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Núcleo de Educação a Distância
R. Maria Matos, nº 345 - Loja 05
Centro, Cel. Fabriciano - MG, 35170-111
www.graduacao.faculdadeunica.com.br | 0800 724 2300
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO.
Material Didático: Ayeska Machado
Processo Criativo: Pedro Henrique Coelho Fernandes
Diagramação: Heitor Gomes Andrade
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira, Gerente Geral: Riane Lopes, 
Gerente de Expansão: Ribana Reis, Gerente Comercial e Marketing: João Victor Nogueira
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profi ssionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confi ança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, refl exiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profi ssionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfi l profi ssional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualifi car ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa 
jornada!
Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção 
de novos conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! .
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profi ssional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professora Ana Carolina de Souza Assis
O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especifi cadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profi sisional.
Esta unidade buscará demonstrar as novas práticas pedagógicas uti-
lizando as Tecnologias da Informação e da Comunicação – TICs e a 
internet nos processos de ensino e aprendizagem. Buscaremos de-
monstrar também as várias possibilidades que as TICs oferecem ao 
professor possibilitando ao mesmo modernizar a sua prática, buscando 
assim um processo de ensino instigante e inovador. Além disso, através 
dos textos da unidade, conceituaremos as ferramentas apresentadas e 
indicaremos as suas diversas possibilidades de uso, levando também o 
leitor a compreender as funcionalidades dos Softwares Educativos, dos 
Softwares Livres e da Internet. Indicaremos caminhos essenciais para 
que haja mudanças signifi cativas nos processos de ensino, visando 
também o processo de inclusão digital dos sujeitos envolvidos. Ressal-
tamos ainda a presença das TICs no nosso cotidiano social e como as 
mesmas apresentam novas metodologias e ferramentas nos processos, 
seja em nossa vida social ou no setor educacional. Nesse sentido, de-
vemos destacar que na era digital em que vivemos não é mais possível 
ignorar as alterações que essas tecnologias da informação e comuni-
cação vêm provando na sociedade moderna. Assim, a utilização de re-
cursos didáticos com base nas TICs passa a ser parte importante do 
trabalho de formação dos alunos, pois a sua utilização visa à construção 
de conhecimentos sólidos. 
Tecnologias, Softwares Livres, Softwares Educativos, 
Inclusão Digital.
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CAPÍTULO 01
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - TICS
Um breve Panorama Histórico das Tecnologias da Informação e Co-
municação - TICs____________________________________________
Apresentação do módulo __________________________________
12
10
Os Softwares educativos Como instrumentos de Mediação nos Pro-
cessos de Ensino e Aprendizagem_____________________________ 32
CAPÍTULO 02
SOFTWARES EDUCATIVOS
O Uso de Software de Aprendizagem na Sala de aula_____________ 36
A evolução dos Processos de Ensino - Da escrita ao Computador___ 14
Interatividade - Aprendizado Interativo_________________________ 38
A ultilização das Tecnologias da Informação E comunicação nos 
Processos de ensino e Aprendizagem__________________________ 16
A internet como ferramenta educacional no atual cenário Educa-
cional_____________________________________________________ 19
TICs no Processo de Inclusão Digital versus Exclusão Social________ 22
Recapitulando______________________________________________ 26
Tipos de software educacional________________________________ 38
O Software Educacional como Ferramenta Pedagógica___________ 41
Etapas de Desenvolvimento de Softwares Educacionais__________ 42
Implementação de Software Educacional em Sala de Aula - Novas 
Perspectivas________________________________________________ 43
CAPÍTULO 03
SOFTWARES LIVRES
Software livre - Introdução____________________________________ 52
Recapitulando______________________________________________ 47
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Software Livre - Suas Funcionalidades e Características__________ 54
58Software Livres e outra mídias aplicadas à sala de aula__________
56Software Livre e Educação __________________________________
Software Livre - Conceito e História___________________________ 52
Software Livres e formação de Professores para Uso das TICs_______ 64
74Referências_______________________________________________
Recapitulando_____________________________________________ 67
72Fechando a Unidade_______________________________________
71Considerações Finais_______________________________________
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Neste módulo buscaremos ampliar a nossa visão sobre a utili-
zação das Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs nos pro-
cessos de ensino e aprendizagem. Começaremos abordando os princi-
pais conceitos das Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs, 
caminharemos rumo a um panorama histórico das TICs, buscando des-
tacar principalmente a evolução de tais ferramentas, especifi camente, 
nos processos de ensino e aprendizagem utilizando a ferramenta com-
putador. 
Caminhando nesse sentido de tecnologias nos processos peda-
gógicos, destacaremos as principais características dos softwares educa-
tivos, dos softwares livres, da internet e dos jogos digitais, bem como suas 
funcionalidades aplicadas nos processos de ensino e aprendizagem, nos 
mais diversos níveis de ensino. Destacaremos as principais funções de 
cada software, apresentado suas potencialidades no âmbito escolar.
Ainda destacaremos as principais características de softwares
livres e quais as possibilidades que eles podem oferecer aos processos 
pedagógicos, possibilitando, assim, melhorias aos processos de ensino e 
aprendizagem no âmbito educacional. Complementaremos nosso estudo 
com as possibilidades que a internet oferece aos processos educacionais 
e, por fi m, buscaremos uma defi nição de inclusão digital dando destaque 
ao processo de inclusão social.
Buscaremos, no contexto educacional, uma nova abordagem 
dos processos de ensino e aprendizagem na qual os métodos tradicio-
nais de ensino deixem de ser únicos e sejam transformados em métodos 
modernos, capazes de possibilitar novos caminhos ao aluno. Esses no-
vos métodos, utilizando-se de novas ferramentas, trarão o aluno para o 
centro do processo de ensino e aprendizagem, onde o mesmo passa a 
ser o construtor do seu conhecimento.
Indicaremos softwares educacionais que poderão ser utilizados 
no contexto educacional, instigando assim novas práticas de ensino, nas 
quais o professor passa a ser o mediador do processo, auxiliando o aluno 
no uso de tais ferramentas. Utilizaremos também softwares livres como 
ferramentas pedagógicas. Nesse sentido, buscaremos também ampliar 
nosso conhecimento acerca de tais ferramentas, bem como seu histórico 
e suas possibilidades nos processos educacionais.
Por fi m, também daremos ênfase ao processo de formação do 
aluno no âmbito escolar, buscando utilizar as ferramentas tecnológicas 
disponíveis para tal processo. Ainda nesse direcionamento, abordaremos 
o uso dos blogs e das mídias sociais em sala de aula, e ainda teremos 
um olhar atento quanto à formação do professor para fazer uso dessas 
ferramentas em suas práticas pedagógicas.
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UM BREVE PANORAMA HISTÓRICO DAS TECNOLOGIAS DA IN-
FORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – TICS
Na década de 90, as tecnologias começaram a despontar no 
cenário educacional e quando nos remetemos a tecnologias, de imedia-
to vem à nossa mente a fi gura do computador ou artefatos relacionados 
às inovações tecnológicas, que em muitos casos traz consigo novas 
possibilidades para melhorar os processos até então vigentes. Baseado 
nessas possibilidades, devemos ter as TICs como aliadas nos proces-
sos de ensino e aprendizagem.
Devemos nos remeter ao passado e pensar na época em que 
o homem passou a utilizar artefatos como a pedra, madeira e a argila 
para melhorar suas condições de vida e ofício. Desse marco histórico 
em diante podemos dizer que começou a revolução tecnológica na vida 
do homem e da sociedade. Este fato nos indica que as tecnologias são 
como quaisquer instrumentos ou processos utilizados para melhorar os 
resultados de alguns processos ou trabalhos que utilizam ferramentas 
que colaboram agilizando e melhorando o desenvolvimento do mesmo.
TECNOLOGIAS DA 
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
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Nesse sentido, Kenski (2008) destaca que as tais tecnologias 
podem ser consideradas como um conjunto de conhecimentos e prin-
cípios científi cos que se aplica ao planejamento, à construção e à uti-
lização de um equipamento em um determinado tipo de atividade que 
possibilita melhoria aos processos. O mesmo autor ainda ressalta que:
[...] conhecimentos e princípios científi cos que se aplicam ao planejamento, 
à construção e à utilização de um equipamento em um determinado tipo de 
atividade, chamamos de “tecnologia”. Para construir qualquer equipamento 
- uma caneta esferográfi ca ou um computador -, os homens precisam pes-
quisar, planejar e criar o produto, o serviço, o processo. Ao conjunto de tudo 
isso, chamamos de tecnologias (KENSKI, 2008, p. 26).
Devemos ainda destacar que as tecnologias, ao longo dos 
tempos, foram se modifi cando e ganhando mais destaque na vida do 
ser humano. Podemos evidenciar, em curto espaço de tempo, que ela 
propiciou ao ser humano enormes transformações em seu cotidiano, 
vejamos:
Figura 1 – Linha do tempo – Evolução das Tecnologias
Fonte: Mercado , 2008
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Essas descobertas, dentre várias outras, facilitam a vida do 
homem e propiciam melhoras nos processos da vida social cotidiana 
do homem.
Saiba mais:
Nos links abaixo você encontrará mais informações sobre o de-
senvolvimento e história das TICs ao longo dos tempos e os benefícios 
que ela traz para as atividades sociais.
1) https://www.revistas.ufg.br/sv/article/viewFile/42325/21309.
