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AULA 05-16778745-bens-publicos

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DIREITO CIVIL
BENS PÚBLICOS
Livro Eletrônico
PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro
VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado
COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes
ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho
SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo
ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Jéssica Sousa, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima
REVISOR: Equipe Gran Online
DIAGRAMADOR: Antonio Jr.
CAPA: Washington Nunes Chaves
Gran Cursos Online
SBS Quadra 02, Bloco J, Lote 10, Edifício Carlton Tower, Sala 201, 2º Andar, Asa Sul, Brasília-DF
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TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode 
ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recupe ração de informações ou transmitida 
sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos 
autorais e do editor.
© 12/2018
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DICLER FORESTIERI
Ex-Auditor-Fiscal do Estado da Paraíba, Ex-
Auditor-Fiscal de Tributos do Município de São 
Paulo e atual Conselheiro Substituto do TCM-RJ 
(aprovado em 2º lugar). Também foi aprovado 
nos concursos de Auditor-Fiscal do Estado do Rio 
Grande do Sul e Conselheiro Substituto do TCE-
AM. Ministra aulas das disciplinas Direito Civil, 
Direito Penal e Legislação Tributária Municipal.
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Bens Públicos
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SUMÁRIO
1. Considerações Iniciais .............................................................................5
2. Bens Considerados em Si Mesmos .............................................................6
3. Bens Reciprocamente Considerados .........................................................15
4. Bens Públicos .......................................................................................18
5. Bens Dentro e Fora do Comércio .............................................................23
Questões de Concurso ...............................................................................25
Gabarito ..................................................................................................40
Gabarito Comentado .................................................................................41
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1. Considerações Iniciais
Bens são valores materiais (corpóreos) ou imateriais (incorpóreos) que têm va-
lor econômico e que podem servir de objeto a uma relação jurídica.
Para que o bem seja objeto de uma relação jurídica é preciso que ele apresente 
as seguintes características:
•	 idoneidade para satisfazer um interesse econômico;
•	 gestão econômica autônoma; e
•	 subordinação jurídica ao seu titular.
Coisas e bens são conceitos que não se confundem, embora a coisa represente 
espécie da qual o bem é o gênero. A honra, a liberdade, a vida, entre outros repre-
sentam bens sem, no entanto, serem consideradas coisas.
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Então tome cuidado, pois é comum as bancas tentarem confundir o candidato 
com esses conceitos.
O Código Civil classifica os bens em dois grandes grupos. O primeiro classifica os 
bens por si mesmos, não os comparando ou ligando com nenhum outro. É o caso 
dos bens móveis e imóveis, fungíveis e infungíveis, divisíveis e indivisíveis, dentre 
outros. Já o segundo classifica os bens de forma recíproca fazendo uma compara-
ção entre dois bens.
Veja a tabela a seguir:
2. Bens Considerados em Si Mesmos
A primeira classificação dos bens em si mesmos é a que divide os bens em mó-
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veis e imóveis. Creio ser a mais cobrada em provas de concursos.
Bens Imóveis X Bens Móveis
a) Bens Imóveis: é tudo que se incorpora naturalmente (acessão natural) ou ar-
tificialmente (acessão artificial) ao solo. Ou seja, são os bens que não podem ser 
transportados sem destruição ou diminuição de valor de um lugar para outro.
Art. 79 do CC – São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou 
artificialmente.
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem re-
movidas para outro local;
II – os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
Nos artigos 79, 80 e 81, o Código Civil classifica os bens imóveis em:
•	 Bens imóveis por natureza: preliminarmente, consideram-se bens imóveis 
por natureza o solo e seus acessórios e adjacências, ou seja, tudo aquilo 
que adere ao solo naturalmente, a exemplo das árvores, frutos e subsolo. 
Alguns autores entendem que deveria ser bem imóvel por natureza somente 
o solo; acessórios e adjacências deveriam ser chamados bens imóveis por 
acessão natural.
•	 Bens imóveis por acessão industrial (artificial): é definido como tudo 
aquilo que resulta do trabalho do homem, tornando-se permanentemen-
te incorporado ao solo. Tem como exemplo as construções e as plantações.
•	 Bens imóveis por acessão intelectual (por destinação do proprietá-
rio): a doutrina considera bem imóvel por acessão intelectual aqueles bens 
móveis que aderem a um bem imóvel pela vontade do dono, para dar 
maior utilidade ao imóvel ou até mesmo para o seu embelezamento, afor-
moseamento, a exemplo de um trator comprado para melhor utilização em 
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uma fazenda, pois, enquanto o trator estiver a serviço da fazenda, será con-
siderado como bem imóvel por acessão intelectual. São aqueles bens móveis 
incorporados ao bem imóvel pela vontade do dono. Assim como o proprietário 
imobilizou o bemmóvel, ele poderá, consequentemente, mobilizá-lo nova-
mente quando não for utilizá-lo mais para aquilo a que se destinava.
A doutrina moderna entende que, a partir do Código Civil de 2002, essa classifica-
ção não mais existe, pois os respectivos bens agora são chamados de pertenças, 
classificação que não existia anteriormente.
Entretanto, ainda é comum aparecer a classificação bens imóveis por acessão inte-
lectual em provas de concursos.
•	 Bens imóveis por determinação legal: são determinados bens que so-
mente são imóveis porque o legislador resolveu enquadrá-los como 
tal, para que se possibilite, em regra, maior segurança jurídica nas relações 
que os envolvam. Podemos citar o direito à sucessão aberta, ainda que o 
acervo seja composto única e exclusivamente de bens móveis (ex: cinco car-
ros); os direitos reais sobre imóveis e as ações que o asseguram; as apólices 
da dívida pública, quando oneradas com cláusula de inalienabilidade.
Art. 80 do CC – Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – o direito à sucessão aberta.
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b) Bens móveis: determina o artigo 82 do Código serem bens móveis os bens sus-
cetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia.
Art. 82 do CC – São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção 
por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Podem ser classificados da seguinte maneira:
•	 Bens móveis por natureza: são bens móveis por natureza não só aqueles 
que têm movimento próprio (ex: gado), como também aqueles que não 
têm movimento próprio (ex: uma caneta). Subdividem-se em bens móveis 
propriamente ditos (aqueles que não têm movimento próprio) e bens semo-
ventes (aqueles que têm movimento próprio).
•	 Bens móveis por antecipação: aqueles bens imóveis que têm uma finalida-
de última como móvel. Assim, mesmo temporariamente imóveis não perdem 
o caráter de bem móvel, em razão de sua finalidade, a exemplo das árvores 
plantadas para corte.
•	 Bens móveis por determinação legal: são alguns bens que a lei considera 
móveis por determinação legal, e consequentemente aplicando as disposi-
ções sobre bens móveis nas relações que os envolvam. São eles: os direitos 
reais sobre objetos móveis e respectivas ações; os direitos de obrigação, e 
respectivas ações; além dos direitos do autor. Conforme o art. 83 do CC.
