexão de cotovelo rotação interna e adução do ombro e flexão dos dedos). TESOURA – hipertonia cintura pélvica e mm adutores. As coxas se unem e as pernas se cruzam do lado oposto. DIGITÍGRADA – hipertonia do tríceps sural. Assemelha-se a bailarina. PARKINSONIANA - cabeça fletida, passos curtos, cotovelos e joelhos com discreta flexão. Dificuldade de iniciar o movimento. EMBRIOSA (TAXIA CEREBELAR) – base de sustentação alargada. Movimento de zig-zag. - 2º motoneurônio (flacidez) TALONANTE (CALCANEANTE) – base de sustentação alargado. Marcha insegura. Levanta o pé em excesso para em seguida pisar com o calcâneo ao solo. (OBS: Também é lesão do 1º motoneurônio) ESCARVANTE – lesão a nível fibular. Sem dorsiflexão, necessita maior flexão de joelho com maior elevação do pé. TRENDELESBURG – Depressão da pelve devido ao déficit do glúteo médio. MIOPÁTICA (ANSERINA) - desnível da cintura pélvica, hiperlordose e aumento da base de sustentação para tentar se manter em postura ereta. · Equilíbrio: Sistema vestibular, motossensorial, proprioceptiva, visual. Dinâmico: - Marcha: Marchar no lugar - Trocas de postura: Passar de uma postura confortável, para pés unidos. Com um pé diretamente diante do outro (caminhar encostando o hálux no calcanhar do outro pé) - Transferência: Apoiar em somente um os pés. Alternar entre a flexão de tronco e o retorno a posição ereta. - Prova de Stewart – Holmes Pede-se ao paciente que deve estar sentado para executar uma flexão do antebraço contra resistência oposta pelo examinador que bruscamente a relaxa. Teste positivo se o antebraço não frear o movimento. -Prova dos movimentos alternados: Ordena-se ao paciente que estenda os antebraços e mãos e efetue, com a maior velocidade possível, movimentos sucessivos de pronação e supinação. Teste positivo se o movimento de um dos lados for lento e mal executado Estático: - Sinal de Romberg: Em pé, mantem os pés unidos por 1 minuto cada com olhos abertos + com os olhos fechados. Positivo se balançar ou cair. · Padrões posturais: Descrever a postura que o indivíduo adota nas diferentes posições e como permanecem os membros superiores e inferiores, o tronco, o pescoço e a cabeça. (Em inclinação/lateral, rotação, flexão, extensão) · Reações posturais: deve ser avaliado a presença de movimentos ativos ou mudanças no tônus buscando o reajuste postural frente a um estímulo aplicado. -Classificação: (0) ausente (1) Presente (2) Presente incompleta -Na posição sentada: O paciente deve estar sentado com ambos os pés apoiados no chão, mãos apoiadas sobre as coxas. O avaliador deve retirar, rapidamente, um MI do chão elevando-o em tríplice flexão; a elevação dependerá da reação testada. -Reação de endireitamento: elevar o MI à 5-10 cm de distância do chão. -Reação de equilíbrio: elevar o MI à 10-20 cm de distância do chão. -Reação de proteção: elevar o MI à 25-35 cm de distância do chão. -Na posição ortostática: O paciente deve estar de pé, com os braços ao longo do tronco, o avaliador aplicará uma força para deslocar o paciente. A intensidade do deslocamento dependerá da reação a ser testada. -Reação de endireitamento: a força aplicada deve ser o suficiente para provocar um leve deslocamento do centro de gravidade. -Reação de equilíbrio: a força deve ser um pouco mais intensa que a anterior. -Reação de proteção: a força deve ser o suficiente para que o paciente precise alargar a sua base de suporte para se manter de pé. -Estímulo anterior: a força deve ser aplicada na região da cicatriz umbilical. -Estímulo posterior: a força deve ser aplicada na região lombar. -Estímulo lateral: a força deve ser aplicada na região das cristas ilíacas, direita e depois esquerda. · Sistema Sensitivo: identificação em duas etapas - Sensação: através de objetos (se sente o objeto). - Interpretação: identificação dos objetos (que objeto é). - Sensibilidade Superficial: - Tátil: algodão ou pincel - Térmica: água quente e fria - Dolorosa: agulha - Sensibilidade Profunda: - Barestesia: teste através de pesos - Cinestésica: é a percepção dinâmica e estática do corpo e suas partes (dizer se ele sabe a posição em que se encontram seus membros). - Palestésica: conta com o auxílio de um diapasão de vibrações lentas - Sensibilidade Combinada: - Estereognosia: reconhecer objetos e texturas (tecido, esponja). - Grafestesia: letras e números desenhadosna palma da mão - Discriminação tátil: reconhecer o toque em dois pontos (compasso de weber). - Comparação entre dois pontos: realizado com um instrumento rígido de pontas arranjadas em pares em diferentes distâncias para serem levemente pressionadas sobre a região avaliada. · Manobras deficitárias: -Manobras dos braços estendidos: Paciente na posição sentada, deve manter seus membros superiores na posição de juramento, com os dedos afastados em do outro. Teste positivo se dentro de um minuto o membro parético apresenta oscilações e tende a abaixar-se lenta e progressivamente. -Manobra de Mingazzini: Paciente em decúbito dorsal flete as pernas em ângulo reto