2) https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educa-
cao/breve-historico-da-tecnologia-educativa/41974
3) http://www3.eca.usp.br/sites/default/fi les/form/cpedagogica/
Capobianco-Princpios_da_Histria_das_Tecnologias_da_Informao_e_
Comunicao__Grandes_Histrias_Principles_of_ICT_History.pdf
4) https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/
2175-795X.2014v32n2p645
Vídeos que podem colaborar para a compreensão de sua 
história
1) https://www.youtube.com/watch?v=sgM3IMLj0Nk
2) https://www.youtube.com/watch?v=bElochGgkAc
A EVOLUÇÃO DOS PROCESSOS DE ENSINO – DA ESCRITA AO 
COMPUTADOR
Podemos destacar que desde a época da pedra lascada as 
tecnologias, ao longo dos anos, estiveram sempre presentes nos pro-
cessos de ensino do sujeito. Elas colaboram para que os processos 
sejam mais produtivos e dinâmicos acompanhando, assim, o desenvol-
vimento da sociedade. 
Nesse sentido, BEHRENS (1996) afi rma que:
É importante observar que, quando reconhecemos o lugar central 
das tecnologias na organização das sociedades contemporâneas, 
entendemos que são elas, por consequência, um dos principais 
agentes transformadores dessas mesmas sociedades. Em relação à 
utilização de recursos tecnológicos no ambiente escolar não é diferente, 
ela (tecnologia) evolui junto com as necessidades e mudanças 
da sociedade. Desta forma, por ser a tecnologia imprescindível à 
educação – principalmente se considerarmos que seu emaranhado 
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é constituído, dentre outros elementos, de comunicação, informação, 
conhecimento e criatividade (BEHRENS, 1996, p. 2). 
Devemos destacar que, em outras épocas, todos os processos 
de ensino eram aplicados por narrativas conhecidas como orais, e esta 
ferramenta era a única predominante nos processos de ensino e apren-
dizagem.
Um dos marcos da era dos novos processos pedagógicos foi o 
evento da descoberta da escrita. Talvez possamos destacar que foi um 
dos primeiros, e o mais importante, dos passos tecnológicos que pos-
sibilitaram mudanças signifi cativas nos processos de ensino até então 
utilizados pelo homem.
Cometti (2018) ressalta que as placas de argilas feitas pelos 
Sumérios por volta de 4.000 a.C. e, quase que simultaneamente,a es-
crita egípcia, muitas delas encontradas nas pirâmides, historicamente 
foram o pontapé inicial para o desenvolvimento da escrita e sua evo-
lução. O mesmo autor ainda salienta que o volumen, uma espécie de 
folha de papiro colada e enrolada em um cilindro de madeira, e o codex, 
feito também com várias folhas de papiro ou de pele de animal costu-
rada (parecido com o que conhecemos como os livros atuais), são os 
objetos que podemos classifi car como precursores dos livros. 
Nesse sentido, devemos dar destaque também à invenção da 
imprensa, no século XV, como um advento que impulsionou a produção 
de livros e, assim, possibilitou ampliar o seu acesso. Nesse sentido, 
Paiva (2009) destaca que:
É no século 15, com a invenção da imprensa com os tipos móveis de Gu-
tenberg que a produção de livros se estabeleceu criando uma nova dimensão 
para a humanidade: a cultura letrada. Os livros deixam de ser copiados à 
mão e passam a ser produzidos em série (PAIVA, 2009, p.17).
Nesse direcionamento, Kenski (2008) ressalta que com a escri-
ta feita à mão e, depois, o livro, os processos interativos e comunicativos 
de ensino se ampliam no espaço e no tempo, possibilitando transforma-
ções signifi cativas até chegarmos, de fato, à era computacional. 
Uma longa caminhada foi realizada através das décadas até 
nos depararmos com o computador e outros equipamentos que possibi-
litaram mudanças signifi cativas nos processos pedagógicos. 
Devemos destacar aqui que, após o período da Segunda Guer-
ra Mundial (1939-1945), é que o computador começou a despontar no 
cenário educacional. Segundo destaca Borba e Penteado (2012), os 
computadores começaram a ser usados nas escolas defi nitivamente na 
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segunda metade do século XX, depois de permear o mundo da ciência, 
da guerra e dos negócios empresariais e se espalharem por pratica-
mente todas as nossas atividades. 
A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNI-
CAÇÃO NOS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM 
As TICs estão presentes em nossas vidas, modifi cando os 
processos e possibilitando assim novas metodologias. Nesse sentido, 
Araújo (2009) destaca que, tendo em vista a era digital em que vivemos, 
não é mais possível ignorar as alterações que essas tecnologias da 
informação e comunicação (TICs) provocam na forma como as pes-
soas as veem e as utilizam. Nesse direcionamento, também não há 
como subestimar o potencial pedagógico que essas ferramentas pro-
porcionam quando utilizadas nos processos de ensino e aprendizagem 
(TRAXLER, 2009).
Com o advento dessas novas tecnologias, a sociedade educa-
cional vê-se diante de paradigmas educacionais que confrontam a reali-
dade, questionando a efi cácia de processos de ensino e aprendizagem 
que se encontram baseados na tendência educacional tradicional, que 
foca apenas o produto fi nal da aprendizagem e não o processo como 
um todo (VALENTE, 1993). Com o desenvolvimento tecnológico, é per-
ceptível a necessidade de buscar novas metodologias e ferramentas 
capazes de tornar os processos de ensino e aprendizagem diferencia-
dos e atraentes.
Assim, a utilização de recursos didáticos com base nas Tec-
nologias de Informação e Comunicação – TICs passa a ser parte im-
portante do trabalho de formação dos alunos, pois a sua utilização visa 
a construção de conhecimentos sólidos que possam auxiliar, principal-
mente, no desenvolvimento de sujeitos ativos na sociedade moderna.
Os professores, por sua vez, devem estar antenados em suas 
práticas pedagógicas para que sejam capazes de utilizar novas ferra-
mentas tecnológicas com a fi nalidade de instigarem os alunos, tornan-
do-os mais participativos em sua própria aprendizagem. Dessa manei-
ra, Fonseca (2001) argumenta que:
A verdadeira função do professor não deve ser a de ensinar, mas sim de criar 
condições de aprendizagem. O professor poderá utilizá-lo por disciplina, para 
reforçar os conteúdos que foram trabalhados em sala de aula, adequando 
o uso do computador ao enfoque da sua matéria, e também nos projetos 
educacionais em que a informática poderá ser desenvolvida com todos os 
alunos, partindo de um objetivo proposto pela escola (FONSECA, 2001, p. 2).
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Nesse sentido Mercado e Silva (2008) citam que:
Com a globalização e a realidade dos computadores, tablets e smartpho-
nes cada vez mais presentes na vida cotidiana dos professores e alunos, é 
necessário que essas ferramentas sejam inseridas nos processos de ensi-
no e aprendizagem, nas mais diversas etapas e modalidades da Educação, 
possibilitando assim ao aluno usar meios modernos para a construção do 
seu conhecimento, facilitando assim o processo de ensino e aprendizagem 
(MERCADO; SILVA, 2008, p. 66).
Nesse direcionamento, podemos destacar então que a imple-
mentação dos softwares educativos nos processos de ensino e apren-
dizagem podem apresentar-se como uma opção para o rompimento do 
processo de ensino tradicional que prevalece nas escolas (ARAÚJO, 
2017). Nesse sentido, Mercado e Silva (2008) ressaltam que:
A escola deve implantar processos e mecanismos que possam acabar como 
processos mecânicos de aprendizagem sem sentido para os alunos. Os 
mesmos autores ainda salientam que as tecnologias devem objetivar, dentre 
outras coisas, construir conceitos através de processos investigativos e inte-
ressantes para o aluno (MERCADO; SILVA, 2008, p. 38). 
A dinâmica da utilização de um software educativo pode moti-
var o estudante a pesquisar, experimentar e procurar novas soluções, 
conforme citado por Mercado e Silva (2008). ‘
De acordo com Gladcheff (2001), a utilização de tecnologias 
nos processos de ensino e aprendizagem é um dos meios de desenvol-
ver a autonomia dos alunos, pois sua utilização possibilita que os alunos 
pensem, refl itam e criem novas possibilidades de soluções, bem como 
instiguem o professor a modifi car a sua prática que, em muitos casos, 
são estáticas e sem mudanças ao longo da sua carreira profi ssional no 
magistério.
Nesse sentido, Araújo (2017) destaca que:
Os recursos oferecidos pelas TIC’s auxiliam o professor na exploração de 
novas possibilidades de práticas pedagógicas nos processos de ensino e 
aprendizagem, contribuindo para aperfeiçoar o processo de ensino e apren-
dizagem de forma que o aluno seja valorizado como sujeito do processo 
educativo. (ARAÚJO, 2017, p. 18)
Nessa mesma vertente, Mercado e Silva (2008) afi rmam que, 
ao utilizar os inúmeros recursos das TICs, os processos de ensino e 
aprendizagem ganham inovações capazes de modifi car todo o proces-
so e criar dinamismo e poder de comunicação inusitado entre os envol-
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vidos. Assim, as difi culdades no processo de ensino e aprendizagem 
podem ser minimizadas com o uso das novas ferramentas tecnológicas 
em sala de aula. 