Art. 83 do CC – Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
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Sobre os navios e aeronaves, apesar de poderem ser dados em hipoteca (insti-
tuto jurídico característico de bens imóveis), eles não perdem a característica de 
bens móveis.
Segue tabela para sintetizar o assunto:
BENS IMÓVEIS BENS MÓVEIS
por natureza;
por acessão industrial ou artificial;
por acessão intelectual;
por determinação legal.
por natureza;
por antecipação;
por determinação legal.
Sobre os bens móveis ainda temos o art. 84 do CC:
Art. 84 do CC – Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem 
empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os pro-
venientes da demolição de algum prédio.
Ou seja, se eu compro um conjunto de telhas em uma loja de construção, en-
quanto eu não empregar as telhas na obra elas serão consideradas bens móveis, 
porém, após o emprego, serão consideradas bens imóveis por acessão industrial 
ou artificial. Caso ocorra a demolição da casa a telha novamente será considerada 
bem móvel.
Bens Infungíveis x Bens Fungíveis
O art. 85 do CC distingue a classificação dos bens móveis em dois tipos:
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Art. 85 do CC – São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma 
espécie, qualidade e quantidade.
•	 Bens Fungíveis: são aqueles bens móveis que podem ser substituídos 
por outros da mesma espécie, natureza e qualidade.
• Ex: 1 kg de arroz.
•	 Bens Infungíveis: são os que possuem características especiais que os tor-
nam distintos de outros da mesma espécie e qualidade, não permitindo, 
dessa forma, a sua substituição.
• Ex: a chuteira do Pelé utilizada na final da copa de 1070.
EXEMPLO
BENS FUNGÍVEIS → podem ser substituídos.
BENS INFUNGÍVEIS → são únicos e, por isso, não podem ser substituídos.
Ressalta-se que, excepcionalmente, bens imóveis podem ser considerados bens 
fungíveis, a exemplo de várias pessoas proprietárias, em condomínio, de um conjunto 
de lotes ainda não divididos, ocasião em que cada um é proprietário de um número de-
terminado de lotes, fungíveis, posto que ainda não identificados os seus proprietários.
Bens Consumíveis x Bens Inconsumíveis
O art. 86 do CC, trata do bem consumível.
Art. 86 do CC – São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata 
da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
Ou seja, os bens que podem ser usados várias vezes são inconsumíveis e 
os que podem ser usados apenas uma vez são consumíveis. Destaca-se o bem 
destinado à alienação que é consumível de direito, ou seja, o vendedor não pode 
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vender um bem para duas pessoas sob pena de estelionato (art. 171 do CP). 
Conclui-se que o bem destinado à alienação só pode ser vendido uma vez e, por 
isso, é considerado consumível.
A infungilibilidade e a inconsuntibilidade do bem podem decorrer também da 
vontade das partes, a exemplo de bens emprestados para ornamentação e poste-
rior devolução, a que a doutrina dá o nome de comodatum ad pompam vel osten-
tationem. Como exemplo de fungibilidade e consuntibilidade decorrente da vontade 
das partes, temos o empréstimo de frutas ou garrafas de bebida para a ornamenta-
ção de uma festa com posterior devolução das frutas ou garrafas emprestadas. Na 
hipótese em questão, as frutas ou as bebidas não poderão ser consumidas.
comodatum ad pompam vel ostentationem → o bem se torna infungível e in-
consumível em decorrência da vontade das partes.
Bens Divisíveis x Bens Indivisíveis
Os arts. 87 e 88 do CC classificam os bens em divisíveis e indivisíveis. Interpre-
tando o art. 87 do CC, são divisíveis as coisas que podem ser partidas em porções 
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distintas, formando, cada porção, um todo perfeito. Assim, o bem é divisível quan-
do cada porção continua com as características do todo.
Art. 87 do CC – Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua 
substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Nos termos do art. 88 do CC, a indivisibilidade pode resultar da natureza, da lei 
e da vontade das partes:
Art. 88 do CC – Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por 
determinação da lei ou por vontade das partes.
•	 Bem indivisível por natureza: é aquele que, se for dividido, perde a carac-
terística do todo, a exemplo de um animal.
•	 Bem indivisível por lei: existem alguns bens que por natureza talvez fos-
sem considerados divisíveis, entretanto a lei os torna indivisíveis.
Como exemplo, podemos citar o Estatuto da Terra que, nos casos de área rural, 
exige que os terrenos rurais tenham, no mínimo, três alqueires. Assim, numa área 
rural, o terreno de três alqueires torna-se indivisível para evitar que se tenham 
partes de terra muito pequenas.
•	 Bem indivisível por vontade das partes: há a possibilidade, nos casos de 
condomínio, das partes convencionarem a indivisibilidade do bem.
Veja o gráfico a seguir:
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Bens Singulares x Bens Coletivos
Os artigos 89, 90 e 91 do CC atribuem características aos bens singulares e coletivos.
Art. 89 do CC – São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per 
si, independentemente dos demais.
Art. 90 do CC – Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares 
que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações 
jurídicas próprias.
Art. 91 do CC – Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídi-
cas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.
Os bens singulares são considerados na sua individualidade, como é o caso de 
um livro. Entretanto, quando o livro é observado no conjunto de uma biblioteca, 
agregado a outros, então temos uma universalidade (bem plural).
As universalidades são bens coletivos e se dividem em dois tipos: universalida-
de de fato (ex: biblioteca) ou universalidade de direito (ex: herança).
Na universalidade de fato, a formação do conjunto decorre da vontade do dono. 
Já na universalidade de direito, a formação do conjunto decorre de força legal.
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Bens Singulares Considerados Individualmente.
UNIVERSALIDADES 
consideram o conjunto
DE FATO
vontade do dono
pluralidade de bens singulares que, 
pertinentes à mesma pessoa, tenham 
destinação unitária.
DE DIREITO
por força de lei
o complexo de relações jurídicas, 
de uma pessoa, dotadas de valor 
econômico.
3. Bens Reciprocamente Considerados
Temos também a divisão dos bens em principais e acessórios quando se trata 
dos bens reciprocamente considerados.
Esta classificação, conforme mencionado inicialmente, leva em consideração 
uma comparação entre dois bens. Para demonstrar isso, me responda a seguinte 
pergunta: a árvore é um bem principal ou acessório?
Depende. Em relação ao solo a árvore é acessório, mas em relação ao fruto que 
ela produz é principal.
Bens Principais x Bens Acessórios
Principais são os que existem em si e por si, abstrata ou concretamente; aces-
sórios são aqueles cuja existência supõe a existência do principal.
Art. 92 do CC – Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamen-
te; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.
As espécies de bens acessórios são:
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a) Frutos: são aqueles bens acessórios produzidos periodicamente pela coisa, 
cuja percepção e consumo não alteram a substância da coisa principal.
