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Medicina Veterinária Material de Apoio 1 1- De acordo com os experimentos de Pasteur, o famoso "pescoço de cisne", provou ao mundo que a geração espontânea não tinha base científica. Descreva, com suas palavras, o citado experimento. Atualmente, quais critérios podemos utilizar para fazer classificação dos níveis de biossegurança de um determinado micro organismo? Cite 4 boas práticas de laboratório, utilizadas nos laboratórios de microbiologia. R: Pasteur em seu experimento pegou caldos nutritivos em dois frascos e aqueceu até a ebulição, que pela lógica da época todos os microrganismos do caldo estariam mortos. Depois deformou o gargalo de um dos frascos, que ficou alongado e curvo num formato de S ou de pescoço de cisne, o outro deixou normal. Ambos os frascos ficaram em repouso e após um tempo Pasteur observou que o frasco que não foi modificado estava opaco, ou seja, já apresentava sinais de contaminação, pois seu acesso era mais fácil por causa da abertura, enquanto o frasco com gargalo de cisne o caldo mantinha o aspecto límpido. Como sua intenção era provar que os microrganismos vinham do ambiente, ele quebrou a ponta do gargalo em forma de pescoço de cisne e observou que após um tempo o líquido estava contaminado igual o outro. E assim, Pasteur provou que a geração espontânea não tinha base científica. As boas práticas de laboratório vão depender do grau de nível de segurança do laboratório, de uma forma geral podemos citar o uso de equipamentos de proteção como luvas, jaleco, óculos, máscaras, cuidados pessoais, como não usar joias, não levar a mão a boca e olhos, não usar a roupa do laboratório fora dele, lavar as mãos ao entrar e sair, técnicas, como não pipetar com a boca, não deixar a porta do laboratório aberta, usar cabines de contenção entre muitas outras. 2 - O que são plasmídeos? Onde estão localizados ? Qual a principal importância médico veterinária destas organelas atualmente? Na célula bacteriana, atual para o mundo. R: Plasmídeos são moléculas duplas de DNA circular extracromossomial e intracelular que encontramos no citoplasma das bactérias e as vezes em organismos eucarióticos unicelulares, é diferente do DNA cromossômico, ou seja, do DNA do nucleoide. São menores que os cromossomos, possuem capacidade de autorreplicação independente da replicação cromossômica, podem ter número variado e os genes conferem vantagens seletivas, como fatores sexuais – fator F, resistência a antibióticos – fator R, plasmídeo de fixação de nitrogênio entre outras. Ele é diferente do DNA que determina as funções vitais da bactéria, sua mais importante função é a memória e resistência a antibióticos, pois ele armazena as informações genéticas referentes ao contato com antibióticos e pode ser passada as células filhas ou a outras bactérias através do pili, o que gera a resistência a antibióricos, cabe esclarecer que as bactérias têm que ser da mesma família, essa informação não é passada a outros tipos de bactérias. 33, 3- Descreva os componentes e as características da parede das bactérias GRAM negativas. R: As bactérias gram negativas possuem uma parede mais fina que as gram positivas, porém composta por dupla camada de lipídeos, ou seja, mais complexa, uma ou poucas Medicina Veterinária Material de Apoio 2 camadas de peptideogliano e pela camada externa. Mais especificamente uma camada interna composta basicamente de fosfolipídeos e uma externa contendo lipopolissacarídeo e proteína. A parte externa é um ambiente hidrofílico e a interna hidrofóbico. Por causa da grande quantidade de lipídeos na sua parede ela é permeável aos solventes, assim o lugol arranca a sua primeira camada que seria corada pelo cristal violeta, permitido a descoloração e consequentemente sua coloração pela fucsina. O espaço periplasmático é o espaço que separa a membrana citoplasmática da membrana externa. Os Lipopolissacarídeo (LPS) são constituídos de um lipídeo complexo (lipídeo A), ligado a um polissacarídeo chamado antígeno O ou antígeno somático. O Contato do corpo da bactéria (antígeno o) em contato com o anterócito, que vai gerar a doença. Os açúcares que formam a cadeia lateral deste polissacarídeo