Devemos destacar que uma das mais importantes discussões 
relacionadas à educação nos dias atuais tem sido o uso das TICs na 
educação, possibilitando mudanças signifi cativas nos processos até en-
tão utilizados pelos professores. Assim, os processos educacionais se 
atualizaram e se modifi caram não apenas pela mutabilidade social, polí-
tica e cultural; mas, sobretudo, seguindo as inovações e revoluções tec-
nológicas ocorridas pelo avanço das tecnologias nas últimas décadas.
Conforme destaca Sette (2005), as TICs podem possibilitar 
o enriquecimento dos processos pedagógicos ao colocar professores 
e alunos no mesmo contexto de utilização. Corroborando com Sette 
(2005), Valente (2003) ressalta que:
O uso de novas tecnologias no processo de ensino e da aprendiza-
gem torna-se uma das alternativas que pode contribuir para a me-
lhoria da qualidade da educação, desde que sejam articuladas ao 
projeto de trabalho docente-discente. Isto é, primeiro se apresenta 
e se discute o quê e para quê determinadoconteúdo será estudado. 
(VALENTE, 2003, p. 27). 
Nesse sentido, Mercado (1999) salienta também que:
É importante destacar que o mundo da tecnologia e da informação nos for-
nece antenas, aprimora os nossos sentidos, permite-nos viver em um bem 
estar com que os nossos antepassados não ousaram sonhar. Um único luxo, 
porém, não nos é permitido: interromper os nossos processos de aprendi-
zagem, subtrair-nos à formação permanente. Antes a escola era treinamen-
to para a existência, depois instrução e educação em vista do ingresso no 
mundo do trabalho. Agora é uma necessidade de vida, tanto quanto o ar que 
respiramos (MERCADO, 1999, p. 12).
Ainda devemos ressaltar que a utilização das TICs em sala 
de aula leva o professor a ser um gerenciador do processo de ensino 
e aprendizagem. Nessa nova abordagem, os alunos passam a ser o 
centro do processo de ensino, tornando-se construtores do seu conhe-
cimento e possibilitando (re) criar novas expectativas para novos conhe-
cimentos, bem como compreender os processos empregados e o seu 
desenvolvimento por completo.
Então a utilização das TICs nos processos de ensino e apren-
dizagem é um dos meios de desenvolver a autonomia dos alunos, pois 
sua utilização possibilita que eles pensem, refl itam e criem novas pos-
sibilidades no contexto educacional. Evitando, assim, um processo de 
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ensino estático e inefi caz.
Saiba mais:
Uso das TICs nos processos de ensino e aprendizagem podem 
colaborar com o desenvolvimento cognitivo do educando, possibilitando 
que ele construa conhecimentos sólidos e reais.
Acesse os links: 
1) https://www.youtube.com/watch?v=g-kt4n78fmM
2) https://www.youtube.com/watch?v=6Rv0IlDAGI8
3) https://www.youtube.com/watch?v=dM7VJMCQzmQ
Observação:
Os vídeos demonstram a importância do uso das TICs nos pro-
cessos de ensino e aprendizagem. Tais ferramentas instigam os alu-
nos e apresentam novas metodologias aos professores, apresentando 
também maior efi cácia nos processos pedagógicos. Devemos ter um 
olhar atento quanto a essas novas práticas de ensino, pois elas podem 
modifi car toda uma trajetória do processo de ensino e aprendizagem. O 
professor deve utilizar as TICs como parceiras nos processos pedagó-
gicos dentro das salas de aula.
A INTERNET COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL NO ATUAL CE-
NÁRIO EDUCACIONAL
Nas duas últimas décadas têm se produzido mudanças signi-
fi cativas na didática e nos processos de ensino e aprendizagem, seja 
da Educação Básica ou em outros níveis e modalidades de ensino. Au-
tores consagrados da literatura moderna, tais como Valente (1999) e 
Mercado (1999), dentre outros, destacam que a pedagogia do século 
XX difere da pedagogia do século XXI, uma vez que a nova pedagogia 
apresenta novos modelos e novas ferramentas que colaboram no pro-
cesso pedagógico.
Com a rápida expansão da internet, inclusive no setor educa-
cional, têm se afastado das salas de aulas os métodos tradicionais de 
ensino e aprendizagem, nos quais prevaleciam as ferramentas habituais 
do “giz-e-fala” do professor, ou seja, processos puramente tradicionais 
com uma metodologia pedagógica do século passado.
Desde o início deste século, houve muitas mudanças no de-
senvolvimento da educação e uma mudança signifi cativa que podemos 
destacar é o uso da internet nos processos pedagógicos. Tal fenômeno 
se dá devido à proliferação das TICs e da rede mundial de computado-
res – WEB.
Destacamos que a internet é a tecnologia mais útil dos tem-
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pos modernos, que nos ajuda não apenas em nossas vidas diárias, 
mas também em diversos setores da sociedade moderna, inclusive na 
sala de aula. Atualmente, ela desempenha um papel muito importante 
na educação. Não há dúvida de que, na era moderna, a maioria dos 
usuários da rede mundial de computadores preferem o buscador Goo-
gle por suas perguntas, problemas ou dúvidas. Mecanismos de busca 
populares como Yahoo, Google etc. são as melhores escolhas das pes-
soas, pois oferecem um acesso fácil e instantâneo à grande quantidade 
de informações em apenas alguns segundos. Tais ferramentas ainda 
propiciam a rápida recuperação das informações necessárias ao usuá-
rio. Destacamos que a internet, como ferramenta de ensino, colabora na 
construção e (re) construção dos processos de ensino e aprendizagem, 
propiciando vários benefícios na área educacional, dentre eles pode-
mos citar:
a) Educação Econômica e Acessível
Uma das maiores barreiras à educação é o alto custo. A in-
ternet melhora a qualidade da educação, que é um dos pilares do de-
senvolvimento sustentável. Ela fornece informações através de vídeos 
(como vídeos tutoriais do YouTube) e tutoriais da web, acessíveis a to-
dos e com boa relação custo-benefício.
b) Interação Aluno – Professor e seus pares
Os alunos podem estar em contato constante com seus pro-
fessores ou com outros colegas de sala com a ajuda da internet. Os 
pais podem interagir e se comunicar com professores e autoridades da 
escola sobre o desempenho de seus fi lhos na escola.
c) Ferramenta efi caz de ensino e aprendizagem
A internet se tornou uma ferramenta importante para o proces-
so de ensino e aprendizagem.
Os professores podem usá-la como uma ferramenta para obter 
melhores resultados no desempenho dos alunos, uma vez que ela é 
atraente e o processo de aprendizagem se torna mais interessante e 
diversifi cado.
Os professores podem ensinar com o uso de animação, slides 
dentre outras opções.
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d) Aprendendo com multimídia
Os professores podem fazer uso da internet provando aos alu-
nos material e recursos extras de estudo, como aulas interativas, ques-
tionário educacional e tutoriais. Os professores podem gravar suas pa-
lestras e fornecer aos alunos revisões que são melhores do que a leitura 
de várias anotações e muitas vezes sem sentido para eles.
e) Mantendo você atualizado com as informações mais recentes
A informação é a maior vantagem que a internet possibilita ao 
usuário, bastando apenas alguns “cliques”. 
f) Acesso à Educação de Qualidade
A multimídia ajuda os alunos no processo de aprendizagem, 
pois simplifi ca o modo de transmissão das informações necessárias ao 
aluno, para que o mesmo possa construir seu conhecimento.
Demonstrando ainda os benefícios do uso da internet nos pro-
cessos educativos, Bush (2013) destaca que a internet não é apenas 
uma ferramenta poderosa de comunicação; mas, sim, uma ferramenta 
que pode possibilitar novos processos no âmbito educacional. Ela é, 
sem dúvida, a força mais potente para o aprendizado e a inovação des-
de a imprensa até os dias atuais e está no centro dos novos processos 
de ensino, ou seja, uma ferramenta poderosa capaz de modifi car os 
processos pedagógicos, baseados em dilemas tradicionais.
Além dessas implicações da internet para a educação e dos 
fortes indícios das mudanças que ela traz aos processos de ensino e 
aprendizagem, ela ainda tem as seguintes características:
• Oferece um enorme potencial aos alunos, possibilitando aos 
mesmos uma maior liberdade no processo de construção do seu co-
nhecimento, uma vez que possibilita uma vasta possibilidade de pesqui-
sa. Logo, a internet permite que o processo de ensino e aprendizagem 
ocorra a qualquer momento e em qualquer ritmo. 
• A internet é vista como suporte a uma nova cultura de apren-
dizado – ou seja, um processo de ensino e aprendizagem que se baseia 
em princípios de baixo para cima de exploração coletiva, brincadeira 
e inovação, em vez de instrução individualizada de cima para baixo, 
conforme destaca Araujo (2017). A internet permite ainda que o apren-
dizado ocorra em uma base de muitos para muitos, e não de um para 
muitos, apoiando, assim, o desenvolvimento sócio-construtivista. 
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• A internet oferece aos indivíduos acesso aprimorado a fontes 
de conhecimento e experiência que existem fora de seu ambiente so-
cial, possibilitando ao usuário ir além da sua localidade. Ela é, portanto, 
vista como uma ferramenta poderosa para apoiar o aprendizado por 
meio de atividades e interações autênticas entre pessoas e ambientes 
sociais ampliados.
• A internet suporta uma conectividade em massa entre pes-
soas e informações, o que pode alterar radicalmente as relações entre 
indivíduos e conhecimento. 
