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Aluna: Larissa Clemente Quintalino William Bill Phillips, economista neozelandês que viveu na Inglaterra, conhecido por duas grandes obras: o computador Moniac e a curva de Phillips. Antes de se interessar pela economia William estudou engenharia elétrica, somente após a Segunda Guerra Mundial ao estudar Sociologia na London School of Economics que seu interesse por economia foi despertado, mais especificamente por assuntos da área de macroeconomia. Com base em seus conhecimentos na área da engenharia Phillips desenvolveu um computador analógico que nomeou de Moniac, era composto por reservatórios de água que representavam os agregados macroeconômicos, como por exemplo, a renda nacional, o consumo, as exportações, as importações, etc. Assim ele utilizava da hidráulica para explicar como o dinheiro circulava dentro do sistema econômico. Após ampliar seus conhecimentos em economia, o autor publica um artigo chamado “A Relação entre o Desemprego e a Taxa de Variação de Salários Monetários no Reino Unido”, uma observação relevante sobre esse artigo é que o que conhecemos como inflação atualmente, é mencionada no artigo como taxa de variação dos salários nominais. A relação feita no artigo já existia, foi feita pelo economista Irving Fischer e foi publicada como “Uma Relação Estatística entre Desemprego e Mudança de Preços”, no entanto Phillips se aprofundou mais no assunto em seu artigo. Os economistas Paul Samuelson e Robert Solow aplicaram a teoria de Phillips no sistema econômico americano, no entanto eles substituíram a taxa de variação dos salários nominais pela taxa de inflação. Após a contribuição dos dois economistas o que era apenas uma correlação entre duas variáveis é nomeada de “Curva de Phillips” e passa a ser considerada uma peça fundamental na decisão de políticas macroeconômicas das autoridades governamentais. Como um exemplo desse cenário temos a decisão do governo de optar por uma taxa de inflação mais elevada na economia, ou seja, uma ação de apelo da política fiscal expansionista, que resultaria na queda de desemprego. De acordo com a política econômica, a Curva de Phillips indica que em muitos casos a redução do desemprego resulta em uma elevação dos salários monetários, no caso a inflação, como também o contrário, quando a redução dos salários monetários implica no aumento da taxa de desemprego, uma política de combate à inflação. Em macroeconomia é utilizado o termo trade-off para representar um conflito de escolhas entre a inflação e o desemprego. Esse termo é utilizado quando uma escolha está associada a um determinado custo de oportunidade, significando, que ao se optar por uma determinada situação ou se perde ou se deixa de ganhar uma outra posição qualquer. A teoria é considerada válida somente diante do contexto do curto prazo, em que a economia passa por períodos de expansão e recessão, no mesmo instante em que ocorre o trade-off entre inflação e desemprego. Em um cenário de expansão de curto prazo na economia é possível visualizar uma diminuição do desemprego, como também ajustes de preços que aumentam a inflação. Enquanto que no longo prazo, a curva ganha uma forma vertical, visto que não é possível haver trade-off e ajustes entre os dois fatores analisados. Entretanto, na década de 1970, ao aplicar a teoria de Phillips em estudos realistas ou empíricos ela não funcionou, pois nesse período a relação entre desemprego e inflação foi positiva contrariando a teoria. É possível concluir com isso que a relação entre as variáveis não era estável e mudava de país para país.
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