sobre as coxas e estas sobre a bacia. Teste positivo se surgir oscilações e/ou queda progressiva do segmento. -Manobra de Barré: Paciente em decúbito ventral, com as pernas fletidas formando um ângulo reto com as coxas. Teste positivo se surgir oscilações e/ou queda imediata ou progressiva de uma ou de ambas as pernas. -Prova da queda do joelho: Paciente em decúbito dorsal, pernas fletidas sobre as coxas, calcanhares apoiados no tablado, pés em flexão sobre as pernas. Teste positivo se notar progressiv extensão deste segmento e os joelhos tendem a baixar-se até a posição horizontal, em 2 ou 3 minutos. -Prova da queda do membro inferior em abdução: Decúbito dorsal, as pernas são fletidas sobre as coxas, mantendo-se o apoio plantar bilateral sobre o leito, de tal forma que os membros inferiores formem com o tronco um ângulo reto. Teste positivo se surgir que do membro de abdução de maneira progressiva ou imediata. -Prova da mão escavada: Paciente em decúbito dorsal, antebraços fletidos em 90 graus sobre os braços, mãos dispostas verticalmente, no mesmo plano que os antebraços e com a face palmar voltada para dentro. Teste positivo se a mão cair bruscamente. -Prova do afastamento dos dedos: O paciente deverá manter as mãos abertas e separar os dedos uns dos outros, tanto quanto possível. Teste positivo se há tendência à flexão e a região palmar apresenta-se escavada. · Reflexos: respostas involuntárias a estímulos externos. Usa-se o martelo de reflexos · Reflexos tendinosos profundo -Bíceps (inervados por C5 e C6) -Braquial radial (por C6) -Tríceps (por C7) -Flexores dos dedos distais (por C8) -Reflexo do joelho no quadríceps (por L4) -Reflexo do tornozelo (por S1) · Reflexos patológicos · O reflexo de Babinski avalia a resposta plantar. A resposta reflexa normal é a flexão do hálux. A resposta anormal é mais lenta e consiste em extensão do hálux com abdução dos outros dedos, geralmente acompanhadas de flexão do joelho e do quadril. Esta reação é de um reflexo de origem espinal e indica desinibição espinal decorrente de lesão do neurônio motor superior. -Para o reflexo de Babinski, percute-se firmemente a região lateral da planta do calcanhar até o metatarso do pé com um abaixador de língua ou com a extremidade de um martelo. O estímulo deve ser doloroso, mas sem causar lesão; · O reflexo de preensão está presente quando se toca delicadamente a palma do paciente, leva-se a flexão dos dedos e a segurar o dedo do examinador. · O clônus (alternâncias rápidas e rítmicas de relaxamento e contração muscular causadas pelo estiramento passivo e súbito do tendão) é realizado pela dorsiflexão rápida do pé no tornozelo. O clônus sustentado sugere lesão de neurônio motor superior. · O reflexo abdominal superficial é provocado tocando levemente os 4 quadrantes do abdômen perto do umbigo com um bastão de madeira aplicador de algodão ou uma ferramenta similar. A resposta normal é a contração dos músculos abdominais fazendo o umbigo se mover para a área sendo tocada. A diminuição desse reflexo pode decorrer de lesão central, obesidade ou flacidez de músculos esqueléticos; sua ausência pode indicar lesão da coluna vertebral. · Automatismos são reações reflexas que surgem nas lesões graves da medula, após a fase aguda, de choque medular. Estão geralmente associados à espasticidade e são movimentos involuntários dos membros em flexão ou extensão. (Paciente vem informando “minhas pernas pulam do nada”, “minha perna repuxa e fica com uma câimbra). · Escala de frequência de espasmo Penn (PSFS): é baseada no auto-relato. Avaliação de automatismos medulares mede a frequência dos espasmos dos membros inferiores, por hora. 0 sem espasmo 1 espasmos suaves induzidas pela estimulação 2 espasmos completos raros que ocorrem menos de uma vez por hora 3 espasmos que ocorrem mais de uma vez por hora 4 espasmos que ocorrem mais do que 10 vezes por hora. · Tríciple flexão: faz uma pressão na planta do pé do paciente e ele flexiona · Sincinesias são contrações musculares involuntárias que ocorrem com o movimento voluntário de um grupo muscular diferente. (Considerada uma complicação pós paralisia) · Os reflexos de esfíncter podem ser testados durante o exame retal. Para avaliar o tônus do esfíncter (níveis das raízes de S2-S4), o examinador insere o dedo enluvado no reto e solicita ao paciente que aperte. Alternativamente, quando a região perianal é tocada levemente com algodão, a resposta normal é a contração do esfíncter externo do ânus (reflexo da prega anal). O tônus retal torna-se frouxo tipicamente em pacientes com lesão espinal aguda ou síndrome da cauda equina. · Para o reflexo bulboesponjoso, que testa os níveis S2-S4, o dorso do pênis é percutido; a resposta normal é a contração do músculo bulboesponjoso. · Para o reflexo cremastérico, que testa o nível L2, a área é percutida para cima na porção média da coxa 7,6 cm abaixo da prega inguinal; a resposta normal é a elevação do testículo ipsolateral.
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