• A internet personaliza as formas como as pessoas aprendem, 
tornando o processo de ensino aprendizagem mais agradável para o 
aluno.
• A internet está associada a uma autonomia e ao controle 
social aprimorados, oferecendo aos indivíduos maior escolha sobre a 
natureza e a forma do que aprender, além de onde, quando e como 
aprendem.
Saiba mais:
Abaixo, listamos alguns artigos relacionados à Internet como 
ferramenta pedagógica e como instrumento utilizado nos processos de 
ensino e aprendizagem, já que é necessário compreender a real função 
da internet nos processos de ensino.
1)http://www.uece.br/computacaoead/index.php/downloads/
doc_view/2044=-tccmariagerlanne?tmpl=component&amp3%Bformat-
raw
2) http://educonse.com.br/2012/eixo_08/PDF/60.pdf
3) http://projetogenerosidade.com.br/a-internet-como-ferra-
menta-de-ensino/
Assista aos vídeos abaixo
1)https://www.youtube.com/watch?v=O9_fagpE9W4&in-
dex=1&list=PLctchQ06MJcsPB_zbOfRKEQAvT0pW6U1v
2) https://www.youtube.com/watch?time_continue=6&v=P-
T1pPIBEEWQ&feature=emb_title
3) https://www.youtube.com/watch?v=KcEBAnDh-u4
TICS NO PROCESSO DE INCLUSÃO DIGITAL VERSUS EXCLUSÃO 
SOCIAL
A tecnologia que está inserida na atual sociedade abriu novos 
domínios de exclusão social para alguns e privilégios para outros, dei-
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xando-os, assim, sujeitos à beira do desenvolvimento social e digital 
presente na atual sociedade, entendida como sociedade do conheci-
mento e tecnológica. Diante desse cenário, devemos ter um olhar mais 
amplo em relação à inclusão digital dos indivíduos que pertencem a 
esta sociedade, buscando dessa forma atender às necessidades deles 
e evitando a exclusão digital e social desses sujeitos. 
Já no sentido de defi nição da inclusão digital, podemos certi-
fi car que esse é um termo que raramente é defi nido explicitamente e 
em seu inteiro teor. Utilizamos aqui a defi nição proposta por Fonseca 
(2001):
A inclusão digital é a inclusão social no século XXI, que garante que indivídu-
os e grupos desfavorecidos tenham acesso e habilidades para usar as Tec-
nologias de Informação e Comunicação (TIC’s) e, portanto, possam participar 
ativamente da sociedade da informação de hoje (FONSECA, 2001, p. 02).
Ainda nesta proposta de inclusão digital, Castells (2006) sa-
lienta que o termo inclusão tem sua origem na palavra integração dos 
indivíduos. O mesmo autor ainda ressalta que inclusão é receber al-
guém e fazer deste alguém parte importante de tudo aquilo que ocorre 
no dia a dia da sociedade.
Segundo Castells (2006), a inclusão digital é a capacidade de 
indivíduos e grupos para acessar e usar as Tecnologias de Informação 
e Comunicação (TICs). Isso inclui acesso à internet, equipamentos ade-
quados, softwares que possam atender às suas necessidades.
Então a inclusão digital pode ser considerada como a demo-
cratização do livre acesso às TICs, de forma que se possa permitir a 
inserção de todos os sujeitos da sociedade nas novas tecnologias da 
informação. Nesse direcionamento, ainda podemos destacar que a in-
clusão digital também é frequentemente defi nida como o instrumento 
que proporciona ao sujeito as habilidades digitais para que o mesmo 
possa usar computadores, a internet, dentre outras ferramentas tecno-
lógicas disponíveis. 
É importante ressaltar que a inclusão digital foi articulada 
especifi camente para abordar questões de oportunidade, acesso, 
conhecimento e habilidades no nível das políticas públicas. Vale desta-
car que para ocorrer a verdadeira inclusão digital é preciso que se dis-
ponibilize aos sujeitos a conectividade e o acesso à internet, bem como 
a infraestrutura necessária. 
Para que o sujeito seja realmente incluso nas TICs, quatro di-
mensões devem ser atendidas, conforme destaca Castells (2006):
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• Motivação – entender como a internet e a tecnologia digital 
podem nos ajudar a conectar, aprender ou acessar oportunidades e, 
consequentemente, ter um propósito signifi cativo de se envolver com o 
mundo digital;
• Acesso – ter acesso a dispositivos digitais, serviços, softwa-
res e conteúdos que atendam às nossas necessidades a um custo que 
todos os usuários possam pagar;
• Habilidades – ter o know-how para usar a internet e a tecno-
logia digital de maneiras apropriadas e benéfi cas para cada um de nós;
• Confi ança – confi ar na internet e nos serviços on-line e ter co-
nhecimento digital para gerenciar informações pessoais e para entender 
e evitar fraudes, comunicações prejudiciais e informações enganosas.
Nesse sentido, Castells (2006) destaca ainda que:
O conceito de inclusão digital pode ser entendido: como “acesso”, “alfabeti-
zação digital básica” ou “apropriação de tecnologias”. A primeira se concentra 
na distribuição de bens e serviços para garantir o acesso à infraestrutura e às 
TIC’s. A segunda dimensão concentra-se nas habilidades básicas de TIC’s, 
que permitem ao indivíduo fazer uso dessas tecnologias; e, nesse caso, tanto 
o acesso aos meios físicos quanto a alfabetização acadêmica são os requisi-
tos necessários para isso. A terceira dimensão adiciona um passo à chamada 
alfabetização digital básica: mais do que saber usar as TIC’s, os indivíduos 
devem desenvolver uma compreensão dos novos meios que lhes permitam 
“possuir” esses recursos, “reinventar seus usos e não ser mero consumido-
res ” (CASTELLS, 2006, p. 40).
Além de buscar preencher a laguna relacionada à oportunida-
de dos indivíduos em relação ao uso das TICs, devemos salientar ainda 
que a inclusão digital do indivíduo tem diversos propósitos a ela correla-
cionados, tais como desenvolvimento econômico e social da população. 
Teixeira (2010) propõe a ampliação do conceito de inclusão 
digital, visando atingir uma dimensão reticular, ampliando assim a cida-
dania: 
[...] Assim, propõe-se o alargamento do conceito de inclusão digital para uma 
dimensão reticular, caracterizando-o como um processo horizontal que deve 
acontecer a partir do interior dos grupos com vista ao desenvolvimento de 
cultura de rede, numa perspectiva que considere processos de interação, de 
construção de identidade, de ampliação da cultura e de valorização da diver-
sidade, para a partir de uma postura de criação de conteúdos próprios e de 
exercício da cidadania, possibilitar a quebra do ciclo de produção, consumo 
e dependência tecnocultural. (TEIXEIRA, 2010, p. 39).
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Nesse sentido, Castells (2006) relata que nessa vertente, a in-
clusão digital é vista como um meio que pode tornar possível a inclusão 
social dos indivíduos, considerando que estes venham a obter melho-
rias econômicas em sua vida, e também participem ativamente da co-
munidade, governo e sociedade civil. 
Colaborando com os ideais de Castells (2006), Martini (2005) 
afi rma que a inclusão digital objetiva tão somente o uso livre da tecnolo-
gia da informação como forma de ampliar a cidadania e combater a po-
breza, além da inserção na sociedade da informação e o fortalecimento 
do desenvolvimento social e local.
Nesse direcionamento, vale ressaltar que a inclusão digital, 
atualmente, é considerada um dos pilares da nova sociedade, buscan-
do assim integrar o desenvolvimento tecnológico com a inclusão digital 
e social do sujeito.
Vale destacar aqui quea escola bem como os professores 
exercem um papel crucial no processo de inclusão digital. Nesse senti-
do, devemos estar atentos quanto à formação do profi ssional para atuar 
frente a esta demanda.
Saiba mais:
Acesse os links: 
Para conhecer mais sobre inclusão digital, acesse os links 
abaixo:
1) https://www.youtube.com/watch?v=-2PYyRS8JSI
2) https://www.youtube.com/watch?v=zA_DIn0KB8U
3) https://www.youtube.com/watch?v=aKsPT_ddPDE
Observação:
Os vídeos demonstram a importância e a necessidade de uma 
emergencial inclusão digital dos sujeitos, visando o desenvolvimento 
tanto da sociedade como do próprio sujeito. Destacamos ainda que a 
inclusão digital proporciona também a inclusão social e o desenvolvi-
mento econômico e industrial de uma sociedade.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2015 – Banca: IBF – Órgão: SEPLAG/MG – Cargo: Pedagogo
O uso das novas tecnologias na educação pode promover algu-
mas mudanças na abordagem pedagógica tornando o processo de 
transmissão de conhecimento mais dinâmico e criativo. Diversas 
habilidades podem ser praticadas no ensino escolar, facilitando os 
tipos de comunicação e interação entre os professores e os alu-
nos. Dessa forma, o uso das novas tecnologias na escola pode:
I. Oportunizar ao professor diferentes formas e recursos de ensino 
e aprendizagem.
