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AVALIAÇÃO DISCURSIVA DE LÍNGUA PORTUGUESA | 9º ANO :: 3º período :: matutino:: ENSINO FUNDAMENTAL | 19M3Por_2015_pro.docx pág. 1 de 4
1. Considerando o texto a seguir, bem como a leitura integral da obra Hamlet, de Shakespeare, responda à questão. 
– Ser ou não ser, eis a questão! – diz o príncipe, angustiado. 
Os dilemas de Hamlet são muitos: ser ou não ser, viver ou morrer, agir ou não agir. Matar o rei Cláudio e 
vingar o seu pai? 
Mas matar o rei pode significar a própria morte, mesmo porque pode não valer a pena seguir vivendo... 
Talvez então suicidar-se? 
Mas suicidar-se pode significar o pesadelo eterno de se condenar... 
– Será mais nobre sofrer na alma pedradas e flechadas de um destino enfurecido – prossegue Hamlet –, ou 
pegar em armas contra o mar de angústias, contra suas ondas infindáveis, combatendo-o até não mais suportar? 
(...) 
(William Shakespeare. In: Hamlet: o príncipe da Dinamarca. Tradução e adaptação em português Leonardo Chianca. São Paulo: Scipione, 
2001.) 
O fragmento acima é parte do monólogo mais conhecido de Hamlet, de Shakespeare, e revela o momento delicado pelo qual 
passava a personagem. (0,6) 
I. Com base no texto e na leitura integral da obra, assinale a opção correta. (0,5) 
a) De acordo com o monólogo, Hamlet afirma que devemos ser donos da nossa própria vida, e não ficar à mercê do 
destino. 
b) Por meio do monólogo, percebe-se que Hamlet é seguro em relação ao que se quer da própria vida. 
c) O fato de Hamlet refletir demais sobre a própria vida, como vemos no fragmento, é uma forma de medir as 
consequências de seus atos. 
d) Pelo monólogo, o leitor percebe que Hamlet, mesmo rompendo com os valores culturais e religiosos da Idade Média, 
passa a agir, cada vez mais, pela emoção. 
e) Com a célebre frase “Ser ou não ser, eis a questão!”, Hamlet questiona a própria existência e a forma como ela se dá. 
 
 
 
II. Hamlet, conforme se constata no trecho, enfrentava fortes conflitos pessoais que o deixaram bastante desestabilizado 
psicologicamente, ao mesmo tempo em que aflorou grande sentimento de revolta dentro dele. Explique os motivos que 
levaram Hamlet a enfrentar esse momento crítico e, consequentemente, a ter tantas dúvidas. (0,5) 
 
 
 
 
9ºano 
3º período – Matutino 15 de setembro de 2015 
INSTRUÇÕES, OBSERVAÇÕES & INFORMAÇÕES 
1. O raciocínio que conduz a uma resposta deverá estar claramente exposto e organizado, com início, meio e fim. De outra 
forma, a pontuação da questão será prejudicada, podendo até ser igual a zero. 
2. Respeite os espaços delimitados pelas margens; eles são suficientes para respostas adequadas. Evite o uso de 
abreviaturas e símbolos, pois poderão não ser reconhecidos e invalidar a resposta. 
3. Cuide da apresentação da avaliação: use letra legível, evite rasuras, responda às questões no espaço adequado. Em caso 
de erro, anule com um risco e refaça. O uso de corretivos (liquid paper ou similares) implica anulação da resposta. 
4. Não empreste nem solicite emprestado material escolar (caneta, lápis, borracha, régua, etc.). É proibido o uso de 
calculadora (inclusive relógio-calculadora). 
5. Não serão permitidas consultas. Telefones celulares, MP3 player, ipod e similares devem ser DESLIGADOS e guardados na 
bolsa ou colocados sobre a mesa do professor, longe do seu alcance. 
6. A cada questão será atribuída uma pontuação de 0,0 a 1,0, em intervalos de 0,1. A pontuação da avaliação será o 
somatório das pontuações nas questões, e a nota da avaliação será a pontuação multiplicada pelo fator de ajuste. 
7. O respeito a estas instruções faz parte da avaliação e interfere na nota. A interpretação faz parte da avaliação. 
1.9 LÍNGUA PORTUGUESA
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2. Leia o texto a seguir e faça o que se pede. 
– De jeito nenhum, Ofélia! – Polônio a interrompe, com agressividade. – Sua conversa é para enganar donzelas tolinhas como você. Se 
ele diz que a ama, é fogo de palha, amanhã dirá o mesmo a outra! 
– Mas, meu pai... – Ofélia tenta se explicar, em vão. 
– Vou lhe dizer o que tem de fazer – orienta Polônio. – Não aceite qualquer flerte do jovem príncipe. (...) 
– Sim, meu nobre pai – aceita Ofélia, submetendo-se ao desejo de Polônio. 
(William Shakespeare. In: Hamlet: o príncipe da Dinamarca. Tradução e adaptação em português Leonardo Chianca. São Paulo: Scipione, 2001.) 
f) Hamlet, apesar de confessar seu amor por Ofélia, torna-se, involuntariamente, o responsável por duas grandes 
tragédias na família e na vida dela, o que gera a ira de Laertes, quando este retorna da França e o seu desejo de 
vingança. Que fatalidades foram essas? (0,4). 
 