Quanto à origem, os frutos dividem-se em:
•	 frutos naturais: aqueles produzidos pela força orgânica (ex: bezerro, car-
neiro, maçã, laranja);
•	 frutos industriais: os produzidos pela arte humana (ex: tecido produzido 
pelo tear); e
•	 frutos civis: aqueles produzidos pela coisa em razão da cessão remunerada 
da posse (ex: rendimentos, juros, aluguel).
Ao estado, os frutos classificam-se da seguinte forma:
•	 frutos pendentes: enquanto estão unidos à coisa que os produziu;
•	 frutos percebidos ou colhidos: estão separados do bem principal;
•	 frutos estantes: estão separados e armazenados ou acondicionados para venda;
•	 frutos percipiendos: deviam ser, mas não foram colhidos ou percebidos;
•	 frutos consumidos: são aqueles que não mais existem porque foram utilizados.
a) Produtos: são acessórios que não se produzem com periodicidade e seu consumo 
altera a substância da coisa principal, reduzindo, portanto, o seu valor.
Ex: o petróleo, o ouro, as pedras preciosas etc.
Art. 95 do CC – Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos 
podem ser objeto de negócio jurídico.
b) Pertenças: são bens utilizados com o objetivo de embelezar, melhorar ou con-
servar a coisa principal, sem ser parte integrante.
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Ex: o sofá de uma casa.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se des-
tinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
c) Benfeitorias: compreendem as obras ou despesas realizadas por uma pessoa 
que se fazem em bem móvel ou imóvel para conservá-lo, melhorá-lo ou embelezá-
-lo. Passam a integrar o bem principal. Classificam-se em:
•	 Necessárias: objetiva conservar a coisa ou evitar que ela se deteriore.
• Ex.: substituição de ligamentos podres no telhado.
•	 Úteis: aumentam ou facilitam o uso da coisa.
• Ex.: construção de garagem.
•	 Voluptuárias: as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habi-
tual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
• Ex. piscina.
Art. 96 do CC – As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual 
do bem, ainda queo tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Art. 97 do CC – Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos so-
brevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
O art. 94 do CC consagra, o que a doutrina chama de princípio da gravitação jurídica.
Art. 94 do CC – Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abran-
gem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou 
das circunstâncias do caso.
Em um negócio jurídico que envolva o bem principal, a regra (art. 94 do CC) 
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é que o bem acessório também esteja envolvido. Porém essa regra não inclui as 
pertenças, ou seja, se eu comprar a sua casa e o contrato nada dispuser a respeito, 
entende-se que o sofá que está na sua sala não faz parte no negócio.
4. Bens Públicos
Classificados conforme os titulares de seu domínio, os bens se dividem em pú-
blicos e particulares. O artigo 98 do Código Civil considera públicos os bens que 
pertencem à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; todos os de-
mais são considerados particulares.
Art. 98 do CC – São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pes-
soas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual 
for a pessoa a que pertencerem.
Entretanto, é interessante ressaltarmos o Enunciado n. 287 da IV Jornada de 
Direito Civil do CJF:
Enunciado n. 287 do CJF – Art. 98. O critério da classificação de bens indicado no art. 
98 do Código Civil não exaure a enumeração dos bens públicos, podendo ainda ser 
classificado como tal o bem pertencente a pessoa jurídica de direito privado que esteja 
afetado à prestação de serviços públicos.
Ou seja, a doutrina entende que o critério exposto pelo Código Civil não é taxa-
tivo. Sendo assim, se um imóvel particular for alugado para um determinado muni-
cípio para que nele funcione uma escola pública municipal, o respectivo imóvel, por 
estar afetado a uma finalidade pública, será considerado bem público.
Entretanto, fique atento(a), pois as bancas de concursos costumam reproduzir 
a íntegra do art. 98 do CC nas alternativas das questões e considerá-las corretas.
Os bens públicos dividem-se em (art. 99 do CC):
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Art. 99 do CC – São bens públicos:
I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou esta-
belecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de 
suas autarquias;
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito pú-
blico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de 
direito privado.
•	 de uso comum do povo: todos aqueles de utilização comum, sem maiores 
ônus, pela coletividade, a exemplo das estradas, ruas, mares, praças; ressal-
te-se que é uma enumeração meramente exemplificada;
•	 de uso especial: bens destinados ao funcionamento e aprimoramento dos 
serviços prestados pelo Estado, de utilização, por vezes, concedida aos parti-
culares, em regra mediante contraprestação. Temos como exemplo os edifí-
cios onde funcionam os serviços públicos;
•	 dominicais (ou dominiais): aqueles que pertencem ao domínio privado do 
poder público, e desde que estejam desafetados de qualquer utilização públi-
ca, podem ser alienados, de acordo com as regras previstas para alienação de 
bens da administração, a exemplo da licitação. São exemplos o terreno baldio 
e as terras devolutas.
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Cabe também a análise do art. 103 do CC.
Art. 103 do CC – O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou 
retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja adminis-
tração pertencerem.
Conclui-se que os bens podem ser utilizados gratuita ou onerosamente, con-
forme for estabelecido, por lei, pela entidade a cuja administração pertencerem. A 
regra geral é o seu uso gratuito, dado que são destinados ao serviço do povo ou da 
comunidade, que para tanto paga uma carga extremamente alta de impostos. To-
davia, não perderão a natureza de bens públicos se leis ou regulamentos adminis-
trativos condicionarem ou restringirem o seu uso a certos requisitos ou mesmo se 
instituírem pagamento de retribuição. Por exemplo: pedágio nas estradas e venda 
de ingresso em museus, para contribuir para sua conservação ou custeio.
Os arts. 100 e 101 do CC dispõem que a inalienabilidade, característica pe-
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culiar dos bens públicos, somente poderá ser afastada por lei, que por sua vez 
retira do bem a função pública à qual este se liga. A tal procedimento dá-se o 
nome de desafetação.
Art. 100 do CC – Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são 
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101 do CC – Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas 
as exigências da lei.
Para esclarecer: o que é um bem afetado ou um bem desafetado?
Diz-se que um bem está afetado quando está sendo utilizado para um fim público 
determinado, seja diretamente pelo Estado, seja pelo uso de particulares em geral.
Desafetação x Afetação
Trata-se de um processo que acarreta a mudança da forma de destinação do Bem.
Em regra, a desafetação visa a incluir bens de uso comum ou do povo ou bens 
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de uso especial na categoria de bens dominicais. É feita com a autorização legisla-
tiva, por meio de Lei Específica. Um dos propósitos para realizar a desafetação é a 
possibilidade de alienação, por intermédio de concorrência pública ou licitação. Paraser alienado, o bem não poderá estar afetado a um fim público.
A afetação é a atribuição a um bem público de sua destinação específica. Pode 
ocorrer de modo explícito (Lei) ou de modo implícito (não determinado em Lei). 
