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Técnicas de manejo comportamental na odontopediatria
Apesar da odontologia estar há muitos anos no mercado para alguns pacientes infantis irem a uma consulta odontológica, ainda causa sensação de medo, ansiedade e expectativa, embora cada criança apresente um comportamento diferente e imprevisível.
A abordagem do cirurgião-dentista no atendimento odontológico infantil deve-se adequar a idade, ao gênero, ao estado geral e aos fatores familiares da criança. Ainda assim, o manejo de comportamento podem envolver técnicas farmacológicas e não-farmacológicas afim de controlar o paciente durante o atendimento, estas técnicas são utilizadas para otimizar o atendimento.
Dependendo do comportamento do paciente infantil, é aplicado uma técnica de manejo comportamental, sendo ela, farmacológica ou não.
A técnica de manejo não farmacológico na odontopediatria mais utilizadas são: a comunicação verbal, a comunicação não verbal, dizer-mostrar-fazer, controle de voz, reforço positivo, distração, modelo, mão-sobre-a-boca e contenção física.
A comunicação verbal é a forma de se expressar com palavras todos os procedimentos a serem realizados no seu tratamento, enquanto a comunicação não-verbal trata-se da postura, do contato, da expressão facial, da linguagem corporal, orientando o paciente e reforçando o que foi dito na comunicação verbal.
A técnica dizer-mostrar-fazer é muito utilizada na odontopediatria, inclusive ela pode ser aplicada em conjunto com a comunicação verbal e não-verbal e reforço, pois ela mostra objetos do ambiente do consultório e explica os mecanismos e funções, deixando o paciente a vontade e por fim se adaptando aos procedimentos.
Na técnica de controle de voz, tanto a expressão facial quanto a entonação são importantes para viabilizar como guia de um comportamento desejado, neles são captados a atenção e a cooperação da criança evitando comportamentos negativos. Esta técnica é contraindicada apenas para pacientes deficientes auditivos.
A distração é uma técnica que tem por objetivo desviar a atenção do paciente, ela não tem contraindicação de faixa etária, principalmente infantil. Nesta técnica o profissional pode conversar com a criança sobre assuntos pertinentes a sua idade, permitir brinquedos desde que não atrapalhe o procedimento, pode tornar o ambiente mais tranquilo e favorável com músicas e vídeos, para diminuir os sons de alguns aparelhos e aliviar o nervosismo.
No reforço positivo são utilizados palavras como elogios, gestos positivos, expressão facial, usualmente esta técnica tem como objetivo recompensar a criança pelo bom comportamento, por cooperar com o atendimento. Ainda nesta técnica, deve-se evitar expressões “pare” e “não faça”, mas explicar sempre de maneira calma e pedir gentilmente para manter a criança calma e terminar a consulta. É utilizado no reforço positivo como reforçadores, balões feitos com a luva de procedimentos limpa, lembrancinhas e brinquedos.
A técnica modelo, consiste em reduzir a ansiedade de uma criança, mostrando outra criança sob tratamento como modelo, e assim condicionar esta criança a ter este mesmo comportamento, geralmente ela se torna mais eficaz em crianças abaixo de 7 anos.
A mão-sobre-a-boca é uma técnica controversa por não ter uma boa aceitação dos responsáveis, porém tem uma eficácia quando aplicada corretamente e principalmente consentida pelos pais. A técnica feita pelo profissional posicionando as suas mãos sobre a boca do paciente infantil, para abafar qualquer som e aproximando do ouvido da criança, afim de uma boa comunicação juntamente com a entonação de voz adequada.
Se por um acaso esta técnica não seja eficaz, o profissional poderá colocar a mão-sobre-a-boca com restrições das vias aéreas, onde o profissional coloca as mãos sobre a boca do paciente e juntamente com os dedos polegar e indicador fecha as vias aéreas por no máximo 15 segundos. Esta técnica é contraindicada para pacientes com deficiência mental e auditivos, crianças incapacitadas, imaturas e que estejam sob o uso de medicações que alterem o raciocínio.
A técnica de contenção física é uma das últimas escolhas dos odontopediatras, geralmente empregadas em crianças menores de 3 anos de idade que não cooperam com o atendimento. Nesta técnica é utilizado aparatos como: mãos, cintos, fitas e envoltórios de tecidos. A utilização deste manejo deverá ser feita juntamente com o consentimento escrito e detalhado pelos pais.
Na odontopediatria existem várias técnicas que podem ser abordadas, cabe ao profissional juntamente com os pais decidir qual a técnica mais apropriada para se empregar no paciente infantil.  
Bons profissionais devem buscar a capacitação em relação as técnicas de manejo constantemente, a fim de melhorar sua atuação profissional. E não podemos esquecer que ter um grupo de profissionais multidisciplinares e de confiança para trabalhar, como o psicólogo, o fonoaudiólogo, o terapeuta, o pediatra, e ortodontista para que se estabeleça um vínculo entre o paciente e o profissional e o tratamento possa ser realizado com sucesso.

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