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Assuntos da educação de surdo como: Metodologia de Ensino, Língua a forma ser utilizada, avaliação sempre e tiveram (estão) presentes em congressos estudo e pesquisas nessa área; • Percurso reflete as experiências politicas ideológicas, culturais e econômicas vivenciadas em um dado momento histórico: • Registram-se nesse percurso três modelos educacionais partilhados pela Pedagogia e vivenciados até os dias atuais na educação de surdos; Oralismo (Alemanha Samuel Heinick) Comunicação Total Bilinguismo; (achados no Brasil 1980 (Lucinda Ferreira Brito e Eulalia Fernandes) Oralista e Bilinguista, século XVlll? • A partir do Congresso de Milão em 1880 Oficializando - ORALISMO; • Somente no final do século XX este paradigma muda, com os avanços da língua de sinais na educação, decorrentes das inúmeras pesquisas linguísticas das línguas de sinais iniciadas por Stokoe, nos anos de 1960, que estabelecem o status linguístico das diversas línguas de sinais. Concepções Teóricas • “Sob o impacto dessas pesquisas básicas sobre a língua americana de sinais, nos anos 1970, a filosofia educacional oralista estrita cedeu à • filosofia educacional da comunicação total” (CAPOVILLA, 2000, p. 104).; • Com o decorrer de sua disseminação, porém, ela se mostrou insuficiente já “que nem os sinais nem as palavras faladas podiam ser compreendidos plenamente por si sós” (CAPOVILLA, 2000, p. 109).; • Desta forma, a língua de sinais, neste período do século XX, auxiliada pelo aprofundamento da sua compreensão e complexidade linguística, se transforma no principal instrumento da filosofia do bilinguismo que propõe a convivência, porém a não simultaneidade das duas línguas, oportunizando ao surdo seu desenvolvimento de habilidades em sua língua primária de sinais e na secundária, escrita, excluindo o objetivo do desenvolvimento da fala; • No Brasil, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996, a Educação Especial, embasada na Declaração de Salamanca (1994), assume a política nacional de inclusão que tem como objetivo a promoção da educação para todos. • Desta forma, o surdo é incluído no ensino regular sem que a discussão do método de ensino fosse reconsiderada e a visão clínica- terapêutica e oralista modificada; • Em 24 de abril 2002, após muitas “batalhas” do povo surdo, finalmente a Lei nº 10.436 foi sancionada. • Reconhecendo a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão. • Entende-se como Língua Brasileira de Sinais (Libras) a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil (BRASIL, 2002). • A educação dos surdos toma novos rumos e a luta do povo surdo em defesa de uma educação bilíngue se evidencia, novas políticas inclusivas são traçadas e discutidas como o Decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a Lei 10.439/2002 e o artigo 18 da Lei 10.098, de dezembro de 2000 (sobre a formação de intérpretes e tradutores em Libras). • Contudo, as discussões de métodos, práticas e visões permanecem, o decreto 5.626; • Capítulo VI art. 22 §3º deixa claro que os pais e os próprios alunos podem optar e dar preferência pela educação sem o uso de Libras. • Desta forma, apesar de o método bilíngue ter adquirido bastante força com o movimento surdo, o método de ensino não é consenso na atualidade, persistindo, em diversos espaços escolares, tanto o oralismo quanto o bilinguismo. As filosofias educacionais para o surdo na história contemporânea • No século XVIII, coexistiam dois métodos de ensino para os surdos, o método francês, propagado pelo Abade Michel de L’Epée; • O método Alemão Samuel Heinicke, que defendia toda a instrução partindo do desenvolvimento da oralização dos surdos; • Capovilla (2000) este método tem em sua raiz o ufanismo e a formação da própria identidade nacional alemã. • Foi em 1880, em um período da história marcado por um forte nacionalismo das potências europeias, que ocorre o importante Congresso de Milão onde se tem um divisor de águas sobre a educação para surdos; • Esta tese da hegemonia do ouvir e do falar será responsável por reconsiderações na forma e metodologia das várias instituições da época. • Assim, as propostas oralistas contaram com a chancelada oficial do Congresso de Milão, fazendo de grande parte das escolas para surdos espaços de reabilitação, de ortopedia da fala, de normalização de indivíduos ‘anormais’ (EIJI, 2016, p. 1). As filosofias educacionais para surdos: Oralismo, Comunicação Total e Biliguismo. • Oralismo é o processo pelo qual se pretende capacitar o surdo na compreensão e na produção de linguagem oral e que parte do princípio de que o indivíduo surdo, mesmo não possuindo o nível de audição para receber os sons da fala, pode se constituir como interlocutor por meio da linguagem oral. • Existem diferentes formas de trabalho orais descritas na literatura, entretanto, todas elas têm como pressuposto que as crianças com perda auditiva devem desenvolver a língua oral como primeira língua, a fim de integrá-las a comunidade geral. Oralismo • Os oralistas percebem a surdez como uma deficiência que deve ser minimizada pela estimulação auditiva a