Ex.: os bens de uso comum o os bens de uso especial são bens afetados, pois têm 
em comum o fato de estarem destinados a serviços específicos. Por outro lado, os 
bens dominicais são desafetados.
Finalizando o assunto bens públicos, temos o art. 102 do CC.
Art. 102 do CC – Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Ou seja, além da inalienabilidade, os bens públicos também são impenhoráveis 
e imprescritíveis, pois não estão sujeitos a usucapião, que é uma espécie de pres-
crição aquisitiva.
CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS
INALIENABILIDADE: trata-se de uma característica relativa, pois atinge somente os bens 
públicos de uso comum do povo e de uso especial;
IMPENHORABILIDADE: os bens públicos não podem ser dados em garantia; e
IMPRESCRITIBILIDADE: os bens públicos são insuscetíveis de aquisição por usucapião.
Terras Devolutas
Terras devolutas são terrenos públicos, ou seja, propriedades públicas que nun-
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ca pertenceram a um particular, mesmo estando ocupadas. Diferenciam-se destes 
por não estarem sendo aplicadas a algum uso público federal, estadual ou munici-
pal, que não hajam sido legitimamente incorporadas ao domínio privado, enquanto 
que as terras públicas pertencentes ao patrimônio fundiário público são aquelas 
inscritas e reservadas para um determinado fim.
Dessa forma, por não estarem reservadas para um determinado fim, as terras 
devolutas são bens públicos dominicais.
5. Bens Dentro e Fora do Comércio
A doutrina divide ainda os bens em dois tipos: bens que integram o comércio e 
bens que estão fora do comércio.
•	 Bens que integram o comércio: são os bens alienáveis, disponíveis, que se 
encontram livres de quaisquer restrições que impossibilitem sua transferência 
ou apropriação, portanto podendo passar, gratuita ou onerosamente, de um 
patrimônio a outro.
•	 Bens que estão fora do comércio: são coisas fora do comércio as insusce-
tíveis de apropriação, e as legalmente inalienáveis. Tipos de bens inalienáveis.
a) Bens inalienáveis por sua natureza: são os bens de uso inexaurível, como o ar, 
o mar, a luz solar; porém a captação, por meio de aparelhagem, do ar atmosférico 
ou da água do mar para extrair certos elementos com o escopo de atender a deter-
minadas finalidades, pode ser objeto de comércio.
b) Bens legalmente inalienáveis: são os que, apesar de suscetíveis de apropriação 
pelo homem, têm sua comercialidade excluída pela lei; tais como os bens públicos; 
os bens das fundações; o terreno onde está edificado em edifício de condomínio por 
andares; o bem de família; as terras ocupadas pelos índios etc.
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c) Bens inalienáveis pela vontade humana: são os que lhes impõe cláusula de ina-
lienabilidade, temporária ou vitalícia, nos casos e formas previstos em lei, por ato 
inter vivos ou causa mortis. Como exemplo na doação com encargo, onde o doador 
estabelece cláusula de inalienabilidade, gravando o bem doado, impossibilitando, 
com efeito, o donatário de transferir o domínio do referido bem.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FCC/TRT 9ª REGIÃO/AJAJ/2015) De acordo com o Código Civil,
a) é considerado imóvel o direito à sucessão aberta.
b) são considerados imóveis as energias que tenham valor econômico.
c) são considerados imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial.
d) são considerados imóveis os direitos reais sobre objetos móveis.
e) são consideradas imóveis as ações correspondentes a direitos reais sobre obje-
tos móveis ou imóveis.
Questão 2 (FGV/PREF. PAULÍNEA-SP/GUARDA MUNICIPAL/2015) Quanto à teoria 
dos bens, é correto afirmar que:
a) são considerados bens móveis tudo aquilo que acede ao solo;
b) são indivisíveis os bens que, compostos por outros bens destacáveis, não têm 
comprometida sua funcionalidade, quando separados;
c) o solo é considerado um bem imóvel artificial;
d) são considerados bens móveis as ações referentes à propriedade imobiliária;
e) são considerados bens móveis as ações que se referem a direito pessoal.
Questão 3 (CESPE/TCE-RN/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/2015) Com 
relação a bens, fato e negócio jurídico, julgue o item seguinte.
A energia elétrica, considerada um bem móvel, é suscetível de apropriação alheia 
e passível de causar dano patrimonial.
Questão 4 (CESPE/TJDFT/JUIZ SUBSTITUTO/2015) A respeito dos bens, assinale 
a opção correta à luz da jurisprudência pertinente.
a) Os bens naturalmente divisíveis não se podem tornar indivisíveis.
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b) É possível a cobrança de retribuição pecuniária pelo uso comum dos bens públicos.
c) Considera-se bem infungível a produção agrícola tanto de pessoa física quanto 
de pessoa jurídica.
d) Com a abertura da sucessão, a herança incorpora-se ao patrimônio do herdeiro 
na qualidade de bem imóvel divisível.
e) São considerados bens imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial e as 
respectivas ações.
Questão 5 (FGV/TJ-PI/AJAA/2015) Margarida, artista plástica, contratou a compra 
de madeira de demolição, proveniente de um prédio do centro histórico de Teresina.
Sobre a situação narrada, é correto afirmar que os bens são considerados:
a) imóveis, pois são materiais de obra pertencentes ao prédio histórico;
b) móveis, pois, por serem provenientes de demolição, não mais integram o prédio;
c) fora do comércio por falta de valor econômico;
d) coisas abandonadas, e é possível adquiri-los por ocupação;
e) imóveis, pois adquirem a natureza do prédio, bem principal.
Questão 6 (FCC/TRT 1ª REGIÃO/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Relativamente aos 
bens, o Código Civil estabelece que
a) constituem-se em bens móveis os materiais provisoriamente separados de um 
prédio, para nele se reempregarem.
b) consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos pessoais de caráter pa-
trimonial e respectivas ações.
c) são consumíveis os bens móveis destinados à alienação.
d) consideram-se móveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta.
e) os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis pela vontade 
das partes, mas apenas por força de lei.
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Questão 7 (FCC/TRE-SE/AJAJ/2015) No tocante as diferentes classes de bens, 
considere:
I – Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são conside-
rados bens imóveis para os efeitos legais.
II – As energias que possuam valor econômico são consideradas bens móveis 
para os efeitos legais.
III – Os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens mó-
veis para os efeitos legais.
IV – As árvores e os frutos pendentes não destinados ao corte são considerados 
bens imóveis por acessão natural.
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) II, III e IV
c) I e IV.
d) I, II e IV.
e) II e III.
Questão 8 (CESPE/TRE-RS/AJAA/2015) No que diz respeito às diferentes espécies 
de bens e as suas classificações, assinale a opção correta.
a) Os bens públicos de uso comum são considerados bens públicos por natureza, 
diferentemente dos bens públicos de uso especial e dos dominicais que são equipa-
rados aos bens privados.
b) Os animais, também denominados semoventes, são considerados espécies de 
bens móveis por natureza, já que possuem movimento próprio.