II. Estabelecer novas relações com o saber.
III. Envolver os alunos para novas descobertas. 
IV. Contribuir para as práticas educacionais.
V. Utilizar o computador somente como fonte de desinformação.
Assinale a alternativa correta:
a) I, II, III e IV apenas
b) I, II e III apenas
c) I, II, III e V apenas
d) I, II, IV e V apenas
QUESTÃO 2
Ano: 2015 – Banca: IBF – Órgão: Prefeitura de Nova Friburgo/RJ – 
Cargo: Pedagogo
No que diz respeito ao uso das Tecnologias da Informação e da 
Comunicação (TICs) nas práticas pedagógicas fundamentadas nas 
teorias críticas, é INCORRETO afi rmar:
a) As TICs precisam ser consideradas como produtos da atividade hu-
mana, historicamente construídas, portanto como artefatos sociais e 
culturais que expressam relações de poder, intenções e interesses di-
versos.
b) A mediação tecnológica é adotada com o objetivo primeiro de 
estabelecer relações intrínsecas entre educação e preparação para o 
mundo do trabalho, observando, sobretudo, a lógica da competitividade 
instaurada no mundo globalizado.
c) Os ambientes interativos (como chats e grupos de discussão on-line) 
mostram-se como recursos potenciais nas relações educacionais.
d) No mundo marcado pela tecnologia, a escola necessita fazer uso das 
TICs não apenas para democratizar o acesso a elas como também para 
favorecer a compreensão das potencialidades da educação.
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QUESTÃO 3
Ano: 2015 – Banca: IBF – Órgão: SEAP/DF – Cargo: Pedagogo – 
Questão adaptada
“Para que o uso das tecnologias signifi que uma transformação 
educativa, os professores terão que mudar e redesenhar seu papel 
na escola atual”. (SANCHO, Juana Maria; HERNÁNDEZ, Fernan-
do. Tecnologias para transformar a educação. Porto Alegre: Art-
med, 2006, p. 36). Com base nos textos acima e nos debates sobre 
o ensino e as novas tecnologias, é correto afi rmar que:
a) A maioria dos professores ainda não se encontra preparada para o 
aporte das tecnologias no ensino, mesmo com a obrigatoriedade defi ni-
da nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
b) Os professores devem sensibilizar-se a respeito das mudanças de 
papéis vinculados à presença das tecnologias na educação. Por isso, 
eles devem estar dispostos a experimentar novas formas de ensino, a 
discutir e refl etir sobre os resultados.
c) É preciso refl etir sobre o que signifi ca ensinar no século XXI, o papel 
dos professores e das diferentes linguagens para o ensino, consideran-
do que, a linguagem tecnológica ou uso das tecnologias, não assume 
a liderança nas metodologias de ensino nas escolas públicas de todo 
país.
d) O computador, por exemplo, não pode ser utilizado de maneira cria-
tiva pelos alunos, por meio de pesquisas em sites, consulta a arquivos, 
museus etc., tornando a disciplina mais dinâmica. Porém, pouco amplia 
a consciência dos discentes e a construção de conceitos e visões sobre 
o mundo, só possível por meio dos manuais didáticos convencionais.
QUESTÃO 4
Ano: 2016 – Banca: Colégio Pedro II – Órgão: Colégio Pedro II – 
Cargo: Professor – Técnico e tecnológico
O desenvolvimento tecnológico permitiu o surgimento da Web 2.0, 
na qual todos podem ser produtores e consumidores de conteúdo. 
Com relação às ferramentas tecnológicas da Web 2.0, é correto 
afi rmar que:
a) A computação em nuvem é uma tendência integrante da Web 2.0 de 
se armazenar todo tipo de dados de usuários em servidores on-line, 
possibilitando o compartilhamento de tal conteúdo com outros usuários.
 b) Repositórios de vídeos como o YouTube e o Vimeo permitem que 
qualquer usuário compartilhe vídeos em formato digital, não havendo 
nenhuma restrição quanto ao direito autoral e ao direito de imagem. 
c) Blogs, fotologs e microblogs são espaços na internet criados apenas 
por usuários que detêm conhecimentos técnicos especializados a 
respeito da construção de páginas, facilitando o compartilhamento de 
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arquivos em nuvem. 
d) As wikis são formadas por muitas páginas interligadas e cada uma 
delas pode ser visitada e editada por qualquer pessoa. No entanto, cada 
página só pode ser editada por um único usuário por vez, inviabilizando 
a escrita colaborativa e a construção coletiva do texto.
QUESTÃO 5
Ano: 2016 – Banca: Colégio Pedro II – Órgão: Colégio Pedro II – 
Cargo: Professor – Técnico e tecnológico
Tendo em vista a necessidade de inserção da tecnologia na prática 
docente em âmbito mundial, a Unesco (2008), por meio do Proje-
to Padrões de Competência em TIC para Professores (ICT-CST), 
apresenta uma descrição detalhada das habilidades específi cas a 
serem adquiridas pelo professor. Com relação a esse projeto, é 
correto afi rmar que: 
a) De forma geral, o projeto combina habilidades em TIC com inovações 
em pedagogia, currículo e organização escolar. 
b) As habilidades docentes propostas pelo projeto encontram-se ape-
nas em um nível de conhecimento: o tecnológico. 
c) O projeto está pautado em duas abordagens complementares entre 
si: alfabetização tecnológica e aprofundamento do conhecimento. 
d) A principal crítica feita ao projeto se deve ao fato de ele não consi-
derar, como componente do sistema educacional, o desenvolvimento 
profi ssional do professor.
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QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Ano: 2011 – Banca: IFRN – Órgão: IFRN – Cargo: Magistério
As TICs são muitas vezes usadas para reforçar crenças existentes sobre 
ambientes de ensino em que ensinar é explicar e aprender é escutar. 
Disserte sobre a atitude da professora apresentada na charge abaixo.
Fonte:http://lapegeouemgfrutal.blogspot.com/2011/06/educacao-no-
vas-tecnologias-seminario.html
TREINO INÉDITO
A inclusão digital pode se reduzir apenas ao ensino utilizando o compu-
tador como suporte pedagógico?
a) A inclusão digital não está relacionada apenas ao uso do computador 
nos processos de ensino, a inclusão vai além disso. 
b) A inclusão digital é possibilitar aos sujeitos possibilidades de uso real 
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do computador apenas para internet.
c) Acesso real às informações e aos meios tecnológicos utilizando a 
internet.
d) A inclusão digital possibilita que todos tenham acesso às informações 
virtuais.
NA MÍDIA
Educação 360: Tecnologia é aliada do aprendizado
A tecnologia será, cada vez mais, um recurso fundamental no processo 
de ensino e aprendizado, mas ainda há muitas dúvidas sobre como usaras ferramentas da informática nas escolas. Ao mesmo tempo em que 
a inovação é capaz de mostrar estatisticamente onde os alunos mais 
acertam e mais erram, em uma determinada disciplina, ou entusiasmar 
os estudantes com a construção de um robô, o acesso fácil à internet 
pode dispersar os estudantes e até colocá-los em contato com a web, 
área proibida e perigosa do mundo virtual.
Fonte: O GLOBO
Data: 26 de maio de 2019
Leia a notícia na íntegra: 
https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/educacao-360-tecnolo-
gia-aliada-do-aprendizado-23542145
NA PRÁTICA
É de fundamental importância que além de implantar novas tecnolo-
gias nas escolas, há de se verifi car a formação dos profi ssionais da 
educação para atuar utilizando os novos artefatos tecnológicos. Não 
há mudança nos processos de ensino sem que haja uma formação 
adequada para que os professores possam realmente estar inseridos 
no processo de transformação dos processos pedagógicos. As TICs, se 
usadas corretamente, podem levar o aluno a novas descobertas e dire-
cioná-lo ao caminho da aprendizagem. Por sua vez, o professor deve 
acompanhar as evoluções, levando o aluno a construir conhecimentos 
sólidos utilizando-se das TICs.
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Atualmente, as ditas tecnologias estão em toda parte, incluin-
do o setor educacional, onde provou ser de grande importância para a 
obtenção dos resultados de ensino e aprendizagem para os alunos. A 
educação não é mais apenas o ensino de texto ou exige que o aluno 
memorize os manuscritos que perpetuaram o ensino tradicional. 
O processo instrucional, dentro e fora da sala de aula, tornou-
-se uma atividade com objetivos e resultados mensuráveis. Com o tem-
po, as técnicas educacionais acabaram se tornando uma parte dinâmi-
ca das entradas e saídas do processo de ensino e aprendizagem. Além 
disso, essas práticas se tornaram uma parte vital que desempenha um 
papel signifi cativo na ampliação do avanço dos componentes do siste-
ma de aprendizagem, na atualização dos currículos e na efetivação de 
novos recursos que pudessem atender às novas perspectivas. Esses 
componentes são utilizados no processo de planejamento, implementa-
ção e avaliação. 
O aprendizado de máquina tornou-se uma nova fronteira para 
o processo de ensino e aprendizagem, sendo as tecnologias utilizadas 
pelas maquinas um processo forte e efi caz do ponto de vista pedagó-
SOFTWARES
EDUCATIVOS
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gico. Tal aprendizado possibilita ao educando construir conhecimentos 
sólidos, o que não era possível nos processos de ensino até então exis-
tentes.
OS SOFTWARES EDUCATIVOS COMO INSTRUMENTOS DE MEDIA-
ÇÃO NOS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Podemos destacar que nos últimos anos, graças à internet e 
ao rápido desenvolvimento das novas tecnologias, softwares baseados 
em multimídia e hipermídia tornaram-se cada dia mais importantes na 
estrutura e na difusão de informações, sejam elas oriundas de qualquer 
setor da sociedade moderna. Além disso, esse tipo de ferramenta pode 
ser adequado para estimular as crianças (e não apenas crianças) no 
processo de aprendizagem. 