 
 
 
b) Explique por que Hamlet, mesmo sem intenção, acabou sendo o responsável por tais tragédias, que resultaram em 
duelo seu com Laerte. (0,6) 
 
 
 
 
 
 
3. A seguir, são feitas afirmações sobre a história de Hamlet. Julgue-as, assinalando C (certo) ou E (errado) e, em seguida, 
corrija as afirmações consideradas erradas. O julgamento “errado” só terá validade se for corrigido. (1,0) 
C E 
A obra é marcada pelos questionamentos do príncipe, que faz uma reflexão a respeito da veracidade e da 
realidade das coisas do mundo. 
C E Tanto Hamlet pai quanto Hamlet filho foram traídos e envenenados pela espada de Laertes. 
C E 
Hamlet não acreditou totalmente no que o espectro do rei lhe contou, por isso montou o teatro, para ter 
certeza dos fatos relacionados à morte do pai. 
C E 
O rei Cláudio, acreditando que Hamlet estivesse louco, mandou-o para a Inglaterra para que recebesse o 
melhor tratamento médico e retornasse curado para o reino. 
C E 
Em sua luta contra Laertes, Hamlet é envenenado ao tomar vinho dado por Cláudio e, antes de morrer, 
Hamlet lhe perdoa por todos os males cometidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. Leia os textos a seguir para responder à questão. 
Texto I 
“(...) e, por não saber como reagir à infame conspiração urdida contra seu pai, sente-se covarde e canalha. 
– Ó, vingança! – diz para si mesmo. (...) filho querido de um pai assassinado, sou intimado à vingança pelo céu e pelo inferno (...) 
O príncipe lembrava-se de ter ouvido dizer que certos criminosos, assistindo à uma peça, sentiram-se tão impressionados com a 
encenação de crimes, que imediatamente confessaram os seus próprios delitos.” 
 
Texto II 
“Melhor irmos na corte, porque já não consigo raciocinar” 
Com base nos estudos de regência e crase, responda aos itens seguintes. 
a) No texto I, é possível perceber um uso incorreto do acento indicativo da crase. Identifique esse erro e justifique sua 
resposta. (0,6) 
 
 
 
 
b) No texto II, há um erro de regência. Explique esse erro e, em seguida, reescreva a frase, fazendo a devida correção. 
(0,4) 
 
 
 
 
5. Com base nos estudos da crase, responda aos itens seguintes. 
a) Assinale o(s) trecho(s) em que o uso do acento indicativo da crase é obrigatório. (0,4) 
I. “Tenho novidades a comunicar – anuncia o velho”. 
II. “E ele me pediu que convidasse Suas Majestades para assistir a encenação”. 
III. “mais uma vez generalizando suas críticas a todas as mulheres”. 
IV. “Queria Hamlet ficar a sós com Horácio – que havia assistido a todo o ensaio”. (segunda ocorrência) 
V. “Polônio conduz a trupe...”. 
VI. “faria com que esses atores interpretassem, diante do tio, algo semelhante a morte de seu pai”. 
b) Em “estarei presente e oculto, atento a tudo que se dirá” e “estremece por imaginar que possa entregar-se a impulsos 
desconhecidos”, explique por que não é possível o uso do acento indicativo da crase nas duas ocorrências de “a”. (0,6)6. Leia o fragmento de uma crônica de Marcos Rey para responder aos itens seguintes. 
O entrevistador 
Quando a fama bate à porta 
Durante muitos anos fiz entrevistas para jornais, meu ganha-pão. Passava o tempo na rua, preparando e anotando. (...) 
Águas passadas. Já não preciso perguntar e anotar. Tudo passa. Embora às vezes demore um século. Agora sou eu o procurado. Meu 
livro sobre anjos, que por castigo vivem na Terra, alguns na periferia de São Paulo, já vendeu nem sei quantas edições. A fama está batendo à 
minha porta. 
Minha mulher, Berenice, foi atender. 
– Tem um repórter aqui para entrevistá-lo. 
Bernard Shaw, dizem, ficou famoso não dando moleza à reportagem. 
– O que ele está pensando, que é fácil? Diga para voltar na próxima semana. 
(Veja) 
 
 
 
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a) Sabemos que, diante de pronome possessivo feminino, o uso do acento grave é facultativo, como em “A fama está 
batendo à minha porta”. Na crônica, se o acento grave tivesse sido omitido, poderia acarretar uma ambiguidade ou, 
ainda, um significado indesejado. Justifique essa afirmação. (0,5) 
 
 
 
 
b) Considerando o último fato transcrito no texto (a presença de um repórter que deseja entrevistar o 
narrador-personagem), explique se também seria aceitável usar como subtítulo do texto – embora com sentido 
diferente – “quando a fama bate a porta”, sem o acento grave indicativo de crase. (0,5) 
 
 
 
 
7. Leia as placas abaixo para responder ao que se pede. 
Placa I Placa II 
Placa III 
 
 
 
 
Todas as placas apresentam desvios quanto ao emprego do acento indicador de crase. Suponha que você seja um revisor: 
que justificativa daria aos autores dessas placas para que, nos próximos textos, eles não cometessem as mesmas 
inadequações? (1,0) 
• Placa I _____________________________________________________________________________________________________________________________ 
 
• Placa II ____________________________________________________________________________________________________________________________ 
 
• Placa III ___________________________________________________________________________________________________________________________ 
 
8. Com base nos estudos de regência, faça o que se pede. 
a) Os fragmentos abaixo apresentam erros quanto à regência. Reescreva-os, fazendo a devida correção. (0,4) 
I. Mas, acima de tudo, meu filho, seja fiel para si mesmo e não use de falsidade. 
 
 
II. Hamlet chega ansioso com o encontro com Horácio. 
 
 
b) Nas orações “Esta canção é agradável a alma.” e “ O respeito é essencial a boa convivência”, ocorrem desvios quanto 
às regras de regência. Justifique por que houve tais falhas. (0,6)