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c) A energia elétrica, embora possua valor econômico, não pode ser considerada 
como bem móvel ou imóvel, sendo considerada res nullius.
d) Consideram-se bens incorpóreos aqueles bens que podem ser incorporados ao 
patrimônio pessoal, pois, além de serem concretos, podem ser palpáveis e mensu-
ráveis economicamente.
e) Diz-se infungíveis aqueles bens que podem ser substituídos por outros da mes-
ma quantidade, qualidade e espécie, como é o caso do dinheiro.
Questão 9 (FGV/PREF. PAULINEA-SP/GUARDA MUNICIPAL/2015) Quanto à classi-
ficação dos bens, é correto afirmar que:
a) um veículo é considerado uma universalidade de fato;
b) um jogo de pneus é considerado uma universalidade de direito;
c) uma frota de veículos, coletivamente considerada, é uma universalidade de fato;
d) um veículo emplacado e cadastrado individualmente, é um bem fungível;
e) um caminhão é considerado consumível.
Questão 10 (CESPE/TCE-RN/ASSESSOR JURÍDICO/2015) A respeito das pessoas, 
dos bens e dos fatos jurídicos, julgue o item a seguir.
As pertenças, em regra, não seguem o bem principal posto que não se constituem 
em partes integrantes.
Questão 11 (FGV/TJ-PI/AJAJ/2015) Jurema comprou uma casa de Mariana. Quan-
do ingressou no imóvel e iniciou a arrumação de sua mudança, Jurema encontrou 
uma tela pintada por um artista de renome mundial, inadvertidamente deixada por 
quem executou a mudança de Mariana. Procurada por Mariana, Jurema recusa-se 
a devolver a obra de arte em questão. Sobre os fatos narrados, é correto afirmar 
que:
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a) assiste razão a Jurema, pois o quadro é uma benfeitoria que segue a sorte do 
bem principal;
b) assiste razão a Jurema, pois o quadro é um produto da casa e, como tal, deve 
acompanhá-la;
c) não assiste razão a Jurema, pois o quadro, por ser uma acessão, não acompa-
nha o bem principal;
d) não assiste razão a Jurema, pois o quadro, considerado pertença, não segue a 
sorte do bem principal;
e) assiste razão a Jurema, pois o quadro é um fruto do imóvel e dele pode 
ser destacado.
Questão 12 (FGV/PREF. PAULINEA-SP/GUARDA MUNICIPAL/2015) Em matéria de 
bens públicos, o Código Civil estabelece que o seu uso comum:
a) deve ser necessariamente gratuito, já que tais bens pertencem a toda a coleti-
vidade de forma geral e abstrata;
b) deve ser necessariamente retribuído, por meio de contribuição econômica por 
parte dos particulares beneficiados;
c) pode ser gratuito ou retribuído, conforme decidir arbitrariamente a autoridade 
competente;
d) pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela enti-
dade a cuja administração pertencerem;
e) deve ser necessariamente oneroso, a fim de que toda a coletividade se beneficie.
Questão 13 (FCC/TJ-PI/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Nos termos do Código Civil, é 
consequência do caráter de “uso comum do povo” de um bem público, por contras-
te com os bens dominicais, a
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a) possibilidade de integrar o patrimônio de pessoas jurídicas de direito público a 
que se tenha dado estrutura de direito privado.
b) necessária gratuidade do uso.
c) impossibilidade de alienação.
d) insuscetibilidade à usucapião.
e) possibilidade de integrar o patrimônio de pessoas jurídicas da Administração Direta.
Questão 14 (COPS/UEL/PC-PR/DELEGADO DE POLÍCIA/2013) Sobre as diferentes 
classes de bens previstas no Código Civil, considere as afirmativas a seguir.
I – São bens imóveis os direitos reais sobre imóveis, as ações que os asseguram, 
a sucessão aberta e os materiais provisoriamente separados de um prédio, 
para nele se reempregarem.
II – Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, perti-
nentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Esses bens podem ser 
objeto de relações jurídicas próprias.
III – O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou mediante retribuição, 
conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração 
pertencerem.
IV – Os bens públicos dominicais são insuscetíveis de cessão, doação, constitui-
ção de garantia e alienação.
Por serem essenciais ao serviço público, seu uso por particular deve ser temporário 
e mediante remuneração.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
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d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
Questão 15 (FCC/TCE-PI/JORNALISTA/2014) Considere:
I – Dinheiro.
II – Sacos de Arroz.
III – Dois quilos de banana prata.
IV – Quadro do Pintor “X” já falecido.
De acordo com o Código Civil brasileiro, são considerados bens fungíveis os indica-
dos APENAS em
a) I, II e IV.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I, II e III.
e) III e IV.
Questão16 (FCC/TRT 14ª REGIÃO/AJAJ/2016) Nos termos preconizados pelo Có-
digo Civil são considerados bens imóveis para os efeitos legais, dentre outros,
a) os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
b) o direito à sucessão aberta.
c) os direitos reais sobre objetos móveis e respectivas ações.
d) as energias que tenham valor econômico.
e) os materiais provenientes da demolição de algum prédio.
Questão 17 (CESPE/TJ-AM/JUIZ SUBSTITUTO/2016) A propósito dos bens e do 
domicílio, assinale a opção correta com fundamento nos dispositivos legais, na dou-
trina e no entendimento jurisprudencial pátrio.
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a) Possuem domicílio necessário ou legal o militar, o incapaz, o servidor público, a 
pessoa jurídica de direito privado e o preso.
b) Pelo princípio da gravitação jurídica, a propriedade dos bens acessórios segue 
a sorte do bem principal, podendo, entretanto, haver disposição em contrário pela 
vontade da lei ou das partes.
c) O atributo da fungibilidade de um bem decorre exclusivamente de sua natureza.
d) Os rendimentos são considerados produto da coisa, já que sua extração e sua 
utilização não diminuem a substância do bem principal.
e) Ao possuidor de boa-fé faculta-se o exercício do direito de retenção para ver-se 
indenizado das benfeitorias úteis e voluptuárias, quando estas não puderem ser 
levantadas sem prejuízo ao bem principal.
Questão 18 (FCC/TRF 5ª REGIÃO/AJOJ/2017) Considera-se bem imóvel, para os efei-
tos legais,
a) o direito à sucessão aberta.
b) o automóvel que, por defeito irreparável do motor, é insuscetível de movimento próprio.
c) a energia que tenha valor econômico.
d) o direito pessoal de caráter patrimonial.
e) o direito real sobre objetos móveis.