Os produtores de softwares, instituições e programadores co-
meçaram a usar as potencialidades de tal ferramenta tecnológica como 
instrumentos a serem usados expressamente para o ensino: o chamado 
software educacional ou os softwares educativos.
Conforme o Moderno Dicionário Inglês Michaelis (2001):
A palavra software deriva do inglês e signifi ca: “Conjunto de programas, mé-
todos, procedimentos, regras e documentação relacionados com o funcio-
namento e manejo de um sistema de dados, relacionados à informática”. 
Tais programas podem atender as mais diversas demandas da sociedade, 
que passa por constantes transformações sociais e tecnológicas (MICHAE-
LIS,2001, p. 252). 
Podemos destacar que os primeiros softwares educativos fo-
ram produzidos dentro da estrutura militar e foram projetados para se-
rem usados para treinar pessoal para executar várias tarefas ligadas a 
essa área de atuação. Um dos softwares mais conhecidos foi o simula-
dor de voo, por exemplo, que foi desenvolvido no início da década de 
1940 e foi usado para gerar dados de instrumentos de bordo de aerona-
ves que eram fornecidos para recrutas inexperientes.
Além disso, no ambiente militar, 30 anos depois, o gerador de 
dados de radar sintético foi utilizado para fi ns de treinamento seme-
lhantes. Nesse período, os recursos multimídia dos computadores eram 
muito limitados e, na maioria dos casos, o software podia somente in-
teragir com os usuários por meio de gráfi cos simples, textos e teclados.
Houve um grande salto na utilização de tais instrumentos. Já 
na década de 1960, as instituições, principalmente educacionais, co-
meçam a entender a potencialidade dos softwares educacionais para 
os propósitos educativos e algumas universidades americanas começa-
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ram a implementar os primeiros mainframes. Estes são defi nidos como 
um computador de grande porte, que gerencia as informações e os da-
dos arquivados no mesmo.
Então começou o uso em massa de tais instrumentos pelas 
universidades que deram origem a um conjunto de softwares a serem 
usados tanto pelos professores nas salas de aula quanto pelos alunos. 
Os softwares educativos passaram ainda a ter outras fi nalidades, tais 
como fornecer informações sobre o processo de aprendizagem, avaliar 
o trabalho dos alunos e gerenciar os resultados obtidos por eles durante 
os testes.
Nesse contexto educacional, devemos ressaltar que o conteú-
do multimídia e a interação do usuário com o software passam a dife-
renciar o processo de ensino e aprendizagem. Segundo Vesce (2008), 
podemos considerar que:
Os softwares educativos são os programas que podem ser instalados no 
computador, tablets e smartphones que reconhecem a linguagem do progra-
ma e geram na tela a informação que desejamos, ao abri-los. Então, pode-
mos entender que os softwares educativos provêm da área da informática 
e podem atender às demandas da sociedade, sejam elas oriundas da área 
econômica, industrial, social ou educacional (VESCE, 2008, p. 42).
Nesse mesmo sentido, Bona (2009) ressalta que 
O software é considerado um dos fundamentos mais importantes usado no 
computador na educação. É um conjunto de lógica que são introduzidos em 
uma forma de diferentes tipos de materiais educacionais via computador. 
Permite que o interaja com ele e forneça-lhe imediatamente informações re-
cebemos feedback para atingir objetivos específi cos (BONA, 2009, p.12)
Ressalta-se que o conteúdo multimídia proporcionado pelos 
softwares tem a capacidade de atrair o usuário, pois apresenta espe-
cialmente: desenhos animados, personagens, diálogos, sons e fi lmes 
que são capazes de estimular a curiosidade dos usuários mais jovens e 
empurrá-los para a exploração do software. 
Nesse sentido, Gladcheff (2001) relata que:
A utilização do software educativo pode contribuir no desenvolvimento cogni-
tivo dos alunos, adaptando-se a distintos ritmos de aprendizagens e permitin-
do ainda que os educandos possam testar várias possibilidades no processo 
de ensino e aprendizagem, adaptando situações novas aos processos já 
existentes. (Gladcheff , 2001, p. 36). 
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Um alto nível de interação com o software oferece ao usuário a 
liberdade de decidir o que e qual direção seguir para explorar o software
e estabelecer o nível de detalhe das informações fornecidas. 
Segundo destaca Araújo (2017):
Os softwares educativos por sua vez atraem os alunos, devido à tecnologia 
disponível, mostrando novos caminhos para a construção do conhecimento 
e tornando o processo de ensino prazeroso e instigante, visto que, as fer-
ramentas tecnológicas estão presentesno cotidiano do educando, assim, 
os softwares educativos podem tornar o processo de ensino atraente e in-
vestigativo, fazendo com que o aluno seja o ator principal do processo de 
aprendizagem e da construção do seu conhecimento (ARAÚJO, 2017, p. 45).
Vale ainda salientar que o software educativo também é conhe-
cido como “aprendizado assistido por computador ou aprendizagem por 
máquina”. Nesse sentido, Vesce (2008) relata que:
A tecnologia de aprendizado de máquina é usada como um princípio 
de atividades educacionais. Existem diferentes maneiras de usar a 
tecnologia de aprendizado de máquina na educação, como o forne-
cimento de diversas opções de aprendizado para que o aluno possa 
descobrir o que mais lhe convém, mas de uma maneira em que to-
das as variações individuais entre os alunos sejam consideradas. O 
aprendizado de máquina também pode ser usado na revisão de uma 
lição difícil de entender. O aprendizado de máquina na educação tra-
balha em harmonia com as necessidades dos alunos, no momento e 
no local que melhor lhes convier (VESCE, 2008, p.15)
Com softwares educativos, os professores podem alinhar o 
ensino mais de perto com as necessidades daqueles que estão ensi-
nando e podem fazer alterações rápidas no currículo de acordo com o 
progresso que está sendo feito ou com o apoio extra que alguns alunos 
precisam.
O aprendizado via softwares educacionais é uma prática ins-
trucional que ajuda os alunos, que se utiliza uma ampla gama de estra-
tégias educacionais aprimoradas pela tecnologia e inclui aprendizado 
combinado, aprendizado invertido, aprendizado personalizado e outras 
estratégias que dependem de ferramentas digitais. Por outro lado, vale 
ressaltar que a aprendizagem no formato tradicional, é mais limitadora 
e não amplia as possibilidades no processo de ensino.
Destaca-se que ao se utilizarem de softwares educativos, ge-
ralmente, as aulas apresentam uma ampla variedade de possibilidades, 
tornando-se mais interessantes e instigante para os alunos. 
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Os alunos com difi culdades podem se sentir deixados para 
trás, enquanto os que alcançam altos níveis podem se cansar rapida-
mente. O software pode resolver esses dois problemas, resultando em 
melhores resultados para todos.
O uso de softwares educativos também pode desempenhar 
vários outros papéis positivos, tais como maior autonomia dos alunos, 
atendimento às demandas dos educandos dentre outros. Nesse senti-
do, Costa (2006) relata que as atividades educativas propostas deve-
rão ser elaboradas e planejadas visando atingir o objetivo da disciplina 
lecionada pelo professor, para isto, devem-se observar as característi-
cas dos softwares educativos utilizados no processo de ensino (BONA, 
2009), bem como a realidade da comunidade em que leciona. 
Além disso, os softwares educativos tornam mais fácil para os 
professores gerenciar tarefas e marcar trabalhos extraclasse, além de 
fornecer aos alunos acesso rápido aos recursos on-line.
Os links que tais instrumentos oferecem através das ferramen-
tas educacionais convidam o usuário a descobrir novos cenários, novos 
argumentos e pontos de vista surpreendentes que apoiam o desenvol-
vimento de pensamento e de uma visão multidimensional (e multimídia) 
do mesmo problema.
[...] o computador deve ser utilizado como um catalisador de uma 
mudança do paradigma educacional. Um novo paradigma que pro-
move a aprendizagem ao invés do ensino, que coloca o controle do 
processo de aprendizagem nas mãos do aprendiz, e que auxilia o 
professor a entender que a Educação não é somente a transferência 
de conhecimento, mas um processo de construção do conhecimen-
to pelo aluno, como produto do seu próprio engajamento intelectual 
ou do aluno como um todo. O que está sendo proposto é uma nova 
abordagem educacional que muda o paradigma pedagógico do ins-
trucionismo para o construcionismo (VALENTE,1993, p. 42).
Todos esses recursos podem modifi car drasticamente a manei-
ra de aprender, facilitando assim o processo pedagógico desenvolvido. 
Diante de tal cenário, Araujo (2017) ressalta que: 
O uso de computadores fazendo uso de softwares educativos torna-se uma 
ferramenta poderosa capaz de instigar e colaborar nesse processo de trans-
formação pelo qual a sociedade vem passando nas últimas décadas, possibi-
litando assim transformações necessárias exigidas pelo cenário educacional 
atual (ARAÚJO, 2017, p. 6).
Ainda há de se destacar que na literatura é possível encontrar 
muitos trabalhos em que o software educacional é usado em sala de 
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aula nos tópicos ensinados e os softwares educativos proporcionam a 
verifi cação dos resultados encontrados pelos alunos dentro da própria 
sala. Além disso, o uso dos softwares educativos pode melhorar as ati-
vidades dos professores, pois apresenta a possibilidade de rastrear o 
processo de aprendizado e avanços dos alunos. 