fim de alcançar a normalidade e a integração à comunidade ouvinte. • Para os estudiosos defensores do Oralismo a linguagem delimita-se apenas a fala; • O objetivo dessa corrente era aproximar a pessoa surda da normalidade e não à surdez (Goldfeld; Guarzinello); • A instalação do método oralista envolveu por cerca de 100 anos a aplicação de verbas públicas e privadas em setores da saúde e educação – equipamentos para reabilitação de resíduos auditivos e capacitação de professores reabilitadores; Para que a criança desenvolva a fala e a audição, o método oral baseia-se em uma série de fundamentos: • Diagnóstico precoce; • Avaliação precisa do grau e tipo da perda auditiva; • Adaptação do aparelho de amplificação sonora individual adequado o mais breve possível; • Imediata reeducação ao som e à fala; • Colaboração máxima dos pais no processo de reabilitação; • Conviver com crianças ouvintes; inserção em escola regular, garantindo a compreensão e colaboração dos professores (a criança só será encaminhada a escola especial se o seu desenvolvimento não for o esperado na escola regular). Comunicação Total: • A comunicação total é uma filosofia, que tem como principal preocupação, estabelecer a comunicação entre surdos e surdos e entre surdos e ouvintes. Esta filosofia se preocupa também com a aprendizagem da língua oral pela criança surda, ela defende a utilização de recursos espaço-viso-manuais como facilitadores da comunicação. • Uma patologia, que precisa ser eliminada, mas como uma pessoa, e a surdez como uma marca que influencia no desenvolvimento dessa pessoa. • A comunicação total acredita que somente o aprendizado da língua oral, não garante pleno desenvolvimento da criança surda, visto que o desenvolvimento cognitivo, social e emocional, não é garantido com o uso exclusivo desta língua. • Uma das diferenças entre a comunicação total e as outras filosofias, é que esta defende o uso de qualquer recurso linguístico, seja a língua de sinais, a linguagem oral ou códigos manuais, facilitando a comunicação com as pessoas surdas. A comunicação total privilegia a comunicação e a interação e não apenas a língua (ou línguas). Outra característica importante é que essa filosofia valoriza bastante a família da criança surda, acreditando quea esta, cabe o papel de compartilhar seus valores e significados • A comunicação total recomenda o uso simultâneo desses códigos manuais, com a língua oral, esta forma simultânea é chamada de bimodalismo. • A língua de sinais não pode ser utilizada simultaneamente com o português, pois não temos capacidade neurológica para processar simultaneamente duas línguas com estruturas diferentes. Esta filosofia acredita que cabe a família decidir qual a forma de educação que seu filho terá, Biliguismo: • O biliguismo, aliado aos estudos linguísticos, teve origem a partir das mobilizações que, por sua vez, mostrava a insatisfação dos surdos com a proibição do uso da língua de sinais. • O modelo bilingue de educação pressupõe uma postura de respeito humano aos surdos, fazendo com que eles se desenvolvam não como aqueles que têm uma dificuldade que tendem ao fracasso, mas sim como indivíduos capazes e completos. • O surdo é concebido como individuo pertencente a uma comunidade minoritária (comunidade surda), usuário da língua de sinais que tem as mesmas potencialidades que qualquer indivíduo ouvinte. • O trabalho através da proposta bilingue é feito de forma que o surdo desenvolva competências em duas línguas: a língua de sinais e a língua utilizada pela comunidade majoritária ouvinte. • O bilinguismo, do mesmo modo que outras filosofias, não é uma filosofia homogênea. Os profissionais atuam e pesquisam seguindo diferentes abordagens nessa linha teórica. Vale ressaltar que o bilinguismo não se resume a aquisição de duas línguas e sim uma mudança filosófica de postura política, cultural, social e educacional, sendo necessário dar importância à língua e linguagem que o surdo possui, ao que ele sente e como ele vê e percebe o mundo. • Modelo Sucessivo - Primeiro a pessoa surda(criança) adquire a L1 quando já estiver apropriada será imersa. • Modelo Simultâneo - A pessoa surda (criança) inserida nas duas línguas simultaneamente – Porém em momentos diferentes para evitar conflitos; Segundo Brito (1996) o Bilinguismo é um importante via de desenvolvimento do surdo; • Propiciando a comunicação – desempenha importante função de suporte do pensamento e estimulação dos aspectos: cognitivo e social SKLIAR ASPECTOS 1998. • Tradicional: Principio a técnica clínica de medicalização da surdez – identidade da surdez mínima ou quase inexistente; • Humanista e Liberal: Revela a igualdade natural entre surdos e ouvintes; • Progressistas: Caracteriza-se pela diferença cultural que caracteriza da surdez, sem uma preocupação histórica social e política de alguns membros da comunidade surda; • Bilinguismo Critico: As escolas que usam a língua de sinais como mediação com o oral e não como a produção cultural linguística; Ficando claro na proposta Bilingue que a principal preocupação de seus defensores é :Respeitar a autonomia das línguas de sinais e oral;