Questão 19 (CESPE/DPE-AL/DEFENSOR PÚBLICO/2017) Assinale a opção que 
apresenta exemplo de bem imóvel.
a) tijolo de casa demolida
b) hipoteca de um navio
c) penhor de joia rara
d) energia elétrica de uma fábrica de cimento
e) maçã pendente de colheita
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Questão 20 (CESPE/PGE-SE/PROCURADOR/2017) De acordo com a classificação 
doutrinária dos bens, o valor pago a título de aluguel ao proprietário de um imóvel é 
denominado
a) fruto.
b) pertença.
c) benfeitoria.
d) imóvel por acessão.
e) produto.
Questão 21 (FCC/TRT 11ª REGIÃO/AJOJ/2017) A respeito dos bens, é correto afir-
mar que
a) constitui universalidade de fato o complexo de relações jurídicas de uma pes-
soa, dotadas de valor econômico.
b) os materiais provisoriamente separados de um prédio, mesmo que sejam nele 
reempregados, perdem o caráter de imóveis.
c) constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, perti-
nentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
d) os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação 
da lei ou por vontade das partes.
e) as energias que tenham valor econômico são consideradas bens imóveis para 
os efeitos legais.
Questão 22 (FUNECE/UECE/ADVOGADO/2017) Os bens pertencentes às pessoas ju-
rídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado são conside-
rados bens
a) de uso comum do povo.
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b) de uso especial.
c) dominicais.
d) de uso excepcional.
Questão 23 (FCC/TRT 20ª REGIÃO/AJAJ/2016) Marcos ganhou como presentes de 
casamento, um quadro assinado por seu autor; um liquidificador de marca conhe-
cida e disponível no mercado, um relógio de parede, único, que havia pertencido a 
seu bisavô, e certa quantia em dinheiro. São considerados bens infungíveis o
a) quadro, o relógio e o dinheiro.
b) dinheiro, apenas.
c) relógio, apenas.
d) relógio e o liquidificador.
e) quadro e o relógio.
Questão 24 (FCC/AL-MS/CONSULTOR DE PROCESSO LEGISLATIVO/2016) Doni-
zete passou a residir no subsolo de prédio público onde funciona posto de aten-
dimento de saúde, ali permanecendo por onze anos, com ânimo definitivo e sem 
oposição. O bem onde reside Donizete é classificado como bem público
a) dominical, que não pode ser objeto de usucapião.
b) dominical, que pode, no caso, ser objeto de usucapião extraordinária, tendo em vista 
que Donizete nele estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição.
c) de uso especial, que pode, no caso, ser objeto de usucapião extraordinária, 
tendo em vista que Donizete nele estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 
anos, sem oposição.
d) que pode, no caso, ser objeto de usucapião ordinária, tendo em vista que Do-
nizete nele estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição.
e) de uso especial, que não pode ser objeto de usucapião.
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Questão 25 (FUNCAB/PC-PA/DELEGADO DE POLÍCIA/2016) Segundo o regime 
previsto pelo Código Civil brasileiro para os bens:
a) as praias e as ruas são bens públicos de uso especial.
b) consideram-se benfeitorias todos os acréscimos sobrevindos ao bem, indepen-
dentemente de intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
c) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as per-
tenças, salvo disposição legal, contratual ou circunstâncias do caso.
d) constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, perti-
nentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
e) os bens dominicais são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação.
Questão 26 (FCC/SEGEP-MA/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/2016) Um dia-
mante de formato e brilho únicos, exposto em museu de artes, e uma piscina que 
adorna uma casa de veraneio são considerados, pelo Código Civil, respectivamen-
te, um bem
a) fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no 
caso da piscina.
b) fungível e divisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso 
da piscina.
c) fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina.
d) infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina.
e) infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no 
caso da piscina.
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Questão 27 (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Segundo o Código Civil de 
2002, os bens públicos são
I – inalienáveis, os dominicais.
II – alienáveis, desde que haja prévia justificativa e autorização do Poder Legislativo.
III – inalienáveis, os bens de uso comum, enquanto conservar a sua qualificação; 
e inalienáveis os bens dominicais, observadas as determinações legais.
IV – alienáveis, os bens dominicais, observadas as determinações legais.
V – inalienáveis, os bens públicos de uso comum do povo na forma que a 
lei determinar.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e V.
b) I, II e III.
c) I, III e IV.
d) II e IV.
e) IV e V.
Questão 28 (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPE-
RIOR/2016) Os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de 
modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro bem, deno-
minam-se
a) benfeitorias voluptuárias.
b) produtos.
c) benfeitorias necessárias.
d) benfeitorias úteis.
e) pertenças.
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Questão 29 (CESPE/TCE-PA/AUXILIAR TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/2016) 
São considerados bens particulares aqueles pertencentes a pessoas jurídicas de 
direito público interno às quais se tenha dado estrutura de direito privado.
Questão 30 (CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) Para serem 
objeto de negócio jurídico, os frutos devem estar já separados do bem principal.
Questão 31 (IADHED/PREFEITURA DE ARAGUARI-MG/PROCURADOR/2016) Em 
relação aos bens móveis e imóveis, assinale a opção incorreta:
a) As sementes que se agregaram ao solo, são consideradas bens imóveis, se lan-
çadas para germinar;
b) As riquezas minerais ou fósseis pertencem ao proprietário do solo, que pode 
delas livremente fruir;
c) O proprietário não pode opor-se a atividades que sejam realizadas em espaço 
aéreo e do subsolo de seu imóvel que lhe sejam inúteis;
d) Apenas os bens móveis podem ser objeto de contrato de mútuo.
Questão 32 (AOCP/PREFEITURA DE JUIZ DE FORA-MG/AUDITOR-FISCAL/2016) 
No tocante aos bens imóveis, o que a legislação civilista estabelece?
a) São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
b) Para os efeitos legais, também são reputados bens imóveis os direitos irreais 
sobre imóveis e as ações que os asseguram.
c) O direito à sucessão que ainda não foi aberta é reconhecido como bem imóvel.
d) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem 
removidas para outro local perdem o caráter de imóveis.
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e) Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reemprega-
rem, perdem o atributo de imóveis.
Questão 33 (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE POÁ-SP/PROCURADOR/2016) As 
telhas da igreja matriz no centro de Poá foram retiradas para reforma e restaura-
ção. Diante dessa situação, acerca da tutela de bens jurídicos, é correto afirmar 
que as telhas do caso
a) serão sempre consideradas bens móveis, independentemente de estarem fora 
da construção durante a reforma.
b) serão consideradas como bens móveis somente durante o prazo da restauração.
c) retiradas do teto da igreja, caso se resolva descartá-las na qualidade de mate-
riais de demolição, serão consideradas bens móveis.
d) serão sempre consideradas bens fungíveis.
e) serão sempre consideradas bens móveis, mesmo que já estivessem recolocadas 
após a restauração.