Segundo Bona (2009), há uma grande variedade de softwares
educativos disponíveis que podem contribuir de forma signifi cativa para 
os processos de ensino e aprendizagem, possibilitando assim ao pro-
fessor novas práticas no exercício da docência e oferecendo contribui-
ções signifi cativas para que haja mudanças na rotina escolar.
Segundo Bonilla (1995):
[...] para que um software educativo promova realmente a aprendizagem 
deve estar integrado ao currículo e às atividades de sala de aula, estar re-
lacionado àquilo que o aluno já sabe e ser bem explorado pelo professor. 
O computador não atua diretamente sobre os processos de aprendizagem, 
mas apenas fornece ao aluno um ambiente simbólico onde este pode racioci-
nar ou elaborar conceitos e estruturas mentais, derivando novas descobertas 
daquilo que já sabia (BONILLA, 1995, p. 68).
Segundo destacam Borba e Penteado (2012) devido a todos 
esses recursos, o software educacional ganhou um papel muito impor-
tante no ambiente educacional. Corroborando com Borba e Penteado 
(2012), Valente (1993) ressalta que o software educativo vem a ser um 
ingrediente importantíssimo, pois pode contribuir para o processo de 
ensino-aprendizagem, mediando o conhecimento do conteúdo didático.
O USO DE SOFTWARE DE APRENDIZAGEM NA SALA DE AULA
O aprendizado de máquina, ou mediante a utilização de softwa-
res educativos, é usado para interpretar padrões e interação humana, 
o que oferece suporte a um aprendizado mais profundo e fornece aos 
usuários dados rápidos e precisos. Normalmente, os softwares edu-
cativos permitem que os professores monitorem o progresso de seus 
alunos através de suas atividades de aprendizagem a qualquer momen-
to. Essa é a melhor abordagem para treinar os alunos para aprimorar 
sua experiência.
Tal ferramenta ainda ajuda os professores a economizar tempo 
que normalmente é gasto na preparação de aulas, criação de exames, 
revisão de documentos, criação de documentos e pesquisas. A utiliza-
ção dos softwares facilita o aproveitamento das tecnologias mais pode-
rosas na melhoria da qualidade da educação para alunos e professores. 
Devemos ressaltar que os possíveis usos do software de 
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aprendizagem na sala de aula são muito diversos. O software de apren-
dizado, como qualquer outro meio, deve ser usado apenas se o seu uso 
fi zer sentido educacional e se o mesmo apresentar vantagens signifi -
cativas para o processo de ensino-aprendizagem. Por sua vez, Bona 
(2009) salienta que os softwares educativos podem permitir ao aluno 
desenvolver a capacidade de construir de forma autônoma e signifi cati-
va o conhecimento, integrando-o à sua realidade cotidiana, destacando 
assim um processo efi ciente. Podemos salientar que o software pode 
acelerar o processo de aprendizagem, libertando os alunos das difi cul-
dades apresentadas ao longo do processo.
Ressalta-se que os métodos da velhaescola de conduzir uma 
sala de aula simplesmente não funcionam mais para os alunos conec-
tados da atualidade. A teoria moderna da aprendizagem não apoia mais 
este modelo de ensino e aprendizado, baseado em um sistema rotineiro 
e antiquado. 
O novo modelo proposto com a utilização dos softwares edu-
cativos considera esta uma nova metodologia que cria uma atmosfera 
divertida e envolvente em sala de aula que benefi cia alunos e professo-
res. Ressalta-se que o modelo antigo de dar aula envolve um processo 
linear, no qual o professor é o centro do processo. Diante deste novo 
cenário educacional, devemos, portanto, destacar os principais benefí-
cios que o uso dos softwares educativos proporciona:
• O software educacional torna o ensino-aprendizagem mais 
interessante e orientado a objetivos;
• Desenvolve interesse e curiosidade entre os alunos;
• Pode salvar o tempo de ensino e aprendizagem de professo-
res e alunos;
• O software educacional pode economizar esforços, tempo e 
recursos das escolas;
• Pode ser usado em todas as áreas da escola;
• Pode verifi car o desempenho acadêmico dos alunos;
• Os registros dos alunos podem ser mantidos;
• Estimula o pensamento e os sentidos dos alunos;
• Torna a educação mais efi caz e mais impactante, especial-
mente no estudo das ciências;
• Ajuda a treinar os alunos a adquirirem novas habilidades em 
relação à autoaprendizagem;
• Permite que os alunos vulneráveis corrijam seus erros sem 
vergonha.
Por outro lado, há também as difi culdades apresentadas para 
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que se possa realmente implantar com efi cácia os softwares educacio-
nais nos processos de ensino e, dentre elas, podemos destacar:
• Falta de softwares educativos que atendam às necessidades 
dos educandos;
• Falta de treinamento dos professores sobre o uso dessas téc-
nicas;
• Falta de equipes educacionais treinadas que possam atuar 
diretamente nos processos de ensino utilizando-se dos softwares edu-
cativos;
• Falta de recursos fi nanceiros que fi nanciam a compra de 
equipamento e hardware necessários para este software.
INTERATIVIDADE – APRENDIZADO INTERATIVO
Interatividade signifi ca que os usuários trocam informações 
com o software mantendo, assim, um relacionamento de imputs e ou-
tputs. Devemos ressaltar que, neste relacionamento, o usuário não é 
considerado mais um destinatário passivo de informações, e sim ativo 
e capaz de intervir no processo automatizado proposto pelo software. A 
interatividade é vista como uma grande vantagem das novas mídias por 
possibilitar diversas oportunidades aos usuários.
O termo “interatividade” em relação a um programa de apren-
dizado signifi ca a frequência e a dimensão das ações tecnicamente me-
diadas, por exemplo, a interrupção de um procedimento de programa. 
A interação, por outro lado, descreve como o aluno lida com o conteúdo 
simbólico apresentado pelos softwares.
Ao usar o software educativo para transporte e apresentação 
de conteúdo, o que ocorre é uma interação entre os indivíduos envol-
vidos no processo, pois o software apresenta comunicação entre as 
pessoas, isto é caracterizado como interatividade ativa.
É essencial que seja didaticamente efi caz o processo de inte-
ração para que se torne um potencial para os processos didáticos, de 
modo a possibilitar mudanças nos processos de ensino.
TIPOS DE SOFTWARE EDUCACIONAL
Podemos destacar que, atualmente, existem inúmeros softwa-
res educacionais disponíveis sobre vários assuntos. No entanto, empre-
sas de softwares educacionais começaram a criar aplicativos educacio-
nais para alunos e professores utilizarem como ferramentas de ensino 
e aprendizagem com conteúdos específi cos ou, em muitos casos, inter-
disciplinares. 
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A seguir são apresentados alguns tipos de softwares educacio-
nais dentre vários existentes no mercado atualmente. São eles:
• Simulação
Neste tipo de software, os alunos enfrentam situações seme-
lhantes em sua vida diária, podendo então trabalhar diversas possibi-
lidades, uma vez que se trata de um software de simulação que imita 
a realidade. Isso pode ser usado na programação, por exemplo, para 
abordar conceitos complexos ou difíceis de resolver e fornecer minimo-
delos factuais desenvolvidos em sala de aula, ou modelos ampliados 
para serem utilizados além da sala de aula.
Entre as vantagens deste estilo estão: suspense, realismo e al-
cance de objetivos em um tempo razoável, o incentivo à cooperação e, 
assim, à interação social, bem como ao ensino do pensamento crítico.
Segundo Valente (1999), o computador passa a ser utilizado 
mais como ferramenta do que máquina de ensinar, pois permite um 
grau de intervenção maior por parte do aluno no processo. Nessa mes-
ma direção, Levy (1993) relata que podemos considerar a simulação 
como uma imaginação auxiliada por computador.
• Jogos educativos
São programas feitos para se divertir durante o processo de 
aprendizagem. Eles dependem do método de simulação e da deter-
minação de desenvolvimento das habilidades que o aluno apresenta. 
Eles tornam a educação um processo interessante para as crianças e 
são projetados para ajudar a promover o aprendizado de forma efi caz e 
efi ciente. Entre as vantagens, podemos destacar a competição, emoção 
e diversão, e um compromisso com um conjunto de regras e leis para 
controlar o processo ao longo do jogo.
Ainda devemos salientar que os Parâmetros Curriculares Na-
cionais (BRASIL,1998) destacam que:
Os jogos constituem uma forma interessante de propor problemas, pois per-
mitem que esses sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a cria-
tividade na elaboração de estratégias de resolução e busca de soluções. 
Propiciam a simulação de situações-problema que exigem soluções vivas e 
imediatas, o que estimula o planejamento das ações; possibilitam a constru-
ção de uma atitude positiva perante os erros, uma vez que as situações se 
sucedem rapidamente e podem ser corrigidas de forma natural, no decorrer 
da ação, sem deixar marcas negativas (BRASIL, 1998, p. 46).
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Ainda nesse sentido, Maratori (2003) complementa, relatando 
que:
A diversão, usando o computador como ferramenta, tem se tornado uma forte 
tendência, incentivada por recursos tecnológicos cada vez mais sofi sticados 
e acessíveis. O jogo educativo deve proporcionar um ambiente crítico, fazen-
do com que o aluno se sensibilize para a construção de seu conhecimento 
com oportunidades prazerosas para o desenvolvimento de suas cognições 
(MARATORI, 2003, p.1).