são responsáveis pelas características antigênicas, ou seja, são variáveis entre as espécies. É uma endotoxina, pois é tóxico, provocando respostas fisiológicas, como febre em animais, incluindo o homem. Proteínas —a membrana externa é um mosaico fluido com um conjunto de proteínas imersas na matriz lipídica. As principais proteínas são: Porinas: proteínas triméricas que formam poros que propiciam a passagem passiva de solutos. Proteínas da membrana externa: também estão envolvidas no transporte de alguns solutos, e funcionam como receptores da fímbria sexual e de fagos. Lipoproteínas: proteínas com função estrutural, a parte proteica está ligada ao peptideoglicano e à parte lipídica imersa na camada interna de fosfolipídeo da membrana externa, fazendo uma ponte entre os dois componentes. A forte carga positiva dos polissacarídeos localizados na membrana externa é um fator importante na evasão destas bactérias à ação de células fagocitárias e ao complemento durante a invasão de um hospedeiro. Muitas bactérias apresentam filamentos proteicos que não são flagelos, chamados fímbrias que são menores, mais curtos e mais numerosos que os flagelos, além de não formarem ondas regulares. São vistos apenas no microscópio eletrônico, não tem papel de motilidade Fímbria F – fímbria sexual serve como condutor de material genético durante a conjugação bacteriana. Agem também como Receptores de bacteriófagos e estruturas de aderência. 4 Analise a figura ao lado e descreva todas as fases da curva de crescimento bacteriano. O que acontece em cada fase? Medicina Veterinária Material de Apoio 3 R:A primeira fase é a Lag – fase de latência ou adaptação, como é a primeira fase que é a fase de inoculação, as bactérias estão se adaptando ao meio, não observamos uma multiplicação celular ou uma multiplicação branda. Pois nesta fase a bactéria vai se adaptar ao meio, sendo produzido novas enzimas necessárias, fazendo hidrólise ou metabolização dos compostos etc. A segunda fase é a fase exponencial – como há uma quantidade alta de nutrientes observamos uma replicação alta. A terceira fase é a fase estacionária – observamos uma diminuição na replicação, pois os nutrientes já não estão em alta quantidade há uma grande população bacteriana e acaba ocorrendo competição com os nutrientes restante e a população. Neste podemos encontrar também, acumulação de produtos inibidores do metabolismo. O importante é que as bactérias param de se replicar pois falta condições para tal. Na quarta e última fase temos a morte – como não houve o esgotamento dos nutrientes e há a presença de metabólicos secundários, que são tóxicos, o ambiente não é mais adequado para a sobrevivência das bactérias que começam a morrer. 5 Descreva a patogênese do Microsporum canis. Qual o padrão ouro para diagnóstico desta enfermidade? R: A contaminação com esse patógeno se da quando o hospedeiro teve contato com o fungo e está com sistema imunológico baixo ou com alterações nas barreiras da pele que favorecem o desenvolvimento da doença. As lesões são circulares, eritematosas (avermelhada) e pruriginosas, decorrentes da ação direta do fungo ou de reações de hipersensibilidade ao microrganismo ou aos seus produtos metabólicos, observamos descamação e pelos quebradiços, além da presença de crostas. A patogênese se dá pela aderência do patógeno a superfície dos tecidos queratinizados. Ou seja, o artroconídio (Conídio produzido em cadeia, a partir da divisão de uma hifa septada em células separadas) germina e a hifa penetra no estrato córneo, o que evita que o fungo seja eliminado com a descamação do epitélio. Essa interação ocorre rapidamente, após três a quatro horas de contato. Por causa dessa atuaçãodas hifas podemos observar uma hiperplasia epidérmica e hiperqueratose. Podemos ter infecções secundárias bacterianas. As hifas crescem centrifugamente a partir de uma lesão inicial em direção à pele normal, por isso temos que tirar toda a lesão para envio ao laboratório, pelos, raspados profundos de pele, unhas etc. O padrão ouro para o diagnóstico dessa enfermidade é a análise laboratorial, que vai da observação do material no microscópio e o cultivo.
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