Questão 34 (CESPE/TRT 8ª REGIÃO/AJAJ/2016) Com referência aos bens, assinale a opção 
correta.
a) As benfeitorias úteis são aquelas indispensáveis à conservação do bem ou para 
evitar sua deterioração, acarretando ao mero possuidor que as realize o direito à 
indenização e retenção do bem principal.
b) Um bem divisível por natureza não pode ser considerado indivisível pela simples 
vontade das partes, devendo tal indivisibilidade ser determinada por lei.
c) O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que todos os bens 
deixados pelo falecido sejam móveis.
d) Bens infungíveis são aqueles cujo uso importa sua destruição.
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e) Os frutos são as utilidades que não se reproduzem periodicamente; por isso, se 
os frutos são retirados da coisa, a sua quantidade diminui.
Questão 35 (VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/PROCURADOR/2016) 
Sobre os bens dominicais, é correto afirmar que
a) podem ser adquiridos por particulares, por meio da prescrição aquisitiva extraordinária.
b) são aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da Administração Pública, 
inclusive autarquias.
c) não podem ser utilizados por particular, com exclusividade, por meio de institu-
tos típicos de direito privado.
d) constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público e podem ser 
alienados.
e) são aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado que prestam 
serviços de interesse público.
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GABARITO
1. a
2. e
3. C
4. b
5. b
6. c
7. b
8. b
9. c
10. C
11. d
12. d
13. c
14. d
15. d
16. b
17. b
18. a
19. e
20. a
21. d
22. c
23. e
24. e
25. c
26. e
27. e
28. e
29. E
30. E
31. b
32. a
33. c
34. c
35. d
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FCC/TRT 9ª REGIÃO/AJAJ/2015) De acordo com o Código Civil,
a) é considerado imóvel o direito à sucessão aberta.
b) são considerados imóveis as energias que tenham valor econômico.
c) são considerados imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial.
d) são considerados imóveis os direitos reais sobre objetos móveis.
e) são consideradas imóveis as ações correspondentes a direitos reais sobre obje-
tos móveis ou imóveis.
Letra a.
Análise das alternativas:
a) Certa. Conforme prevê o art. 80, II do CC.
b) Errada. Segundo o art. 83, I do CC, as energias que possuam valor econômico 
são consideradas bens móveis.
c) Errada. Segundo o art. 83, III do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial 
são consideradosbens móveis.
d) Errada. Segundo o art. 83, II do CC, os direitos reais sobre objetos móveis são 
considerados bens móveis.
e) Errada. Segundo o art. 83, II do CC, as ações correspondentes a direitos reais 
sobre objetos móveis são consideradas bens móveis. Entretanto, segundo o art. 
80, I do CC, as ações correspondentes a direitos reais sobre objetos imóveis são 
consideradas bens imóveis.
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Questão 2 (FGV/PREF. PAULINEA-SP/GUARDA MUNICIPAL/2015) Quanto à teoria 
dos bens, é correto afirmar que:
a) são considerados bens móveis tudo aquilo que acede ao solo;
b) são indivisíveis os bens que, compostos por outros bens destacáveis, não têm 
comprometida sua funcionalidade, quando separados;
c) o solo é considerado um bem imóvel artificial;
d) são considerados bens móveis as ações referentes à propriedade imobiliária;
e) são considerados bens móveis as ações que se referem a direito pessoal.
Letra e.
Segundo o art. 83, III do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial são con-
siderados bens móveis.
Análise das alternativas:
a) Errada. Tudo que incorporar ao solo, seja de forma natural ou artificial, confor-
me prevê o art. 79 do CC, é considerado bem imóvel.
b) Errada. Se o bem pode ser fracionado sem alterar a substância ou sem haver 
diminuição considerável de valor, então, segundo o art. 87 do CC, ele é divisível.
c) Errada. Conforme o art. 79 do CC, o solo é bem imóvel natural.
d) Errada. Segundo o art. 80, I do CC, as ações referentes à propriedade imobili-
ária são consideradas bens imóveis.
Questão 3 (CESPE/TCE-RN/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/2015) Com 
relação a bens, fato e negócio jurídico, julgue o item seguinte.
A energia elétrica, considerada um bem móvel, é suscetível de apropriação alheia 
e passível de causar dano patrimonial.
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Certo.
Segundo o art. 83, I do CC, as energias que possuam valor econômico são consi-
deradas bens móveis.
Questão 4 (CESPE/TJDFT/JUIZ SUBSTITUTO/2015) A respeito dos bens, assinale 
a opção correta à luz da jurisprudência pertinente.
a) Os bens naturalmente divisíveis não se podem tornar indivisíveis.
b) É possível a cobrança de retribuição pecuniária pelo uso comum dos bens públicos.
c) Considera-se bem infungível a produção agrícola tanto de pessoa física quanto 
de pessoa jurídica.
d) Com a abertura da sucessão, a herança incorpora-se ao patrimônio do herdeiro 
na qualidade de bem imóvel divisível.
e) São considerados bens imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial e as 
respectivas ações.
Letra b.
Análise das alternativas:
a) Errada. Segundo o art. 88 do CC, os bens naturalmente divisíveis podem tor-
nar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.
b) Certa. Dispõe o art. 103 do CC que o uso comum dos bens públicos pode ser 
gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja 
administração pertencerem.
c) Errada. Se uma determinada produção agrícola pode ser substituída por outra 
de mesma espécie, qualidade e quantidade, então ela deve ser considerada, segun-
do o art. 85 do CC, como um bem fungível.
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d) Errada. Segundo o art. 1791, § único do CC, desde a abertura da sucessão he-
reditária até o momento da partilha, a herança será considerada, por força de lei, 
um bem indivisível.
Art. 1791, Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos coerdeiros, quanto à propriedade e 
posse da herança, será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio.
e) Errada. Segundo o art. 83, III do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial 
e as respectivas ações são considerados bens móveis.
Questão 5 (FGV/TJ-PI/AJAA/2015) Margarida, artista plástica, contratou a compra 
de madeira de demolição, proveniente de um prédio do centro histórico de Teresina.
Sobre a situação narrada, é correto afirmar que os bens são considerados:
a) imóveis, pois são materiais de obra pertencentes ao prédio histórico;
b) móveis, pois, por serem provenientes de demolição, não mais integram o prédio;
c) fora do comércio por falta de valor econômico;
d) coisas abandonadas, e é possível adquiri-los por ocupação;
e) imóveis, pois adquirem a natureza do prédio, bem principal.
Letra b.
A questão tem como fundamento legal o art. 84 do CC.
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem emprega-
dos, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenien-
tes da demolição de algum prédio.
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Questão 6 (FCC/TRT 1ª REGIÃO/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Relativamente aos 
bens, o Código Civil estabelece que
a) constituem-se em bens móveis os materiais provisoriamente separados de um 
prédio, para nele se reempregarem.
b) consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos pessoais de caráter pa-
trimonial e respectivas ações.
c) são consumíveis os bens móveis destinados à alienação.
d) consideram-se móveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta.
e) os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis pela vontade 
das partes, mas apenas por força de lei.