• Exercício e prática
Este software tem como principal característica treinar os alu-
nos para que eles possam desenvolver habilidades em algo específi co. 
Tal software possibilita um feedback aos alunos. As atividades propos-
tas são colocadas em diferentes níveis do conhecimento e tem como 
intuito aumentar a versatilidade do aluno nessa habilidade.
Este programa depende da melhoria contínua para cada res-
posta correta e um feedback instantâneo. 
• Software tutorial.
Por meio do software tutorial, os professores podem ensinar 
novas lições aos alunos e fornecer a eles uma plataforma através da 
qual eles podem aprender a lição no seu próprio ritmo. O software tuto-
rial consiste em fornecer aos alunos novas informações para a aprendi-
zagem, dando-lhes tempo para praticá-las e avaliar seu desempenho.
• Resolução de problemas
O software para resolução de problemas apresenta etapas que 
deverão ser seguidas para resolver os problemas propostos. O software
permite ao usuário acompanhar todas as etapas desenvolvidas, execu-
tar cálculos e lidar com os dados para que o software possa resolver o 
problema de maneira efi caz.
Podemos destacar como suas vantagens: o aumento da auto-
confi ança quando o problema é resolvido, a autossufi ciência, a aquisi-
ção do conhecimentoe da experiência, e o desenvolvimento da capaci-
dade de analisar e tomar decisões.
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O SOFTWARE EDUCACIONAL COMO FERRAMENTA PEDAGÓGI-
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O software educacional aborda a mente do aluno diretamente, 
mexendo, portanto, com as suas estruturas mentais. Isso possibilita no-
vas descobertas e interação com uma atmosfera cheia de entusiasmo 
e energia que pode não estar disponível usando métodos de ensino 
convencionais, pois tal instrumento contém som, imagens estáticas e 
em movimento, cores apropriadas e videoclipes que ajudam a apoiar 
as principais ideias e a aumentar a motivação da autoaprendizagem do 
aluno.
O uso de software educacional na educação empurra os alu-
nos a inquirir sobre tudo o que há de novo e participar de discussões, o 
que faz com que expressem suas opiniões sobre o que aprenderam. O 
uso do software educativo para obter informações rapidamente aumen-
ta o resultado cognitivo do aluno e constitui, assim, uma estrutura de 
conhecimento que o ajuda no diálogo e na discussão acerca do assunto 
estudado.
O aprendizado utilizando-se de softwares educativos, ou ensi-
no por máquina, abriu várias possibilidades incríveis no setor educacio-
nal e nas áreas relacionadas à educação. Isso signifi ca que os futuros 
ambientes de aprendizado provavelmente serão altamente personaliza-
dos, com a capacidade de ajudar os alunos a realizar seu potencial má-
ximo da maneira mais gratifi cante e que ele possa conduzir o processo 
de construção do seu conhecimento. 
Destaca-se que os professores começaram a ver como as ta-
refas podem ser simplifi cadas e concluídas com mais efi cácia por meio 
do emprego e aplicação dos softwares educativos nos processos edu-
cativos. 
Um software só pode ser tido como bom ou ruim dependendo 
do contexto e do modo como ele será utilizado. Portanto, para ser capaz 
de qualifi car um software, é necessário ter muito clara a abordagem 
educacional a partir da qual ele será utilizado e qual o papel do compu-
tador nesse contexto. E isso implica ser capaz de refl etir sobre a apren-
dizagem a partir de dois polos: a promoção do ensino ou a constru-
ção do conhecimento pelo aluno (VALENTE, 1999, p.15)
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Saiba mais:
Artigos relacionados aos softwares educativos que podem co-
laborar para a ampliação da nossa visão sobre a efi cácia desta ferra-
menta nos processos de ensino e aprendizagem:
1) http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/is-
sue/view/56
2) https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/82007
3) https://repositorio.ufsm.br/handle/1/1859
Assista aos vídeos abaixo
1) https://www.youtube.com/watch?v=V6lHMyTdy_Y
2) https://www.youtube.com/watch?v=EyymTi5AgqQ
3) https://www.youtube.com/watch?v=Zge9v2jIhRA
ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARES EDUCACIONAIS
Para desenvolver um software educativo, as etapas seguintes 
devem ser seguidas, não necessariamente na ordem, e validadas pelo 
criador da ferramenta. A validação deve ser acompanhada de objetivida-
de no processo pedagógico e verifi cação da sua efi cácia no processo.
ETAPAS:
Etapa 1 - Defi nição do tema a ser abordado no software edu-
cacional;
Etapa 2 - Identifi cação dos objetivos educacionais da aplicação 
e do público-alvo; 
Etapa 3 - Defi nição do ambiente de aprendizagem;
Etapa 4 - Modelagem da aplicação; 
Etapa 5 - Planejamento da interface;
Etapa 6 - Seleção de Plataforma de Hardware e Software;
Etapa 7 – Implementação; 
Etapa 8 – Avaliação; 
Etapa 9 – Validação;
Todas as etapas listadas acima são integradoras entre si e bus-
cam a efi ciência do software educacional desenvolvido.
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IMPLEMENTAÇÃO DE SOFTWARE EDUCACIONAL EM SALA DE 
AULA – NOVAS PERSPECTIVAS NO PROCESSO PEDAGÓGICO
Na era do computador, é um dos objetivos claros que o setor 
educacional possa inserir o uso dos softwares educacionais e métodos 
pedagógicos modernos no interior das salas de aula (Araujo, 2017).
Partindo da premissa de que as escolas modernas são aquelas 
que acompanham o ritmo das mudanças tecnológicas com objetivos do 
aprendizado efetivo e moderno, atendendo assim as expectativas de 
um processo de aprendizagem efi caz. Nesse sentido as escolas devem 
aprimorar os currículos para que estejam alinhados às novas tecnolo-
gias disponíveis e assim atender a demanda de um processo moderno 
e efi ciente.
Ressaltamos que na escola a tecnologia não é ensinada, mas 
usada durante as aulas. Nesse contexto, os computadores e as tecno-
logias representam ferramentas de aprendizado bastante poderosas e 
efi cazes e, ao usá-las, os alunos aprendem como manter o ritmo no pro-
cesso de aprendizagem utilizando-se do desenvolvimento tecnológico 
disponível, bem como de suas ferramentas.
Devemos destacar que os hardwares são os computado-
res e equipamentos periféricos, tais como impressoras, dentre ou-
tros. Programas de computador utilizados para ensino são chamados 
de softwares educativos, mas utilizamos o termo “software educacional” 
para evitar a possível confusão com outros dispositivos técnicos.
Assim, o software educacional é utilizado como um gerencia-
mento de aprendizado. Os softwares educacionais podem facilitar uma 
ampla gama de métodos pedagógicos. Isso, por si só, não signifi ca que 
seja usado de forma pedagogicamente correta, mas possibilita incre-
mentar diversos tipos de processos, adaptando-se a cada realidade de 
maneira sólida, pois os mesmos devem apresentar resultados e efeitos 
previsíveis de aprendizagem.
No entanto, os computadores não são usados apenas para es-
tudar várias disciplinas escolares por meio de tecnologias multimídia, 
mas também para garantir os meios necessários para a integração mú-
tua dos assuntos, bem como para palestras em grupo e em plenária.
Devemos ressaltar que as modernas tecnologias educacionais 
são ferramentas poderosas que permitem aos alunos aprender usan-
do diferentes ferramentas tecnológicas e estratégias de aprendizagem 
multimídia, para desenvolver seus próprios estilos de aprendizagem, 
para usar diferentes meios de obter conhecimento, o que é uma exce-
lente base para o processo de individualização. 
A aplicação de tecnologias modernas no processo de enrique-
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cimento dos recursos de aprendizagem é de imensa importância quan-
do se trata de acompanhar o ritmo das mudanças no campo da edu-
cação. Assim, nos últimos anos, o uso de novas mídias educacionais 
tornou-se uma prática em todas as escolas que se preocupam com o 
desenvolvimento de seus alunos. Neste sentido, os professores tam-
bém devem estar engajados em mudanças profundas nos processos 
de ensino. 
A utilização dos softwares educativos é necessária para que os 
alunos adquiram o conhecimento e as competências para assim desen-
volver e adquirir novas habilidades e competências proporcionadas por 
um processo de ensino efi caz.
Ressalta-se que os softwares educacionais podem mudar sig-
nifi cativamente a imagem e o contexto da aprendizagem e do ensino 
porque abrem novas perspectivas sobre melhoria formal da qualidade 
da educação. 
O software educativo representa a tecnologia intelectual e 
abrange programas de computador que podem ser usados no processo 
de ensino e aprendizagem, incluindo linguagens de programa, ferra-
mentas de software, organização específi ca de aprendizagem e ensino, 
bem como vários programas de ensino baseados em lógica e pedago-
gia, destinados a alunos de diferentes idades (Mercado, 2008).
Tendo isso em mente, a aplicação de software educacional tor-
na-se uma dimensão inevitável de uma escola moderna e de sua prática 
de ensino e aprendizagem.
Devido ao crescente signifi cado e aplicabilidade das tecnolo-
gias da informação em uma sociedade moderna, é necessário familiari-
zar alunos e professores

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