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ESTUDO DIRIGIDO MICO AV1

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ESTUDO DIRIGIDO MICOLOGIA AV1 
 
1. Os fungos são seres agrupados em um grupo filogenético distinto devido a 
diversas diferenças, inclusive da sua estrutura celular. Assim sendo diferencie: 
a) A célula fúngica da célula bacteriana: 
A célula fúngica possui parede celular constituída por polissacarídeos (quitina) e proteínas, 
já a célula bacteriana possui peptidoglicano e moléculas chamadas de plasmídeos. 
b) A célula fúngica da célula animal: 
A célula fúngica possui parede célula; animal não. 
 
2. Porque é relevante o conhecimento da composição química e estruturação da 
parede e membrana fúngica para a medicina veterinária? 
Para encontrar o antifúngico ideal, o qual terá maior afinidade com a membrana, menor 
custo e boa estabilidade, ajudando assim no diagnóstico feito pelo veterinário. 
 
3. Faça um esquema diferenciando os fungos leveduriformes dos fungos 
filamentosos, indicando cada uma de suas estruturas. 
.Leveduriformes: 
- Unicelulares; 
- Não toleram PH alcalino; 
- Colônias macroscópicas com aspecto pastoso. 
.Filamentosas: 
- Multicelulares; 
- Toleram PH mais elevado; 
- Colonias macroscópicas com aspecto algodanoso e aveludado. 
 
 
4. Quais os tipos de agravos os fungos podem causar para a saúde animal? 
Podem causar micoses superficiais, micoses subcutâneas, micoses sistémicas e 
hipersensibilidade. 
 
5. Qual a relação entre a digestão fúngica ser externa e as doenças geradas por esses 
agentes nos animais? 
Durante a digestão fúngica, são liberadas enzimas que são descritas como mecanismos 
auxiliares e utilizados pelos fundos para degradas a queratina local e causar uma infeção. 
Ex: Dermatófitos. 
 
6. O que são fatores de virulência? Dê dois exemplos de fatores de virulência 
observados nos fungos. 
Fatores de virulência são estruturas, mecanismos e estratégias presentes nos 
microrganismos para gerar prejuízo no hospedeiro ou ate levar a infeção. Dimorfismo e 
liberação de toxinas. 
 
7. Qual o motivo que explica a dificuldade em criar compostos antifúngicos que 
sejam seguros para a saúde animal? 
Os fungos são mais complexos e possuem algumas estruturas celulares semelhantes a 
célula animal, por isso deve-se ter atenção em criar antifúngicos para não afetar as demais 
células do individuo. 
 
8. Quais são os principais alvos antifúngicos? 
Um dos principais alvos dos antifúngicos é o ergosterol, que é um componente da 
membrana celular fúngica. 
 
9. Qual a relação entre a candidíase e o uso de antimicrobianos por tempo prolongado? 
O uso de antimicrobianos por tempo prolongado de antibióticos pode deixar o indivíduo 
imunodepressivo e afetas as bactérias comuns da sua microbiota normal. Ação que deixa 
“porta aberta” para infeções secundarias (oportunistas) como a candidíase. 
OBS: Candidíase recorrente pode ser fruto de uma infeção primaria não resolvida. 
 
10. Para o tratamento de infecções por fungos do gênero Malassezia, o uso de 
antifúngicos para a redução dos microrganismos seria suficiente para evitar uma 
reinfeção? Justifique. 
Não. A Malassezia é de género de fungos oportunistas, ou seja, precisam de condições 
favoráveis para causar problemas no individuo. Além do tratamento dessa possível infeção, 
é necessário tratar o problema base para que não ocorra reinfeção. 
 
11. Qual o mecanismo que os fungos do gênero Malassezia geram agravos no 
hospedeiro afetado? 
Quando os fungos do género Malassezia estão no processo infecioso, nota-se aumento de 
leveduras proteolíticas e lipolíticas que estão envolvidas no processo de patogenicidade 
das leveduras. Nesse sentido, geram a capacidade de criarem distúrbios inflamatórios e 
imunológicos, acometendo também, camadas da derme gerando intenso pruído, por 
exemplo. 
 
12. Os dermatóftitos são fungos frequentemente associados a processos infeciosos 
profundos muitas vezes resultando em sepse e morte do animal. Você concorda com 
essa frase? Justifique. 
Não concordo, pois os dermatófitos não possuem fatores de virulência capazes de ajudá-
los a acometer de forma profunda o individuo. Sendo assim considerados como micoses 
superficiais, já que fica de forma superficial denegrindo a queratina local. 
 
13. Descreva as estruturas microscópicas que podemos observar nos fungos 
dermatófitos que permitem a diferenciação entre eles. 
Hifas hialinas septadas com macro e microconídeos. 
 
14. O que são dermatófitos geofílicos, antropofílicos e zoofílicos. Qual a importância 
clínica deste entendimento? 
. Geofílicos: Tem como reservatório o local (chão, pasto…); 
. Antropofílicos: Acomete o homem; 
. Zoofilicos: Acomete animais domésticos e selvagens. 
 
15. Quais características epidemiológicas da infecção por esporotricose no Rio de 
Janeiro tornou esta infecção em uma importante epidemia urbana diferente do 
observado em outras regiões? 
Diferente dos demais estados do Brasil, o Rio de Janeiro não enxerga a esporotricose como 
uma infeção rural, pois nesse estado a mesma é definida por “doença dos gatos”, visto que 
possui um número expressivo desses felinos nas ruas. Erro causado por abandono ou 
muitas vezes negligencia de tutores com o ideal de “gatos devem passear na rua”. Solução 
para essa epidemia urbana? Campanhas públicas de castração de gatos de rua e 
campanhas de educação sobre restrição de “passeios”. 
 
 
16. O gato deve ser considerado o principal reservatório dos fungos do gênero 
Sporothrix?Justifique. 
Não. O principal reservatório de Sporothrix é o solo e também as plantas. O gato tem papel 
de transmissor e inoculador desse fungo dimórfico. 
 
17. A citologia por imprint e/ou aspirado por agulha fina são os métodos de 
diagnóstico definitivo para a esporotricose em cães? Justifique. 
Não são métodos definitivos, pois é necessário também a realização de cultivo padrão-ouro, 
já que o imprint e o aspirado, no caso dos cães, são métodos de baixa sensibilidade, 
portando efetividade.

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