Letra c.
Vale a pena recordarmos o art. 86 do CC.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da 
própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
Análise das alternativas:
a) Errada. Segundo o art. 81, II do CC, não perdem o caráter de imóveis os mate-
riais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
b) Errada. Segundo o art. 83, III do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial 
e as respectivas ações são considerados bens móveis.
d) Errada. Conforme prevê o art. 80, II do CC, o direito à sucessão aberta é con-
siderado bem imóvel.
e) Errada. Segundo o art. 88 do CC, os bens naturalmente divisíveis podem tor-
nar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.
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Questão 7 (FCC/TRE-SE/AJAJ/2015) No tocanteas diferentes classes de bens, 
considere:
I – Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são conside-
rados bens imóveis para os efeitos legais.
II – As energias que possuam valor econômico são consideradas bens móveis 
para os efeitos legais.
III – Os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens mó-
veis para os efeitos legais.
IV – As árvores e os frutos pendentes não destinados ao corte são considerados 
bens imóveis por acessão natural.
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) II, III e IV
c) I e IV.
d) I, II e IV.
e) II e III.
Letra b.
Análise das afirmativas:
I – Errada. Segundo o art. 83, III do CC, os direitos pessoais de caráter patrimo-
nial e as respectivas ações são considerados bens móveis.
II – Certa. Segundo o art. 83, I do CC, as energias que possuam valor econômico 
são consideradas bens móveis.
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III – Certa. Segundo o art. 83, III do CC, os direitos pessoais de caráter patrimo-
nial e as respectivas ações são considerados bens móveis.
IV – Certa. É considerado acessão natural tudo aquilo que adere ao solo natural-
mente, a exemplo das árvores, frutos e subsolo.
Questão 8 (CESPE/TRE-RS/AJAA/2015) No que diz respeito às diferentes espécies 
de bens e as suas classificações, assinale a opção correta.
a) Os bens públicos de uso comum são considerados bens públicos por natureza, 
diferentemente dos bens públicos de uso especial e dos dominicais que são equipa-
rados aos bens privados.
b) Os animais, também denominados semoventes, são considerados espécies de 
bens móveis por natureza, já que possuem movimento próprio.
c) A energia elétrica, embora possua valor econômico, não pode ser considerada 
como bem móvel ou imóvel, sendo considerada res nullius.
d) Consideram-se bens incorpóreos aqueles bens que podem ser incorporados ao 
patrimônio pessoal, pois, além de serem concretos, podem ser palpáveis e mensu-
ráveis economicamente.
e) Diz-se infungíveis aqueles bens que podem ser substituídos por outros da mes-
ma quantidade, qualidade e espécie, como é o caso do dinheiro.
Letra b.
De acordo com o art. 82 do CC.
Análise das alternativas:
a) Errada. O erro está na equiparação aos bens privados.
c) Errada. Res nulius é a designação em latim para coisa sem dono, o que não é 
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o caso da energia elétrica. Segundo o art. 83, I do CC, as energias que possuam 
valor econômico são consideradas bens móveis.
d) Errada. Os bens incorpóreos não podem ser concretos, somente abstratos.
e) Errada. A possibilidade de substituição do bem por outro de mesma espécie, 
qualidade e quantidade (art. 85 do CC) é uma característica dos bens fungíveis.
Questão 9 (FGV/PREF. PAULÍNEA-SP/GUARDA MUNICIPAL/2015) Quanto à classi-
ficação dos bens, é correto afirmar que:
a) um veículo é considerado uma universalidade de fato;
b) um jogo de pneus é considerado uma universalidade de direito;
c) uma frota de veículos, coletivamente considerada, é uma universalidade de fato;
d) um veículo emplacado e cadastrado individualmente, é um bem fungível;
e) um caminhão é considerado consumível.
Letra c.
De acordo com a definição do art. 90 do CC.
Análise das alternativas:
a) Errada. Um veículo é considerado um bem singular.
b) Errada. Um jogo de pneus é considerado uma universalidade de fato, pois re-
presenta uma pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, 
possuem destinação unitária.
d) Errada. A doutrina entende que, a partir do momento que um bem pode ser 
individualizado, ou seja, possua características únicas, deverá ele ser considerado 
com infungível. Sendo assim, se um determinado carro possui placa e número de 
chassi, então ele é considerado infungível.
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e) Errada. Como regra, um caminhão é considerado inconsumível, desde que não 
esteja destinado à alienação.
Questão 10 (CESPE/TCE-RN/ASSESSOR JURÍDICO/2015) A respeito das pessoas, 
dos bens e dos fatos jurídicos, julgue o item a seguir.
As pertenças, em regra, não seguem o bem principal posto que não se constituem 
em partes integrantes.
Certo.
A assertiva trata do princípio da gravitação jurídica previsto no art. 94 do CC.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as 
pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das cir-
cunstâncias do caso.
Ou seja, se uma casa de praia é vendida, entende-se que a piscina (benfeitoria) 
está incluída na venda. Entretanto, o mesmo não se pode inferir do quadro (perten-
ça) que estava na parede da casa, pois as pertenças são exceção à regra de que o 
acessório segue o principal.
Questão 11 (FGV/TJ-PI/AJAJ/2015) Jurema comprou uma casa de Mariana. Quan-
do ingressou no imóvel e iniciou a arrumação de sua mudança, Jurema encontrou 
uma tela pintada por um artista de renome mundial, inadvertidamente deixada por 
quem executou a mudança de Mariana. Procurada por Mariana, Jurema recusa-se 
a devolver a obra de arte em questão. Sobre os fatos narrados, é correto afirmar 
que:
a) assiste razão a Jurema, pois o quadro é uma benfeitoria que segue a sorte do 
bem principal;
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b) assiste razão a Jurema, pois o quadro é um produto da casa e, como tal, deve 
acompanhá-la;
c) não assiste razão a Jurema, pois o quadro, por ser uma acessão, não acompa-
nha o bem principal;
d) não assiste razão a Jurema, pois o quadro, considerado pertença, não segue a 
sorte do bem principal;
e) assiste razão a Jurema, pois o quadro é um fruto do imóvel e dele pode ser destacado.
Letra d.
Conforme comentários da questão anterior, o quadro, por ser uma pertença, em 
regra, não segue o bem principal.
Questão 12 (FGV/PREF. PAULÍNEA-SP/GUARDA MUNICIPAL/2015) Em matéria de 
bens públicos, o Código Civil estabelece que o seu uso comum:
a) deve ser necessariamente gratuito, já que tais bens pertencem a toda a coleti-
vidade de forma geral e abstrata;
b) deve ser necessariamente retribuído, por meio de contribuição econômica por 
parte dos particulares beneficiados;
c) pode ser gratuito ou retribuído, conforme decidir arbitrariamente a autori-
dade competente;
d) pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela enti-
dade a cuja administração pertencerem;
e) deve ser necessariamente

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